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Autor Tópico: Eleições presidenciais de 2018  (Lida 56206 vezes)

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Offline JJ

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Re:Eleições presidenciais de 2018
« Resposta #400 Online: 20 de Abril de 2018, 12:29:32 »
A face centralizadora e pouco articulada de Marina Silva

O Jornal de todos Brasis


SEG, 01/09/2014 - 13:25

ATUALIZADO EM 01/09/2014 - 13:26


Jornal GGN - Quanto da Marina Silva ministra do Meio Ambiente de Lula carrega a Marina candidata à Presidência da República? Se por um lado a postulante do PSB tenta apresentar-se, hoje, como melhor gestora e mais articulada do que Dilma Rousseff (PT), por outro, Marina carrega um histórico cheio de divergências e derrotas que poderia ter sido evitadas com algumas doses extras de traquejo. Os conflitos no governo do ex-presidente Lula com outros membros do primeiro escalão e o consequente emperramento de vários projetos refletem a faceta centralizadora da ex-ministra. É o que aponta Hylda Cavalcanti em reportagem especial para a Rede Brasil Atual, reproduzida a seguir.


Marina: personalismo e rejeição a críticas rivalizam com capacidade de liderança


Da Rede Brasil Atual


Brasília – Quando deixou o cargo de ministra do Meio Ambiente por discordâncias com o governo, a acriana Marina Silva disse, no gabinete do ministério, uma frase que, na época, ecoou por toda a Esplanada dos Ministérios: “Prefiro perder a cabeça a perder o juízo”. O ano era 2008 e o período, de confrontos fortes de Marina com governadores, colegas do primeiro escalão (incluindo a então ministra Dilma Rousseff), entidades diversas da agropecuária e instituições de pesquisa interessadas no plantio de produtos transgênicos. Nos últimos dias e diante de várias declarações sobre consensos e formalizar uniões políticas tidas como “exóticas”, com adversários inimagináveis no passado, a frase tem sido bastante lembrada por desafetos.


“Será que ela mudou de ideia e resolveu perder agora o juízo em vez da cabeça”? alfinetou um senador do PT que pediu para não ser identificado. O espanto, conforme justifica o parlamentar, nada tem a ver com a habilidade dos políticos de se adaptarem e transitarem entre opostos, constantemente, no Congresso Nacional. Deve-se muito mais a uma postura pessoal da atual candidata pelo PSB à presidência, há anos conhecida por muitos dos que convivem de perto, mas pouco revelada publicamente: a dificuldade de conciliar contrários, acatar argumentos que lhe são apresentados e agregar estilos.


Isso porque, por trás da aparência frágil, a acriana Maria Osmarina Marina Silva Vaz de Lima, de 56 anos, tanto como senadora como à frente do Ministério do Meio Ambiente – que chegou a ser premiada pela ONU e louvada por entidades ambientalistas internacionais – é tida como séria, austera e com bons programas. E essa imagem, mesmo seis anos depois de ter deixado o ministério, continua intacta. No entanto as informações de pessoas críticas à atuação dela são de que a gestão de Marina como ministra deixou de lado articulações consideradas necessárias para o setor.


Isso teria levado a equívocos que provocaram descumprimento de ordens e insubordinação por um lado – sobretudo na ponta dos trabalhos (junto às ações de fiscais do Ibama e outras entidades vinculadas ao ministério, nos estados) – e, por outro, a ações precipitadas da própria ex-seringueira, adotadas sem comunicação prévia com o Palácio do Planalto, a ponto de chegarem a irritar o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).


Dentre as pessoas mais próximas, a ex-senadora é considerada extremamente reservada, do tipo que não permite grande intimidade, até mesmo para assessores. É também centralizadora e pouco afeita a acatar opiniões recebidas. Marina Silva foi definida por um técnico com quem trabalhou no Ministério do Meio Ambiente como profissional “preparada e cheia de boas ideias, mas que precisa de amadurecimento no tocante à administração, até para dar mais poder aos assessorados e delegar melhor as tarefas para que o trabalho possa ser consolidado."


