Autor Tópico: Arte Contemporânea: dedada grupal no rabo  (Lida 15142 vezes)

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Offline Onsigbare

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Re:Arte Contemporânea: dedada grupal no rabo
« Resposta #125 Online: 26 de Fevereiro de 2016, 13:57:48 »
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Citação de: Onsigbare em Ontem às 13:52:25
foi sempre assim, tadinho dos que ousaram a sair daquele oficial fazer, como impressionistas, etc.  acho que o vídeo é uma tremenda asneira.

Buckaroo Banzai
Impressionistas não se enquadram bem na mesma categoria de merda enlatada ou mesmo pingos de tinta cuidadosamente espalhados, estão mais dentro dos tradicionalistas, mesmo que em algum momento estivessem inovando (foi algo menos "radical" do que muitas vezes se ouve falar).

Não me referi ao tipo de pintura ou arte, mas repetindo, foi sempre assim, quando alguém ousou, sempre tiveram os críticos para ter nojo, fruto da falta de sensibilidade e visão tradicionalista. Muitos sempre acharam e acharão qualquer tipo de arte sem função produtiva, é perda de tempo, é apenas diversão, e tem aqueles que que não querem sair do conforto da moldura e pinceladas "scanner da realidade". 

Offline Johnny Cash

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Re:Arte Contemporânea: dedada grupal no rabo
« Resposta #126 Online: 26 de Fevereiro de 2016, 13:58:41 »
Só agora me atentei pra uma coisa, o Lakatos quer defender que discursos de avogados, belas demonstrações contábeis, chicote elétrico de carro e similares mundanices não são arte, enquanto uma caixa de papelão jogada no meio da calçada mas explicada por alguém como sendo "algo que propõe novas linguagens entre a aflição humana e a real introspecção global" é sim arte.

Pô, Lakatão.

Obra: A Aflição.
Discurso: A "caixa" deixada assim no meio da rua convida o transeunte a refletir sobre si mesmo, após indagar sua própria origem passa a se questionar "o que tem dentro da caixa?", levando a descobertas de novas linguagens e diálogos entre homem e papel, humano e natureza transformada por mãos desconhecidas, aflitas... Maçã.

Aplausos.

Eu poderia criar uma variação da sua fala dizendo:

"O Lakatos quer defender que uma estrutura extremamente imponente e bem construída como um Boeing 747, com uma tecnologia extremamente avançada e capaz de autonomia de voo de muitas horas, equipamentos de comunicação de última geração, envergadura de mais de 50 metros não é um automóvel enquanto um fusquinha enferrujado e de pneu murcho é.

Pô Lakatão"

Claro que poderia, mas não diria a mesma coisa, nem mesmo de longe.

Vamos chamar a polícia da falsa analogia aqui.

Offline Lakatos

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Re:Arte Contemporânea: dedada grupal no rabo
« Resposta #127 Online: 26 de Fevereiro de 2016, 14:04:25 »
Por que falsa analogia?

Em ambos os casos estão sendo usados os fatores "sofisticação e técnica" para tentar enquadrar algo dentro de uma definição que não depende disso, ao mesmo tempo que estão sendo usados os mesmos fatores para excluir itens legítimos da definição.

Offline Buckaroo Banzai

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Re:Arte Contemporânea: dedada grupal no rabo
« Resposta #128 Online: 26 de Fevereiro de 2016, 14:10:52 »
Você insiste que a "definição não depende disso", mas isso só é verdade a partir da definição ampla para abranger tudo que é "arte moderna" como algo além de "arte performática", que irá necessariamente abranger qualquer coisa que se queira.

A discussão fica meio como ateus falando que deus não existe porque não faz sentido e não há qualquer evidência de um super-cara criador ou mesmo um super-cérebro ou super-mente desprovida de cérebro, e um meio "sem rótulo" dizendo que a definição de "Deus" pode ser "natureza", "universo", "leis da física", então não podemos dizer que "Deus não existe", mesmo que não haja nenhum deus antropomórfico/antropopático ou similar.



O fato de as pessoas associarem arte a algo de valor não nos obriga a usar uma definição que englobe o sentido corrente.

Bem, a definição das palavras é meio que inerentemente o seu sentido, que tenderá a ser o corrente, ou não fugir tanto disso (embora ocorra, então se diz que a definição mudou com o sentido... a primeira o descreve).

