Autor Tópico: Governo decide fazer intervenção na Segurança Pública do Rio  (Lida 9283 vezes)

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Offline JJ

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Re:Governo decide fazer intervenção na Segurança Pública do Rio
« Resposta #325 Online: 02 de Março de 2018, 08:49:25 »
As lições radicais de Portugal para lidar com as drogas


Há 15 anos, Portugal trocou a guerra às drogas pelo acolhimento de dependentes. Hoje, quem abandona o vício ganha até emprego. Veja o que o Brasil pode aprender com isso:


Por Talita Abrantes

access_time 16 maio 2016, 18h24

Descriminalização do porte de drogas (Thinkstock/)


São Paulo – Há mais de uma década, o consumo de drogas em Portugal não é mais tratado como caso de polícia. Em vez da guerra, a política de combate ao consumo se baseia em uma estratégia de acolhimento de dependentes químicos: além de tratamento gratuito, o  programa oferece até emprego com salário pago pelo governo por seis meses e incentivos fiscais para empresas.


Quando a medida foi levada a cabo, há 15 anos, os argumentos dos contrários à descriminalização eram parecidos com o que se ouve hoje em debate semelhante no Brasil: temia-se que o fim da repressão poderia estimular ainda mais o uso de substâncias ilegais.


O tempo provou que os temores eram infundados. Portugal é hoje o país com as menores taxas de consumo de drogas entre jovens da Europa. Em 2001, mais de 100 mil portugueses eram viciados em heroína. No ano passado, o número caiu para 30 mil – muitos deles em fase de tratamento.


Quem é flagrado portando alguma substância ilegal é encaminhado para um comitê formado por juristas e psicólogos cuja missão é encorajar a busca por tratamento.


“É como colocar um tapete vermelho e falar ‘trate-se’. Não há constrangimentos, não há lista de espera, não há nada a pagar. Em dois ou três dias, a pessoa tem uma consulta marcada”, diz João Goulão, diretor do Serviço de Intervenção em Comportamentos de Vício e Dependências (SICAD) de Portugal, em entrevista a EXAME.com.


Quem não aceita o tratamento, em contrapartida, recebe algumas sanções administrativas. Mas mesmo nesses casos, há suporte estatal com vistas a prevenir riscos. “Se há um indivíduo que compartilha seringas, por exemplo, aquilo que eu tento é ensiná-lo a não compartilhar e forneço a seringa esterilizada para que ele não corra riscos”, afirma.


No ano passado, o Supremo Tribunal Federal (STF) começou a analisar  a possibilidade de descriminarlizar o  porte de maconha e outras drogas para uso pessoal no Brasil. Por enquanto, três ministros já votaram pela inconstitucionalidade do artigo 28 da Lei Antidrogas, que criminaliza o consumo de substâncias ilegais. No entanto, ainda não há data para que o caso volte a ser julgado pelos magistrados.


Goulão adverte que, no entanto, descriminalizar o consumo não é suficiente para resolver  o problema. “É necessário criar uma estrutura de tratamentos suficientemente forte, é preciso desenvolver estratégias de prevenção verdadeiramente eficazes e que não sirvam apenas para satisfazer a clientela política”, afirma.


Médico formado pela Universidade de Lisboa, Goulão é apontado como o principal líder da reforma das políticas antidrogas de Portugal. Até o ano passado, comandava também o Centro  Europeu de Monitoramento de Drogas e Dependência Química (EMCDDA, da sigla em inglês).


Confira trechos da entrevista que ele concedeu a EXAME.com por telefone em setembro passado. 


EXAME.com: Um dos argumentos repetidos aqui no Brasil é de que a descriminalização poderia aumentar o consumo de drogas. O que aconteceu em Portugal após a descriminalização?


João Goulão: A primeira questão é de que são produzidas cada vez mais evidências científicas de que o quadro legal das drogas tem pouca influência no consumo. Para além disso, não consideramos que a descriminalização é a bala de prata, algo mágico que resolve os problemas. É necessário muito mais que isso. É necessário criar uma estrutura de tratamentos suficientemente forte, é preciso desenvolver estratégias de prevenção verdadeiramente eficazes e que não sirvam apenas para satisfazer a clientela política.


Como isso é feito em Portugal?


As pessoas interceptadas na via pública portando substâncias [ilícitas] são conduzidas pela polícia às delegacias, onde a quantidade de substância é pesada. Se a pessoa tiver menos do que o considerado adequado para consumo pessoal para 10 dias, ela não é julgada, mas é intimada a comparecer perante uma comissão formada por juristas, psicólogos e assistentes social. Os membros desses comitês têm a capacidade para aplicar penalidades administrativas, que nunca dão lugar a uma espécie de registro criminal.


Quais são os critérios da comissão?


Ela tenta avaliar a história pessoal do consumo, as circunstâncias sociais e psicológicas do indivíduo, suas motivações e o grau de tendência de consumo. Se estivermos diante de uma pessoa dependente, o sujeito é aconselhado a procurar tratamento. É como colocar um tapete vermelho e falar “trate-se”. Não há constrangimentos, não há lista de espera, não há nada a pagar. Em dois ou três dias, a pessoa tem uma consulta marcada. Na maioria dos casos, eles aceitam ir em, ao menos, essa primeira consulta.


Não há aplicação de multa?


Se ficar no ar a possibilidade de se tratar, o que a comissão faz é suspender o processo, mantê-lo aberto e dizer para o indivíduo não aparecer nos próximos meses. Se aparecer, aplica-se uma sanção – que pode ser, por exemplo, trabalho voluntário, a proibição de frequentar determinados locais, perda de benefícios sociais.


Como é feita a reinserção social?


O processo de reinserção social é algo que começa desde o início do tratamento com a identificação das carências do indivíduo. Depois do desenvolvimento de cada pessoa, a colocamos para trabalhar em uma empresa, o empresário tem redução nos seus impostos e o salário do trabalhador é pago pelo Estado durante seis meses. Durante este período, em muitos casos, é possível ao trabalhador ganhar experiência, aprender um ofício e ganhar confiança do empregador. Quando termina o período, a maioria das pessoas ficam nessas empresas.