Guerra aos transgênicos


A ex-senadora deixou o governo Lula depois que o presidente preferiu transferir da sua pasta para a Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE) o Programa Amazônia Sustentável. Antes disso, ela se envolveu em polêmicas diversas. Uma dessas foi quando o plantio de soja transgênica foi liberado pela primeira vez por meio de uma medida provisória negociada pelo Ministério da Agricultura, comandado pelo ministro Roberto Rodrigues. A então ministra procurou o presidente e disse que não tinha assumido o cargo de “ministra da jardinagem”. Ela queria que, antes da liberação, tivessem sido realizadas pesquisas diversas, o que terminou não ocorrendo.


Num segundo round com o Ministério da Agricultura, a ex-senadora criticou publicamente outro titular da pasta, Reynolds Stephanes, por estimular o plantio de cana-de-açúcar em áreas degradadas da Amazônia, Pantanal e Mata Atlântica. “Não nos interessa, em hipótese nenhuma, que os biocombustíveis brasileiros possam ser identificados com práticas ambientais incorretas”, disse, assim que soube da intenção do colega, numa entrevista. Com a confusão criada, Stephanes recuou e afirmou que tinha sido mal interpretado e não tinha mencionado o bioma em si.


Para um parlamentar que foi ministro de Lula na mesma época em que ela, embora Marina Silva estivesse coberta de razão, o episódio provocou uma saia justa que poderia ter sido evitada. “Era assunto para ser discutido num telefonema de um para o outro ou resolvido no palácio com o presidente, não por meio de entrevistas”, observou.


Dentre os governadores, o primeiro ser alvo de Marina foi Zeca do PT, que governava o Mato Grosso do Sul em 2005. Ele apresentou ao governo um projeto para instalação de usina de álcool e cana-de-açúcar no entorno do Pantanal. A ministra disse que isso implicaria contaminação dos rios que correm do planalto para o Pantanal. O governador respondeu que não havia essa possibilidade e apresentou estudos, mas o projeto não andou. Nos bastidores, demonstrou mágoa com a forma como a antiga companheira de partido tratou a questão.


Para antigos companheiros, Zeca do PT disse que o assunto poderia ter sido tratado a portas fechadas, não da maneira como ocorreu. Também se queixou pelo modo como foi usada pela mídia a morte de um militante ambientalista, no mesmo período. O ativista, supostamente, ateou fogo ao próprio corpo argumentando que era em protesto à possibilidade de instalação da usina. “Na ocasião, Marina demonstrou solidariedade ao rapaz morto de um jeito que parecia dizer que estava de um lado e o Zeca do outro”, acentuou o agrônomo Ricardo Valadares, que acompanhou o caso.


Governadores na mira


Já com os então governadores Blairo Maggi, do Mato Grosso, e Ivo Cassol, de Rondônia, a briga saiu das queixas de gabinetes para as páginas de jornais dos dois lados. Maggi teve muitos embates com a ministra e chegou a questionar números de desmatamentos divulgados pelo governo federal. Durante entrevista emblemática concedida à Folha de S.Paulo, ele fez críticas públicas a Marina, falou da crise mundial de alimentos e destacou que não há como produzir comida sem a ocupação de novas áreas e a derrubada de árvores.


A ex-senadora não se fez de rogada e respondeu que destruir ecossistemas para plantar soja só resolve a crise por um tempo, pois a solução está na tecnologia e no conhecimento científico. A resposta foi um duro golpe em Maggi, que  governava o estado e apoiava o PT, mas é considerado até hoje o maior plantador de soja individual do mundo.


Com o então governador de Rondônia, as brigas foram mais fortes e por várias vezes Marina Silva disse que ali “não dava para dialogar”. Cassol também reclamou de números de desmatamento no estado, salientou que tais dados estavam superdimensionados, mandou retirar de Rondônia fiscais do Ibama enviados pelo governo para fazer ações de preservação de áreas devastadas e bradou, por diversas vezes, que considerava a então ministra "uma despreparada."


