A metodologia estatística aplicada a aprovação de medicamentos tenderá a mostrar quais funcionam e quais não funcionam, diferentemente da "não-metodologia", de aceitar qualquer coisa que alguém prometa que é cura como medicamento.
É argumentavelmente correto impedir as pessoas de serem exploradas por enganadores (desonestos ou crentes na própria enganação), e mesmo protegê-las do auto-engano coletivo, especialmente se suas vidas estão em risco.
Aqueles que promovem a fraude são responsabilizados por perdas e danos, com a obrigação de ressarcir os "clientes", ou podem se safar numa boa de vender curas mágicas?
Uma vez que se informe que não foi validado pelos métodos estatísticos usuais, não há o que se falar em fraude.
Como seria essa informação? Deveria ser absolutamente clara:
"O MINISTÉRIO DA SAÚDE ADVERTE: isso que você está comprando não é um medicamento, não passou por qualquer teste científico, não pode ser prometido qualquer benefício ou mesmo que não irá agravar o estado de saúde. Os vendedores, distribuidores, ou fabricantes não se responsabilizam pela deterioração da saúde do consumidor." Uma forma de enxergar isto é lembrar que pessoas consomem medicamentos a base de plantas (raízes, folhas), que não passaram por tais métodos, e nem por isso consideram que isso seja fraude ou mágica.
É uma forma de enxergar que tapeação justifica mais tapeação, no caso de fitoterápicos que sejam de fato charlatanismo, que não deverá ser o caso com todos (nem mesmo que não tenham passado por qualquer teste).
E lembro novamente que pessoas foram no congresso e testemunharam que o medicamento funcionou para elas, você e outros podem ignorar isto
Sim, dado que elas simplesmente não sabem que a substância realmente funcionou para elas, estão só dando uma declaração de fé.
pois faz parte da liberdade individual de vocês acreditarem no que bem entenderem, entretanto vocês não tem o direito de imporem suas crenças ou descrenças, e suas ideologias cientificistas sobre as outras pessoas.
Nem fraudários tem o direito de explorar doentes. A situação é mais complexa com "fraudários culposos", crentes no próprio curandeirismo, mas ainda assim deve ser uma preocupação de uma sociedade não pautada apenas pelo lucro.
É complicado por exemplo, condenar pais de uma criança que morre por negligência a tratamentos médicos reais, idealmente isso deveria ser impedido de acontecer, os pais também são vítimas.