Não, é o mesmo caso de dizer que algo não é confiável porque é "apenas uma teoria", utilizando o sentido popular e corrente de teoria como sendo uma conjectura, um palpite. Da mesma forma que a ciência não é obrigada a adequar sua terminologia ao sentido corrente dos termos, inventando outra palavra para designar o que chama de "teoria" no sentido formal, a arte também não é. Se as pessoas acham que arte é alguma coisa impressionante e maravilhosa, isso não obriga o campo artístico a adotar essa definição.

O "campo artístico" tradicionalmente buscou por desenvolvimento técnico e beleza. Só depois de que inventaram que "vale tudo", que o "campo artístico" supostamente abandonou esses critérios e aceitou que arte é qualquer coisa que alguém que se declare artista diga que é arte. Seria mais um caso de inventar-se um novo termo que não distorce o que é históricamente tido como "arte" pelos artistas históricos e pelo público. Ainda que seja questionável a necessidade de um termo para "qualquer coisa vale".

Offline Johnny Cash

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Re:Arte Contemporânea: dedada grupal no rabo
« Resposta #129 Online: 26 de Fevereiro de 2016, 14:11:21 »
Por que falsa analogia?

Em ambos os casos estão sendo usados os fatores "sofisticação e técnica" para tentar enquadrar algo dentro de uma definição que não depende disso, ao mesmo tempo que estão sendo usados os mesmos fatores para excluir itens legítimos da definição.

Nah, sua analogia só serve caso deturpe a definição colocada por mim de arte para justificar meu argumento.

As definições de automóvel são bastante claras, o que não é o caso do assunto em tela.

Deixa pra lá. Os pontos já estão demonstrados e agora os leitores podem pegar suas próprias conclusões. Daqui em diante vai ser enfadonho (pra mim). Próximo tema.

Offline Buckaroo Banzai

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Re:Arte Contemporânea: dedada grupal no rabo
« Resposta #130 Online: 26 de Fevereiro de 2016, 14:26:05 »
Só agora me atentei pra uma coisa, o Lakatos quer defender que discursos de avogados, belas demonstrações contábeis, chicote elétrico de carro e similares mundanices não são arte, enquanto uma caixa de papelão jogada no meio da calçada mas explicada por alguém como sendo "algo que propõe novas linguagens entre a aflição humana e a real introspecção global" é sim arte.

É impossível não cair em lei de Poe, não tem como negar isso. Existe tela branca, música silenciosa*, e talvez até exposição que seja só a parede. O engraçado é que é quase que uma piada contra quem vê nisso "arte". Só ficava mais escancarado se fosse uma exposição/instalação "novas roupas do imperador" e colocassem lá um cara sentado pelado num trono, de coroa.


* literalmente, não estou falando de "the sound of silence".

Offline Gaúcho

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Re:Arte Contemporânea: dedada grupal no rabo
« Resposta #131 Online: 26 de Fevereiro de 2016, 14:31:35 »
Música silenciosa pode ser uma boa para aquelas horas que você está com vontade de ouvir músicas, mas não está com vontade de ouvir música.
"— A democracia em uma sociedade livre exige que os governados saibam o que fazem os governantes, mesmo quando estes buscam agir protegidos pelas sombras." Sérgio Moro

Offline Lakatos

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Re:Arte Contemporânea: dedada grupal no rabo
« Resposta #132 Online: 26 de Fevereiro de 2016, 14:32:09 »
Você insiste que a "definição não depende disso", mas isso só é verdade a partir da definição ampla para abranger tudo que é "arte moderna" como algo além de "arte performática", que irá necessariamente abranger qualquer coisa que se queira.

A discussão fica meio como ateus falando que deus não existe porque não faz sentido e não há qualquer evidência de um super-cara criador ou mesmo um super-cérebro ou super-mente desprovida de cérebro, e um meio "sem rótulo" dizendo que a definição de "Deus" pode ser "natureza", "universo", "leis da física", então não podemos dizer que "Deus não existe", mesmo que não haja nenhum deus antropomórfico/antropopático ou similar.

Não é que eu estou deliberadamente alargando a definição, é que todas as propostas restritivas que foram propostas geram alguma consequência absurda como excluir algo que todo mundo considera arte ou incluir algo que ninguém considera arte.

