Enquete

Qual das promessas de campanha abaixo você acha mais provável que seja cumprida por Trump?

Deportação de cerca de 3 milhões de imigrantes ilegais
1 (4.3%)
Construção de um muro na fronteira com o México
2 (8.7%)
Revogação do acordo nuclear iraniano
1 (4.3%)
Extinção do Obamacare
10 (43.5%)
Revogação da assinatura do Acordo Climático de Paris
9 (39.1%)

Votos Totais: 22

enquete encerrada: 14 de Janeiro de 2017, 01:17:02

Autor Tópico: Governo Trump  (Lida 85552 vezes)

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Offline Geotecton

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Re:Governo Trump
« Resposta #2250 Online: 08 de Novembro de 2018, 16:10:00 »
Poderia citar diretamente os artigos científicos trazendo a suposta conclusão de que a propriedade comunal seria "ótima" de acordo teoria de sistemas complexos?

https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S092180090500114X

Por favor, coloque o artigo completo porquê no abstract não há nenhuma menção sobre o que foi pedido pelo Buck.

A maioria tem que pagar pra ter acesso. Mas se quiserem mesmo garimpar a internet, vocês acham alguma coisinha amiguinhos  :lol:

Isto que dá vivermos num sistema social complexo sem ter o nível de circulação de informação necessária... entropia :D

Você leu o artigo completo?
Foto USGS

Offline Peter Joseph

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Re:Governo Trump
« Resposta #2251 Online: 08 de Novembro de 2018, 16:14:21 »
"Não é sinal de saúde estar bem adaptado a uma sociedade doente." - Krishnamurti

"O progresso é a concretização de Utopias." – Oscar Wilde
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Offline Peter Joseph

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Re:Governo Trump
« Resposta #2252 Online: 08 de Novembro de 2018, 16:14:40 »
Poderia citar diretamente os artigos científicos trazendo a suposta conclusão de que a propriedade comunal seria "ótima" de acordo teoria de sistemas complexos?

https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S092180090500114X

Por favor, coloque o artigo completo porquê no abstract não há nenhuma menção sobre o que foi pedido pelo Buck.

A maioria tem que pagar pra ter acesso. Mas se quiserem mesmo garimpar a internet, vocês acham alguma coisinha amiguinhos  :lol:

Isto que dá vivermos num sistema social complexo sem ter o nível de circulação de informação necessária... entropia :D

Você leu o artigo completo?

Faz um tempinho já  :hihi:
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Offline Peter Joseph

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Re:Governo Trump
« Resposta #2253 Online: 08 de Novembro de 2018, 17:56:29 »

Como já tocaram no assunto...

EUA: democratas conquistam maioria na Câmara; chefe do Departamento de Justiça renuncia

O presidente dos Estados Unidos classificou como um ‘tremendo sucesso’ a eleição. O partido de Trump ganhou senadores, mas perdeu a maioria na Câmara dos Deputados. E ficou com sete governadores a menos.



https://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2018/11/07/eua-democratas-conquistam-maioria-na-camara-chefe-do-departamento-de-justica-renuncia.ghtml

Os socialistas estão invadindo o partido Democrata. Vamos ver no que vai dar isto :D

Eleições EUA: como a disputa pode redesenhar o mapa político do país e determinar o futuro do governo Trump

https://exame.abril.com.br/mundo/como-ficam-o-senado-e-a-camara-dos-eua-apos-as-eleicoes/
« Última modificação: 08 de Novembro de 2018, 18:00:19 por Peter Joseph »
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Offline Agnoscetico

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Re:Governo Trump
« Resposta #2254 Online: 10 de Novembro de 2018, 16:27:38 »
Engraçado que quando democratas perderam e reclamaram da vitória, chamaram de chorões, snowflakes, que esquerda quer dividir as pessoas, blá blá blá, mas quando há vitórias de democratas, invadem lives, xingam, chamam de fake news, que houve fraude ou roubo nas eleições (pois é até lá onde eleição é com urnas tradicionais tem essa lorota), pedindo pra recontar votos, etc.


CBS4 Miami

https://www.pscp.tv/CBSMiami/1RDxlqXEyaEKL


@Lia_MAGA

https://www.pscp.tv/Lia_MAGA/1mrxmYVqlWzxy














Recontagem dos votos


LIVE INSIDE the #BrowardCounty Supervisor of Elections Office Watching the ballot count #StopTheSteal #FireBrenda

https://www.pscp.tv/LauraLoomer/1zqKVOwQqbDGB


E aqui mais chorões cancervadores reclamando de fraude, alegando que a FOX (que costumava ser vista como defensora de Trump) virou outra CNN (vista como anti-Trump):








































« Última modificação: 10 de Novembro de 2018, 18:03:43 por Agnoscetico »

Offline JJ

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Re:Governo Trump
« Resposta #2255 Online: 11 de Novembro de 2018, 11:46:30 »
Engraçado que quando democratas perderam e reclamaram da vitória, chamaram de chorões, snowflakes, que esquerda quer dividir as pessoas, blá blá blá, mas quando há vitórias de democratas, invadem lives, xingam, chamam de fake news, que houve fraude ou roubo nas eleições (pois é até lá onde eleição é com urnas tradicionais tem essa lorota), pedindo pra recontar votos, etc.




Nos EUA há voto com urnas eletrônicas, embora não seja generalizado:



[...]


Como funcionam as urnas eletrônicas nos Estados Unidos


Nos Estados Unidos, alguns estados usam urnas eletrônicas em algumas eleições e localidades. Não é uma ferramenta difundida por todo o país, como no
Brasil. Por lá, apenas sete estados utilizam um dispositivo de votação que não acompanha uma cédula em papel.


Vamos pegar o exemplo da Flórida, um dos estados com maior concentração de brasileiros e que também adota o voto eletrônico. Por lá, há nada menos do
que seis modelos de urna diferentes, feitos por empresas privadas, usados em diversas cidades, condados e distritos, cada uma com sua particularidade.


De um modo geral, a maioria funciona de maneira semelhante à da iVotronic, a urna utilizada em Miami, capital da Flórida. A máquina é basicamente como
um terminal de autoatendimento, ou um caixa eletrônico de banco, com direito a tela sensível ao toque e um cartão de memória flash
onde os votos ficam registrados.


O mesário precisa ativar a urna usando um cartucho de autenticação. Em seguida, o eleitor seleciona na tela o seu idioma de preferência (normalmente inglês
ou espanhol), toca nas opções de voto e aperta um botão verde de "confirma".  O método, em si, não é muito diferente do Brasil.



Assim como qualquer sistema, a urna iVotronic também não é 100% segura. Estudos já mostraram que a entrada PEB que o mesário utiliza para autenticar o
voto na máquina fica acessível ao eleitor e pode ser facilmente hackeada por um cartucho falso com um vírus pré-programado, por exemplo. Por isso os
mesários devem ficar de olho em quanto tempo cada eleitor passa diante da urna e onde estão as suas mãos - se na tela ou no canto direito da máquina.