O senhor disse há alguns anos que o objetivo da política antidrogas é salvar vidas e que parte dos projetos seriam voltados até para ensinar as pessoas a usar as substâncias de uma forma menos arriscada. É isso mesmo?


Sim. Temos um conjunto de políticas que chamamos de “redução de riscos e minimização de danos” [que] surge da ideia de que, mesmo quando o indivíduo não tem força, não tem condições para iniciar um processo de tratamento, mesmo assim ele é merecedor do investimento do Estado para que tenha uma melhor experiência de vida. Se há um indivíduo que compartilha seringas, por exemplo, aquilo que tentamos é ensiná-lo a não partilhar e fornecemos a seringa esterilizada para que ele não corra riscos.


Como é o trabalho de prevenção com as populações de risco?


Vamos pensar por exemplo em jovens filhos de dependentes, em jovens que vivem em bairros problemáticos, em jovens órfãos que foram vítimas de maus tratos. Junto deles nós desenvolvemos projetos que visam interessá-los por outras coisas na vida. Não passa necessariamente por falar de drogas, dos malefícios e dos riscos que elas têm, mas de mostrar a eles como ter vidas mais agradáveis.


A ideia, então, é não fazer campanhas do tipo “não use drogas”, mas sim neutralizar os fatores de risco?


Exatamente. É favorecer o desenvolvimento da resiliência por parte dos jovens quanto aos fatores de pressão e favorecer a capacidade de fazer escolhas conscientes.


Quais os resultados?


Há, por um lado, uma diminuição do consumo de todas as substâncias ilícitas, seja na população em geral, seja na população jovem e adulta. Há uma diminuição das mortes por overdose, há uma diminuição das inserções pelo vírus da Aids e das hepatites, há uma diminuição da criminalidade associada ao consumo de drogas.


No Brasil, a maior parte da população é contra a descriminalização de drogas. Como a sociedade portuguesa pensava essa política nas vésperas da aprovação da lei?


Nós tivemos circunstâncias históricas muito particulares no desenvolvimento dos problemas relacionados com drogas em Portugal. Vivemos durante alguns anos sob um regime autoritário, durante o qual praticamente não tínhamos problemas com drogas. Depois da nossa revolução democrática é que esses problemas surgiram.


Houve uma altura em que era praticamente impossível encontrar alguma família portuguesa que não tivesse problemas com drogas. Somos cerca de 10 milhões, chegamos a ter cerca de 100 mil pessoas consumindo heroína. O que significa que não é apenas um problema que diz respeito a excluídos, aos favelados, mas a toda a sociedade.


Foi preciso então pensar esses problemas de forma diferente. Se eu tenho uma dona de casa, uma mãe de família de classe média, que discuta o assunto e diz ‘meu filho não é um criminoso, ele é um doente que precisa de ajuda’. É completamente diferente pensar que são minorias, os feios, os porcos, os maus.


Nos locais onde o fenômeno da droga está muito confinado às minorias mais desorganizadas, a tendência da sociedade é pensar que se são excluídos, vamos excluir ainda mais.


Como o senhor avalia o cenário brasileiro nesse sentido?


Penso que a resistência em considerar como um problema de saúde tem a ver com a estratificação existente da sociedade brasileira.


Então,  na visão da sociedade brasileira, as drogas estão restritas às minorias que já estão excluídas. É essa a ideia?


Pelo menos entre essas minorias que a sociedade é mais visível. Há consumo nas outras classes, mas não tem as mesmas consequências, como empobrecimento e exclusão.


O que é necessário para mudar essa mentalidade?


É fundamental que se pense na dependência como uma questão de saúde. E que as estruturas de saúde sejam dotadas da capacidade de lidar com esse problema.


Dadas as diferenças entre o contexto brasileiro e o português, como aplicar um projeto semelhante em um país como o Brasil?


O Brasil é um país de dimensão continental que tem enorme autonomia entre os diversos estados e definição de políticas a nível municipal. Daquilo que conheço e observo, penso que o Estado brasileiro ganharia em estabelecer, a nível federal, alguns conceitos e exigências mínimas de qualidade que inspirasse o desenvolvimento de políticas em todos os estados.


Notícias sobre DrogasJustiçaMaconhaSaúdeSTF



https://exame.abril.com.br/brasil/as-licoes-radicais-de-portugal-para-lidar-com-as-drogas/




Offline JJ

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Re:Governo decide fazer intervenção na Segurança Pública do Rio
« Resposta #326 Online: 02 de Março de 2018, 08:55:17 »

Portugal instalará salas de consumo assistido para usuários de drogas


27/05/2017 18h11Lisboa

Silvia Caetano – Correspondente da EBC


Quinze anos depois de aprovada a descriminalização do uso de todo tipo de drogas, separando o consumo do tráfico, Portugal apresenta os melhores resultados entre os países que adotaram o modelo. Nem o consumo aumentou, nem o país se tornou ponto de encontro de toxicodependentes de outras partes do mundo. Portugal foi pioneiro no assunto, liderado pelo médico João Goulão, atualmente diretor do Serviço de Intervenção nos Comportamentos Aditivos e nas Dependências (Sicad), que recebeu nesta semana o primeiro pedido para a instalação de uma sala de consumo assistido, modalidade  aprovada desde  2001 e que deve sair do papel nos próximos meses.


Quando a questão passou da área criminal para a de saúde pública, o país assistiu a uma redução significativa de infecção por HIV entre os dependentes, de mortes por overdose e da população condenada a pena de prisão por crimes relacionados com entorpecentes. Em 2001, esse grupo representava 41% do total de reclusos no país, índice que caiu para 19% em 2015. "Havia ainda cerca de 100 mil usuários problemáticos de heroína por via injetável, número que atualmente não passa de 40 mil", disse. Mas nem tudo é cor de rosa nesse universo. Ainda há  muito a fazer.


O balanço positivo resultou do fato de os dependentes de substâncias ilícitas deixarem de ser perseguidos como criminosos, passando a ser tratados como doentes. "A mudança de paradigma transformou Portugal em exemplo de boas práticas em todo o mundo. E explica-se sobretudo porque, ao contrário de outros países, onde a difusão das drogas ocorria entre as populações mais desfavorecidas, havia no momento um boom de experimentação de drogas em todos os grupos sociais, incluindo as classes média e alta. Na época, era praticamente impossível encontrar uma família que não sofresse suas consequências do problema", afirmou.


