Autor Tópico: MBL - Movimento Brasil Livre  (Lida 35518 vezes)

0 Membros e 2 Visitantes estão vendo este tópico.

Offline Diegojaf

  • Moderadores Globais
  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 24.204
  • Sexo: Masculino
  • Bu...
Re:MBL - Movimento Brasil Livre
« Resposta #525 Online: 29 de Setembro de 2017, 13:38:19 »
Eu quero uma diminuição do estado em áreas da economia. Acho-o importante no setor de fiscalização e controle, desde que não controlados por políticos.
Dificilmente isso ocorreria. Se existem agências de controle cujo controle não seja por indicação política, devem ser poucas.

Não há como comparar isto. Primeiro porque você faria isto eventualmente, de tal modo que você pode se dedicar algumas horas ou dias, ao passo que uma empresa seria muito mais frequente, ao que aumenta o seu custo. E, segundo, você como comprador ou usuário não é responsabilizado por atos do vendedor. Pelo contrário, se você tivesse algum problema seria considerado um 'terceiro de boa fé'. Com as empresas, tal não ocorre, sendo elas já responsabilizadas por atos das contratadas, mesmo não tendo nenhuma relação com estas.
Claro que há. Até mesmo pela frequência, isso deveria ser muito mais fácil e barato para empresas (como o é, de fato). O que ocorre é que elas preferem não saber e poder utilizar o "plausible denial" depois.

E o "terceiro de boa fé" deve ser demonstrado por meio de processo, com o a verificação de que todos os cuidados esperados foram tomados, não é algo "de ofício". Se eu compro um carro com chassi frio, se não demonstrar que tomei todos os cuidados esperados, respondo por receptação, normalmente. Se eu adquiro um imóvel e não checo as dívidas que nele haviam, pago todos os impostos.

Por que eu deveria exigir menos cuidados de uma empresa quando ela faz um contrato de terceirização com quem, até onde ela não se interessa em saber, pode estar utilizando trabalho escravo ou deixando de recolher contribuição previdenciária? Se do cidadão é exigido esse cuidado, da empresa não se deve esperar menos.


Hoje o estado não faz p... nenhuma para coibir as ações de pilantras, por pura incompetência, e ainda quer que as empresas façam o papel dele e o financiemos.

Muito tranquilo esse raciocínio. Se o Estado não tem capacidade de impedir, eu não preciso fazer minha parte.
"De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça. De tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto." - Rui Barbosa

http://umzumbipordia.blogspot.com - Porque a natureza te odeia e a epidemia zumbi é só a cereja no topo do delicioso sundae de horror que é a vida.

Offline Geotecton

  • Moderadores Globais
  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 28.345
  • Sexo: Masculino
Re:MBL - Movimento Brasil Livre
« Resposta #526 Online: 29 de Setembro de 2017, 13:48:47 »
Hoje o estado não faz p... nenhuma para coibir as ações de pilantras, por pura incompetência, e ainda quer que as empresas façam o papel dele e o financiemos.
Muito tranquilo esse raciocínio. Se o Estado não tem capacidade de impedir, eu não preciso fazer minha parte.

Sim. É exatamente isto.

Vou citar um exemplo mais fácil de compreender a sordidez do estado.

Em 2013 a RFB publicou uma instrução normativa, juntamente com o COAF, obrigando os contadores a os informarem sobre 'movimentações financeiras ou patrimoniais anômalas' das empresas ou dos seus sócios, acompanhadas da respectiva documentação.

Ora, em um escritório como o meu, com 150 clientes (ainda assim, um escritório pequeno), não há como eu ficar esmiuçando todas as movimentações financeiras dos clientes, em especial aqueles que fazem os pagamentos de natureza particular, acompanhadas de documentos. A minha precaução é que no contrato de prestação de serviços, há previsão de que o cliente deve fornecer estas informações. Até aqui, tudo bem.

O absurdo é quando o (incompetente) estado brasileiro quer delegar a mim uma atribuição que é dele, sem me remunerar e, pior, ainda quer imputar responsabilidade, solidária ou não, sobre isto.
Foto USGS

Offline Diegojaf

  • Moderadores Globais
  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 24.204
  • Sexo: Masculino
  • Bu...
Re:MBL - Movimento Brasil Livre
« Resposta #527 Online: 29 de Setembro de 2017, 13:49:53 »
Hoje o estado não faz p... nenhuma para coibir as ações de pilantras, por pura incompetência, e ainda quer que as empresas façam o papel dele e o financiemos.
Muito tranquilo esse raciocínio. Se o Estado não tem capacidade de impedir, eu não preciso fazer minha parte.

Sim. É exatamente isto.

Vou citar um exemplo mais fácil de compreender a sordidez do estado.

Em 2013 a RFB publicou uma instrução normativa, juntamente com o COAF, obrigando os contadores a os informarem sobre 'movimentações financeiras ou patrimoniais anômalas' das empresas ou dos seus sócios, acompanhadas da respectiva documentação.

Ora, em um escritório como o meu, com 150 clientes (ainda assim, um escritório pequeno), não há como eu ficar esmiuçando todas as movimentações financeiras dos clientes, em especial aqueles que fazem os pagamentos de natureza particular, acompanhadas de documentos. A minha precaução é que no contrato de prestação de serviços, há previsão de que o cliente deve fornecer estas informações. Até aqui, tudo bem.

O absurdo é quando o (incompetente) estado brasileiro quer delegar a mim uma atribuição que é dele, sem me remunerar e, pio, ainda quer imputar responsabilidade, solida´ria ou não, sobre isto.

Evidência anedótica. Eu cito o mesmo número de casos contrários e anulo suas situações.
"De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça. De tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto." - Rui Barbosa

http://umzumbipordia.blogspot.com - Porque a natureza te odeia e a epidemia zumbi é só a cereja no topo do delicioso sundae de horror que é a vida.

Offline Geotecton

  • Moderadores Globais
  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 28.345
  • Sexo: Masculino
Re:MBL - Movimento Brasil Livre
« Resposta #528 Online: 29 de Setembro de 2017, 13:52:59 »
Hoje o estado não faz p... nenhuma para coibir as ações de pilantras, por pura incompetência, e ainda quer que as empresas façam o papel dele e o financiemos.
Muito tranquilo esse raciocínio. Se o Estado não tem capacidade de impedir, eu não preciso fazer minha parte.

Sim. É exatamente isto.

Vou citar um exemplo mais fácil de compreender a sordidez do estado.

Em 2013 a RFB publicou uma instrução normativa, juntamente com o COAF, obrigando os contadores a os informarem sobre 'movimentações financeiras ou patrimoniais anômalas' das empresas ou dos seus sócios, acompanhadas da respectiva documentação.

Ora, em um escritório como o meu, com 150 clientes (ainda assim, um escritório pequeno), não há como eu ficar esmiuçando todas as movimentações financeiras dos clientes, em especial aqueles que fazem os pagamentos de natureza particular, acompanhadas de documentos. A minha precaução é que no contrato de prestação de serviços, há previsão de que o cliente deve fornecer estas informações. Até aqui, tudo bem.

O absurdo é quando o (incompetente) estado brasileiro quer delegar a mim uma atribuição que é dele, sem me remunerar e, pior, ainda quer imputar responsabilidade, solidária ou não, sobre isto.