Como funcionam as urnas eletrônicas na França


A França usa urnas eletrônicas desde 2007. O país usa diversos modelos fabricados localmente ou em outros países, mas apenas uma pequena parcela da
população chega a utilizá-las. Assim como na maioria dos países, o voto em papel ainda é mais popular.


A Nedap é uma empresa alemã que fabrica a urna utilizada em 80% das sessões que adotam votação eletrônica na França. A ESF1 é o modelo mais popular,
utilizada em diversas eleições nos últimos anos, mas é bem diferente do que vemos no Brasil ou nos EUA.


A ESF1 é bem grande e não possui tela sensível ao toque. O terminal de votação possui uma superfície sensível à pressão, com botões físicos e um display
eletrônico semelhante ao de um caixa de supermercado. Apenas as opções de votos são exibidas de forma digital.


[...]




https://olhardigital.com.br/noticia/como-funcionam-as-urnas-eletronicas-de-outros-paises/78982
« Última modificação: 11 de Novembro de 2018, 11:49:12 por JJ »

Offline Agnoscetico

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Re:Governo Trump
« Resposta #2256 Online: 11 de Novembro de 2018, 14:20:18 »
Engraçado que quando democratas perderam e reclamaram da vitória, chamaram de chorões, snowflakes, que esquerda quer dividir as pessoas, blá blá blá, mas quando há vitórias de democratas, invadem lives, xingam, chamam de fake news, que houve fraude ou roubo nas eleições (pois é até lá onde eleição é com urnas tradicionais tem essa lorota), pedindo pra recontar votos, etc.




Nos EUA há voto com urnas eletrônicas, embora não seja generalizado:



[...]


Como funcionam as urnas eletrônicas nos Estados Unidos


Nos Estados Unidos, alguns estados usam urnas eletrônicas em algumas eleições e localidades. Não é uma ferramenta difundida por todo o país, como no
Brasil. Por lá, apenas sete estados utilizam um dispositivo de votação que não acompanha uma cédula em papel.


Vamos pegar o exemplo da Flórida, um dos estados com maior concentração de brasileiros e que também adota o voto eletrônico. Por lá, há nada menos do
que seis modelos de urna diferentes, feitos por empresas privadas, usados em diversas cidades, condados e distritos, cada uma com sua particularidade.


De um modo geral, a maioria funciona de maneira semelhante à da iVotronic, a urna utilizada em Miami, capital da Flórida. A máquina é basicamente como
um terminal de autoatendimento, ou um caixa eletrônico de banco, com direito a tela sensível ao toque e um cartão de memória flash
onde os votos ficam registrados.


O mesário precisa ativar a urna usando um cartucho de autenticação. Em seguida, o eleitor seleciona na tela o seu idioma de preferência (normalmente inglês
ou espanhol), toca nas opções de voto e aperta um botão verde de "confirma".  O método, em si, não é muito diferente do Brasil.



Assim como qualquer sistema, a urna iVotronic também não é 100% segura. Estudos já mostraram que a entrada PEB que o mesário utiliza para autenticar o
voto na máquina fica acessível ao eleitor e pode ser facilmente hackeada por um cartucho falso com um vírus pré-programado, por exemplo. Por isso os
mesários devem ficar de olho em quanto tempo cada eleitor passa diante da urna e onde estão as suas mãos - se na tela ou no canto direito da máquina.


Como funcionam as urnas eletrônicas na França


A França usa urnas eletrônicas desde 2007. O país usa diversos modelos fabricados localmente ou em outros países, mas apenas uma pequena parcela da
população chega a utilizá-las. Assim como na maioria dos países, o voto em papel ainda é mais popular.


A Nedap é uma empresa alemã que fabrica a urna utilizada em 80% das sessões que adotam votação eletrônica na França. A ESF1 é o modelo mais popular,
utilizada em diversas eleições nos últimos anos, mas é bem diferente do que vemos no Brasil ou nos EUA.


A ESF1 é bem grande e não possui tela sensível ao toque. O terminal de votação possui uma superfície sensível à pressão, com botões físicos e um display
eletrônico semelhante ao de um caixa de supermercado. Apenas as opções de votos são exibidas de forma digital.


[...]





https://olhardigital.com.br/noticia/como-funcionam-as-urnas-eletronicas-de-outros-paises/78982




1) Mas urnas eletrônicas lá são chamadas de voting machines e eles falaram em ballots (usados em urnas tradicionais) além do fato de que postei link duma live mostrando recontagem de votos (algo que não existe no tipo de votação  eletrônica brasileira).

2) A urnas eletrônicas americanas devem ser melhores que as brasileiras mesmo não sendo considerada tão segura que nessa fonte que postou aí alega, mas ainda assim reclamam de fraudes.

3) Aqui no Brasil Bolsonaro foi eleito por fraude se for usar essa lógica.





___________________________

Ainda que vitória democrata tenha sido parcial, já aumentou poder político deles...



Democratas reconquistam a Câmara mas republicanos aumentam maioria no Senado

Partido Democrata muito perto de obter grande vitória na câmara baixa do Congresso, com a conquista de mais de 20 lugares ao Partido Republicano. Partido de Trump pode conquistar três senadores aos democratas e o Presidente fala numa “tremendo sucesso” .


https://www.publico.pt/2018/11/07/mundo/noticia/democratas-partem-reconquista-camara-representantes-1850178





« Última modificação: 11 de Novembro de 2018, 14:26:06 por Agnoscetico »

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Re:Governo Trump
« Resposta #2257 Online: 11 de Novembro de 2018, 15:39:40 »

Offline Jack Carver

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Re:Governo Trump
« Resposta #2258 Online: 12 de Novembro de 2018, 00:35:33 »
Apenas mais um dia de entrevistas na Casa Branca (legendado).

<a href="https://www.youtube.com/v/qzkUg9SKw9Y" target="_blank" class="new_win">https://www.youtube.com/v/qzkUg9SKw9Y</a>
Veremos o Bolso tratando jornalistas da Globo assim???  :D
O Brasil é um país de sabotadores profissionais.

“Dêem-me controle sobre o dinheiro de uma nação e não me importa quem faz as suas leis. - Mayer Amschel Rothschild

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Re:Governo Trump
« Resposta #2259 Online: 12 de Novembro de 2018, 22:50:39 »
Apenas mais um dia de entrevistas na Casa Branca (legendado).

<a href="https://www.youtube.com/v/qzkUg9SKw9Y" target="_blank" class="new_win">https://www.youtube.com/v/qzkUg9SKw9Y</a>
Veremos o Bolso tratando jornalistas da Globo assim???  :D

Trump agindo como retardado arrogante.

