Enquete

Em quem você votará no 2º Turno das eleições de 2018?

Haddad (PT)
10 (25.6%)
Jair Bolsonaro (PSL)
15 (38.5%)
Branco/Nulo
10 (25.6%)
Não comparecerei
4 (10.3%)

Votos Totais: 39

Autor Tópico: Eleições presidenciais de 2018  (Lida 56269 vezes)

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Offline Entropia

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Re:Eleições presidenciais de 2018
« Resposta #1975 Online: 19 de Setembro de 2018, 22:28:53 »
O que mais me entristece é que mesmo depois de tudo o que aconteceu, o pessoal continuar sendo capacho de político. Parece que gostam de ser "pau mandados" e engolir tudo o que vem do seu time, digo, candidato.

Offline Cinzu

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Re:Eleições presidenciais de 2018
« Resposta #1976 Online: 19 de Setembro de 2018, 22:38:36 »
Olha como estão os comentários na página do Amoedo:



E na do Álvaro Dias:


"Não é possível convencer um crente de coisa alguma, pois suas crenças não se baseiam em evidências; baseiam-se numa profunda necessidade de acreditar"

Offline Buckaroo Banzai

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Re:Eleições presidenciais de 2018
« Resposta #1977 Online: 19 de Setembro de 2018, 22:51:37 »
O que mais me entristece é que mesmo depois de tudo o que aconteceu, o pessoal continuar sendo capacho de político. Parece que gostam de ser "pau mandados" e engolir tudo o que vem do seu time, digo, candidato.

Parece que de tanto só votar no "menos pior", o brasileiro acha que é obrigado a escolher entre os dois piores.

Offline Gauss

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Re:Eleições presidenciais de 2018
« Resposta #1978 Online: 19 de Setembro de 2018, 23:46:03 »
O que mais me entristece é que mesmo depois de tudo o que aconteceu, o pessoal continuar sendo capacho de político. Parece que gostam de ser "pau mandados" e engolir tudo o que vem do seu time, digo, candidato.

Parece que de tanto só votar no "menos pior", o brasileiro acha que é obrigado a escolher entre os dois piores.

Estamos se americanizando. Só falta surgir dois partidos para aglutinar tudo de ruim em cada lado do espectro. Um já temos.
Citação de: Gauss
Bolsonaro é um falastrão conservador e ignorante. Atualmente teria 8% das intenções de votos, ou seja, é o Enéas 2.0. As possibilidades desse ser chegar a presidência são baixíssimas, ele só faz muito barulho mesmo, nada mais que isso. Não tem nenhum apoio popular forte, somente de adolescentes desinformados e velhos com memória curta que acham que a ditadura foi boa só porque "tinha menos crime". Teria que acontecer uma merda muito grande para ele chegar lá.

Offline Pedro Reis

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Re:Eleições presidenciais de 2018
« Resposta #1979 Online: 20 de Setembro de 2018, 00:16:23 »
Olha como estão os comentários na página do Amoedo:





Como saber o que é verdadeiro nisso tudo?

Há um novo fenômeno ocorrendo e as pessoas ainda não acordaram pra isso.

Tem uns dias vi uma entrevista do General Sérgio Etchegoyen ao Roberto D´avila. Pra quem não sabe este general é o ministro chefe da Secretaria de Segurança Institucional, e no final da entrevista, quando perguntado a respeito do problema das "fake news", o ministro respondeu que essa questão não é tão preocupante, que o que ninguém sabe ainda como lidar é com as identidades falsas, os perfis falsos, os roubos de identidade e os robots que trabalham em prol  de grupos políticos.

Hoje, em uma loja de pneus, vi uma matéria da Veja de setembro muito interessante sobre isso, mas infelizmente não tive tempo de ler. Porém acho que foi o Zero que postou uma matéria da BBC - em um
tópico do Muab sobre redes sociais - mostrando como pessoas estão sendo pagas E TREINADAS para atuar como formadores de opinião em redes sociais. Eu mesmo mostrei que já existem empresas especializadas em oferecer estes serviços, que eufemisticamente denominam de "marketing virtual".

Ao que parece quase todos os partidos estão se utilizando deste expediente, mas pelo que eu tenho observado a campanha de Jair Bolsonaro, tudo indica, é a que mais investiu pesadamente nesse jogo sujo, e a que está mobilizada há mais tempo. Não dá pra saber quem é quem, mas eu apostaria que muitos destes comentários são feitos por "profissionais". Às vezes a mesma pessoas manipulando 20 ou 30 identidades diferentes.