Evidência anedótica. Eu cito o mesmo número de casos contrários e anulo suas situações.

Não, não é anedótica.

Basta ler a instrução normativa.

Sobre qual caso contrário você se refere?
Foto USGS

Offline Diegojaf

  • Moderadores Globais
  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 24.204
  • Sexo: Masculino
  • Bu...
Re:MBL - Movimento Brasil Livre
« Resposta #529 Online: 29 de Setembro de 2017, 13:55:27 »
Sobre qual caso contrário você se refere?

Demonstrando a "sordidez" do empresário.
"De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça. De tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto." - Rui Barbosa

http://umzumbipordia.blogspot.com - Porque a natureza te odeia e a epidemia zumbi é só a cereja no topo do delicioso sundae de horror que é a vida.

Offline Geotecton

  • Moderadores Globais
  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 28.345
  • Sexo: Masculino
Re:MBL - Movimento Brasil Livre
« Resposta #530 Online: 29 de Setembro de 2017, 14:01:23 »
Sobre qual caso contrário você se refere?
Demonstrando a "sordidez" do empresário.

E eles existem. Aos borbotões. Nunca neguei isto.

Mas quem detém o poder discricionário é o estado e não os empresários.

Ele é a fonte primária do "mal", como diria Locke.
Foto USGS

Offline Diegojaf

  • Moderadores Globais
  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 24.204
  • Sexo: Masculino
  • Bu...
Re:MBL - Movimento Brasil Livre
« Resposta #531 Online: 29 de Setembro de 2017, 14:22:05 »
Sobre qual caso contrário você se refere?
Demonstrando a "sordidez" do empresário.

E eles existem. Aos borbotões. Nunca neguei isto.

Mas quem detém o poder discricionário é o estado e não os empresários.

Ele é a fonte primária do "mal", como diria Locke.

Claro, claro. Esse ser concreto, dotado de vontade própria e cujos dirigentes e tomadores de decisões vêm de outro planeta. Da última vez que olhei, mais de 50% dos deputados eram empresários. Mas tenho certeza de que o "Estado" foi quem corrompeu eles... ::)
"De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça. De tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto." - Rui Barbosa

http://umzumbipordia.blogspot.com - Porque a natureza te odeia e a epidemia zumbi é só a cereja no topo do delicioso sundae de horror que é a vida.

Offline Skeptikós

  • Nível 40
  • *
  • Mensagens: 4.125
  • Sexo: Masculino
  • Séxtos Empeirikós
Re:MBL - Movimento Brasil Livre
« Resposta #532 Online: 29 de Setembro de 2017, 14:39:39 »
Por que eu deveria exigir menos cuidados de uma empresa quando ela faz um contrato de terceirização com quem, até onde ela não se interessa em saber, pode estar utilizando trabalho escravo ou deixando de recolher contribuição previdenciária? Se do cidadão é exigido esse cuidado, da empresa não se deve esperar menos.
E digo mais, dependendo das obrigações firmadas em contrato, é impossível a empresa contratante não saber que a única forma da terceirizada cumpri-lo seria empregando profissionais em situação inadequada (E essa situação só existira por causa do contrato firmado entre a terceirizada e a empresa contratante [que na maioria dos casos é quem dita as regras do contrato]). Em muitos casos a contratante pode fazer isso de má fé desde o início, com o objetivo de baixar seus custos de produção enquanto pensa que pode transferir toda a responsabilidade de eventuais processos judiciais por condições inadequadas de trabalho para a empresa terceirizada.
"Che non men che saper dubbiar m'aggrada."
"E, não menos que saber, duvidar me agrada."

Dante, Inferno, XI, 93; cit. p/ Montaigne, Os ensaios, Uma seleção, I, XXV, p. 93; org. de M. A. Screech, trad. de Rosa Freire D'aguiar

Offline Skeptikós

  • Nível 40
  • *
  • Mensagens: 4.125
  • Sexo: Masculino
  • Séxtos Empeirikós
Re:MBL - Movimento Brasil Livre
« Resposta #533 Online: 29 de Setembro de 2017, 14:45:31 »
Estou de acordo com o Diego. Ainda mais se ficar provado que a empresa tinha conhecimento das condições de trabalho dos funcionários da empresa terceirizada. Se eu pagou uma merreca para uma empresa terceirizada, sabendo que isso levará a condições inadequadas de trabalho para os funcionários terceirizados desta empresa, eu devo ser responsabilizado sim. E a ação do MPT de RN é neste sentido. Se corresponde com a realidade, aí já não sei.

De maneira alguma.

Daqui a pouco as empresas serão responsabilizadas por tudo, tirando das pessoas físicas e principalmente do estado quaisquer ônus.

Porque você não sugere, Skeptikós, uma punição severa e solidária para as pessoas físicas que compram produtos que foram gerados em condições de saúde desfavoráveis para os trabalhadores ou de agressão intensa ao meio ambiente?
Guardando as devidas proporções esse deveria ser o caso. É claro que uma grande empresa tem muito mais recursos para saber se está ou não contribuindo com a perpetuação de trabalho escravo e condições insalubres e perigosas que violam leis trabalhistas quando firma um contrato duradouro com uma empresa terceirizada do que um simples cliente que entra em contato com um vendedor eventualmente e por um curto espaço de tempo. Fora o fato que a empresa conta com um exército de profissionais contratados especialmente para analisar contratos e investigar a situação das empresas com quem faz negócio. Então a lei deve ser mais rígida para empresas do que para clientes físicos.
"Che non men che saper dubbiar m'aggrada."
"E, não menos que saber, duvidar me agrada."

Dante, Inferno, XI, 93; cit. p/ Montaigne, Os ensaios, Uma seleção, I, XXV, p. 93; org. de M. A. Screech, trad. de Rosa Freire D'aguiar

Offline Geotecton

  • Moderadores Globais
  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 28.345
  • Sexo: Masculino
Re:MBL - Movimento Brasil Livre
« Resposta #534 Online: 29 de Setembro de 2017, 14:58:56 »
Sobre qual caso contrário você se refere?
Demonstrando a "sordidez" do empresário.

E eles existem. Aos borbotões. Nunca neguei isto.

Mas quem detém o poder discricionário é o estado e não os empresários.

Ele é a fonte primária do "mal", como diria Locke.
Claro, claro. Esse ser concreto, dotado de vontade própria e cujos dirigentes e tomadores de decisões vêm de outro planeta.

Se for usar este argumento (desculpa!) de que o estado é um ente etéreo, nunca ele poderá ser responsabilizado por nada.


Da última vez que olhei, mais de 50% dos deputados eram empresários. Mas tenho certeza de que o "Estado" foi quem corrompeu eles... ::)

Eles praticaram a corrupção por serem empresários ou por estarem com o poder do estado em mãos? E os outros 50% eram o que?

E as centenas de funcionários públicos que praticaram (e mais os que praticam!) corrupção no dia a dia não contam?
Foto USGS

Offline Geotecton

  • Moderadores Globais
  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 28.345
  • Sexo: Masculino
Re:MBL - Movimento Brasil Livre
« Resposta #535 Online: 29 de Setembro de 2017, 15:10:03 »
Estou de acordo com o Diego. Ainda mais se ficar provado que a empresa tinha conhecimento das condições de trabalho dos funcionários da empresa terceirizada. Se eu pagou uma merreca para uma empresa terceirizada, sabendo que isso levará a condições inadequadas de trabalho para os funcionários terceirizados desta empresa, eu devo ser responsabilizado sim. E a ação do MPT de RN é neste sentido. Se corresponde com a realidade, aí já não sei.