Esse repórter falou muita obviedade dando margem pra esse idiota do Trump fazer dele um espantalho.
Espero que repórteres do Brasil de alguma mídia vista como oposição seja mais esperto e não dê margem pro Bolsonaro sair como vencedor como aconteceu nesse caso aí.




Offline Agnoscetico

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Re:Governo Trump
« Resposta #2260 Online: 13 de Novembro de 2018, 12:17:29 »



<a href="https://www.youtube.com/v/83PaFAAxYe0" target="_blank" class="new_win">https://www.youtube.com/v/83PaFAAxYe0</a>


Offline JJ

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Re:Governo Trump
« Resposta #2261 Online: 15 de Novembro de 2018, 10:34:36 »


‘Brasil vai sofrer bullying de Trump’, diz americano James Bacchus


Estadão Conteúdo

04/10/18 - 07h20


Depois de negociar com México e Canadá, o presidente Donald Trump está convencido de que sua estratégia de fazer bullying com seus parceiros comerciais funciona e o Brasil pode ser o próximo na lista. Quem diz isso é de um dos nomes mais respeitados do comércio internacional, o americano James Bacchus.


Ex-deputado pelo Partido Democrata, Bacchus assumiu o cargo de juiz do Órgão de Apelação da Organização Mundial do Comércio (OMC) nos anos 90. Em 2001, ele se tornou o primeiro americano a ocupar o cargo máximo e presidir o que viria a ser uma espécie de Supremo Tribunal do comércio mundial.


País duro


Em entrevista ao Estado, Bacchus comentou o comportamento de Trump que, na última segunda-feira, 1, criticou a relação comercial com o Brasil e Índia. “O Brasil é outro caso. É uma beleza. Eles cobram de nós o que querem”, disse Trump. “Se você perguntar a algumas empresas, eles dizem que o Brasil está entre os mais duros do mundo, talvez o mais duro. E nós não os chamamos e dizemos ‘vocês estão tratando nossas empresas injustamente, tratando nosso país injustamente”, afirmou o presidente americano.


“Ele (Trump) agora quer fazer bullying com eles também”, disse o ex-juiz, em uma referência ao Brasil e Índia. “Ele está sinalizando que fará isso com outros e eles (Brasil e Índia) serão os próximos”, disse.


Na OMC, o órgão que era presidido por Bacchus está sendo também alvo de ataques por parte dos americanos. Desde o ano passado, a Casa Branca tem impedido a nomeação de juízes para a corte suprema, levando o órgão a ver uma redução do número de seus membros. De sete juízes, a entidade agora conta com apenas três e, em 2019, poderia deixar de funcionar.


“A questão toda aqui é a deferência que os americanos queriam receber da OMC”, disse Bacchus. “Setores americanos que não conseguiam competir no mercado internacional tentaram obter essa situação. Mas não tiveram sucesso. Nenhum outro país da OMC aceitou dar esses privilégios aos americanos”, constatou. “Os EUA não são os únicos no mundo. Acredito que é um país excepcional e estou lutando para recuperá-lo. Mas não somos os únicos povos do mundo”, disse. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.



https://istoe.com.br/brasil-vai-sofrer-bullying-de-trump-diz-americano-james-bacchus/

Offline JJ

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Re:Governo Trump
« Resposta #2262 Online: 18 de Novembro de 2018, 22:00:01 »

Trump revela principal ameaça para sua presidência

© AP Photo / Richard Drew
AMÉRICAS

04:10 17.10.2018(atualizado 06:21 18.10.2018) URL curta893



O líder norte-americano Donald Trump considera o Sistema de Reserva Federal (banco central dos EUA) e sua política de aumento da taxa de juros a principal ameaça para seu sucesso como presidente dos EUA, segundo ele mesmo disse em entrevista ao canal Fox Business.


"A principal ameaça para mim é a Reserva Federal, porque a Reserva Federal está aumentando as taxas muito rapidamente e é independente demais", disse Trump, citado pelo canal.


Ao mesmo tempo, Trump ressaltou que não pode culpar ninguém por isso, pois foi ele que nomeou os dirigentes da Reserva Federal, acrescentando que se decepcionou no caso de alguns destes.


O líder americano criticou várias vezes o banco central pelo aumento da taxa de juros, argumentando que isso poderia afetar o crescimento econômico.
Donald Trump indicou no início de seu mandato Jerome Powell como presidente da Reserva Federal, substituindo Janet Yellen. Porém, Powell continuou a política de aumento da taxa de juros.


Em setembro, o banco central dos EUA aumentou novamente a taxa em 0,25% para 2-2,25% e planeja seguir este curso. A Reserva Federal também prevê um aumento adicional da taxa em 3% em 2019 e em 1 % em 2020.


https://br.sputniknews.com/americas/2018101712457624-trump-ameaca-principa-presidencia/


Offline JJ

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Re:Governo Trump
« Resposta #2263 Online: 26 de Novembro de 2018, 11:39:44 »
Eco da guerra: Trump força agricultores americanos a destruir colheitas



Fotos Públicas / Palácio Piratini / Camila Domingues
ANÁLISE

08:38 26.11.2018(atualizado 08:46 26.11.2018) URL curta3140


Mais uma vez, agricultores americanos foram atingidos pela guerra comercial com a China desencadeada por Donald Trump e, devido aos direitos alfandegários retaliatórios, a exportação de soja parou de vez.


Somente neste ano, foram alocados 89,1 milhões de acres de terra para a soja nos Estados Unidos, sendo que a plantação da leguminosa corresponde a quase 60% da oferta agrícola americana à China, opina Aleksandr Lesnykh, colunista da Sputnik.


OCDE e FAO estimam que produção brasileira de soja vai crescer 2,6% por ano até 2026

PEDRO REVELLION/PALÁCIO PIRATINI/FOTOS PÚBLICAS
China substituirá soja dos EUA pela brasileira

Porém, o conflito de Trump com o principal parceiro comercial do país levou Pequim a impor 25% de impostos sobre a soja dos EUA, resultando no colapso das exportações dessa cultura. Devido a isso, Pequim decidiu comprar de outros fornecedores.
Segundo o Departamento de Agricultura dos EUA, entre 2017 e 2018, os Estados Unidos controlavam 35% do mercado mundial de soja, seguidos pelo Brasil com 33%, enquanto o indicador da China foi de 4%. Além disso, o Brasil ocupava 47% do mercado chinês de soja e a Argentina, apenas 5%.


A única esperança dos agricultores americanos é que a guerra comercial seja interrompida, no entanto, as novas declarações beligerantes de Washington para Pequim, principalmente referentes às empresas europeias para que não comprem produtos Huawei, prejudicaram ainda mais o comércio entre os dois países.