Offline Gauss

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Re:Eleições presidenciais de 2018
« Resposta #1980 Online: 20 de Setembro de 2018, 00:21:17 »
Citar
Bolsonaro vai a 28% e Haddad, a 16%; Ciro lidera no 2º turno, mostra Datafolha
Petista mantém trajetória de alta, mas segue tecnicamente empatado com o pedetista
https://www1.folha.uol.com.br/poder/2018/09/bolsonaro-vai-a-28-e-haddad-a-16-ciro-lidera-no-2o-turno-mostra-datafolha.shtml?utm_source=twitter&utm_medium=social&utm_campaign=twfolha

Bolsonaro esta com 37% no Sul-Sudeste. Maior do que a média de pesquisa dos tucanos em eleições passadas. A única região onde Haddad está a frente de Bolsonaro é no Nordeste.
Citação de: Gauss
Bolsonaro é um falastrão conservador e ignorante. Atualmente teria 8% das intenções de votos, ou seja, é o Enéas 2.0. As possibilidades desse ser chegar a presidência são baixíssimas, ele só faz muito barulho mesmo, nada mais que isso. Não tem nenhum apoio popular forte, somente de adolescentes desinformados e velhos com memória curta que acham que a ditadura foi boa só porque "tinha menos crime". Teria que acontecer uma merda muito grande para ele chegar lá.

Offline Pedro Reis

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Re:Eleições presidenciais de 2018
« Resposta #1981 Online: 20 de Setembro de 2018, 00:33:40 »
Citar
A empresa de dados Cambridge Analytica, a consultoria que desempenho um papel central no escândalo do vazamento maciço e uso não autorizado de dados pessoais do Facebook, anunciou seu fechamento nesta quarta-feira. A companhia britânica, que trabalhou para a campanha presidencial de Donald Trump, vai iniciar os procedimentos para decretar falência. O mesmo se dará com todo o grupo SCL, ao qual pertence.


A empresa está envolvida em um escândalo desde que, em meados de março, uma investigação jornalística de The Guardian e The New York Times revelou que dados pessoais de até 50 milhões de norte-americanos tinham sido obtidos irregularmente do Facebook e utilizados de modo indevido para fins eleitorais.


Um dos proprietários da empresa é o bilionário norte-americano Robert Mercer, financiador da campanha de Trump e um dos incentivadores da chamada direita alternativa dos Estados Unidos, que ajudou a levar o candidato republicano à Casa Branca.

Os problemas da Cambridge Analytica começaram quando seu ex-diretor de Tecnologia, Christopher Wylie, canadense de 28 anos, contou à imprensa que a companhia tinha comprado dados de milhões de usuários do Facebook sem o consentimento deles. Os dados foram obtidos por meio de um aplicativo de perfil psicológico desenvolvido por um pesquisador da Universidade Cambridge, explicou Wylie, e que permitia ter acesso a informações não apenas de quem utilizava a ferramenta, mas também de seus amigos.

Os dados recolhidos foram supostamente entregues à Cambridge Analytica, rompendo as normas do Facebook. Wylie denunciou que a informação obtida foi usada para traçar perfis de eleitores e lhes dirigir propaganda política personalizada e notícias falsas. Isso lhes permitiu, segundo Wylie, influenciar nas eleições norte-americanas e, também, por intermédio de empresas vinculadas, em outros processos eleitorais, como o referendo do Brexit.

Offline Cinzu

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Re:Eleições presidenciais de 2018
« Resposta #1982 Online: 20 de Setembro de 2018, 00:36:32 »

Como saber o que é verdadeiro nisso tudo?

Há um novo fenômeno ocorrendo e as pessoas ainda não acordaram pra isso.

Tem uns dias vi uma entrevista do General Sérgio Etchegoyen ao Roberto D´avila. Pra quem não sabe este general é o ministro chefe da Secretaria de Segurança Institucional, e no final da entrevista, quando perguntado a respeito do problema das "fake news", o ministro respondeu que essa questão não é tão preocupante, que o que ninguém sabe ainda como lidar é com as identidades falsas, os perfis falsos, os roubos de identidade e os robots que trabalham em prol  de grupos políticos.

Hoje, em uma loja de pneus, vi uma matéria da Veja de setembro muito interessante sobre isso, mas infelizmente não tive tempo de ler. Porém acho que foi o Zero que postou uma matéria da BBC - em um
tópico do Muab sobre redes sociais - mostrando como pessoas estão sendo pagas E TREINADAS para atuar como formadores de opinião em redes sociais. Eu mesmo mostrei que já existem empresas especializadas em oferecer estes serviços, que eufemisticamente denominam de "marketing virtual".

Ao que parece quase todos os partidos estão se utilizando deste expediente, mas pelo que eu tenho observado a campanha de Jair Bolsonaro, tudo indica, é a que mais investiu pesadamente nesse jogo sujo, e a que está mobilizada há mais tempo. Não dá pra saber quem é quem, mas eu apostaria que muitos destes comentários são feitos por "profissionais". Às vezes a mesma pessoas manipulando 20 ou 30 identidades diferentes.

Não duvido que existam bots, mas acho que representam uma parte pequena destes perfis. A maioria é simplesmente fanático e iludido ideologicamente, haja visto a enorme mobilização em torno do Bolsonaro, que já é nítida não apenas nas redes sociais, mas também nas ruas e até nas pesquisas eleitorais. 30% de intenções de voto é uma quantidade absurdamente alta.