De maneira alguma.

Daqui a pouco as empresas serão responsabilizadas por tudo, tirando das pessoas físicas e principalmente do estado quaisquer ônus.

Porque você não sugere, Skeptikós, uma punição severa e solidária para as pessoas físicas que compram produtos que foram gerados em condições de saúde desfavoráveis para os trabalhadores ou de agressão intensa ao meio ambiente?
Guardando as devidas proporções esse deveria ser o caso. É claro que uma grande empresa tem muito mais recursos para saber se está ou não contribuindo com a perpetuação de trabalho escravo e condições insalubres e perigosas que violam leis trabalhistas quando firma um contrato duradouro com uma empresa terceirizada do que um simples cliente que entra em contato com um vendedor eventualmente e por um curto espaço de tempo. Fora o fato que a empresa conta com um exército de profissionais contratados especialmente para analisar contratos e investigar a situação das empresas com quem faz negócio. Então a lei deve ser mais rígida para empresas do que para clientes físicos.

Eu não sei qual é a realidade em que vocês vivem, mas o fato é que as pequenas e médias empresas não tem a menor possibilidade financeira de manterem pessoas para este tipo de controle.

E não!, a lei não deve ser mais rígida com as empresas. Ela o é apenas porque é mais fácil 'bater' nas empresas, os representantes de Lúcifer na Terra, do que fiscalizar e processar milhares de pessoas, que afinal são a 'voz de deus'.  :lol:
Foto USGS

Offline Fernando Silva

  • Conselheiros
  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 7.503
Re:MBL - Movimento Brasil Livre
« Resposta #536 Online: 30 de Setembro de 2017, 13:03:22 »
Citar
Moysés Pinto Neto   30-09-2017

O MBL promove uma agressiva campanha de agenciamento virtual pensando no ano que vem. Ela passa pelas pautas morais e se liga ao conservadorismo brasileiro, deixando de lado a estratégia que até então seguira da alt-right norte-americana. O foco é criar polêmicas que associem a esquerda à corrupção da juventude, coisa velha que nem Sócrates.

Há dois nomes para qualificar a recente polêmica suscitada pelo movimento:

a) o primeiro é CORTINA DE FUMAÇA. O MBL apoia Temer, como apoiou Cunha e Aécio, e hoje vê seu governo derretendo em 3% de popularidade. Da mesma forma que na polêmica anterior do QueerMuseum, o MBL joga um fato escandaloso online para encobrir sua posição desconfortável de governista e não ter que responder diante das acusações que sofre todo primeiro escalão do Planalto e das reformas impopulares;

b) o segundo é GESTÃO DE CRISE. Os dois casos foram lançados num ambiente em que a grande mídia tradicional -- Globo, Folha, Estadão, Zero Hora -- dissocia-se do movimento e procura uma solução mais liberal, sem embarcar no conservadorismo retrógrado e autoritário brasileiro. O Novo, nova força liberal institucional, ataca o MBL pelo seu governismo, e as prefeituras conquistadas com apoio do movimento sofrem críticas severas da população e pretendem aumentar impostos.

Como fugir dessa tempestade perfeita? Deslocando a questão para o imaginário do comunista-comedor-de-criancinhas. É fácil, simples, barato e eficaz.

Não é uma fórmula, mas tenho pensado que lidar com o MBL significa levar em conta ao menos três questões:

a) no momento atual, a grande mídia e as instituições são muito mais confiáveis que a indústria de fake news que provoca as turbas;
b) o MBL não está interessado em coerência alguma, eles simplesmente usam o que funciona, independentemente do conteúdo;
c) o MBL não é essencialmente liberal, conservador ou fascista. É um movimento de carreiristas que aproveitaram uma janela aberta. O MBL é candidato a ser o novo PMDB da era pós-Internet. Mas pode ser engolido pela turba fascista que está despertando.

https://www.facebook.com/moyses.pintoneto/posts/1511517698916014

Offline Diegojaf

  • Moderadores Globais
  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 24.204
  • Sexo: Masculino
  • Bu...
Re:MBL - Movimento Brasil Livre
« Resposta #537 Online: 04 de Outubro de 2017, 21:20:10 »
O GRUPO DA MÃO INVISÍVEL: Dois meses de conversas no WhatsApp do MBL

“Espero, de coração, q a tese q a gente defende (aliança entre setores modernos da economia + agro + evangelicos) seja aplicada). É a melhor forma de termos um pacto político de centro-direita, q dialoga com o campo e com a classe C.”

"De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça. De tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto." - Rui Barbosa

http://umzumbipordia.blogspot.com - Porque a natureza te odeia e a epidemia zumbi é só a cereja no topo do delicioso sundae de horror que é a vida.

Offline Lorentz

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 10.735
  • Sexo: Masculino
Re:MBL - Movimento Brasil Livre
« Resposta #538 Online: 04 de Outubro de 2017, 22:23:56 »
O GRUPO DA MÃO INVISÍVEL: Dois meses de conversas no WhatsApp do MBL

“Espero, de coração, q a tese q a gente defende (aliança entre setores modernos da economia + agro + evangelicos) seja aplicada). É a melhor forma de termos um pacto político de centro-direita, q dialoga com o campo e com a classe C.”



A Piauí queria um escândalo e encontrou textos do MBL criticando os caciques do PSDB.
"Amy, technology isn't intrinsically good or bad. It's all in how you use it, like the death ray." - Professor Hubert J. Farnsworth

Offline Lorentz

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 10.735
  • Sexo: Masculino
Re:MBL - Movimento Brasil Livre
« Resposta #539 Online: 04 de Outubro de 2017, 22:31:43 »
Citar
Moysés Pinto Neto   30-09-2017

O MBL promove uma agressiva campanha de agenciamento virtual pensando no ano que vem. Ela passa pelas pautas morais e se liga ao conservadorismo brasileiro, deixando de lado a estratégia que até então seguira da alt-right norte-americana. O foco é criar polêmicas que associem a esquerda à corrupção da juventude, coisa velha que nem Sócrates.

Há dois nomes para qualificar a recente polêmica suscitada pelo movimento:

a) o primeiro é CORTINA DE FUMAÇA. O MBL apoia Temer, como apoiou Cunha e Aécio, e hoje vê seu governo derretendo em 3% de popularidade. Da mesma forma que na polêmica anterior do QueerMuseum, o MBL joga um fato escandaloso online para encobrir sua posição desconfortável de governista e não ter que responder diante das acusações que sofre todo primeiro escalão do Planalto e das reformas impopulares;

b) o segundo é GESTÃO DE CRISE. Os dois casos foram lançados num ambiente em que a grande mídia tradicional -- Globo, Folha, Estadão, Zero Hora -- dissocia-se do movimento e procura uma solução mais liberal, sem embarcar no conservadorismo retrógrado e autoritário brasileiro. O Novo, nova força liberal institucional, ataca o MBL pelo seu governismo, e as prefeituras conquistadas com apoio do movimento sofrem críticas severas da população e pretendem aumentar impostos.