O preço do armazenamento de grãos disparou para 40% em comparação com o ano passado, sendo que a maior parte dos agricultores não está conseguindo pagar com as novas taxas.


Por causa disso, a maioria dos produtores de soja está simplesmente destruindo a colheita, enterrando-a no solo ou deixando-a apodrecer no campo. Essa atitude também foi realizada por agrários americanos durante a Grande Depressão nos anos 1930.


Colheita de trigo na região de Kaliningrado, na Rússia
© SPUTNIK / IGOR ZAREMBO


Vamos lá! Brasil importa primeiro lote de 26,2 mil toneladas de trigo russo (VÍDEO)


Na época, o 32º presidente dos EUA, Franklin Delano Roosevelt, foi forçado a adotar um ato especial de assistência a agricultores, que destruíram colheitas pra criar uma falsa escassez de alimento no mercado e, desse modo, aumentar os preços.


Quanto à China, Pequim amplia com sucesso a geografia das compras de soja. Em um futuro próximo, a Rússia também se tornará um dos maiores fornecedores: o Extremo Oriente é ideal para cultivar esta cultura, e as áreas propensas ao cultivo estão muito mais próximas das terras orientais do que os EUA. Sendo que a estatal chinesa do setor alimentício Cofco planeja construir um grande elevador de grãos e um depósito para armazenamento de produtos agrícolas na Rússia.

 


https://br.sputniknews.com/opiniao/2018112612763787-eco-guerra-trump-forca-agricultores-americanos-destruir-colheitas/
« Última modificação: 26 de Novembro de 2018, 12:11:39 por JJ »

Offline Geotecton

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Re:Governo Trump
« Resposta #2264 Online: 26 de Novembro de 2018, 13:20:48 »
Bullshit russo.
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Offline Agnoscetico

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Re:Governo Trump
« Resposta #2265 Online: 01 de Dezembro de 2018, 11:23:52 »


Trump dando uma de anti-liberal contra importados e contra empresas que saíam dos EUA pra gerar empregos em outros países (como a GM tá fazendo):

<a href="https://www.youtube.com/v/11Boyc0HUQ4" target="_blank" class="new_win">https://www.youtube.com/v/11Boyc0HUQ4</a>



Offline Muad'Dib

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Re:Governo Trump
« Resposta #2266 Online: 12 de Dezembro de 2018, 18:17:39 »
Eu tô com a sensação que o clima político está virando nos EUA. Antes o Trump podia dizer que agarrava a mulherada pela vagina e gritar fake news para tudo o que o desagradasse e os democratas não conseguiam dar uma resposta a altura. Tinha a onda Trump que sustentava a estupidez. O encontro no salão oval com a Nancy e o Chuck já mostrou que o Trump não está conseguindo manter o discurso e os democratas já estão o tratando como o idiota que ele é.

Provavelmente o mesmo ocorrerá no Brasil. O olavismo da nossa direita vai começar a ser ridicularizado e esse povo vai ficar exposto como os idiotas que são. Vamos torcer para que não seja o PT que conseguirá polarizar com a idiotice.

Offline JJ

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Re:Governo Trump
« Resposta #2267 Online: 13 de Dezembro de 2018, 09:05:25 »

TRUMP, A QUEM O BRASIL SE AGACHA, É MAIOR AMEAÇA AO MUNDO, DIZ JEFFREY SACHS



O economista Jeffrey Sachs chama a atenção para a inflexão sem precedentes que envolve a prisão da diretora financeira da gigante de tecnologia chinesa Huawei, Meng Wanzhou; Sachs diz que a prisão de Meng é uma ruptura chocante com a prática corrente e que atende a interesses comerciais americanos; para Sachs, a prisão de Meng foi uma declaração de guerra dos EUA aos empresários chineses

13 DE DEZEMBRO DE 2018 ÀS 07:34


247 - A prisão da diretora financeira da Huawei, Meng Wanzhou, é uma medida perigosa do governo do presidente dos EUA, Donald Trump, em seu conflito, cada vez mais acirrado, com a China. Se, como teria dito Mark Twain, a história muitas vezes rima, esta nossa era lembra cada vez mais o período anterior a 1914. Como aconteceu com as grandes potências da Europa naquela época, os EUA, comandados por um governo que quer afirmar a dominância sobre a China, está empurrando o mundo para a catástrofe.

O contexto da prisão tem enorme importância. Os EUA solicitaram que o Canadá detivesse Meng no aeroporto de Vancouver, vinda de Hong Kong, a caminho do México, para depois extraditá-la para os EUA. Uma medida desse gênero é quase uma declaração de guerra dos EUA à comunidade empresarial da China. Quase sem precedentes, ela expõe os empresários americanos em viagem ao exterior a um risco muito maior de que iniciativas desse gênero sejam adotadas por outros países.


 
Meng é acusada de infringir as sanções dos EUA ao Irã. Mas sua prisão deve ser vista no contexto do grande número de empresas, americanas e não americanas, que violaram as sanções contra o Irã e outros países. Em 2011, por exemplo, o J.P. Morgan Chase pagou US$ 88,3 milhões em multas por infringir as sanções dos EUA a Cuba, ao Irã e ao Sudão. Mas seu executivo-chefe, Jamie Dimon, não foi apeado à força de um avião e preso às pressas.

E não se pode dizer que o J.P. Morgan Chase estava sozinho ao infringir as sanções adotadas pelos EUA. Desde 2010, as seguintes instituições financeiras de peso pagaram multas por violar sanções dos EUA: Banco do Brasil, Bank of America, Bank of Guam, Bank of Moscow, Bank of Tokyo-Mitsubishi, Barclays, BNP Paribas, Clearstream Banking, Commerzbank, Compass, Crédit Agricole, Deutsche Bank, HSBC, ING, Intesa Sanpaolo, J.P. Morgan Chase, National Bank of Abu Dhabi, National Bank of Pakistan, PayPal, RBS , Société Générale, Toronto-Dominion Bank, Trans-Pacific National Bank (atualmente conhecido como Beacon Business Bank), Standard Chartered e Wells Fargo.


 
Nenhum dos executivos-chefes ou diretores financeiros desses bancos infratores de sanções foi preso e posto em custódia por essas violações. Em todos esses casos, a empresa - e não a pessoa do diretor - é que foi responsabilizada. Eles também não foram responsabilizados pela infração generalizada da lei às vésperas, ou na esteira, da crise financeira de 2008, pela qual os bancos pagaram atordoantes US$ 243 bilhões em multas, de acordo com cômputo recente. À luz desse histórico, a prisão de Meng é uma ruptura chocante da prática corrente. Sim, que se responsabilizem executivos-chefes e diretores financeiros, mas que se comece em casa, a fim de evitar a hipocrisia, o interesse próprio disfarçado de princípio elevado e o risco de incitar um novo conflito mundial.