Foi devido ao fato de o consumo de substâncias ilícitas abranger de forma completamente transversal a sociedade portuguesa que se formou um ambiente favorável a abordagem mais progressista da questão, conduzindo à descriminalização de todas as drogas. ”Quando as coisas se confinam às margens, é muito difícil mobilizar vontades para políticas inclusivas. No Brasil, por exemplo, a coisa está na favela, e é nas favelas que deve continuar”, afirmou Goulão, que tem visitado o país muitas vezes e conhece a realidade realidade brasileira.


De acordo com o o médico, a descriminalização foi importante e um primeiro passo para enfrentar o problema, mas Portugal avança ainda mais, apostando na redução de riscos e minimização de danos, movido pela ideia de que as drogas não se combatem com instrumentos jurídicos e policiais. Nesse contexto, inserem-se as salas de consumos assistido. Aprovados em 2001, esses espaços não foram  ainda implantados em Portugal, porque, desde a descriminalização, registrou-se queda quase vertiginosa dos consumos por via injetável.


No entanto, com o agravamento da crise econômica em Portugal, que afetou os programas de reinserção de dependentes no mercado de trabalho e de recuperação social, essa modalidade de consumo recrudesceu, o que, segundo Goulão, já justifica a implantação das primeiras salas no país.


Há 30 anos existem salas de consumo assistido na Europa, num total de 90, em nove países. Somente em 2014 ocorreram 6.800 mortes por overdose no Continente, mas, nesse período, registrou-se apenas um óbito num desses espaços, na Alemanha, causado por anafilaxia. Todas as salas dispõem de pessoal treinado para intervir em caso de overdose. Os consumidores também aprendem manobras para ajudar os que estão em situação de risco mortal e recebem um kit com naloxona pronta para injetar.


As salas foram criadas em uma lógica de redução dos comportamentos que aumentam o risco de transmissão de doenças e de mortes por overdose. Há diferentes modelos, desde os integrados até unidades móveis, que deve ser o que Portugal vai implantar nos próximos meses. Nesses espaços, os dependentes recebem aconselhamento social e psicológico, tratamentos de substituição de drogas, feridas, doenças e troca de seringas.


Maconha


Na Alemanha, há espaços separados para usuários de drogas injetáveis e fumadas  Arquivo/Agência Brasil


Na Alemanha, há espaços mais completos onde os toxicodependentes são alimentados, podem tomar banho, lavar roupas e dispõe de uma clínica para cuidados gerais, internamento para quem está em tratamento de desintoxicação, cuidados que convivem com espaços diferenciados para uso de drogas injetáveis e fumadas.


Variam as regras para o acesso às salas. Na Alemanha, são vetados todos os que estão em tratamento com opiáceos de substituição, o que já deixa de fora cerca de 70 mil pessoas. Algumas aceitam dependentes partir de 16 anos, desde que com autorização dos pais por escrito, mas a maior parte somente a partir dos 18 anos. Nenhuma permite o acesso de consumidores ocasionais ou que estejam  usando drogas pela primeira vez. Também não podem frequentá-las quem se apresentar intoxicado ou embriagado.


Edição: Nádia Franco


http://agenciabrasil.ebc.com.br/internacional/noticia/2017-05/portugal-instalara-salas-de-consumo-assistido-para-usuarios-de-drogas


Offline JungF

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Re:Governo decide fazer intervenção na Segurança Pública do Rio
« Resposta #327 Online: 02 de Março de 2018, 14:22:48 »
Nota-se que no afã de se defender pontos de vista começamos a argumentar com o absurdo.
Seja a liberação das drogas, de forma controlada ou não, todo o mal que a droga faz não seria aumentado em nadinha do que já faz, de qualquer modo. Mas algo novo no pedaço seria o tráfico minguar, com ele a violência e a corrução policial a ele associada. Isto é muito óbvio para se negar.
O grande problema em todo o debate sobre questões essenciais de segurança ou miserabilidade é o distanciamento pessoal.
Se imaginarmos um motorista bêbado que sobe na calçada e mata SEU filho, sua intolerância à liberdade do álcool recrudesce e a pena de morte que vc sempre recusou, passa a ser considerada.
Assim somos todos nós.

Offline Arcanjo Lúcifer

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Re:Governo decide fazer intervenção na Segurança Pública do Rio
« Resposta #328 Online: 02 de Março de 2018, 19:14:14 »
Citar
Concordo perfeitamente. O direito de usar alguma substância química não implica no direito de ocupar um espaço público (uma calçada numa via pública ou praça ou qualquer outro espaço público onde não aditos tenham o direito de transitar ou estar).


No meu julgamento a pessoa pode ter  o direito  de  usar a droga num espaço privado do próprio usuário ou de alguém que o permita usar. Caso o usuário tente ocupar espaço público ele deve ser removido a força (e em caso de reincidência deve ser levado para uma área cercada e vigiada longe da cidade ).

É exatamente meu ponto, vc tem direito de fazer o que quiser fazer desde que não afete minha vida.

Só que o mundo real não é assim e vc sabe.

Falo por experiência de conviver há 30 anos com um primo alcoólatra, de ter parentes que já faleceram por alcoolismo e drogas.

Vc acha que o cara fuma sua pedrinha e não enche o saco de ninguém?  Ou chega bêbado e não causa problemas?

Fiote,  como eu disse antes meu problema não é o que alguém faz com o próprio rabo, meu problema é ser acordado no meio da noite para levar alguém até o Pronto  Socorro porque está perto de morrer em coma alcoólico.



Ok,você acha ruim "ser acordado no meio da noite para levar alguém até o Pronto  Socorro porque está perto de morrer em coma alcoólico"


E o que você acha que um pai ou mãe acha de ser acordado no meio da noite para ser avisado de que seu filho, que tinha de recorrer ao mercado negro para comprar um produto cuja comercialização é punida pelos agentes estatais,  e  que por isso  recorre os vendedores do mercado negro, os quais desenvolveram e se habituaram a utilizar métodos violentos de cobrar dívidas e de resolver disputas comerciais  (já que  é um serviço proibido/penalizado, eles não tem os mesmos hábitos de vendedores de drogas legalizadas, como eles já estão jogados à margem da lei e do sistema, então eles normalmente utilizam métodos a margem da lei e do sistema), foi morto  por  tais comerciantes negros ?