OBS.: Essa mobilização também se tornou muito mais barulhenta depois do atentado e da arrancada de Haddad nas pesquisas. O risco-PT torna as pessoas mais desesperadas e exaltadas.
"Não é possível convencer um crente de coisa alguma, pois suas crenças não se baseiam em evidências; baseiam-se numa profunda necessidade de acreditar"

Offline Pedro Reis

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Re:Eleições presidenciais de 2018
« Resposta #1983 Online: 20 de Setembro de 2018, 00:55:02 »
Investigação da BBC Brasil. Vejam como funciona uma parte desse esquema:

Citar
São sete da manhã e um rapaz de 18 anos liga o computador em sua casa em Vitória, no Espírito Santo, e dá início à sua rotina de trabalho. Atualiza o status de um dos perfis que mantém no Facebook: "Alguém tem um filme para recomendar?", pergunta. Abre outro perfil na mesma rede. "Só queria dormir a tarde inteira", escreve. Um terceiro perfil: "Estou com muita fome". Ele intercala esses textos com outros em que apoia políticos brasileiros.

Esses perfis não tinham sua foto ou nome verdadeiros, assim como os outros 17 que ele disse controlar no Facebook e no Twitter em troca de R$ 1,2 mil por mês. Eram, segundo afirma, perfis falsos com fotos roubadas, nomes e cotidianos inventados. O jovem relatou à BBC Brasil que esses perfis foram usados ativamente para influenciar o debate político durante as eleições de 2014.

As evidências reunidas por uma investigação da BBC Brasil ao longo de três meses sugerem que uma espécie de exército virtual de fakes foi usado por uma empresa com base no Rio de Janeiro para manipular a opinião pública, principalmente, no pleito de 2014.

A estratégia de manipulação eleitoral e da opinião pública nas redes sociais seria similar à usada por russos nas eleições americanas, e já existiria no Brasil ao menos desde 2012.,

[...]

Com ajuda de especialistas, a BBC Brasil identificou como os perfis se interligavam e seus padrões típicos de comportamento. Seriam o que pesquisadores começam a identificar agora como ciborgues, uma evolução dos já conhecidos robôs ou bots, uma mistura entre pessoas reais e "máquinas" com rastros de atividade mais difíceis de serem detectados por computador devido ao comportamento mais parecido com o de humanos.

Parte desses perfis já vinha sendo pesquisada pelo Laboratório de Estudos sobre Imagem e Cibercultura (Labic) da Universidade Federal do Espírito Santo, coordenado pelo pesquisador Fábio Malini.

"Os ciborgues ou personas geram cortinas de fumaça, orientando discussões para determinados temas, atacando adversários políticos e criando rumores, com clima de 'já ganhou' ou 'já perdeu'", afirma ele. Exploram o chamado "comportamento de manada".

"Ou vencíamos pelo volume, já que a nossa quantidade de posts era muito maior do que o público em geral conseguia contra-argumentar, ou conseguíamos estimular pessoas reais, militâncias, a comprarem nossa briga. Criávamos uma noção de maioria", diz um dos ex-funcionários entrevistados.

Esta reportagem é a primeira da série Democracia Ciborgue, em que a BBC Brasil mergulha no universo dos fakes mercenários, que teriam sido usados por pelo menos uma empresa, mas que podem ser apenas a ponta do iceberg de um fenômeno que não preocupa apenas o Brasil, mas também o mundo.

[...]


https://www.bbc.com/portuguese/brasil-42172146

Offline 3libras

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Re:Eleições presidenciais de 2018
« Resposta #1984 Online: 20 de Setembro de 2018, 04:01:54 »
Investigação da BBC Brasil. Vejam como funciona uma parte desse esquema:

Citar
São sete da manhã e um rapaz de 18 anos liga o computador em sua casa em Vitória, no Espírito Santo, e dá início à sua rotina de trabalho. Atualiza o status de um dos perfis que mantém no Facebook: "Alguém tem um filme para recomendar?", pergunta. Abre outro perfil na mesma rede. "Só queria dormir a tarde inteira", escreve. Um terceiro perfil: "Estou com muita fome". Ele intercala esses textos com outros em que apoia políticos brasileiros.

Esses perfis não tinham sua foto ou nome verdadeiros, assim como os outros 17 que ele disse controlar no Facebook e no Twitter em troca de R$ 1,2 mil por mês. Eram, segundo afirma, perfis falsos com fotos roubadas, nomes e cotidianos inventados. O jovem relatou à BBC Brasil que esses perfis foram usados ativamente para influenciar o debate político durante as eleições de 2014.

As evidências reunidas por uma investigação da BBC Brasil ao longo de três meses sugerem que uma espécie de exército virtual de fakes foi usado por uma empresa com base no Rio de Janeiro para manipular a opinião pública, principalmente, no pleito de 2014.

A estratégia de manipulação eleitoral e da opinião pública nas redes sociais seria similar à usada por russos nas eleições americanas, e já existiria no Brasil ao menos desde 2012.,

[...]

Com ajuda de especialistas, a BBC Brasil identificou como os perfis se interligavam e seus padrões típicos de comportamento. Seriam o que pesquisadores começam a identificar agora como ciborgues, uma evolução dos já conhecidos robôs ou bots, uma mistura entre pessoas reais e "máquinas" com rastros de atividade mais difíceis de serem detectados por computador devido ao comportamento mais parecido com o de humanos.

Parte desses perfis já vinha sendo pesquisada pelo Laboratório de Estudos sobre Imagem e Cibercultura (Labic) da Universidade Federal do Espírito Santo, coordenado pelo pesquisador Fábio Malini.