Os Estados Unidos afirmam que a empresa representa um risco específico de segurança por meio do potencial oculto de vigilância de seu hardware e software. Mas o governo dos EUA não forneceu quaisquer provas que corroborem essa acusação


 
De maneira muito transparente, a medida tomada pelos EUA contra Meng é, na verdade, uma parte da tentativa mais ampla do governo Trump de solapar a economia da China por meio da imposição de tarifas, do fechamento dos mercados ocidentais aos produtos de alta tecnologia exportados pela China e da proibição às compras chinesas de empresas tecnológicas americanas e europeias. Pode-se dizer, sem risco de exagerar, que isso é parte de uma guerra econômica à China, e uma guerra impulsiva, além do mais.

A Huawei é uma das empresas tecnológicas mais importantes da China e, portanto, alvo privilegiado do esforço do governo Trump para desacelerar ou deter o avanço da China em vários setores de alta tecnologia. As motivações dos EUA nessa guerra econômica são, em parte, comerciais - proteger e favorecer empresas americanas atrasadas - e, em parte, geopolíticas. Nada têm a ver, certamente, com a defesa do Estado de Direito internacional.

Os EUA tentam atingir a Huawei principalmente devido ao sucesso da empresa na comercialização mundial de tecnologias 5G de ponta. Os EUA afirmam que a empresa representa um risco específico de segurança por meio do potencial oculto de vigilância de seu hardware e software. Mas o governo dos EUA não forneceu quaisquer provas que corroborem essa acusação.


 
A recente crítica contundente à Huawei publicada pelo "Financial Times" é reveladora nesse aspecto. Após reconhecer que "não se pode ter prova concreta de interferência em tecnologia da informação e comunicações, a não ser que se tenha a sorte suficiente para encontrar uma agulha num palheiro", o autor simplesmente afirma que "não se pode correr o risco de pôr a sua segurança nas mãos de um potencial adversário". Em outras palavras, embora não possamos, na verdade, apontar um delito cometido pela Huawei, devemos, mesmo assim, pôr a empresa na lista negra.

Quando as regras do comércio mundial obstruem a tática criminosa de Trump, as regras têm de ir às favas, de acordo com ele. O secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, reconheceu isso na semana passada em Bruxelas. "Nosso governo", disse ele, está "abandonando ou renegociando, dentro da lei, tratados, acordos comerciais e outros ajustes internacionais obsoletos ou prejudiciais, que não atendem aos nossos interesses soberanos ou aos interesses dos nossos aliados". Mas, antes de se retirar desses acordos, o governo dos EUA os está descartando por meio de atos atabalhoados e unilaterais.

A prisão sem precedentes de Meng é ainda mais provocadora, por se basear em sanções extraterritoriais dos EUA, isto é, na afirmação, pelos EUA, de que podem ordenar que outros países deixem de negociar com terceiros, como Cuba ou o Irã. Os EUA certamente não tolerariam que a China ou qualquer outro país dissessem às companhias americanas com quem poderiam negociar ou deixar de negociar.

Sanções voltadas para partes não nacionais (como sanções dos EUA a uma empresa chinesa) não deveriam ter seu cumprimento fiscalizado por um país só, e sim de acordo com tratados firmados no âmbito do Conselho de Segurança da ONU. Nesse sentido, a Resolução 2231 do Conselho de Segurança da ONU prevê que todos os países abandonem as sanções ao Irã como parte do acordo nuclear firmado com o Irã em 2015. Mas os EUA - e apenas os EUA - rejeitam atualmente o papel do Conselho de Segurança em questões desse gênero. O governo Trump, e não a Huawei nem a China, é a maior ameaça atual ao Estado de Direito internacional e, portanto, à paz mundial. (Tradução de Rachel Warszawski)

Jeffrey D. Sachs, professor de desenvolvimento sustentável e professor de política e gestão de saúde da Universidade de Columbia, é diretor do Centro de Desenvolvimento Sustentável de Columbia e da Rede de Soluções de Desenvolvimento Sustentável da ONU.. Copyright: Project Syndicate, 2018.

www.project-syndicate.org


https://www.brasil247.com/pt/247/mundo/377541/Trump-a-quem-o-Brasil-se-agacha-%C3%A9-maior-amea%C3%A7a-ao-mundo-diz-Jeffrey-Sachs.htm

Offline Cinzu

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Re:Governo Trump
« Resposta #2268 Online: 24 de Dezembro de 2018, 21:27:07 »
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Trump & Dilma — planetas distintos, mesma lógica econômica

Historicamente, nos Estados Unidos, Republicanos são economicamente liberais — à permanente luz de Ronald Reagan — e os Democratas também, mas nem tanto. Ou pelo menos isso sempre foi assim, previsível, desde provavelmente Nixon, na década de 1970.

Sendo a democracia de lá relativamente madura como é, os dois partidos acomodam vertentes que vêem a economia de formas distintas, mas que são, em geral, tecnicamente bem fundamentadas. Indicativo disso é o fato de que quadros técnicos de primeiro escalão transitam nos dois partidos com alguma facilidade, como foram os casos recentes de Ben Bernanke, ex-Presidente do FED de Bush e Obama, e de Larry Summers, ex-Secretário do Tesouro que também fez parte dos dois governos. Ambos responderam a orientações políticas diferentes — o que é parte do jogo democrático — mas puderam trabalhar em programas distintos por apreciarem um instrumento comum: a teoria econômica baseada em dados e evidências, sustentada pelo debate ortodoxo.

Aqui no Brasil, embora a democracia ainda esteja longe de ser madura, chegamos a viver algo parecido. Em 2002, na transição presidencial de FHC para Lula — opostos politicamente — boa parte da equipe econômica do primeiro permaneceu. Sob Palocci, o ministro lulista, ficaram Joaquim Levy, Murilo Portugal, entre outros, que, não por acaso, entregaram, nos dois governos, o momento de maior amadurecimento da governança econômica do país, em continuidade ao Plano Real, de FHC.

Aliás, boa parte dos quadros dos dois times tiveram inclusive a mesma formação, com, ainda, frequente ocorrência de relacionamentos do tipo professor/aluno entre eles, na PUC-Rio. Nos EUA, analogamente — e em outra proporção, é claro — o trânsito em geral ocorria em Harvard e Princeton, entre outras instituições de mesma linha e relevância.

No entanto, em 2006, no Brasil, e em 2016, nos EUA, essa coesão — de princípio metodológico, a despeito da orientação política — se rompeu. Aqui, Dilma Rousseff assumiu a liderança do programa econômico brasileiro, com frases do tipo “gasto público é vida”, e, nos Estados Unidos, Donald Trump chegou à presidência com o bordão “America First”.