 :?: :?: :?: :?: :?: :?: :?: :?: :?: :?: :?: :?: :?: :?: :?: :?: :?: :?: :?: :?: :?: :?: :?: :?: :?: :?: :?: :?: :?: :?: :?: :?: :?: :?: :?: :?: :?: :?:




Eu diria "E seu filho deveria fazer o pedido para o motoboy como os artistas da Bobo fazem,  nenhum deles se arrisca a subir o morro!"

Pronto.

« Última modificação: 02 de Março de 2018, 20:29:15 por Arcanjo Lúcifer »

Offline Arcanjo Lúcifer

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Re:Governo decide fazer intervenção na Segurança Pública do Rio
« Resposta #329 Online: 02 de Março de 2018, 20:49:07 »
https://g1.globo.com/mundo/noticia/legalizacao-da-maconha-nao-diminuiu-trafico-no-uruguai.ghtml

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Legalização da maconha não diminuiu tráfico no Uruguai
Informações são do Diretor Nacional de Polícia do país; ele também informou que narcotráfico aumento número de assassinatos.

Citar
Diretor Nacional de Polícia do Uruguai, Mario Layera, disse que a legalização da maconha, aprovada em 2013, não implicou diretamente na queda do tráfico desta droga e que o narcotráfico aumentou o número de assassinatos.

"No ano passado tivemos os níveis históricos mais altos de confisco no país proveniente de outra região. Por isso, entendemos que o tráfico para o Uruguai não se ressentiu de maneira notável", comentou Layera em entrevista à rádio El Espectador, sobre a vigência da lei.

Em dezembro, a Brigada de Narcóticos indicou que a droga mais confiscada em 2016 foi a maconha, chegando a 4,305 toneladas até 18 de dezembro, sendo que em 2015 havia sido de 2,52 toneladas.

Layera também sustentou que pelo tráfico de drogas constatado nos últimos tempos, houve um aumento "dos níveis de crimes e homicídios".

"O aumento da taxa criminal, que medimos de 2005 em diante, foi crescendo com base nos fenômenos de oferta e consumo de drogas", indicou.

Nos últimos anos a polícia verificou o aumento de assassinatos, principalmente de homens jovens, que em muitos casos se tratavam de ajustes de contas entre pessoas ligadas ao tráfico.

Layera também falou que há autoridades ameaçadas por conta das novas estratégias e medidas aplicadas para combater o crime organizado.

"Várias autoridades do Ministério do Interior foram ameaçadas além de juízes, procuradores e algumas personalidades dos Direitos Humanos".

Offline Gigaview

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Re:Governo decide fazer intervenção na Segurança Pública do Rio
« Resposta #330 Online: 02 de Março de 2018, 21:31:19 »
Outro dia, um especialista em segurança disse que o problema do Rio não são os bandidos, são os mocinhos. E acho que ele está obviamente certo. Enquanto não acabar essa rede de propinodutos dos atacadistas da droga/armas que está enraizada na sociedade nada será resolvido.

A "legalização" nos moldes de Portugal até parece uma boa idéia. Mas será que temos infraestrutura para colocá-la em prática? Será preciso mudanças radicais na legislação, na polícia, criação de serviços de atendimento, treinamento de pessoal especializado, etc...Será que o propinoduto do tráfico não vai barrar /dificultar isso tudo?
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Offline André Luiz

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Re:Governo decide fazer intervenção na Segurança Pública do Rio
« Resposta #331 Online: 02 de Março de 2018, 22:16:53 »
Eu também acho que teoricamente todas as drogas deveriam ser liberadas, cada um que enfie o veneno que quiser no próprio corpo.

Mas na prática sei que não é tão simples assim simplesmente liberar geral, tem drogas como crack e heroína que são destrutivas demais para liberar de uma vez só, não sabemos direito o impacto que isso teria.

Poderíamos começar com maconha e depois cocaína.

Mas crack e heroína só existem exatamente por causa da proibição, se fosse liberado o talvez o produto seria melhor, certificado e teria para todos os bolsos, igual cerveja.

Tem outro lance também que é cultural e atrapalha a discussão, ficar chapado batendo palma pro sol é mal visto, é tido como uma trapaça, uma fuga da realidade.

Já por outro lado, ficar bêbado é engraçado e o alcoolismo é minimizado, é coisa de gente que não sabe beber direito coisa e tal

Offline Lorentz

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Re:Governo decide fazer intervenção na Segurança Pública do Rio
« Resposta #332 Online: 02 de Março de 2018, 22:42:36 »
Essa questão sobre drogas lícitas e ilícitas é sempre tratada erroneamente de maneira binária, e isso atrapalha muito a discussão.

O cigarro e álcool não são tão liberadas assim, tendo restrições sobre onde vender, idade mínima para compra, mediante apresentação de RG. Geralmente ficam em sessões seções separadas nos supermercados, com trancas.

Já a maconha pode ser consumida sem ser crime. É possível portar uma quantidade mínima, cultivar para consumo próprio, etc.

Quem diz que liberar a maconha transformará o país num caos ignora que ela já é permitida para consumo. Ignora que há um controle relativamente eficiente de venda de cigarro e álcool.
« Última modificação: 02 de Março de 2018, 22:46:25 por Lorentz »
"Amy, technology isn't intrinsically good or bad. It's all in how you use it, like the death ray." - Professor Hubert J. Farnsworth

Offline Arcanjo Lúcifer

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Re:Governo decide fazer intervenção na Segurança Pública do Rio
« Resposta #333 Online: 03 de Março de 2018, 03:54:31 »
Citar
O cigarro e álcool não são tão liberadas assim, tendo restrições sobre onde vender, idade mínima para compra, mediante apresentação de RG. Geralmente ficam em sessões seções separadas nos supermercados, com trancas.

As bebidas caras tem trancas mas as demais ficam expostas.

RG para comprar? Só nos supermercados, nos mercadinhos de esquina qualquer um compra.

Periferia tem tanto controle na venda de bebidas quanto buracos no asfalto da rua.