Ou seja, partimos de dois pressupostos que provavelmente são unânimes aqui:

(1) tanto coisas sofisticadas como a Mona Lisa, o Davi de Michelangelo, O Rei Lear, a Vênus de Boticelli quanto coisas não tão sofisticadas como a música dos índios Xavantes e a pintura rupestre da França são arte;

(2) há coisas que mesmo sendo difíceis e sofisticadas não são arte, como escalar o Monte Everest, calcular a raiz quadrada de 4827494 mentalmente ou consertar o motor de um avião.

De (1) concluímos que sofisticação não é requisito necessário para a definição de arte, e de (2) concluímos que sofisticação não é requisito suficiente para a definição de arte.

Tendo em vista isso, qual seria a melhor definição de arte? A meu ver, a menos arbitrária e mais coerente com o sentido utilizado do termo em galerias, manuais, cursos, etc. é que a arte é qualquer manifestação humana com finalidade estética. Aí, uma das consequências disso é que o que chamamos de arte conceitual (Duchamp, Mondrian, Kandinsky e arte performática de rua, intervenções polêmicas, caixa de papelão etc.) também estaria incluído nessa definição.

Se alguém tiver uma ideia de definição que respeite (1) e (2) e que seja menos arbitrária que a minha, estarei curioso para ler. Até o momento as definições propostas foram excludentes com tudo o que é pouco elaborado. Na tentativa de excluir a arte contemporânea do conceito de arte, excluíram também a arte rupestre, boa parte da arte tribal e outras manifestações tidas como arte legítima mesmo por quem não gosta.

Offline Lakatos

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Re:Arte Contemporânea: dedada grupal no rabo
« Resposta #133 Online: 26 de Fevereiro de 2016, 14:32:34 »
Música silenciosa pode ser uma boa para aquelas horas que você está com vontade de ouvir músicas, mas não está com vontade de ouvir música.

4"33 de John Cage.

Offline Lorentz

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Re:Arte Contemporânea: dedada grupal no rabo
« Resposta #134 Online: 26 de Fevereiro de 2016, 14:34:13 »
* literalmente, não estou falando de "the sound of silence".

Será que os audiófilos só ouviriam esta música num CD e cabos de alta qualidade ou admitiriam que um mp3 com compressão média bastaria?
"Amy, technology isn't intrinsically good or bad. It's all in how you use it, like the death ray." - Professor Hubert J. Farnsworth

Offline Lorentz

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Re:Arte Contemporânea: dedada grupal no rabo
« Resposta #135 Online: 26 de Fevereiro de 2016, 14:37:39 »
Você insiste que a "definição não depende disso", mas isso só é verdade a partir da definição ampla para abranger tudo que é "arte moderna" como algo além de "arte performática", que irá necessariamente abranger qualquer coisa que se queira.

A discussão fica meio como ateus falando que deus não existe porque não faz sentido e não há qualquer evidência de um super-cara criador ou mesmo um super-cérebro ou super-mente desprovida de cérebro, e um meio "sem rótulo" dizendo que a definição de "Deus" pode ser "natureza", "universo", "leis da física", então não podemos dizer que "Deus não existe", mesmo que não haja nenhum deus antropomórfico/antropopático ou similar.

Não é que eu estou deliberadamente alargando a definição, é que todas as propostas restritivas que foram propostas geram alguma consequência absurda como excluir algo que todo mundo considera arte ou incluir algo que ninguém considera arte.

Ou seja, partimos de dois pressupostos que provavelmente são unânimes aqui:

(1) tanto coisas sofisticadas como a Mona Lisa, o Davi de Michelangelo, O Rei Lear, a Vênus de Boticelli quanto coisas não tão sofisticadas como a música dos índios Xavantes e a pintura rupestre da França são arte;

(2) há coisas que mesmo sendo difíceis e sofisticadas não são arte, como escalar o Monte Everest, calcular a raiz quadrada de 4827494 mentalmente ou consertar o motor de um avião.

De (1) concluímos que sofisticação não é requisito necessário para a definição de arte, e de (2) concluímos que sofisticação não é requisito suficiente para a definição de arte.