Como fugir dessa tempestade perfeita? Deslocando a questão para o imaginário do comunista-comedor-de-criancinhas. É fácil, simples, barato e eficaz.

Não é uma fórmula, mas tenho pensado que lidar com o MBL significa levar em conta ao menos três questões:

a) no momento atual, a grande mídia e as instituições são muito mais confiáveis que a indústria de fake news que provoca as turbas;
b) o MBL não está interessado em coerência alguma, eles simplesmente usam o que funciona, independentemente do conteúdo;
c) o MBL não é essencialmente liberal, conservador ou fascista. É um movimento de carreiristas que aproveitaram uma janela aberta. O MBL é candidato a ser o novo PMDB da era pós-Internet. Mas pode ser engolido pela turba fascista que está despertando.

https://www.facebook.com/moyses.pintoneto/posts/1511517698916014


Eu acompanho o MBL e muita coisa aí não faz sentido. O MBL é o alvo da vez por ser o movimento mais bem sucedido atualmente. O MBL recebe críticas de todos os lados justamente por não ser extremista.

A mídia tradicional tenta achar algum podre, como o UOL e agora a Piauí, e não acham nada demais, e ainda tentam transformar picuinhas em notícias bombásticas.

O MBL erra ao defender em excesso certas pautas conservadoras, mas muitos críticos ignoram que vários membros do movimento são conservadores. Parece um absurdo conservadores defenderem pautas conservadoras. "oh, são aproveitadores!"

Aliás, essas são as propostas do MBL. Me parecem em sua maioria bem interessantes para o país:

http://mbl.org.br/wordpress/wp-content/uploads/2017/05/propostas-mbl.pdf

Os brasileiros precisam deixar as picuinhas de lado e focar no que importa agora.
"Amy, technology isn't intrinsically good or bad. It's all in how you use it, like the death ray." - Professor Hubert J. Farnsworth

Offline Lorentz

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 10.735
  • Sexo: Masculino
Re:MBL - Movimento Brasil Livre
« Resposta #540 Online: 04 de Outubro de 2017, 22:38:51 »
O MBL está lutando contra a aprovação do Fundão, a verba de quase 2 bi para financiamento das campanhas de 2018. Estão comentando bastante, promovendo os deputados que votam contra, fazendo vários vídeos criticando a medida.

Nenhum dos críticos do MBL está comentando isso nas redes sociais, com exceção do Fabio Ostermann.

Parece que o fundão não importa para os críticos. O que importa é desmoralizar o movimento.

Daqui a pouco vão dizer que o MBL é contra o fundão por mera estratégia para enganar os eleitores, etc.
"Amy, technology isn't intrinsically good or bad. It's all in how you use it, like the death ray." - Professor Hubert J. Farnsworth

Offline Gabarito

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 5.594
  • Sexo: Masculino
Re:MBL - Movimento Brasil Livre
« Resposta #541 Online: 05 de Outubro de 2017, 15:11:07 »
O MBL está lutando contra a aprovação do Fundão, a verba de quase 2 bi para financiamento das campanhas de 2018. Estão comentando bastante, promovendo os deputados que votam contra, fazendo vários vídeos criticando a medida.

Nenhum dos críticos do MBL está comentando isso nas redes sociais, com exceção do Fabio Ostermann.

Parece que o fundão não importa para os críticos. O que importa é desmoralizar o movimento.

Daqui a pouco vão dizer que o MBL é contra o fundão por mera estratégia para enganar os eleitores, etc.

Exatamente.
A parte boa do movimento é ignorada pelos críticos.
Mas não importa. Quem não tem viseiras está enxergando tudo.

« Última modificação: 05 de Outubro de 2017, 15:15:28 por Gabarito »

Offline Gabarito

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 5.594
  • Sexo: Masculino
Re:MBL - Movimento Brasil Livre
« Resposta #542 Online: 05 de Outubro de 2017, 15:13:45 »
Não podia ser um retrato mais fiel do que realmente passa por dentro do MBL atualmente.
Entrevista muito esclarecedora:

Citar
As aventuras de Kim

Morris Kachani
Estadão

05 Outubro 2017 | 09h29

Almocei com o Kim Kataguiri, um dos fundadores do MBL, na semana passada, no restaurante América da avenida Paulista. A gente não se conhecia. Então, preferimos falar sobre amenidades, inicialmente. Kim empolgou-se, e fui percebendo nele um repertório próprio de sua geração.

“Todos os jogos que você puder imaginar, lançados depois de 2000, eu provavelmente já joguei”.

“Fala que eu gosto de jogar Dota, para as pessoas me adicionarem”.

“Amo o Goku!”

“Quem é mesmo o Goku?”, perguntei.

“O protagonista do Dragon Ball Z. Eu gosto bastante de anime, de mangá”.

E então, antes que fôssemos pegar a salada no buffet, Kim comentou: “de mim, não tem muito o que entender, não. Sou um japonês introspectivo que perdeu a vergonha à força discursando em manifestação”.

Kim, que perdera o pai, ex-metalúrgico do ABC, havia uma semana, como depois eu viria a saber. E que nesta mesma semana lançou seu livro, “Quem é este moleque para estar na Folha?”, com a presença do prefeito João Doria.

Goste-se ou não, o MBL, fundado por ele e outros companheiros, é uma das novidades de nossa assombrosa cena política atual. De fato, como sugere o título do livro, uma coletânea das colunas de Kim na Folha de S. Paulo, chama a atenção a idade dessa turma.

Kim tem apenas 21 anos e já é amado e odiado nacionalmente. Sabemos por que. Para divulgar suas ideias um tanto controversas, o MBL conta com um laboratório de produção audiovisual, atualmente com nove membros. Produz memes, noticiários, depoimentos e vídeos de guerrilha. Conta com um canal que conquistou um público imenso, o Mamãefalei. No Facebook, são 40 a 60 milhões de visualizações por semana na página do MBL, segundo me diz Kim. O movimento já conta com 2400 voluntários pelo Brasil.

Os temas são variados. Da Escola sem Partido, que gerou uma crise interna na Prefeitura de São Paulo, ao mais recente, sobre uma performance artística no MAM.

Foi, pelo menos para mim, um almoço respeitoso. Mas indigesto, na medida em que avançávamos sobre suas opiniões e pontos de vista.

Kim Kataguiri pretende se eleger deputado, no ano que vem. Neoliberal com fortes tons de direita e altamente provocativo, ele e seu MBL entraram no inconsciente da esquerda como uma força do mal que se insinua sorrateira no Facebook e em toda rede para conquistar os brasileiros desavisados.

Para a direita é uma força contraditória, barulhenta e, às vezes, irresponsável, mas muito útil. Kataguiri sabe fazer barulho e se encaminha para uma carreira que, às vezes, ganha tintas moralistas e conservadoras e, em outras, parece progressista e orientada para os direitos individuais.

Kataguiri está convencido que o neoliberalismo é uma ideologia triunfante. Seus heróis são Reagan e Thatcher. Além de Goku, naturalmente.