"Os ciborgues ou personas geram cortinas de fumaça, orientando discussões para determinados temas, atacando adversários políticos e criando rumores, com clima de 'já ganhou' ou 'já perdeu'", afirma ele. Exploram o chamado "comportamento de manada".

"Ou vencíamos pelo volume, já que a nossa quantidade de posts era muito maior do que o público em geral conseguia contra-argumentar, ou conseguíamos estimular pessoas reais, militâncias, a comprarem nossa briga. Criávamos uma noção de maioria", diz um dos ex-funcionários entrevistados.

Esta reportagem é a primeira da série Democracia Ciborgue, em que a BBC Brasil mergulha no universo dos fakes mercenários, que teriam sido usados por pelo menos uma empresa, mas que podem ser apenas a ponta do iceberg de um fenômeno que não preocupa apenas o Brasil, mas também o mundo.

[...]


https://www.bbc.com/portuguese/brasil-42172146

Eu já percebi isso em grupos de cidade, bairro etc.

surge pessoas do nada a qualquer momento do dia ou noite pra comentar memes, muitas vezes desconexos com o assunto do tópico, mas que atraem gente que fala do assunto.
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Offline JJ

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Re:Eleições presidenciais de 2018
« Resposta #1985 Online: 20 de Setembro de 2018, 22:36:36 »


Em carta, FHC diz que é preciso ‘deter a marcha da insensatez’

Brasil  20.09.18 19:02


Fernando Henrique Cardoso divulgou hoje uma carta “aos eleitores e eleitoras” em que faz uma análise do momento político brasileiro a menos de três semanas da eleição presidencial.


No longo texto, FHC diz que em poucas ocasiões viu “condições políticas e sociais tão desafiadoras quanto as atuais”. Cita a “fragmentação social e política” e os “desatinos de política econômica herdados pelo atual governo”. E diz que “ainda há tempo para deter a marcha da insensatez”.

Leia, abaixo, a íntegra:

“Carta aos eleitores e eleitoras
Fernando Henrique Cardoso

Em poucas semanas escolheremos os candidatos que passarão ao segundo turno. Em minha já longa vida recordo-me de poucos momentos tão decisivos para o futuro do Brasil em que as soluções dos grandes desafios dependeram do povo. Que hoje dependam, é mérito do próprio povo e de dirigentes políticos que lutaram contra o autoritarismo nas ruas e no Congresso e criaram as condições para a promulgação, há trinta anos, da Constituição que nos rege.

Em plena vigência do estado de direito nosso primeiro compromisso há de ser com a continuidade da democracia. Ganhe quem ganhar, o povo terá decidido soberanamente o vencedor e ponto final.

A democracia para mim é um valor pétreo. Mas ela não opera no vazio. Em poucas ocasiões vi condições políticas e sociais tão desafiadoras quanto as atuais. Fui ministro de um governo fruto de outro impeachment, processo sempre traumático. Na época, a inflação beirava 1000 por cento ao ano. O presidente Itamar Franco percebeu que a coesão política era essencial para enfrentar os problemas. Formou um ministério com políticos de vários partidos, incluída a oposição ao seu governo, tal era sua angústia com o possível despedaçamento do país. Com meu apoio e de muitas outras pessoas, lançou-se a estabilizar a economia. Criara as bases políticas para tanto.

Agora, a fragmentação social e política é maior ainda. Tanto porque as economias contemporâneas criam novas ocupações, mas destroem muitas outras, gerando angústia e medo do futuro, como porque as conexões entre as pessoas se multiplicaram. Ao lado das mídias tradicionais, as ‘mídias sociais’ permitem a cada pessoa participar diretamente da rede de informações (verdadeiras e falsas) que formam a opinião pública. Sem mídia livre não há democracia.

Mudanças bruscas de escolhas eleitorais são possíveis, para o bem ou para o mal, a depender da ação de cada um de nós.

Nas escolhas que faremos o pano de fundo é sombrio. Desatinos de política econômica, herdados pelo atual governo, levaram a uma situação na qual há cerca de treze milhões de desempregados e um déficit público acumulado, sem contar os juros, de quase R$ 400 bilhões só nos últimos quatro anos, aos quais se somarão mais de R$ 100 bilhões em 2018. Essa sequência de déficits primários levou a dívida pública do governo federal a quase R$ 4 trilhões e a dívida pública total a mais de R$ 5 trilhões, cerca de 80% do PIB este ano, a despeito da redução da taxa de juros básica nos últimos dois anos. A situação fiscal da União é precária e a de vários Estados, dramática.

Como o novo governo terá gastos obrigatórios (principalmente salários do funcionalismo e benefícios da previdência) que já consomem cerca de 80% das receitas da União, além de uma conta de juros estimada em R$ 380 bilhões em 2019, o quadro fiscal da União tende a se agravar. O agravamento colocará em perigo o controle da inflação e forçará a elevação da taxa de juros. Sem a reversão desse círculo vicioso o país, mais cedo que tarde, mergulhará em uma crise econômica ainda mais profunda.