Tendo em vista isso, qual seria a melhor definição de arte? A meu ver, a menos arbitrária e mais coerente com o sentido utilizado do termo em galerias, manuais, cursos, etc. é que a arte é qualquer manifestação humana com finalidade estética. Aí, uma das consequências disso é que o que chamamos de arte conceitual (Duchamp, Mondrian, Kandinsky e arte performática de rua, intervenções polêmicas, caixa de papelão etc.) também estaria incluído nessa definição.

Se alguém tiver uma ideia de definição que respeite (1) e (2) e que seja menos arbitrária que a minha, estarei curioso para ler. Até o momento as definições propostas foram excludentes com tudo o que é pouco elaborado. Na tentativa de excluir a arte contemporânea do conceito de arte, excluíram também a arte rupestre, boa parte da arte tribal e outras manifestações tidas como arte legítima mesmo por quem não gosta.

Ou seja, tanto um fusca velho e enferrujado quanto um carro conceito da Tesla 100% elétrico são automóveis. Ok. Mas em qual museu do automóvel ou salão do automóvel este fusca é exibido? Se exibirem um fusca, concorda que seria o mais conservado e polido possível? A questão não é somente o que é arte, mas ter um mínimo de bom gosto ao selecionar essas peças em grandes eventos ou exposições. O que não dá é igualar tudo porque "tudo é arte".
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Offline Johnny Cash

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Re:Arte Contemporânea: dedada grupal no rabo
« Resposta #136 Online: 26 de Fevereiro de 2016, 14:43:53 »
Você insiste que a "definição não depende disso", mas isso só é verdade a partir da definição ampla para abranger tudo que é "arte moderna" como algo além de "arte performática", que irá necessariamente abranger qualquer coisa que se queira.

A discussão fica meio como ateus falando que deus não existe porque não faz sentido e não há qualquer evidência de um super-cara criador ou mesmo um super-cérebro ou super-mente desprovida de cérebro, e um meio "sem rótulo" dizendo que a definição de "Deus" pode ser "natureza", "universo", "leis da física", então não podemos dizer que "Deus não existe", mesmo que não haja nenhum deus antropomórfico/antropopático ou similar.

Não é que eu estou deliberadamente alargando a definição, é que todas as propostas restritivas que foram propostas geram alguma consequência absurda como excluir algo que todo mundo considera arte ou incluir algo que ninguém considera arte.

Ou seja, partimos de dois pressupostos que provavelmente são unânimes aqui:

(1) tanto coisas sofisticadas como a Mona Lisa, o Davi de Michelangelo, O Rei Lear, a Vênus de Boticelli quanto coisas não tão sofisticadas como a música dos índios Xavantes e a pintura rupestre da França são arte;

(2) há coisas que mesmo sendo difíceis e sofisticadas não são arte, como escalar o Monte Everest, calcular a raiz quadrada de 4827494 mentalmente ou consertar o motor de um avião.

Tive que voltar pq não é unânime. Eu não concordo com o 2. Pra mim, escalar o Monte Everest e calcular a raiz quadrada de 4827494 mentalmente ou consertar o motor de um avião são arte, podem ser exibidos e até aplaudidos. Podem ser explicados com baboseira e com argumentos sérios.

Meio osso, isso.


Até o momento as definições propostas foram excludentes com tudo o que é pouco elaborado. Na tentativa de excluir a arte contemporânea do conceito de arte, excluíram também a arte rupestre, boa parte da arte tribal e outras manifestações tidas como arte legítima mesmo por quem não gosta.

Mentira, eu pelo menos nunca tentei excluir "arte contemporânea", essa é uma intitulação para desclassificar foristas que como eu estamos apenas tentando desclassificar o lixo, coisa que parece que é pra pegar bobo, merda pura ou similares.

A arte rupestre é resultado de atividade humana em algum grau elaborada. Completamente de acordo com o que eu havia primeiramente proposto.

Na maior parte do tempo aqui, você é que tem pretendido excluir muita coisa do que é arte.

Offline Lakatos

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Re:Arte Contemporânea: dedada grupal no rabo
« Resposta #137 Online: 26 de Fevereiro de 2016, 14:45:23 »
Ou seja, tanto um fusca velho e enferrujado quanto um carro conceito da Tesla 100% elétrico são automóveis. Ok. Mas em qual museu do automóvel ou salão do automóvel este fusca é exibido? Se exibirem um fusca, concorda que seria o mais conservado e polido possível? A questão não é somente o que é arte, mas ter um mínimo de bom gosto ao selecionar essas peças em grandes eventos ou exposições. O que não dá é igualar tudo porque "tudo é arte".