*

“Você tocar um adulto pelado publicamente com diversas pessoas em volta e glorificar aquilo, acho difícil você dizer que não havia conteúdo erótico. Isso sem falar sobre o uso de dinheiro público em meio a uma crise em que com certeza exposições artísticas não são prioridade”

“O que a gente fala em nossos vídeos é sobre os pilares da civilização ocidental, que basicamente são a filosofia grega, o direito romano e a religiosidade judaico-cristã”

“Uma das nossas fórmulas é o meme. Parece simples, mas no MBL tem um sentido maior. A pessoa tem 3 razões para ver a página do MBL e para compartilhar. Primeiro, ver a notícia. Segundo, o entretenimento. E terceiro, saber o que o MBL pensa sobre aquilo pra se posicionar também. É sempre imagem. Para bater o olho e chamar atenção”

“A razão do meu otimismo é ver coisas como Crivella, o Doria, o Nelson Marchezan cortando verba do Carnaval e a população aplaudindo”

“Doria é meu candidato para o ano que vem. Nossos pontos de convergência se dão principalmente na área econômica”

“O MBL é contra o aborto, é a favor do casamento gay e defende a federalização do debate das drogas, que cada Estado defina se legaliza ou não”

“Um dos principais anseios é a segurança pública, este é um dos temas que mexem mais com a emoção e gera debates viscerais. Ninguém se mata por taxas de juros, agora se matam numa discussão sobre maioridade penal”

“Ser de direita liberal não é negar que existe racismo. Mas discordar que supostas posições como cotas raciais vão melhorar o problema”

“Acho que tiveram medidas boas de Lula, como o Bolsa Família. Ele manteve reservas de dólares no primeiro governo dele, o que nenhum outro presidente tinha feito”

“O monopólio da informação acabou. Antes o político precisava mendigar atenção da imprensa para divulgar seus projetos. Hoje divulga por ele mesmo. A qualidade da informação piorou, porque aumentou o volume. É natural”

“A internet deu voz aos idiotas também. Eles já existiam, agora eles conversam entre si”

Quais são as tuas pretensões políticas, Kim?

Eu vou me candidatar a deputado federal ano que vem. Ainda não sei por qual partido.

Está sendo cortejado?

Há muito tempo, por vários.

Por que que se fala tanto dessa capilaridade e da capacidade de mobilização do MBL na internet? Quais são as “armas” de vocês?

Acho que é a nossa especialidade. O MBL surgiu de um bando de moleques que frequentava fóruns e palestras liberais, sentava para ficar ouvindo sobre os efeitos das taxas de juros na inflação, mas a gente viu que aquilo não iria chegar no Seu João e na Dona Maria.

Qual era a ideia?

A ideia do movimento era justamente trabalhar uma linguagem, criar uma linguagem, pra não só fazer com que as pessoas entendessem o nosso pensamento, mas também se engajassem, entendessem que vale a pena sacrificar um pouco do tempo da vida delas pra lutar por algumas causas. E dada a idade dos membros, foi natural a gente se organizar pelo Facebook. Uma das nossas fórmulas é o meme. Parece simples, mas no MBL tem um sentido maior. Os nossos são sempre uma notícia, acontece alguma coisa e fazemos uma piada para engajar o público com aquela notícia. Então a pessoa tem 3 razões para ver a página do MBL e para compartilhar. Primeiro, ver a notícia. Segundo, o entretenimento. E terceiro, saber o que o MBL pensa sobre aquilo pra se posicionar também. É sempre imagem. Para bater o olho e chamar atenção. É Facebook, né?

E como está a audiência?

Oscila. Semana passada, foram 45 milhões. Esses são usuários do Facebook que interagiram com algum conteúdo, que comentaram, curtiram ou compartilharam um post. Oscila entre 40 e 60 milhões.

É gente pra caralho! Qual o perfil dessas pessoas?

Difícil traçar um perfil, é muita gente, é muito variado. No começo, a gente tinha a proporção de 74% homens e o restante mulheres. Hoje já são 56% homens e 44% mulheres. A gente gosta de falar que furamos a bolha, não somos mais um clubinho de liberais ou conservadores. Agora falamos com a população em geral.

Qual é a faixa etária?

Também é disperso, mas a maioria, acho que 25%, tem entre 25 e 34 anos.

Vocês têm uma central de produção? Quanta gente tem lá no QG de vocês?

Nove pessoas.

O Artur do Val, do canal mamãefalei, está com vocês?

Não na produção de memes, mas na central de vídeos, que a gente também faz.

A fórmula dele é de guerrilha. Ir nas manifestações e ficar questionando as pessoas. Como foi concebida a ideia do canal, quais foram os maiores perrengues por que ele passou, quais são os números?

Na verdade, o canal do Artur foi criado meio por impulso, a ideia de ir a manifestações e fazer perguntas provocativas aos manifestantes veio em um dia em que ele estava na Paulista preso no trânsito, ficou sabendo que na verdade estava preso porque estava tendo uma manifestação em favor da nomeação do Lula para a Casa Civil, e daí pensou, “bem essa galera nem sabe o que está fazendo aí, nem sabe o que é Casa Civil, nem sabe pelo que está protestando”. Os dois maiores perrengues que passou foram em uma escola no Paraná, em que foi praticamente linchado por diversos invasores da escola e, pior, acusado de estupro por uma menina. Felizmente ele gravou tudo e foi inocentado, mas imagina o estrago para sua vida caso não tivesse gravado. Se não me engano o vídeo dele que mais rodou no Facebook foi na manifestação do Dia do Trabalho, que teve os seus 35 milhões de acessos.

Você acha mesmo que aquela exposição em Porto Alegre deveria ser proibida?

Não, a gente nunca defendeu isso. Esse é um ponto negativo da imprensa. Tanto que o Boechat me chamou de Hitler na rádio. A gente defendeu um boicote por duas razões: aquilo ser destinado especificamente a crianças, segundo o edital, e o uso do dinheiro público. A gente já fez diversas campanhas de boicotes contra o uso da lei Rouanet, que não tiveram tanto impacto mas deram certo. A gente já cancelou turnê da Claudia Leitte, CD do Luan Santana, programa de televisão que recebia benefícios de 24.4 milhões de reais, se não me engano.

Qual é o critério?

Dinheiro público. Por ser dinheiro público, a gente acredita que não é o governo que tem que direcionar para onde vai o dinheiro. Não é o Ministério da Cultura que vai definir o que é cultura ou não é. É a população. Muito melhor fazer como um Bolsa Família para a cultura. Você dá para o cara e ele gasta no que ele acha que é cultura. Muito mais democrático isso do que você centralizar num órgão. Para mim não faz sentido nenhum o governo ditar o que é e o que não é cultura, o que deve e não deve ser financiado.

E sobre a exposição do MAM, como o MBL se posiciona? Há algo de pedofilia ali? Argumentos a favor da expo: A arte não passa pela transgressão? O museu havia avisado o público, não havia conteúdo erótico, a criança estava com a mãe…

Nossa posição é a posição da lei, que é bastante clara. O Estatuto da Criança e do Adolescente diz que todos direitos e garantias fundamentais são garantidos com prioridade para a criança e isso inclui dignidade da pessoa humana. Cada criança é um fim em si mesmo, não pode ser um meio, um mero instrumento. Isso sem falar sobre o uso de dinheiro público em meio a uma crise em que com certeza exposições artísticas não são prioridade.