Offline Arcanjo Lúcifer

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Re:Governo decide fazer intervenção na Segurança Pública do Rio
« Resposta #334 Online: 03 de Março de 2018, 03:57:02 »
Eu também acho que teoricamente todas as drogas deveriam ser liberadas, cada um que enfie o veneno que quiser no próprio corpo.

Mas na prática sei que não é tão simples assim simplesmente liberar geral, tem drogas como crack e heroína que são destrutivas demais para liberar de uma vez só, não sabemos direito o impacto que isso teria.

Poderíamos começar com maconha e depois cocaína.

Mas crack e heroína só existem exatamente por causa da proibição, se fosse liberado o talvez o produto seria melhor, certificado e teria para todos os bolsos, igual cerveja.

Tem outro lance também que é cultural e atrapalha a discussão, ficar chapado batendo palma pro sol é mal visto, é tido como uma trapaça, uma fuga da realidade.

Já por outro lado, ficar bêbado é engraçado e o alcoolismo é minimizado, é coisa de gente que não sabe beber direito coisa e tal


Claro, os donos da boca deixariam alguém abrir uma lojinha bem ali ao lado, mesmo legalizada.

Offline JJ

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Re:Governo decide fazer intervenção na Segurança Pública do Rio
« Resposta #335 Online: 03 de Março de 2018, 05:49:00 »
https://g1.globo.com/mundo/noticia/legalizacao-da-maconha-nao-diminuiu-trafico-no-uruguai.ghtml

Citar
Legalização da maconha não diminuiu tráfico no Uruguai
Informações são do Diretor Nacional de Polícia do país; ele também informou que narcotráfico aumento número de assassinatos.




Como vai diminuir se o comércio oficial ainda é extremamente regulamentado ?   Houve  legalização, mas  a liberdade  ainda é pouca e isso tem restringido a oferta  no mercado legal:



Venda legal de maconha no Uruguai emperra por excesso de demanda e restrição bancária



[...]

Produção controlada


Como o processo ainda está em fase inicial, a distribuição da droga não está dimensionada para a demanda. Duas empresas foram aprovadas na licitação para a produção da erva. Elas precisam trabalhar em um espaço monitorado por um técnicos do governo e de outras instituições, garantindo as regras especificadas para a segurança dos produtos.

As levas precisam sair de 15 em 15 dias para os 12 pontos de venda – o que leva tempo de transporte. As farmácias podem ficar com o limite de até 2 kg em estoque, uma medida para garantir a segurança.

Com a alta demanda, os estabelecimentos ficam algum tempo desabastecidos – principalmente em Montevidéu, onde vivem 55% dos consumidores.

Os pacotes têm uma identidade visual definida pelo governo, com o índice de princípio ativo padronizado, indicações para não fumar e dirigir, e os riscos à saúde.

[...]


https://g1.globo.com/mundo/noticia/venda-legal-de-maconha-no-uruguai-emperra-por-excesso-de-demanda-e-restricao-bancaria.ghtml




Offline Arcanjo Lúcifer

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Re:Governo decide fazer intervenção na Segurança Pública do Rio
« Resposta #336 Online: 03 de Março de 2018, 06:06:38 »
Citar
Como vai diminuir se o comércio oficial ainda é extremamente regulamentado ?   Houve  legalização, mas  a liberdade  ainda é pouca e isso tem restringido a oferta  no mercado legal:

Não era exatamente o que vcs propunham? Comércio controlado e fiscalizado pelo Estado, com pontos de "consumo responsável", qualidade controlada e preços acessíveis?

Agora vcs querem o quê? Que se produza e venda sem qualquer controle sobre  volume produzido sem que se saiba que parte da produção é vendida legalmente e que parte pode ser desviada para acabar na boca de fumo sem impostos e sujeita a mistura com outras porcarias para ser vendida pela metade do preço oficial?




Offline JJ

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Re:Governo decide fazer intervenção na Segurança Pública do Rio
« Resposta #337 Online: 03 de Março de 2018, 06:13:53 »
9 consequências  alarmantes que a legalização da maconha no Brasil pode trazer


Vem ano, vai ano e a legalização da maconha no Brasil segue sem grandes avanços. Estados Unidos, Canadá, Espanha, Portugal, Holanda, Austrália e até o simpático vizinho Uruguai já contam com leis mais permissivas em relação à venda e uso da erva.


Tem quem escolha nem parar pra pensar, repetindo apenas a frase feita de sempre: “maconha é droga“. Como se não existissem outras drogas mais perigosas sendo comercializadas livremente nas padarias, supermercados e farmácias. Aliás, como se a maconha já não fosse vendida e consumida em qualquer esquina do Brasil. Não importa a nossa opinião, esse é um mercado que existe e por causa da repressão o lucro da venda financia crimes muito mais perigosos para a sociedade do que o comércio de uma erva que tem centenas propriedades medicinais comprovadas pela ciência.


Nos EUA, o Colorado resolveu reconhecer esse mercado e regulamenta-lo tanto para uso medicinal como recreativo. Resultado em 2014: 700 milhões de dólares em vendas de maconha e derivados, arrecadação de 76 milhões de dólares em impostos (que a maioria é destinada a construção de novas escolas e aprimoramento do ensino público do estado) e a criação de 10 mil novas vagas de emprego. Como se não fosse o bastante, em Denver, a capital do Colorado foi registrado a diminuição de 10% da criminalidade no ano em que a maconha foi legalizada, com uma diminuição de 52,9% no número de assassinatos.


Quem se recusa a rever preconceitos nessa discussão importante provavelmente acredita que vamos muito bem, obrigado, com uma lei que entende quem fuma como criminoso e quem vende como um monstro. Afinal, a polícia está aí exatamente para reprimir tudo isso e os tribunais devem agir severamente, não poupando ninguém. O sucesso do modelo pode ser constatado em uma penitenciária superlotada, onde quem foi pego vendendo maconha troca figurinhas com quem cometeu latrocínio.