Diante de tão dramática situação, os candidatos à Presidência deveriam se recordar do que prometeu Churchill aos ingleses na guerra: sangue, suor e lágrimas. Poucos têm coragem e condição política para isso. No geral, acenam com promessas que não se realizarão com soluções simplistas, que não resolvem as questões desafiadoras. É necessária uma clara definição de rumo, a começar pelo compromisso com o ajuste inadiável das contas públicas.  São medidas que exigem explicação ao povo e tempo para que seus benefícios sejam sentidos. A primeira dessas medidas é uma lei da Previdência que elimine privilégios e assegure o equilíbrio do sistema em face do envelhecimento da população brasileira. A fixação de idades mínimas para a aposentadoria é inadiável. Ou os homens públicos em geral e os candidatos em particular dizem a verdade e mostram a insensatez das promessas enganadoras ou, ganhe quem ganhar, o pião continuará a girar sem sair do lugar, sobre um terreno que está afundando.

Ante a dramaticidade do quadro atual, ou se busca a coesão política, com coragem para falar o que já se sabe e a sensatez para juntar os mais capazes para evitar que o barco naufrague, ou o remendo eleitoral da escolha de um salvador da Pátria ou de um demagogo, mesmo que bem intencionado, nos levará ao aprofundamento da crise econômica, social e política.

Os partidos têm responsabilidade nessa crise. Nos últimos anos, lançaram-se com voracidade crescente ao butim do Estado, enredando-se na corrupção, não apenas individual, mas institucional: nomeando agentes políticos para, em conivência com chefes de empresas, privadas e públicas, desviarem recursos para os cofres partidários e suas campanhas. É um fato a desmoralização do sistema político inteiro, mesmo que nem todos hajam participado da sanha devastadora de recursos públicos. A proliferação dos partidos (mais de 20 na Câmara Federal e muitos outros na fila para serem registrados) acelerou o ‘dá-cá, toma-lá’ e levou de roldão o sistema eleitoral-partidário que montamos na Constituição de 1988. Ou se restabelece a confiança nos partidos e na política ou nada de duradouro será feito.

É neste quadro preocupante que se vê a radicalização dos sentimentos políticos. A gravidade de uma facada com intenções assassinas haver ferido o candidato que está à frente nas pesquisas eleitorais deveria servir como um grito de alerta: basta de pregar o ódio, tantas vezes estimulado pela própria vítima do atentado. O fato de ser este o candidato à frente das pesquisas e ter ele como principal opositor quem representa um líder preso por acusações de corrupção mostra o ponto a que chegamos.

Ainda há tempo para deter a marcha da insensatez. Como nas Diretas-já, não é o partidarismo, nem muito menos o personalismo, que devolverá rumo ao desenvolvimento social e econômico. É preciso revalorizar a virtude da tolerância à política, requisito para que a democracia funcione. Qualquer dos polos da radicalização atual que seja vencedor terá enormes dificuldades para obter a coesão nacional suficiente e necessária para adoção das medidas que levem à superação da crise. As promessas que têm sido feitas são irrealizáveis. As demandas do povo se transformarão em insatisfação ainda maior, num quadro de violência crescente e expansão do crime organizado.

Sem que haja escolha de uma liderança serena que saiba ouvir, que seja honesto, que tenha experiência e capacidade política para pacificar e governar o país; sem que a sociedade civil volte a atuar como tal e não como massa de manobra de partidos; sem que os candidatos que não apostam em soluções extremas se reúnam e decidam apoiar quem melhores condições de êxito eleitoral tiver, a crise tenderá certamente a se agravar. Os maiores interessados nesse encontro e nessa convergência devem ser os próprios candidatos que não se aliam às visões radicais que opõem ‘eles’ contra ‘nós’.

Não é de estagnação econômica, regressão política e social que o Brasil precisa. Somos todos responsáveis para evitar esse descaminho. É hora de juntar forças e escolher bem, antes que os acontecimentos nos levem para uma perigosa radicalização. Pensemos no país e não apenas nos partidos, neste ou naquele candidato. Caso contrário, será impossível mudar para melhor a vida do povo. É isto o que está em jogo: o povo e o país. A Nação é o que importa neste momento decisivo.



https://www.oantagonista.com/brasil/em-carta-fhc-diz-que-e-preciso-deter-marcha-da-insensatez/


Offline Arcanjo Lúcifer

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Re:Eleições presidenciais de 2018
« Resposta #1986 Online: 20 de Setembro de 2018, 22:49:48 »
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Nas escolhas que faremos o pano de fundo é sombrio. Desatinos de política econômica, herdados pelo atual governo, levaram a uma situação na qual há cerca de treze milhões de desempregados e um déficit público acumulado, sem contar os juros, de quase R$ 400 bilhões só nos últimos quatro anos, aos quais se somarão mais de R$ 100 bilhões em 2018. Essa sequência de déficits primários levou a dívida pública do governo federal a quase R$ 4 trilhões e a dívida pública total a mais de R$ 5 trilhões, cerca de 80% do PIB este ano, a despeito da redução da taxa de juros básica nos últimos dois anos. A situação fiscal da União é precária e a de vários Estados, dramática.

Interessante é que ele reconhece que o Temer herdou a merda que o Dilmão e o Pingão fizeram mas pouco tempo atrás ele disse que PT e PSDB precisavam se unir contra o Bozo no segundo turno.