A criança estava com a mãe…

Mesmo com a criança estando com a mãe, existe um limite. Você tocar um adulto pelado publicamente com diversas pessoas em volta e glorificar aquilo, acho difícil você dizer que não havia conteúdo erótico porque é relativo. São crianças, se não me engano de 4 anos, encostando em um adulto pelado.

Em alguns vídeos o MBL fala sobre valores cristãos. Poderia explicar no que consistem exatamente?

O que a gente fala em nossos vídeos é sobre os pilares da civilização ocidental, que basicamente são a filosofia grega, o direito romano e a religiosidade judaico-cristã.

Como é que vocês se financiam?

No começo era mais difícil, porque a gente dependia de doações inesperadas. Não sabíamos que mês ia fechar azul ou vermelho. Aí a gente fez um sistema de filiação, com o cara que quer contribuir todo mês, com 30, 200, 300 reais. E vai do encanador até o cara do mercado financeiro, que coloca 1.000 reais por mês.

É estritamente colaborativo? Não tem empresa?

Não. Tem a loja, camiseta, caneca, mas é doação também, porque a pessoa doa e recebe de volta.

E números que podem ser ditos publicamente, quais são?

Eu realmente não sei. Cada um ali toca uma área, e eu não sei do financeiro. Os fundadores, digamos assim, não têm salário. Agora, quem filma, quem grava, faz os memes, eles ganham.

E você tira o seu de onde?

Palestra, livro, consultoria para o mercado financeiro. Tem a rádio ABC, onde comento todo dia.

Você estava na Folha e não está mais?

Foi um ano.

Como foi?

Acabou o contrato. Foi uma experiência muito boa, gostei bastante. Trouxe um público novo e mais qualificado. E mais fiel, porque um cara que se dispõe a ler um texto inteiro, hoje, século 21, toda semana, é um cara que está com você independentemente do que você faz.

Existe liberdade de imprensa no Brasil, hoje?

Acredito que sim.

Ou ela está nas mãos de monopólios?

Acho que isso acabou. Os 40 milhões semanais de audiência que eu te falei são mais do que a cobertura da Folha no Facebook, do G1. Acho que eles perderam o monopólio da informação. Antes o político precisava mendigar atenção da imprensa para divulgar seus projetos. Hoje divulga por ele mesmo.

E a qualidade da informação, piorou?

Piorou porque aumentou, é natural. Quanto mais, pior.

O ódio nas redes sociais. O que você tem a dizer sobre a disseminação do ódio?

Não lembro de quem é essa frase, mas a internet deu voz aos idiotas também. Eles já existiam, agora eles conversam entre si. Vejo muito intelectual falando, analista, que o ódio surgiu da rede. A rede não criou nada! A rede é meio. Já existia na sociedade e as pessoas começaram a se conectar, a aparecer. Todo mundo ficou mais visível, a fama não é mais centralizada. Eu não cresci assistindo televisão, vendo um cara distante, que eu sabia que nunca ia conhecer na minha vida. Eu cresci assistindo canal do Youtube, que eu podia mandar uma mensagem e o cara me respondia. Então tem um cara com 15 milhões de seguidores, mas ele anda na rua e ninguém o reconhece. Cada um é famoso no seu nicho.

Fica uma coisa de nicho e perde-se a arena do diálogo. Ou não?

Acho que eles já não dialogavam antes.

O que você acha que seria o inconsciente coletivo do Brasil hoje? Que vozes são essas que estão ecoando nas nossas cabeças?

O homem médio, que nunca foi organizado politicamente, que não estava em partido ou sindicato, em organização estudantil, em nada, agora está começando a se organizar e levantar sua voz e com anseio de ter seus valores representados na política. Daí a ascensão do Bolsonaro. Um dos principais anseios é a segurança pública, este é um dos temas que mexem mais com a emoção e gera debates viscerais. Ninguém se mata por taxas de juros, agora se matam numa discussão sobre maioridade penal.

Como você vê o Bolsonaro nesse sentido?

Não acho legal ele ser o segundo nas pesquisas, não apoio. Economicamente, discordo quase que completamente das ideias dele. Politicamente, acho que ele sofreria impeachment em três meses. Não ia conseguir ter maioria no Congresso. É uma coisa totalmente inviável, impensável.

O que você pensa da maioridade penal?

Acho que nem deveria existir. Acho que o juiz deveria ter o poder pra estudar caso a caso, suas particularidades.

Você está otimista com o futuro do país?

Estou mais otimista do que pessimista. A razão do meu otimismo é ver coisas como Crivella, o Doria, o Nelson Marchezan cortando verba do Carnaval e a população aplaudindo, porque está entendendo que o governo tem que ter prioridades maiores.

Como você se informa?

Leio jornal, revista, ligo e converso com parlamentares.

Quem são os mais próximos de você?

Sóstenes Cavalcante, do Rio, do DEM. Os mais próximos são do DEM. O ministro Mendonça Filho, da Educação, o Marcus Rogério, relator da cassação do Cunha. Os mais novos do PSDB, como Daniel Coelho, Mariana Carvalho e Pedro Cunha Lima.

Qual que é o projeto do MBL, afinal de contas?

Nosso projeto é implementar a ideologia liberal. É chegar ao poder, disputar o poder. Acho que num sentindo burkeano da palavra, a gente é um partido, um grupo de pessoas que se une em torno de um ideal para disputar o poder e para implementar um projeto de país.

Vocês já são um partido atualmente?

Não cartorialmente. Por isso que falei no sentido burkeano, no sentido nobre dado por Edmund Burke para a palavra partido.

Vocês querem se tornar um partido?

Não acho que a gente precise, pelo menos agora.

Vocês vão fazendo alianças?

Por exemplo, em 2016, quando a gente disputou a eleição, teve candidato eleito pelo PB, pelo PRB, PSD, DEM, PSDB.

Quantas pessoas vocês têm eleitas?

Nove, todos vereadores. E a gente tem o prefeito Marquezan, em Porto Alegre, que foi “adotado”, antes mesmo de disputar a eleição.

Quem está com vocês, dos políticos que a gente conhece?

Temos um diálogo aberto com a base desse governo, não tem um partido especifico. A gente dialoga de acordo com a pauta, com uma causa, que é o que mobiliza as pessoas. Coisas abstratas não mobilizam ninguém. Por exemplo, acho que mês que vem vai ter votação sobre segurança pública. A gente vai lá conversar com o líder da Bancada da Bala e perguntar quais pautas serão votadas, a gente quer entender, quer apoiar as votações com as quais concordamos, queremos participar, propor nossos próprios projetos.

Mas quem são, nomes?

Bancada ruralista é o Nilson Leitão, que é o líder. Tem a bancada evangélica, o líder é o Takayama.

Bancada da bala, evangélica e ruralista. É por aí que vocês transitam. Caramba! Base do governo seria o que?

Os partidos da base, porque nos da oposição a gente não tem trânsito nenhum. Nos da base, a gente transita em todos.

O que você está achando desse governo?