Os desdobramentos e a lógica da política de Dilma todos conhecem: expansão do gasto, descontrole da política monetária, intervencionismo setorial, protecionismo comercial, expansão do crédito subsidiado para empresas selecionadas, lei de conteúdo local, entre outras sandices — superadas no debate ortodoxo há muitas décadas — que geraram o esperado: uma grande recessão, a explosão do desemprego e da inflação — além, é claro, do seu próprio impeachment.

Do lado de lá, Trump, teoricamente Republicano, começa a, enfim, apresentar os modelos e os resultados da sua política econômica (apresentada originalmente neste documento, e que focava, basicamente, na crítica aos acordos de comércio do país e ao fato de o governo Obama ter incentivado o uso e a produção de outras fontes de energia para além do petróleo e do carvão). Para os mercados, apesar das nuances de desregulamentação e de redução de impostos, que sempre agradaram aos investidores, Trump, o protecionista, era uma ameaça, por óbvio.

No dia da sua eleição, que não estava precificada pelos mercados (já que as pesquisas não indicavam sua viabilidade) o que se viu foi um completo caos. Os índices globais, historicamente tendenciosos a políticas liberais, desabaram. O Dow Jones chegou a cair 900 pontos no dia seguinte — com o mesmo se repetindo, em outras proporções, com o dólar e com os ativos do resto do mundo. O Peso do México, que tem os EUA como seu principal parceiro comercial, derreteu. Uma recuperação, fomentada no dia seguinte por interlocutores mais moderados do seu governo de transição, chegou a ocorrer, mas o saldo final permaneceu negativo.

Mas afinal, Trump não era um Republicano — ergo, um apreciador de políticas pró-mercado, historicamente dolorosas no curto prazo, mas que, em geral, ensejam crescimento sustentável em um longo período?

A materialização da sua lógica econômica, em 2017 — apesar dos seus efeitos controversos nos Índices de Ações, que discutiremos depois — mostraram que não.

Donald Trump escolheu para a Secretaria do Tesouro, o equivalente ao nosso Ministério da Fazenda, Steven Mnuchin, um executivo do segundo escalão do Goldman Sachs, a despeito do seu discurso de “Drain the Swamp” (baseado em “drenar Washington” de gente como… os executivos do Goldman). Colocou um empresário sem experiência na Secretaria de Estado e, mais recentemente, um advogado(!) na Presidência do FED.

Até aí, apesar da hipocrisia retórica, comum ao mundo político, nada muito sobre o que divagar. No entanto, as medidas práticas mais objetivas, que vieram depois, importam. E fomentam, enfim, as comparações com o Governo Dilma, anunciadas pelo título do texto.

Ponto a ponto, sem muito detalhamento, é possível chegar a pelo menos uma boa amostra de exemplos de como que, ao longo de um ano, Trump praticou precisamente aquilo que a nossa presidenta fez: política de conteúdo local, ajuda a campeões nacionais, déficit fiscal imprudente, má gestão monetária e cambial, e até um pacote de investimentos públicos em infraestrutura que, dadas suas semelhanças, poderia muito bem ser chamado de PAC.

Para a política de conteúdo local, o dedo de Trump pode ser visto desde seu discurso (o famoso buy America, hire America) até a medidas bem concretas, como o aumento¹ de taxas para a importação de Aço, implementado nesse mês para “incentivar a produção doméstica do país”. Indo adiante, num misto de conteúdo local com promoção de campeões nacionais, um exemplo recente, entre tantos, é o da medida Trumpista que forçou² o Pentágono a fazer compras de caças de mais de U$6,6 bilhões diretamente da Boeing, empresa americana, ao invés de cotar com outras concorrentes estrangeiras — que poderiam vir a ofertar equipamentos melhores e/ou mais baratos — tal qual Dilma fazia junto à Petrobrás e seus fornecedores.

Com relação à gestão fiscal, Trump repete Dilma em proporção ainda maior: ao contrário de uma política de natureza austera (sem necessariamente se voltar para superávits, já que os EUA, donos de uma moeda global, têm a prerrogativa de se endividarem sem ensejarem muitos problemas inflacionários posteriores), Trump enviou³ para o Congresso uma proposta de déficit de US$1 trilhão — quase o equivalente ao total do PIB brasileiro e quase o dobro do último ano de Obama, que ficou em torno de US$600 bilhões.

Esse gasto, vale dizer, não corresponde a programas de fomento à produtividade, distribuição de renda ou outro motivo nobre, anticíclico ou extraordinário, mas, majoritariamente, a uma expansão da despesa militar (que, a propósito, vinha caindo sistematicamente desde o governo Clinton, seguindo a lógica óbvia de que a liderança geopolítica hoje em dia depende mais de uma condução econômica do que propriamente militar, o que Trump certamente não parece entender — ou ser capaz de expressar).

Com relação à gestão da moeda, Trump e Mnuchin aprenderam com Dilma e sua equipe a virtude da má comunicação. Tal qual a brasileira, que chegou a ter, num mesmo dia, mensagens ortogonais entre seu Ministro de Desenvolvimento, seu Ministro da Fazenda e um dos Diretores do Bacen a respeito do câmbio, Mnuchin repetiu, recentemente, em Davos, a incompetência da condução das expectativas, sempre importantes na economia. Na brincadeira, ele misturou, ainda, outro princípio do governo Dilma, o da desvalorização cambial, ao dizer⁴, em 24 de Janeiro, que um dólar mais fraco seria oportuno para a economia americana — derrubando, natural e imediatamente, a moeda. Na mesma semana, precisou desmentir o que havia dito.

O programa de investimentos públicos de Trump, por sua vez, orçado em U$1,7 trilhões, talvez seja bem comparado ao PAC da Dilma simplesmente a partir da apresentação de um único projeto⁵, entre tantos semelhantes: o da construção de um trem-bala. Este, mais do que os outros, fala por si só.

No âmbito do comércio externo, setor no qual Dilma praticamente nada fez — apenas dois acordos bilaterais, com países inexpressivos — Trump segue seu caminho do protecionismo. No primeiro mês de governo, retirou, via decreto, o país da Trans-Pacific Partnership, um dos acordos comerciais mais ambiciosos já desenhado. Além disso, propaga habitualmente a ideia de que os EUA precisam praticar superávits comerciais a qualquer custo, sobretudo com a China e com o México, uma ideia mercantilista, do século XVI, superada há muito tempo na teoria econômica.

Finalmente, a medida mais badalada de Trump, batizada de “Corte de Impostos”, que, aí sim, teria tudo para se caracterizar como medida Republicana, parece também se aproximar, na verdade, mais de Dilma do que de Reagan.