Por algum motivo eles parecem se borrar de medo do Bozo.

Será por medo do Bozo divulgar os termos dos contratos do BNDES para obras no exterior?

Offline JJ

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Re:Eleições presidenciais de 2018
« Resposta #1987 Online: 20 de Setembro de 2018, 23:22:28 »
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Nas escolhas que faremos o pano de fundo é sombrio. Desatinos de política econômica, herdados pelo atual governo, levaram a uma situação na qual há cerca de treze milhões de desempregados e um déficit público acumulado, sem contar os juros, de quase R$ 400 bilhões só nos últimos quatro anos, aos quais se somarão mais de R$ 100 bilhões em 2018. Essa sequência de déficits primários levou a dívida pública do governo federal a quase R$ 4 trilhões e a dívida pública total a mais de R$ 5 trilhões, cerca de 80% do PIB este ano, a despeito da redução da taxa de juros básica nos últimos dois anos. A situação fiscal da União é precária e a de vários Estados, dramática.

Interessante é que ele reconhece que o Temer herdou a merda que o Dilmão e o Pingão fizeram mas pouco tempo atrás ele disse que PT e PSDB precisavam se unir contra o Bozo no segundo turno.

Por algum motivo eles parecem se borrar de medo do Bozo.




O  B e o M  tem mentalidade e ideologia ditatorial.  O caras são apologistas de torturador e escarnecem da democracia e dos direitos humanos.  Só isso já é motivo mais do que suficiente, para que pessoas que  consideram que a democracia  e  os direitos e garantias fundamentais/direitos humanos  são valores fundamentais na história da civilização e na construção de uma sociedade justa,  repudiem  este tipo  de  ideologia  e  pessoas  com tendências  totalitárias que as defendem.


« Última modificação: 20 de Setembro de 2018, 23:25:02 por JJ »

Offline Buckaroo Banzai

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Re:Eleições presidenciais de 2018
« Resposta #1988 Online: 20 de Setembro de 2018, 23:35:51 »


Em carta, FHC diz que é preciso ‘deter a marcha da insensatez’


A MARCHA QUE VAI SER DETIDA É A MARCHA DO COMUNISMO FABIANO DESSE ENTREGUISTA DESGRAÇADO, É BOM JAIR SE ESCAFEDENDO POIS SERÁ O PRIMEIRO CONVIDADO A BATER AS BOTAS SE AINDA TIVER VIVO QUANDO O MITO ASSUMIR E COMEÇAR A FAXINA LIMPANDO TODOS OS PARASITAS DO COMUNISMO!!!!!!!!!!!111

A INVERSÃO DOS VALORES ESTÁ CHEGANDO AO FIM, PREPAREM-SE

Offline Arcanjo Lúcifer

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Re:Eleições presidenciais de 2018
« Resposta #1989 Online: 21 de Setembro de 2018, 04:27:13 »
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Nas escolhas que faremos o pano de fundo é sombrio. Desatinos de política econômica, herdados pelo atual governo, levaram a uma situação na qual há cerca de treze milhões de desempregados e um déficit público acumulado, sem contar os juros, de quase R$ 400 bilhões só nos últimos quatro anos, aos quais se somarão mais de R$ 100 bilhões em 2018. Essa sequência de déficits primários levou a dívida pública do governo federal a quase R$ 4 trilhões e a dívida pública total a mais de R$ 5 trilhões, cerca de 80% do PIB este ano, a despeito da redução da taxa de juros básica nos últimos dois anos. A situação fiscal da União é precária e a de vários Estados, dramática.

Interessante é que ele reconhece que o Temer herdou a merda que o Dilmão e o Pingão fizeram mas pouco tempo atrás ele disse que PT e PSDB precisavam se unir contra o Bozo no segundo turno.

Por algum motivo eles parecem se borrar de medo do Bozo.




O  B e o M  tem mentalidade e ideologia ditatorial.  O caras são apologistas de torturador e escarnecem da democracia e dos direitos humanos.  Só isso já é motivo mais do que suficiente, para que pessoas que  consideram que a democracia  e  os direitos e garantias fundamentais/direitos humanos  são valores fundamentais na história da civilização e na construção de uma sociedade justa,  repudiem  este tipo  de  ideologia  e  pessoas  com tendências  totalitárias que as defendem.




Sim, claro, os esquerdinhas em geral têm muito apreço por democracia e por isso vivem colocando gente como Maduro , Chapolim Colorado e afins em um pedestal, inclusive dando suporte financeiro por debaixo dos panos.

Afinal eles tem muito respeito pelos direitos humanos e pela liberdade, pelos valores democráticos...

Não, espere, falei besteira, acho que estão escondendo uma merda muito grande que deve envolver outro esquema gigantesco de desvios.

Como por exemplo os termos secretos dos contratos do BNDES feitos sem aval do Congresso para o porto cubano e as refinarias com a estatal venezuelana que originaram um calote bilionário.

