Dicetismo, misticismo, voyeurismo... todos sabemos o que é.
Ninguém, na língua portuguesa, usa espiritismo no sentido de espiritualismo, veja o porquê:
Para se designarem coisas novas são precisos termos novos. Assim o
exige a clareza da linguagem, para evitar a confusão inerente à variedade
de sentidos das mesmas palavras. Os vocábulos espiritual, espiritualista,
espiritualismo têm acepção bem definida. Dar-lhes outra, para aplicá-los
à Doutrina dos Espíritos, fora multiplicar as causas já numerosas de anfibologia.
Com efeito, o espiritualismo é o oposto do materialismo. Quem
quer que acredite haver em si alguma coisa mais do que matéria, é espiritualista.
Não se segue daí, porém, que creia na existência dos Espíritos
ou em suas comunicações com o mundo visível. Em vez das palavras
espiritual, espiritualismo, empregamos, para indicar a crença a que vimos
de referir-nos, os termos espírita e espiritismo, cuja forma lembra a origem
e o sentido radical e que, por isso mesmo, apresentam a vantagem de ser
perfeitamente inteligíveis, deixando ao vocábulo espiritualismo a acepção
que lhe é própria.
Vocês, todas as vezes que trouxeram a palavra espiritismo foi sempre em sentido geral, em outro idioma, e jamais no sentido atribuído por Kardec.
Este é o ponto principal... que pensando bem, nem é tão importante assim, mas serve para mostrar que espíritas não confundem espiritismo com espiritualismo, como alegado por Gigaview.
En passant, sobre Ad Hominen, jamais faria uma denúncia sobre isto... acho que é mi mi mi, por mais ofendido que me sentisse. Preferiria, contragosto, abandonar o CC.