Eu sou um completo analfabeto em termos de arte, mas só posso dizer: Perfeito!
Apesar de que não recusaria um Matisse, se alguém quiser me presentear.
Vou enviar um quadro do Romero Britto pra você, se preferir.
O caso do Romero Britto é um pouco distinto, porque ele não se encaixa bem nessa falta de propósito, estilo e nem mesmo chega a ser "ruim". O que pegou com ele foi a super-exposição que o trabalho dele recebeu, cansando o público que inclusive se deixou levar, eu acho, pela normalização da reclamação contra o cara. Virou moda dar bomba no trabalho dele.
O Matisse também é algo complicado, quando colocado nesses termos. Há que se considerar o contexto de produção, propósito do autor e até mesmo onde e quando as obras se encaixam.
Veja essa escultura do Matisse:
Embora não tenha o mesmo "acabamento" que o Davi, de Michelangelo, é ainda uma obra bonita/agradável para mim e pode ter exercido positiva influência na produção artística da época. Há sempre que se lembrar que a dificuldade de execução de uma obra não é sempre um indicativo de qualidade para "consumo" ou aplicabilidade dela.
Acho que temos que separar, na boa crítica sobre a arte-moderna, o que é bosta real do resto que se subdivide em diversas categorias de "qualidade".
Tirando os pontos mais afetados do vídeo, eu gosto da linha geral. E acho que não precisava da crítica ao esquerdismo ou enfiar algo sobre marxismo-cultural no meio, porque, imagino, deve ser bem capaz que boa parte da arte-moderna tosca deva ser financiada/apreciada/consumida por gente de estirpe bem direitista. Trazer o aspecto político bipolarizado pro discurso deixa sempre provável que a discussão descambará para níveis futebolísticos.