Desenhada verticalmente, isto é, sem se espalhar de forma equânime entre os setores da economia — criando o que economistas chamam de distorção entre preços relativos — , a medida parece uma versão adaptada dos subsídios fornecidos pelo BNDES para algumas empresas brasileiras. Isto é: determinados setores, escolhidos pelo governo, usufruem de menores cargas tributárias (ou de capital subsidiado, o que dá na mesma) sob o pretexto de gerarem mais empregos e arrecadação num momento seguinte. Na teoria, já se trata de uma medida em alguma medida controversa, embora intuitivamente lógica; na prática, sob Trump, tem tudo para der errado, como deu com Dilma.

Além disso tudo, outro ponto importante parece unir os dois estadistas: o da desonestidade. O governo Dilma, famoso por brigar com a estatística — como quando sua Casa Civil vetou a publicação dos dados negativos da miséria apurada pelo IPEA, que sairiam logo antes do segundo turno de 2014 — tem a companhia da retórica de Trump.

Entre tantos exemplos, um deles se destaca: em Janeiro, o presidente americano fez grande propaganda para anunciar o “recorde histórico de criação de empregos em 2017”, de 2,05 milhões de novos postos. “Esqueceu” de falar, no entanto, que não apenas não foi o recorde como também foi o menor número apurado desde 2009. Entre 2011 e 2016, para fins comparativos, a média do governo Obama foi de 2,41 milhões de empregos gerados por ano⁶.

Além disso, tentando embarcar no sucesso da Apple, Trump anunciou que a empresa estaria investindo mais de U$350 bilhões em função do seu corte de impostos — o que, na verdade, passa um pouco longe de ser o número correto, em se considerando efetivamente o que o comunicado⁷ da Apple quis dizer, considerando impacto global dos investimentos, e não o montante diretamente investido: US$37 bilhões em 2018, 10x menos o que Trump deu a entender que seria. Assim, entre Trump e Dilma, a verdade só reside no fato de que, bem, ambos mentem habitualmente.

Quando Dilma tomou a frente do Governo Lula, assumindo a Casa Civil e, em seguida, sendo eleita presidente, a economia ia bem. O país crescia sustentavelmente, o tripé macroeconômico funcionava e o país passou a ter grau de investimento positivo. No caso de Trump, sua herança foi talvez até melhor: Obama, que havia assumido o cargo na maior recessão da história, entregou o país crescendo, com pleno emprego e taxa de desemprego em queda por seis anos seguidos, abaixo de 5%.

Além disso, uma grande liquidez conjuntural no planeta ajudava Dilma, à sua época, e faz o mesmo por Trump hoje (o que, enfim, explica, em parte, o fato de hoje as bolsas americanas seguirem em alta, a despeito da sua política econômica). A tarefa de desandar uma economia funcional — tão bem realizada por Dilma — então, parece demandar particular combinação de esforços, aos quais, ao que parece, Trump tem se dedicado.

Vale lembrar ainda que, embora recentemente Trump tenha celebrado e propagado alguns indicadores que realmente são positivos acerca dos resultados de 2017, uma análise honesta demanda premissas honestas. A premissa de avaliação econômica precisa considerar um delay (isto é, o fato de que os efeitos de medidas macroeconômicas em geral demoram alguns anos para aparecerem, em especial em variáveis agregadas, como o emprego) e os resultados precisam ser atribuídos aos seus verdadeiros responsáveis.

Um exemplo disso pode ser obtido na análise dos efeitos da própria Dilma: embora todos saibamos o quanto sua condução econômica foi desastrosa, até 2014 o país crescia e havia pleno emprego; as consequências das suas medidas vieram depois, a partir de 2015/2016, porque a economia é assim, não responde de imediato. Por isso, dados agregados (não de expectativas) positivos ou negativos de 2017 precisam ser atribuídos, em boa parte, ainda ao governo Obama (e à Presidente do FED, Janet Yellen, sobretudo, dado o fato de que, lá, a política monetária importa mais do que a condução fiscal — salvo quando há intervencionismos malucos do tipo Trump).

Pelo manual, com rigor, o que Dilma fez e Trump faz chama-se Populismo. Embalado, ainda, num nacionalismo eleitoralmente oportuno (que justifica o protecionismo), sua vertente vende soluções fáceis para problemas complexos, focando no curto prazo e comprometendo o futuro. No caso da Dilma, ela caiu relativamente rápido — não sem antes comprometer uma década de crescimento do nosso PIB per capita. Se eventualmente Trump terá o mesmo destino, o tempo dirá. O fato é que, embora ambos pareçam absolutamente diferentes, as evidências indicam que, na prática, parece que não são.

Gabriel Brasil é economista pela UFMG e Mestrando em Economia Política Internacional pela USP.

(¹) https://www.bloomberg.com/news/articles/2018-02-23/trump-is-said-to-favor-stiffest-u-s-steel-aluminum-tariffs

(²) https://www.bloomberg.com/news/articles/2018-01-31/boeing-gets-6-6-billion-from-pentagon-to-expand-missile-defense

(³) https://www.ft.com/content/ca8a9cf4-075f-11e8-9650-9c0ad2d7c5b5

(⁴) https://www.cnbc.com/2018/01/24/a-weaker-dollar-is-good-for-the-us-treasury-secretary-mnuchin-says.html

(⁵) https://www.reuters.com/article/us-usa-trump-infrastructure/trump-raises-infrastructure-investment-plan-to-1-7-trillion-idUSKBN1FD312

(⁶) http://dailycaller.com/2018/01/05/2-million-new-jobs-created-in-trumps-first-year/

(⁷) http://www.politifact.com/truth-o-meter/statements/2018/jan/31/donald-trump/donald-trump-inflates-apple-investment/
"Não é possível convencer um crente de coisa alguma, pois suas crenças não se baseiam em evidências; baseiam-se numa profunda necessidade de acreditar"

Offline JJ

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Re:Governo Trump
« Resposta #2269 Online: 31 de Dezembro de 2018, 12:10:09 »

Déficit fiscal dos EUA supera estimativas e sobe em US$ 76 bi em julho


Resultado é superior ao previsto por analistas, que projetavam uma alta de US$ 43 bilhões no déficit das contas públicas do governo federal
Por EFE

 10 ago 2018, 18h29



Bandeiras dos Estados Unidos em carros a venda em uma concessionária da Chevrolet em Santa Rosa, Estados Unidos
Estados Unidos: em julho, as receitas do governo caíram 3%, para US$ 225,2 bilhões (Justin Sullivan/Getty Images)


Washington – O déficit fiscal dos Estados Unidos cresceu US$ 76,8 bilhões em julho, uma alta 79% maior em relação a registrada no mesmo mês de 2017, segundo dados divulgados nesta sexta-feira pelo Departamento do Tesouro.


O resultado é superior ao previsto por analistas, que projetavam uma alta de US$ 43 bilhões no déficit das contas públicas do governo federal no mês passado.