Eticamente, péssimo, não tem a menor dúvida. É matematicamente impossível o cara ser presidente do PMDB e ser honesto. É logicamente excludente. Sem falar que ele foi vice da Dilma durante o escândalo do Petrolão. Ele não saber de nada é ter muita ingenuidade, ainda mais ele que tinha mais trânsito no Congresso. Por outro lado, economicamente, acho que foi um dos melhores governos. Foi o que mais implementou reformas, reformas importantes, estruturantes, que vão permanecer independente de governantes. Trabalhista, leilão do pré-Sal, abertura do mercado das empresas aéreas, diversas parcerias público-privadas que estão sendo feitas no setor de infra-estrutura.

Você acha que é um governo legítimo, no final das contas?

Sim.

Você acha que o impeachment foi uma coisa boa?

Foi, sem dúvida. Eu não digo que esse governo é o dos meus sonhos, que eu escolheria se tivesse um poder supremo de indicar alguém para a presidência da República, mas acho que o impeachment foi uma coisa positiva porque, mais do que escapar de incompetência e corrupção, a gente estava escapando de autoritarismo, que é o mais perigoso de tudo. Mais do que roubar, aparelhar, indicar cargo comissionado, negociar com o PMDB, o mais grave era ter um projeto autoritário.

Quem seria seu candidato para o ano que vem?

O Doria.

Ele vai concorrer?

Acho que sim.

Mas ele não teve nem um ano de gestão. Isso é uma loucura.

Mas a gente não está vivendo as condições normais de pressão e temperatura. Em condições normais, ele deveria terminar a Prefeitura, e ele não subiria de zero para 13% de intenção de voto para presidente. A gente está vivendo um momento de vácuo!

E o Alckmin está numa boa com essa história?

Ah, com certeza não. Os dois estão numa queda-de-braço para ver quem sai para a presidência pelo PSDB.

Mas o Doria tem uma lealdade em relação ao Alckmin.

Mas ao mesmo tempo ele tem o anseio de ser presidente da República.

Mas ele já fala disso claramente?

Não, mas insinua. O prefeito de São Paulo tem que antagonizar a Câmara, não o ex-presidente da República.  Não faz sentido antagonizar o Lula se você não quer ser presidente.

Quais os pontos de convergência entre o MBL e o Doria?

Principalmente a área econômica. Privatização da Petrobras, independência do Banco Central, diminuição dos cargos comissionados, de Ministérios, de burocracia, do tempo para abrir uma empresa, para declarar impostos, complexidade dos impostos, revisão do pacto federativo. Com toda essa parte organizacional da economia a gente concorda.

E como o MBL pensa socialmente?

Socialmente você quer dizer a trindade famosa? Aborto, drogas e casamento gay?

Sobre isso também podemos falar, mas estou perguntando de outra coisa, de bem estar social mesmo. Fala-se que o governo Lula trouxe conquistas sociais relevantes. Faz sentido isso ou não?

Acho que teve, mas “apesar” do governo, não “por conta” do governo. Acho que o Bolsa Família foi um avanço sim, e acho que o governo Temer fechou com chave-de-ouro com o Programa Progredir, que é investimento em capacitação profissional. Acho que era isso que faltava.

Você acha que o Lula fez algum bem para o Brasil?

Acho que tiveram medidas boas, como o Bolsa Família. Ele manteve reservas de dólares no primeiro governo dele, o que nenhum outro presidente tinha feito. O grande problema dele é autoritarismo e excesso de gasto público, que infelizmente acaba anulando as outras coisas.

Agora, a Santíssima Trindade.

Primeiro, vou falar do MBL. O MBL é contra o aborto, é a favor do casamento gay e defende a federalização do debate das drogas, que cada Estado defina se legaliza ou não. Pessoalmente, tenho uma diferença com o MBL. Eu acho que tem que legalizar maconha no país inteiro.

Você fuma?

Não.

Que pensa sobre a questão do racismo no Brasil?

Ser de direita liberal não é negar que existe racismo. Mas discordar que supostas posições como cotas raciais vão melhorar o problema. A grande diferença, a meu ver, é que a gente não leva este debate para a emoção, a gente se baseia em fatos. Tem um livro chamado “Ações afirmativas ao redor do mundo”, que demonstra que em países onde cotas foram implementadas, o racismo aumentou.

Como você se define?

Não tem muito o que entender sobre mim, não. Sou um japonês introspectivo que perdeu a vergonha à força discursando em manifestação.

Como foi esse processo de perder a timidez nas manifestações ?

Na verdade, não foi um processo, foi direto, foi de uma timidez quase absoluta para uma exposição total. Quando a gente fez o movimento, em 1º de novembro de 2014, a nossa primeira manifestação era em defesa da liberdade de imprensa, porque a Abril tinha sido vandalizada, porque a Veja soltou aquela capa com a delação do Youssef e em defesa da Lava Jato, que estava surgindo e em ascensão. Juntos fizemos uma vaquinha, pegamos um carro de som, e acho que isso é um dos pontos fundamentais de diferença com as manifestações de 2013. O caminhão de som não é só ele em si, é o fato de que  existe uma pauta certa, específica, e existe liderança e pessoas guiando a manifestação. Um dia antes da manifestação, eu ficava treinando o discurso no chuveiro. Hoje eu faço na hora, mas no primeiro, eu escrevi, decorei, e repeti, repeti, repeti.

Você já falou que existe um ponto de contato e um ponto de divergência entre vocês e a Mídia Ninja. Qual seria?

A semelhança é trabalhar enquanto meio de comunicação para transmitir um ideal; uma estética mais jovem, e uma cobertura ostensiva de todas as pautas, de todos os embates que acontecem. Qualquer dividida eles estão lá e nós também. A diferença fundamental é a gente ter representação institucional, e querer isso, vereadores, prefeitos, deputados, senadores. E a gente também atua como movimento de pressão, corpo a corpo. Eu acho que não existe paralelo na esquerda. Acho que falta renovação de liderança.

Mas essa capilaridade nas redes sociais, o trabalho que eles fazem, ombreia com o de vocês. Uma linguagem parecida, mas com um outro foco.

No sentido de comunicar, sim, mas acho que a diferença é no alcance. Eles têm 13 vezes menos alcance que a gente.

Quais são as suas inspirações?

Primeiro, meu pai, antes de tudo. É uma figura que moldou meu caráter, a maneira de pensar. Todo o resto vem depois.

O que ele faz?

Ele morreu, na semana passada, mas era metalúrgico. Aposentado já, ele tinha 72 anos. Japonês. Eu sou metade japonês, minha mãe é metade portuguesa, metade italiana. Levar a sério o que tem que ser levado e debochar de todo o resto. É o fundamento da minha pessoa, eu acho que aprendi com meu pai.

E as inspirações intelectuais?

O que eu mais costumo citar em economia é Milton Friedman, da Escola de Chicago, e o “Livre para Escolher”, que é o principal livro dele. (Ludwig Edler von) Mises também, da Escola Austríaca de Economia, que tem “As Seis Lições” e a “Ação Humana”. Esse eu confesso que não li inteiro, só uns capítulos porque é grande o negócio. De inspiração filosófica, sou platônico, acho que a ideia precede a matéria, acho que isto ajuda a ter a compreensão de que existe certo e errado, minha visão anti-relativista vem daí, de Platão.

E os políticos do mundo que você admira?