O objetivo da feira não é exibir o que esteja mais dentro possível da definição de automóvel. A feira expõe o que as pessoas têm curiosidade e interesse de ver. Eu tenho todo o direito do mundo e ninguém vai encher meu saco se eu quiser montar uma exposição com grandes obras artísticas do repertório clássico, encher uma galeria com Da Vinci, Michelangelo, Boticelli, etc. É até bem provável que essa feira se financie, pois gerará grande interesse público, o que é ótimo. O problema é se eu, no papel de dono da feira, começar a dizer que o cara da feira vizinha que expõe coisas que eu acho feias não está expondo arte porque são coisas que eu acho feias, que não me causam prazer, que não me deixam interessado.

Offline Lakatos

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Re:Arte Contemporânea: dedada grupal no rabo
« Resposta #138 Online: 26 de Fevereiro de 2016, 14:55:17 »

Tive que voltar pq não é unânime. Eu não concordo com o 2. Pra mim, escalar o Monte Everest e calcular a raiz quadrada de 4827494 mentalmente ou consertar o motor de um avião são arte, podem ser exibidos e até aplaudidos. Podem ser explicados com baboseira e com argumentos sérios.

Meio osso, isso.

Tá, admito que é possível que essas coisas sejam consideradas arte se forem feitas com a intenção de expressão estética. Mas, falando sério, você acha que quando não é esse o caso, ou seja, quando o cara conserta o motor simplesmente porque é o trabalho dele, sem nenhuma intenção de expressar qualquer condição pessoal subjetiva ou estética, sem intenção de "fazer arte", ainda assim é arte simplesmente por causa da natureza do trabalho dele?

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Mentira, eu pelo menos nunca tentei excluir "arte contemporânea", essa é uma intitulação para desclassificar foristas que como eu estamos apenas tentando desclassificar o lixo, coisa que parece que é pra pegar bobo, merda pura ou similares.

A arte rupestre é resultado de atividade humana em algum grau elaborada. Completamente de acordo com o que eu havia primeiramente proposto.

Na maior parte do tempo aqui, você é que tem pretendido excluir muita coisa do que é arte.

Tá, mas é lixo por que exatamente além do simples "porque eu acho que é lixo e não entendi pra que serve"?

Offline Geotecton

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Re:Arte Contemporânea: dedada grupal no rabo
« Resposta #139 Online: 26 de Fevereiro de 2016, 15:48:41 »
[...]
Se alguém tiver uma ideia de definição que respeite (1) e (2) e que seja menos arbitrária que a minha, estarei curioso para ler. Até o momento as definições propostas foram excludentes com tudo o que é pouco elaborado. Na tentativa de excluir a arte contemporânea do conceito de arte, excluíram também a arte rupestre, boa parte da arte tribal e outras manifestações tidas como arte legítima mesmo por quem não gosta.

Quem pode afirmar, com certeza absoluta, que os autores de registros visuais rupestres queriam expor algum conceito estético? Eu conheci, in loco, diversas pinturas que podem não representar um 'conceito estético' mas tão somente um registro instantâneo de algum acontecimento relevante daquela tribo, como a caçada de algum grande mamífero.
Foto USGS

Offline Lakatos

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Re:Arte Contemporânea: dedada grupal no rabo
« Resposta #140 Online: 26 de Fevereiro de 2016, 16:22:35 »
Não podemos afirmar nada com certeza absoluta, mas a tese mais aceita entre os estudiosos atualmente é que as pinturas rupestres faziam parte de uma modalidade ritualística conhecida como "preditivismo", sendo portanto peças de arte religiosa. A tese de que eram registros meramente técnicos ou "jornalísticos" (e que nem por isso deixariam necessariamente de ser artísticos) não tem muito apoio na academia.

Offline Johnny Cash

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Re:Arte Contemporânea: dedada grupal no rabo
« Resposta #141 Online: 01 de Março de 2016, 14:59:36 »
Pegaram uma série de "pinturas" feitas por crianças de 4 anos (toddlers) expostas em geladeiras por aí, e outra de artistas profissionais expostas no MoMA (Museum of Modern Art), e colocaram em um teste pra verificar quantas as pessoas conseguiam adivinhar a origem...