« Última modificação: 21 de Setembro de 2018, 05:38:44 por Arcanjo Lúcifer »

Offline Arcanjo Lúcifer

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Re:Eleições presidenciais de 2018
« Resposta #1990 Online: 21 de Setembro de 2018, 04:31:13 »
O Ciro tb tem muito respeito pelos ideais democráticos desde que vc concorde totalmente com ele ou vai tomar porrada do jagunço.
« Última modificação: 21 de Setembro de 2018, 05:40:23 por Arcanjo Lúcifer »

Offline Buckaroo Banzai

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Re:Eleições presidenciais de 2018
« Resposta #1991 Online: 21 de Setembro de 2018, 13:28:38 »
Tanto que ele foi apoiado pelo MITO Bolsonaro, como preferência a FHC/Serra. Mesmo Lula é preferível a estes entreguistas cheios de estorinha de democracinha laica... só que apenas calha de ser que, apesar de Ciro não ser um covarde efeminado como os outros dois, de saber se impor, ainda não é páreo para o MITO, e seria DESTRUÍDO nos debates. Talvez fosse um bom ministro da economia.

Offline Arcanjo Lúcifer

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Re:Eleições presidenciais de 2018
« Resposta #1992 Online: 21 de Setembro de 2018, 19:25:53 »
Pronto, vc entendeu como o Zé Povinho de certo país de merda chegou ao ponto em que está hoje.

Offline Gigaview

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Re:Eleições presidenciais de 2018
« Resposta #1993 Online: 21 de Setembro de 2018, 21:08:49 »
O Ciro tb tem muito respeito pelos ideais democráticos desde que vc concorde totalmente com ele ou vai tomar porrada do jagunço.

É a Cirocracia....
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Offline Buckaroo Banzai

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Re:Eleições presidenciais de 2018
« Resposta #1994 Online: 21 de Setembro de 2018, 21:29:55 »
É curioso que tanto Ciro Gomes quanto Bolsonaro tenham esse traço em comum, e sejam os dois com voto mais "cristalizado", segundo as pesquisas.

Parece que no Brasil, se quer ser político de sucesso, tem que ser cabra-macho desbocado que sabe se impor e HUMILHA os merdinhas que chegam com perguntas cretinas.


Offline Cinzu

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Re:Eleições presidenciais de 2018
« Resposta #1995 Online: 21 de Setembro de 2018, 22:22:27 »
É curioso que tanto Ciro Gomes quanto Bolsonaro tenham esse traço em comum, e sejam os dois com voto mais "cristalizado", segundo as pesquisas.

Parece que no Brasil, se quer ser político de sucesso, tem que ser cabra-macho desbocado que sabe se impor e HUMILHA os merdinhas que chegam com perguntas cretinas.

Isso diz muito mais sobre nós do que sobre ele.

O problema não é o Haddad, o Ciro, ou o Bolsonaro... É natural que em uma eleição com tantos candidatos surja os mais extravagantes possível, que tratam política como piada. Quem escolhe dar visibilidade a essas figuras, é nossa população ignorante, mal educada e sem a mínima noção da realidade.

Talvez quem está frequentemente ligado à classe média-alta, ambientes corporativos de elevados cargos ou acadêmicos, não perceba isso. Mas basta sair às ruas para conversar com a classe média-baixa e notará imediatamente que o pensamento conservador retrógrado de Bolsonaro reflete justamente o que pensa nossa população. De certa forma, ele é o candidato que melhor nos representa.

Ainda não estamos preparados culturamente para ver um debate entre Meirelles e Amoedo em um eventual segundo turno. Receio que nunca estaremos.
"Não é possível convencer um crente de coisa alguma, pois suas crenças não se baseiam em evidências; baseiam-se numa profunda necessidade de acreditar"

Offline Buckaroo Banzai

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Re:Eleições presidenciais de 2018
« Resposta #1996 Online: 21 de Setembro de 2018, 22:53:36 »
É triste pensar que em 2022 podemos ver algo como Tiririca, Daciolo, Alexandre Frota, entre aqueles disputando o segundo turno, e Amoedo/outro ainda não chegando lá...

Offline Buckaroo Banzai

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Re:Eleições presidenciais de 2018
« Resposta #1997 Online: 22 de Setembro de 2018, 02:34:06 »
É curioso que tanto Ciro Gomes quanto Bolsonaro tenham esse traço em comum, e sejam os dois com voto mais "cristalizado", segundo as pesquisas.

Parece que no Brasil, se quer ser político de sucesso, tem que ser cabra-macho desbocado que sabe se impor e HUMILHA os merdinhas que chegam com perguntas cretinas.