Enquanto atores políticos, Thatcher e Reagan. Ambos tiveram que conduzir momento difíceis, combater corporações bem organizadas, e fizeram isso com maestria. Acho que isso é mais difícil. É fácil se defender, tanto  no discurso liberal quanto no socialista. Difícil é manter essa linha de raciocínio de maneira coerente quando você está num momento de turbulência, em que a população conta com o líder maior da nação como sustentação, como aquilo que segura o tecido social.

Você mora sozinho? Está namorando? Como é o seu cotidiano?

Sim. Não dá pra dizer que eu tenho uma rotina. Cada dia é uma aventura diferente, mas eu tenho faculdade de manhã, faço Direito ali no Instituto de Direito Público.  Isso é o que eu tenho de fixo. Namorando não estou. Não tenho tempo para namorar, neste momento.

Offline Gabarito

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 5.594
  • Sexo: Masculino
Re:MBL - Movimento Brasil Livre
« Resposta #543 Online: 05 de Outubro de 2017, 15:22:07 »
Comentários no Antagonista:

Citar
Me disse:   
5 de outubro de 2017 às 13:48
O MBL tem uma coisa excelente, digam o que disserem: são jovens que se MEXEM e dão a cara a bater. Assumiram que iriam entrar pra política e fizeram, que iriam tentar mudar a lavagem cerebral petista e estão fazendo.
As pessoas tem o direito de concordar ou discordar deles, mas gostando ou não desses meninos, eles têm atitude e não ficam só falando ou teclando nas redes. Eles vão lá e FAZEM coisas, o que é muito mais que a maioria das pessoas no Brasil fazem.
Espero que não se contaminem com a podridão que estão combatendo. No mais, continuem! Numa democracia todas as vozes tem o direito de falar e serem ouvidas!

Baiana disse:   
5 de outubro de 2017 às 13:08
É isso msm Kim. O que vc pensa sobre o governo Temer é o mesmo que eu e milhões de brasileiros pensamos. Se for culpado após investigação futura, que seja condenado e vá pra cadeia. Por isso as ruas estão vazias. No momento é o melhor que temos, esquerdalhas que voltem jamais ao poder…Fica, Temer!!!

Christina disse:   
5 de outubro de 2017 às 12:30
Gostei da entrevista. Em quem eu vou votar verei mais adiante quando o cenário se aclarar. Mas concordo com o que o Kim diz.

método socrático de Arthur "Mamãe Falei" [MBL] disse:   
5 de outubro de 2017 às 12:02
O MBL fez bem centrado seu papel empírico, em 2016!
Portanto o MBL [Movimento Brasil Livre] faz jus ao nome dessa sigla, sem dúvida.
A diminuição do poder vigarista do PT com
a saída de Dilma em 2016, — mesmo com Lula solto hoje –, foi fortemente permitido devido ao MBL.
E o empírico, corajoso e PRAGMATISTA Arthur do “Mamãe Falei” ajudou enormemente
a desconstruir o discurso ideológico do PT através do método socrático.
Pelo menos MBL e o Arthur lutam contra o lixaço da doutrina
petista (conhecida como Petismo), lutam contra o brega, o barangismo,
o mau gosto, o barangão do sertanejo universitário do petismo [inventado na Era Dilma-Lula],
o cafona, o lixo se fingindo de arte em galeria picareta,
e lutaram contra o autoritarismo sufocante e mortal do PT
e o Kitsch. E isso é nobre e excelente! Não?

Antonio Azevedo disse:   
5 de outubro de 2017 às 11:18
Excelente Kim! Foi direto no ponto!! – Neste momento de transição, acima de tudo, o que está em jogo é A VOLTA DOS COMUNISTAS NO PODER no Brasil. E Janot, fez de tudo para ajudar os vermelhos de plantão


Offline Gabarito

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 5.594
  • Sexo: Masculino
Re:MBL - Movimento Brasil Livre
« Resposta #544 Online: 05 de Outubro de 2017, 15:38:32 »
Mais uma das campanhas do MBL com êxito:


Citar
MBL - Movimento Brasil Livre
Página curtida · 20 h ·
 
A Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) aprovou nesta quarta-feira (4) regras para a demissão de servidor público estável por “insuficiência de desempenho”, aplicáveis a todos os Poderes, nos níveis federal, estadual e municipal.

https://exame.abril.com.br/brasil/ccj-aprova-demissao-de-servidor-por-insuficiencia-de-desempenho/

Offline Gaúcho

  • Moderadores Globais
  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 15.288
  • Sexo: Masculino
  • República Rio-Grandense
Re:MBL - Movimento Brasil Livre
« Resposta #545 Online: 05 de Outubro de 2017, 15:49:28 »
Liberal contra o aborto é a primeira vez que escuto.
"— A democracia em uma sociedade livre exige que os governados saibam o que fazem os governantes, mesmo quando estes buscam agir protegidos pelas sombras." Sérgio Moro

Offline Lorentz

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 10.735
  • Sexo: Masculino
Re:MBL - Movimento Brasil Livre
« Resposta #546 Online: 05 de Outubro de 2017, 16:11:12 »
Liberal contra o aborto é a primeira vez que escuto.

Liberais economicamente falando podem ser conservadores.
"Amy, technology isn't intrinsically good or bad. It's all in how you use it, like the death ray." - Professor Hubert J. Farnsworth

Offline Gaúcho

  • Moderadores Globais
  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 15.288
  • Sexo: Masculino
  • República Rio-Grandense
Re:MBL - Movimento Brasil Livre
« Resposta #547 Online: 05 de Outubro de 2017, 16:32:22 »
Pode ser. Só acho estranho a pessoa ficar toda hora repetindo que quer menos Estado, e depois pedir que o Estado controle o que uma pessoa pode fazer com o próprio corpo.

"Menos Estado! Menos Estado, porra!!!!!"
"Estado, proíba aquela mulher de abortar!!!"

Esse conservadorismo do MBL em favor da moral e dos bons costumes tá cada vez pior. Os caras estavam apelando até pra blasfêmia no caso do Museu, por causa de uma pintura de Jesus.
"— A democracia em uma sociedade livre exige que os governados saibam o que fazem os governantes, mesmo quando estes buscam agir protegidos pelas sombras." Sérgio Moro

Offline Diegojaf

  • Moderadores Globais
  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 24.204
  • Sexo: Masculino
  • Bu...
Re:MBL - Movimento Brasil Livre
« Resposta #548 Online: 05 de Outubro de 2017, 17:00:47 »
Isso é carolagem descarada.
"De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça. De tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto." - Rui Barbosa

http://umzumbipordia.blogspot.com - Porque a natureza te odeia e a epidemia zumbi é só a cereja no topo do delicioso sundae de horror que é a vida.

Offline Arcanjo Lúcifer

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 22.730
  • Sexo: Masculino
Re:MBL - Movimento Brasil Livre
« Resposta #549 Online: 05 de Outubro de 2017, 18:17:04 »
Mais uma das campanhas do MBL com êxito:


Citar
MBL - Movimento Brasil Livre
Página curtida · 20 h ·
 
A Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) aprovou nesta quarta-feira (4) regras para a demissão de servidor público estável por “insuficiência de desempenho”, aplicáveis a todos os Poderes, nos níveis federal, estadual e municipal.

https://exame.abril.com.br/brasil/ccj-aprova-demissao-de-servidor-por-insuficiencia-de-desempenho/

Achei ótimo.

 

Do NOT follow this link or you will be banned from the site!