O quiz pode ser acessado através do link: http://www.buzzfeed.com/jenlewis/quiz-can-you-tell-the-difference-between-modern-art-and-art

Eu tive um resultado ridículo de 3/11.

Offline homemcinza

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Re:Arte Contemporânea: dedada grupal no rabo
« Resposta #142 Online: 01 de Março de 2016, 15:06:19 »
You got 7 out of 11 right!
You did better than 80% of those who took this quiz!



Errei os 4 primeiros. Mas peguei o jeito depois do 5º e  acertei todos os outros :hihi:

mas tem uma critica interessante nos comentarios apontando que foram pegos apenas detalhes de alguns quadros. O ideal seria mesmo pegar os quadros inteiros...
Ceticismo é para poucos!

Offline homemcinza

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« Última modificação: 01 de Março de 2016, 15:34:17 por homemcinza »
Ceticismo é para poucos!

Offline Rocky Joe

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Re:Arte Contemporânea: dedada grupal no rabo
« Resposta #144 Online: 01 de Março de 2016, 15:43:07 »
Acertei 9 de 11. Teve um que eu errei que, meu Deus, a criança tem talento.

Offline Buckaroo Banzai

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Re:Arte Contemporânea: dedada grupal no rabo
« Resposta #145 Online: 01 de Março de 2016, 16:18:01 »
QUIZ: Can You Tell The Difference Between Modern Art And Paintings By Toddlers?

You got 2 out of 11 right!


Eu juro que não tentei "trapacear" para me dar um resultado pior. Achava que fosse ser até algo meio "no sentido contrário", pretendendo mostrar como as pessoas intuitivamente reconhecem arte de artistas vs algo infantil.

Fora isso, Picasso disse algo como, "eu demorei a vida toda para conseguir pintar como uma criança". Então se são tão confundidas, isso mostra o sucesso dos modernistas.




* literalmente, não estou falando de "the sound of silence".

Será que os audiófilos só ouviriam esta música num CD e cabos de alta qualidade ou admitiriam que um mp3 com compressão média bastaria?

Nada se compara a ir não ouvir a orquestra ao vivo numa câmara.

Estou pensando em produzir um longa baseado nesses princípios minimalistas também. Vou ver se consigo apoio na lei Rouanet. Talvez uma peça com temática similar. É algo difícil de ser trabalhado, mas em compensação facilita muito na hora de escolher o elenco e os ensaios.

Offline Lorentz

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Re:Arte Contemporânea: dedada grupal no rabo
« Resposta #146 Online: 01 de Março de 2016, 16:52:08 »
Acertei 9 de 11. Teve um que eu errei que, meu Deus, a criança tem talento.

Parabéns. Você pode ensinar o segredo?

Eu acertei 3.
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Offline Lakatos

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Re:Arte Contemporânea: dedada grupal no rabo
« Resposta #147 Online: 01 de Março de 2016, 17:07:48 »
Não vejo como um touché contra o que defendi aqui que crianças sejam capazes de produzir arte genuína. Achei divertido o teste, errei a maioria também.

Já fiz outro em que o objetivo era tentar diferenciar arte fotorrealista de fotografias.

Offline Johnny Cash

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Re:Arte Contemporânea: dedada grupal no rabo
« Resposta #148 Online: 01 de Março de 2016, 17:10:34 »
Não vejo como um touché contra o que defendi aqui que crianças sejam capazes de produzir arte genuína. Achei divertido o teste, errei a maioria também.

Já fiz outro em que o objetivo era tentar diferenciar arte fotorrealista de fotografias.

Nem tive intenção de colocar o teste como algo que "provasse" um dos lados, até pq de acordo com minha linha argumentativa, eu defendo que crianças possam criar/fazer arte.

Offline Lakatos

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Re:Arte Contemporânea: dedada grupal no rabo
« Resposta #149 Online: 01 de Março de 2016, 17:41:24 »
Não vejo como um touché contra o que defendi aqui que crianças sejam capazes de produzir arte genuína. Achei divertido o teste, errei a maioria também.

Já fiz outro em que o objetivo era tentar diferenciar arte fotorrealista de fotografias.

Nem tive intenção de colocar o teste como algo que "provasse" um dos lados, até pq de acordo com minha linha argumentativa, eu defendo que crianças possam criar/fazer arte.

 :ok:

 

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