Será que os países citados no início do texto estão fazendo errado e nós é que estamos certos? Só comparando resultados para saber. Como o Hypeness vive de olho no que acontece de mais inovador ao redor do mundo, decidimos dar nossa contribuição ao assunto. Com base na experiência de outros países, aqui estão alguns possíveis efeitos para o Brasil caso avancemos na regulamentação do comércio de maconha:



1 – Governo economizaria dinheiro


maconha19


Em 2005, um relatório produzido por um professor de Harvard e apoiado por mais de 500 economistas norte-americanos – incluindo 3 prêmios Nobel – apontava que os EUA poderiam economizar US$ 7 bilhões por ano com o fim da repressão à maconha. O estado do Colorado, que em 2012 aprovou a legalização do uso e posse de maconha para pessoas acima de 21 anos, viu no ano seguinte seus tribunais reduzirem em 77% o número de processos envolvendo a dita cuja.


Atualmente, quem produz, transporta ou vende a erva no Brasil pode pegar de 5 a 15 anos de reclusão. Isso inclui quem for flagrado plantando em casa para consumo próprio. Segundo estudo do Instituto Sou da Paz, em 2013 eram 138 mil presos por tráfico de drogas no país, cerca de 25% da população carcerária. E, no estado de São Paulo, o gasto mensal com cada um chega a R$ 1.350. Isso é apenas o custo da administração penitenciária, ao qual devem ser somados os gastos de tempo e dinheiro da polícia e nos tribunais. Tirar da conta os condenados por comércio de maconha representaria uma economia substantiva do meu, do seu, do nosso dinheiro público.



2 – Compra de maconha viraria investimento no país


maconha07


Ao mesmo tempo em que o Estado passa a gastar menos com apreensões, julgamentos e prisões, arrecada mais com a tributação do comércio da maconha. Esse montante poderia ser investido na melhoria da polícia, do sistema prisional, em um judiciário mais dinâmico e no tratamento dos casos de dependência crônica. Ou em educação, saneamento básico, infra-estrutura, qualquer iniciativa de interesse público que contribua mais do que a atual política de enxugar gelo.


No Colorado, onde a maconha vendida legalmente é taxada em 28%, a expectativa é de fechar os 18 primeiros meses de legalização com um aumento de US$ 184 milhões nas receitas fiscais. E parte desse valor será destinado à educação preventiva, para evitar que mais e mais jovens se tornem dependentes.

Ou seja, não há incoerência entre condenar o uso pessoal da maconha e ao mesmo tempo apoiar a legalização pelo poder público. É um posicionamento bem mais realista e construtivo do que o simples não porque não. Vale dizer que a lei do estado norte-americano é das mais ousadas atualmente, com a permissão da venda até determinada quantidade para uso recreacional por maiores de 21 anos.


3 – Maconha deixaria de ser “coisa  de vagabundo” e daria emprego para muita gente


maconha08

Por ter sido o primeiro lugar do mundo a permitir a venda de maconha para fins recreacionais, o Colorado acaba sendo a principal referência para comparação com a política repressiva brasileira. E outro dado da experiência de lá que chama a atenção é o impacto econômico do mercado da maconha. Desde que as vendas da erva no varejo começaram, em janeiro de 2014, houve um aumento nos postos de trabalho. Em maio do ano passado, eram cerca de 10 mil empregados diretamente nesse setor econômico.

Maconha is good for business, amigo.


4 – Haveria menos candidatos por vaga nas faculdades do crime


maconha10


Segundo dados do FBI, em 2007 as prisões relacionadas à maconha nos EUA chegaram ao seu ápice, com 873.000 casos. Embora o país ainda não tenha uma lei federal que libere o uso da substância, nesse meio tempo diversos estados já flexibilizaram suas legislações locais. Em 2013, o total de prisões relacionadas à cannabis tinha sido reduzido para 693.000 casos no país.

maconha01

Já no Brasil, mais de 50% dos presos por tráfico de maconha não possuem antecedentes criminais, não portam arma e carregam uma quantidade inferior a 100 gramas no momento do flagrante.São microtraficantes que, uma vez condenados, cumprem pena lado a lado com sentenciados por delitos mais graves. Basta ligar os pontos para entender que é grande a probabilidade de um réu primário ser devolvido à sociedade como bacharel do crime. A legalização contribuiria para quebrar essa graduação.



Restante no link:


http://www.hypeness.com.br/2015/03/9-consequencias-alarmantes-que-a-legalizacao-da-maconha-pode-trazer/

« Última modificação: 03 de Março de 2018, 06:17:42 por JJ »

Offline JJ

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Re:Governo decide fazer intervenção na Segurança Pública do Rio
« Resposta #338 Online: 03 de Março de 2018, 06:15:54 »
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Como vai diminuir se o comércio oficial ainda é extremamente regulamentado ?   Houve  legalização, mas  a liberdade  ainda é pouca e isso tem restringido a oferta  no mercado legal:

Não era exatamente o que vcs propunham? Comércio controlado e fiscalizado pelo Estado, com pontos de "consumo responsável", qualidade controlada e preços acessíveis?

Agora vcs querem o quê? Que se produza e venda sem qualquer controle sobre  volume produzido sem que se saiba que parte da produção é vendida legalmente e que parte pode ser desviada para acabar na boca de fumo sem impostos e sujeita a mistura com outras porcarias para ser vendida pela metade do preço oficial?



Não, não é o que considero que seria adequado.  O nível de liberdade tem que ser bem maior,  não adianta muita coisa legalizar se a regulamentação for excessiva, de modo que ainda haja incentivo em quantidade suficiente para que haja um significativo comércio ilegal.


« Última modificação: 03 de Março de 2018, 06:24:49 por JJ »

Offline JJ

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Re:Governo decide fazer intervenção na Segurança Pública do Rio
« Resposta #339 Online: 03 de Março de 2018, 06:27:12 »


É óbvio que enquanto houver regulamentação excessiva que  torne  e/ou mantenha  a atividade ilegal suficientemente rentável, então continuará a haver a atividade ilegal.  É uma questão de lógica econômica.



 :!: :!: :!: :!: :!: :!: :!: :!: :!: :!: :!: :!: :!: :!: :!: :!: :!: :!: :!: :!: :!: :!: :!: :!: :!: :!: :!: :!: :!: :!: :!: :!: :!: :!: :!: :!: :!: :!: :!: :!: :!: :!: :!: :!: :!: :!: :!: :!: :!: :!: :!: :!: :!: :!: :!: :!:

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Re:Governo decide fazer intervenção na Segurança Pública do Rio
« Resposta #340 Online: 03 de Março de 2018, 06:52:36 »
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Como vai diminuir se o comércio oficial ainda é extremamente regulamentado ?   Houve  legalização, mas  a liberdade  ainda é pouca e isso tem restringido a oferta  no mercado legal:

Não era exatamente o que vcs propunham? Comércio controlado e fiscalizado pelo Estado, com pontos de "consumo responsável", qualidade controlada e preços acessíveis?