Nos primeiros dez meses do ano, o déficit chegou a US$ 684 bilhões, um valor 21% em relação ao mesmo período do ano anterior.


Em julho, as receitas do governo caíram 3%, para US$ 225,2 bilhões, enquanto a despesa subiu 10%, para US$ 302,1 bilhões.


O Escritório Orçamentário do Congresso (CBO), um órgão não partidário, projeta que o país fechará o ano fiscal, que se encerra em 31 de setembro, com um déficit de US$ 804 bilhões. Em 2019, a projeção é de US$ 981 bilhões e de mais de US$ 1 trilhão para 2020.


Essas projeções já refletem o pacote de estímulo fiscal elaborado pelo governo de Donald Trump. As análises já incluem a reforma tributária aprovada em dezembro e o orçamento aprovado em março, com importantes altas nos gastos do Departamento de Defesa.


Trump, no entanto, foi eleito com a promessa de reduzir o desequilíbrio das contas públicas, controlando a dívida federal. A última vez que o déficit ultrapassou US$ 1 trilhão foi em 2012, ainda no governo de Barack Obama.


Notícias sobre Donald Trump  Estados Unidos


https://exame.abril.com.br/economia/deficit-fiscal-dos-eua-supera-estimativas-e-sobe-em-us-76-bi-em-julho/

« Última modificação: 31 de Dezembro de 2018, 13:05:02 por JJ »

Offline JJ

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Re:Governo Trump
« Resposta #2270 Online: 01 de Janeiro de 2019, 07:55:51 »

Déficit fiscal dos EUA supera estimativas e sobe em US$ 76 bi em julho
Em julho, as receitas do governo caíram 3%, para US$ 225,2 bilhões, enquanto a despesa subiu 10%, para US$ 302,1 bilhões.

O Escritório Orçamentário do Congresso (CBO), um órgão não partidário, projeta que o país fechará o ano fiscal, que se encerra em 31 de setembro, com um déficit de US$ 804 bilhões. Em 2019, a projeção é de US$ 981 bilhões e de mais de US$ 1 trilhão para 2020.

Trump, no entanto, foi eleito com a promessa de reduzir o desequilíbrio das contas públicas, controlando a dívida federal.



Crise causada por esbórnia fiscal é causada pelo liberalismo? Esbórnia fiscal ou conivência com esbórnia  fiscal é liberalismo? Não existe nem remota semelhança entre esbórnia fiscal causadora de desastre econômico (que na sua maior parte foi liderado por Kichner) e liberalismo.


Da notícia anterior  e  da  ideia  colocada pelo Huxley,  temos:

Esbórnia fiscal ou conivência com esbórnia  fiscal  não  é liberalismo;

Cristina Kirchner praticou esbórnia fiscal ou conivência com esbórnia  fiscal;

Trump praticou e tem praticado esbórnia fiscal ou conivência com esbórnia  fiscal;

Logo, Kirchner  não foi liberal, e  Trump também não foi e não está sendo liberal.





« Última modificação: 01 de Janeiro de 2019, 08:01:05 por JJ »

Offline Geotecton

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Re:Governo Trump
« Resposta #2271 Online: 01 de Janeiro de 2019, 12:10:44 »
Exatamente.

Trump não está sendo liberal.

E a Cretina nunca foi uma liberal e sim uma estatista, ladra e corrupta.
Foto USGS

Offline -Huxley-

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Re:Governo Trump
« Resposta #2272 Online: 01 de Janeiro de 2019, 16:15:13 »

Déficit fiscal dos EUA supera estimativas e sobe em US$ 76 bi em julho
Em julho, as receitas do governo caíram 3%, para US$ 225,2 bilhões, enquanto a despesa subiu 10%, para US$ 302,1 bilhões.

O Escritório Orçamentário do Congresso (CBO), um órgão não partidário, projeta que o país fechará o ano fiscal, que se encerra em 31 de setembro, com um déficit de US$ 804 bilhões. Em 2019, a projeção é de US$ 981 bilhões e de mais de US$ 1 trilhão para 2020.

Trump, no entanto, foi eleito com a promessa de reduzir o desequilíbrio das contas públicas, controlando a dívida federal.



Crise causada por esbórnia fiscal é causada pelo liberalismo? Esbórnia fiscal ou conivência com esbórnia  fiscal é liberalismo? Não existe nem remota semelhança entre esbórnia fiscal causadora de desastre econômico (que na sua maior parte foi liderado por Kichner) e liberalismo.


Da notícia anterior  e  da  ideia  colocada pelo Huxley,  temos:

Esbórnia fiscal ou conivência com esbórnia  fiscal  não  é liberalismo;

Cristina Kirchner praticou esbórnia fiscal ou conivência com esbórnia  fiscal;

Trump praticou e tem praticado esbórnia fiscal ou conivência com esbórnia  fiscal;

Logo, Kirchner  não foi liberal, e  Trump também não foi e não está sendo liberal.







Há muito tempo que já critiquei a puxação de saco em cima do Trump neste fórum:

Lembrando que os EUA atual se encontra mais próximo ao pleno-emprego do que na época do corte tributário de Obama, por que diabos acreditam que esse corte de impostos de Trump não fará explodir a dívida pública ou pressionará a inflação? Vejam o que o Reagan fez também com a dívida pública por causa do seu reaganeconomics... Trumpeconomics é só uma reedição do reaganeconomics...
« Última modificação: 01 de Janeiro de 2019, 16:17:54 por -Huxley- »

Offline André Luiz

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Re:Governo Trump
« Resposta #2273 Online: 01 de Janeiro de 2019, 19:48:44 »
Eu tô com a sensação que o clima político está virando nos EUA. Antes o Trump podia dizer que agarrava a mulherada pela vagina e gritar fake news para tudo o que o desagradasse e os democratas não conseguiam dar uma resposta a altura. Tinha a onda Trump que sustentava a estupidez. O encontro no salão oval com a Nancy e o Chuck já mostrou que o Trump não está conseguindo manter o discurso e os democratas já estão o tratando como o idiota que ele é.

Provavelmente o mesmo ocorrerá no Brasil. O olavismo da nossa direita vai começar a ser ridicularizado e esse povo vai ficar exposto como os idiotas que são. Vamos torcer para que não seja o PT que conseguirá polarizar com a idiotice.

Também acho,  eles vão ficar um ano lutando contra moinhos  de vento ( comunistas, mamadeira de piroca, invasão islâmica...) e o povo vai se cansar dessa merda e começar a cobrar resultados

Offline JJ

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Re:Governo Trump
« Resposta #2274 Online: 03 de Janeiro de 2019, 23:37:11 »






E SE O DEUS DE BOLSONARO CAIR? Brasil isolado na sua ideologia tosca.


Filósofo Paulo Ghiraldelli

Publicado em 2 de jan de 2019

 

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