<a href="https://www.youtube.com/v/smUJG_5l2as" target="_blank" class="new_win">https://www.youtube.com/v/smUJG_5l2as</a>

Citar
<a href="https://www.youtube.com/v/ZMXMGkvT3tM" target="_blank" class="new_win">https://www.youtube.com/v/ZMXMGkvT3tM</a>

Ao fazer campanha em Boa Vista (RR) no sábado dia 15 de setembro de 2018, o candidato a presidente pelo PDT, Ciro Gomes, respondeu de maneira ríspida a 1 homem que perguntou se o político reafirmava o que havia dito em agosto de 2018, quando classificou como “canalhice” e “desumanidade” a atitude de brasileiros que expulsaram cerca de 1.200 venezuelanos de Pacaraima, em Roraima (fato que havia ocorrido em 18 de agosto de 2018 - https://www.poder360.com.br/brasil/ex...).
Ciro ficou irritado durante uma entrevista quando 1 homem fez a pergunta. Respondeu assim: “Vá pra casa do Romero Jucá, seu filho da puta. Pode tirar esse daqui. Esse é do Romero Jucá. Romero Jucá. Romero Jucá! Tira ele. Tira ele! Prende ele aí!”. A pessoa que faz a pergunta não foi identificada no vídeo, mas é tratada como “repórter” pela mídia de Roraima, que publicou notícias sobre o incidente.
Romero Jucá é senador pelo MDB de Roraima, tenta a reeleição em 2018 e é adversário político de Ciro. Nessa mesma entrevista, Ciro chama Jucá de gângster.
“Venho para mediar esses conflitos e ver se ajudo a arrancar daqui uma das piores figuras que é esse canalha que lidera todos os governos, e que agora, como bandido que é, fala mal do Michel Temer para parecer, enganando o povo de Roraima que é aquilo que ele não é, senão 1 gângster”, disse.

Offline Arcanjo Lúcifer

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Re:Eleições presidenciais de 2018
« Resposta #1998 Online: 22 de Setembro de 2018, 06:53:36 »
É curioso que tanto Ciro Gomes quanto Bolsonaro tenham esse traço em comum, e sejam os dois com voto mais "cristalizado", segundo as pesquisas.

Parece que no Brasil, se quer ser político de sucesso, tem que ser cabra-macho desbocado que sabe se impor e HUMILHA os merdinhas que chegam com perguntas cretinas.



E com o Pingão que chegou ao auge criando uma falsa luta de classes que nunca existiu antes dele jogar as pessoas umas contra as outras.

Vcs não perceberam mas esse tipo de coisa nunca existiu ou pelo menos não ao ponto atual antes desse vagabundo.

Eu nunca vi nos anos 80 e 70 as pessoas se odiarem como hoje.

Offline Gigaview

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Re:Eleições presidenciais de 2018
« Resposta #1999 Online: 22 de Setembro de 2018, 11:25:12 »
É curioso que tanto Ciro Gomes quanto Bolsonaro tenham esse traço em comum, e sejam os dois com voto mais "cristalizado", segundo as pesquisas.

Parece que no Brasil, se quer ser político de sucesso, tem que ser cabra-macho desbocado que sabe se impor e HUMILHA os merdinhas que chegam com perguntas cretinas.

Isso diz muito mais sobre nós do que sobre ele.

O problema não é o Haddad, o Ciro, ou o Bolsonaro... É natural que em uma eleição com tantos candidatos surja os mais extravagantes possível, que tratam política como piada. Quem escolhe dar visibilidade a essas figuras, é nossa população ignorante, mal educada e sem a mínima noção da realidade.

Talvez quem está frequentemente ligado à classe média-alta, ambientes corporativos de elevados cargos ou acadêmicos, não perceba isso. Mas basta sair às ruas para conversar com a classe média-baixa e notará imediatamente que o pensamento conservador retrógrado de Bolsonaro reflete justamente o que pensa nossa população. De certa forma, ele é o candidato que melhor nos representa.

Ainda não estamos preparados culturamente para ver um debate entre Meirelles e Amoedo em um eventual segundo turno. Receio que nunca estaremos.

O Bolsonaro lidera com folga expressiva no eleitorado com curso superior/2o. grau e com renda mais elevada, justamente a parcela da população culturalmente preparada e teoricamente capaz de entender o que o Meirelles e o Amoedo dizem e, ainda assim, os rejeitam. Quem vota no Bolsonaro, acredito, procura uma possibilidade real e radical de mudança com a aura das Forças Armadas, que nenhum outro candidato oferece. Essa aura transfere a qualidade e segurança que as Forças Armadas já possuem junto ao universo de todos os eleitores. O Meirelles/Amoedo possuem um pouco da aura da confiança das grandes empresas, com carreiras de sucesso no mercado financeiro mas não é suficiente e ao mesmo tempo (no caso do Meirelles) anulada pela baixa confiança decorrente da aura partidária.

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Pesquisa da Fundação Getúlio Vargas (FGV) identifica as Forças Armadas como instituição de maior credibilidade do País. Segundo a análise, as Forças Armadas possuem o maior índice de confiança entre as instituições públicas ou privadas do Brasil, com 68% de credibilidade.

Na apreciação, retratar a confiança significa identificar se o cidadão acredita que a instituição cumpre a sua função com qualidade e se faz isso de forma a que os benefícios de sua atuação sejam maiores do que o seu custo. Para elaborar o Índice de Confiança na Justiça, a FGV entrevistou 3.300 pessoas entre os meses de abril e dezembro de 2014, em 7 estados e no Distrito Federal.

http://folhamilitaronline.com.br/pesquisa-aponta-as-forcas-armadas-no-topo-do-nivel-de-confianca-no-pais/


O PT só ganha no nordeste, com o eleitorado de baixa escolaridade e baixa renda.
« Última modificação: 22 de Setembro de 2018, 11:31:57 por Gigaview »
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