Agora vcs querem o quê? Que se produza e venda sem qualquer controle sobre  volume produzido sem que se saiba que parte da produção é vendida legalmente e que parte pode ser desviada para acabar na boca de fumo sem impostos e sujeita a mistura com outras porcarias para ser vendida pela metade do preço oficial?



Não, não é o que considero que seria adequado.  O nível de liberdade tem que ser bem maior,  não adianta muita coisa legalizar se a regulamentação for excessiva, de modo que ainda haja incentivo em quantidade suficiente para que haja um significativo comércio ilegal.




Sem controle sobre a produção e venda como vc pode impedir que parte seja desviada para o caixa dois abastecer a boca de fumo sem impostos e sem controle de qualidade?

Ok, produzo uma tonelada por mês oficialmente da maconha legalizada e pagando todos os impostos, mas minha produção real é de cinco toneladas.

Como vc impede que eu venda as quatro toneladas com lucro maior, sem qualidade controlada e sem impostos?


Offline JJ

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Re:Governo decide fazer intervenção na Segurança Pública do Rio
« Resposta #341 Online: 03 de Março de 2018, 07:04:59 »
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Como vai diminuir se o comércio oficial ainda é extremamente regulamentado ?   Houve  legalização, mas  a liberdade  ainda é pouca e isso tem restringido a oferta  no mercado legal:

Não era exatamente o que vcs propunham? Comércio controlado e fiscalizado pelo Estado, com pontos de "consumo responsável", qualidade controlada e preços acessíveis?

Agora vcs querem o quê? Que se produza e venda sem qualquer controle sobre  volume produzido sem que se saiba que parte da produção é vendida legalmente e que parte pode ser desviada para acabar na boca de fumo sem impostos e sujeita a mistura com outras porcarias para ser vendida pela metade do preço oficial?



Não, não é o que considero que seria adequado.  O nível de liberdade tem que ser bem maior,  não adianta muita coisa legalizar se a regulamentação for excessiva, de modo que ainda haja incentivo em quantidade suficiente para que haja um significativo comércio ilegal.




Sem controle sobre a produção e venda como vc pode impedir que parte seja desviada para o caixa dois abastecer a boca de fumo sem impostos e sem controle de qualidade?

Ok, produzo uma tonelada por mês oficialmente da maconha legalizada e pagando todos os impostos, mas minha produção real é de cinco toneladas.

Como vc impede que eu venda as quatro toneladas com lucro maior, sem qualidade controlada e sem impostos?




Da mesma forma que se impede que  a Souza Cruz  venda várias toneladas (de cigarros)  com lucro maior, sem qualidade controlada e sem impostos.




Offline Arcanjo Lúcifer

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Re:Governo decide fazer intervenção na Segurança Pública do Rio
« Resposta #342 Online: 03 de Março de 2018, 07:08:36 »
Encurtando, a unica coisa que vc tem é  minha palavra de que não vou plantar para abastecer o tráfico.

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Re:Governo decide fazer intervenção na Segurança Pública do Rio
« Resposta #343 Online: 03 de Março de 2018, 07:13:12 »
Encurtando, a unica coisa que vc tem é  minha palavra de que não vou plantar para abastecer o tráfico.


Se o incentivo econômico  (a relação custo/benefício)  for  insuficiente  você não plantará (de forma ilegal) e também irá praticamente acabar o comércio ilegal (ou mesmo acabar de vez, caso a atividade não compense de forma alguma o risco da ilegalidade).

Não é uma questão de palavra nem de boa vontade de ninguém. É só uma questão de incentivos suficientes ou insuficientes.   É  só uma questão de lógica econômica.


« Última modificação: 03 de Março de 2018, 07:15:35 por JJ »

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Re:Governo decide fazer intervenção na Segurança Pública do Rio
« Resposta #344 Online: 03 de Março de 2018, 07:15:15 »
E por falar em diminuir a criminalidade...

https://noticias.uol.com.br/internacional/ultimas-noticias/2018/03/03/policia-prende-estudante-suspeito-de-matar-os-pais-em-universidade-dos-eua.htm

Citar
Davis, que mora no estado vizinho de Illinois, mas frequentava a faculdade em Michigan, era conhecido por agentes policiais. Ele chegou a ser levado ao hospital na noite anterior aos disparos por um "tipo de incidente relacionado ... - Veja mais em https://noticias.uol.com.br/internacional/ultimas-noticias/2018/03/03/policia-prende-estudante-suspeito-de-matar-os-pais-em-universidade-dos-eua.htm?cmpid=copiaecola

O cara que matou os pais na faculdade americana esteve em atencdimento médico na noite anterior por uso de drogas.

Então o meu primo poderia não morrer subindo o morro mas poderia engordar as estatísticas matando minha tia em algum surto.

Melhor esquecer essa parte....


Offline Arcanjo Lúcifer

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Re:Governo decide fazer intervenção na Segurança Pública do Rio
« Resposta #345 Online: 03 de Março de 2018, 07:17:53 »
Encurtando, a unica coisa que vc tem é  minha palavra de que não vou plantar para abastecer o tráfico.


Se o incentivo econômico  (a relação custo/benefício)  for  insuficiente  você não plantará (de forma ilegal) e também irá praticamente acabar o comércio ilegal (ou mesmo acabar de vez, caso a atividade não compense de forma alguma o risco da ilegalidade).

Não é uma questão de palavra nem de boa vontade de ninguém. É só uma questão de incentivos suficientes ou insuficientes.   É  só uma questão de lógica econômica.




Lógica econômica diz que qualquer produto pirata tem custo menor que onde há cobrança de impostos.

Por isso pirataria vende mais que produto legal.

Se eu não tiver lucro produzindo legalmente eu aproveito a brecha na lei que permite a existência da minha plantação e vendo no morro.

Simples assim.

Offline JJ

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Re:Governo decide fazer intervenção na Segurança Pública do Rio
« Resposta #346 Online: 03 de Março de 2018, 07:19:16 »
E por falar em diminuir a criminalidade...

https://noticias.uol.com.br/internacional/ultimas-noticias/2018/03/03/policia-prende-estudante-suspeito-de-matar-os-pais-em-universidade-dos-eua.htm

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Davis, que mora no estado vizinho de Illinois, mas frequentava a faculdade em Michigan, era conhecido por agentes policiais. Ele chegou a ser levado ao hospital na noite anterior aos disparos por um "tipo de incidente relacionado ... - Veja mais em https://noticias.uol.com.br/internacional/ultimas-noticias/2018/03/03/policia-prende-estudante-suspeito-de-matar-os-pais-em-universidade-dos-eua.htm?cmpid=copiaecola

O cara que matou os pais na faculdade americana esteve em atencdimento médico na noite anterior por uso de drogas.

Então o meu primo poderia não morrer subindo o morro mas poderia engordar as estatísticas matando minha tia em algum surto.

Melhor esquecer essa parte....





Há casos de pessoas que usaram  álcool  e  que  também mataram  pessoas. Conclusão,  vamos proibir  a produção,  a comercialização  e o consumo de bebidas alcoólicas.



 :!: :!: :!: :!: :!: :!: :!: :!: :!: :!: :!: :!: :!: :!: :!: :!: :!: :!: :!: :!: :!: :!: :!: :!: :!: :!: :!: :!: :!: :!: :!: :!: :!: :!: :!: :!: :!: :!: :!:



« Última modificação: 03 de Março de 2018, 07:22:01 por JJ »

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Re:Governo decide fazer intervenção na Segurança Pública do Rio
« Resposta #347 Online: 03 de Março de 2018, 07:21:29 »
Encurtando, a unica coisa que vc tem é  minha palavra de que não vou plantar para abastecer o tráfico.


Se o incentivo econômico  (a relação custo/benefício)  for  insuficiente  você não plantará (de forma ilegal) e também irá praticamente acabar o comércio ilegal (ou mesmo acabar de vez, caso a atividade não compense de forma alguma o risco da ilegalidade).

Não é uma questão de palavra nem de boa vontade de ninguém. É só uma questão de incentivos suficientes ou insuficientes.   É  só uma questão de lógica econômica.




Lógica econômica diz que qualquer produto pirata tem custo menor que onde há cobrança de impostos.

Por isso pirataria vende mais que produto legal.

Se eu não tiver lucro produzindo legalmente eu aproveito a brecha na lei que permite a existência da minha plantação e vendo no morro.

Simples assim.


A lógica econômica diz que a diferença tem que ser significativa  (muita interferência do governo)  para que isso compense. Se a interferência for pouca não compensará  ficar na ilegalidade.


Simples assim.



Offline Arcanjo Lúcifer

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Re:Governo decide fazer intervenção na Segurança Pública do Rio
« Resposta #348 Online: 03 de Março de 2018, 07:21:41 »
E por falar em diminuir a criminalidade...

https://noticias.uol.com.br/internacional/ultimas-noticias/2018/03/03/policia-prende-estudante-suspeito-de-matar-os-pais-em-universidade-dos-eua.htm

Citar
Davis, que mora no estado vizinho de Illinois, mas frequentava a faculdade em Michigan, era conhecido por agentes policiais. Ele chegou a ser levado ao hospital na noite anterior aos disparos por um "tipo de incidente relacionado ... - Veja mais em https://noticias.uol.com.br/internacional/ultimas-noticias/2018/03/03/policia-prende-estudante-suspeito-de-matar-os-pais-em-universidade-dos-eua.htm?cmpid=copiaecola

O cara que matou os pais na faculdade americana esteve em atencdimento médico na noite anterior por uso de drogas.

Então o meu primo poderia não morrer subindo o morro mas poderia engordar as estatísticas matando minha tia em algum surto.

Melhor esquecer essa parte....





Há casos de pessoas que usaram  álcool que  também mataram  pessoas. Conclusão,  vamos proibir  a produção,  a comercialização  e o consumo de bebidas alcoólicas.



 :!: :!: :!: :!: :!: :!: :!: :!: :!: :!: :!: :!: :!: :!: :!: :!: :!: :!: :!: :!: :!: :!: :!: :!: :!: :!: :!: :!: :!: :!: :!: :!: :!: :!: :!: :!: :!: :!: :!:





O caso é que os defensores da legalização convenientemente se esquecem dos firmes relacionados.

Vcs falam dos tiros de fuzis no morro mas não do cara que matou a avó a facadas.

Deve ser porque entra nas estatísticas como briga familiar.

Offline Arcanjo Lúcifer

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Re:Governo decide fazer intervenção na Segurança Pública do Rio
« Resposta #349 Online: 03 de Março de 2018, 07:26:25 »
Encurtando, a unica coisa que vc tem é  minha palavra de que não vou plantar para abastecer o tráfico.


Se o incentivo econômico  (a relação custo/benefício)  for  insuficiente  você não plantará (de forma ilegal) e também irá praticamente acabar o comércio ilegal (ou mesmo acabar de vez, caso a atividade não compense de forma alguma o risco da ilegalidade).

Não é uma questão de palavra nem de boa vontade de ninguém. É só uma questão de incentivos suficientes ou insuficientes.   É  só uma questão de lógica econômica.




Lógica econômica diz que qualquer produto pirata tem custo menor que onde há cobrança de impostos.

Por isso pirataria vende mais que produto legal.

Se eu não tiver lucro produzindo legalmente eu aproveito a brecha na lei que permite a existência da minha plantação e vendo no morro.

Simples assim.


A lógica econômica diz que a diferença tem que ser significativa ( muita interferência do governo)  para que isso compense. Se a interferência for pouca não compensará  ficar na ilegalidade.


Simples assim.




Claro, no país onde até alimentos pagam quase 50% de impostos nosso governo será  bonzinho com os produtores de maconha e cobrará um valor baixo.

Ou talvez faça como sempre faz, cobrar mais impostos sobre serviços baratos como a Netflix para encarecer a tarifa e igualar com a concorrência.

 

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