Pouco depois, de um jeito mais brando, o governador afirmou, em revistas de circulação nacional, que via a posição da ex-senadora como a de uma pessoa que se acostumou a ser paparicada pelas entidades ambientalistas e que se revoltava com facilidade quando contrariada por um político, demonstrando dificuldade para manter entendimentos com os governantes.


Com Dilma Rousseff, é sabido que as discussões entre as duas então ministras sobre as obras das hidrelétricas de Santo Antonio e de Jirau, no rio Madeira, foram tão intensas e continuadas que levaram a uma interferência direta de Lula. O presidente chamou as duas no Palácio do Planalto para uma conversa definitiva e é conhecido, entre assessores dos três, o teor de uma reunião na qual ele teria avisado que era preciso acabar com a questão de uma vez por todas e alertou a Marina que a política ambiental atravancava obras importantes do governo. Foi depois desse encontro, que o Ibama concedeu licença prévia permitindo a realização do leilão de licitação para as empresas que iriam construir as duas usinas.


O momento de maior desgaste de Marina Silva com o chefe direto quando estava à frente do ministério, no entanto, ocorreu cerca de seis meses antes de deixar o cargo. Foi quando a ministra divulgou a taxa de desmatamento do país. Os dados mostraram que o desmatamento naquele último trimestre tinha sido acelerado numa média de mais de mil quilômetros quadrados por mês. Esse tipo de divulgação é rotina no Ministério do Meio Ambiente, mas ocorre que, conforme afirmou a ministra durante o evento, o ministério tinha sido informado dessa previsão de aumento meses antes. Apesar disso, não fez qualquer comunicação ao Palácio do Planalto a respeito.


Pego de surpresa, o presidente Lula não gostou da maneira como foi feito o anúncio por parte da ministra e convocou uma reunião de emergência no palácio com vários outros ministros e assessores apenas para tratar da questão e estudar formas de implementar iniciativas de controle a esse crescimento tão acentuado de áreas desmatadas. Lula não fez críticas a Marina em relação ao episódio em público, mas, meses depois, tirou dela o que era considerado a menina dos seus olhos: o programa Amazônia Sustentável, que passou a ficar sob a responsabilidade de Mangabeira Unger, na SAE.


‘Limitações como todos nós’


“Marina é uma extraordinária líder popular, profundamente dedicada a uma causa da qual compartilhamos. Possui, no entanto, limitações, como todos nós. Às vezes, falha como operadora política, comete equívocos de avaliação estratégica e tática, cultiva um processo decisório ad hoc (provisório) e caótico e acaba só conseguindo trabalhar direito com seus incondicionais. Reage mal a críticas e opiniões fortes discordantes e não estabelece alianças estratégicas com seus pares. Tem certas características dos líderes populistas, embora deles se distinga por uma generosidade e uma pureza d’alma que, em geral, eles não têm”, colocou o jornalista e deputado federal Alfredo Sirkis (PSB-RJ), em texto escrito no ano passado.


Sirkis já fez parte do grupo muito ligado à ex-ministra, mas o relacionamento entre os dois ficou estremecido com o fracasso da formalização da Rede Sustentabilidade como partido político.


No senado, a posição da ex-ministra não foi muito diferente. Ela sempre foi respeitada pela  defesa da causa ambientalista e, em 16 anos de atuação parlamentar, foi responsável pelo encaminhamento de 125 proposições. Ao longo do tempo em que sentou na cadeira de senadora, matérias como linha de crédito para extrativistas, subsídio para a borracha, o Programa Amazônia Solidária, mudanças no Código Florestal (antes da votação do novo código, mais recentemente), novo modelo para o setor elétrico, diminuição do desmatamento da Amazônia e criação do Serviço Florestal Brasileiro e do Instituto Chico Mendes a tiveram como protagonista forte nas discussões em plenário e nas comissões técnicas.


Como senadora, participou, ainda, de muitas discussões e ganhou várias, embora tenha amargado derrotas contundentes, como o fato de não ter conseguido aprovar um dos primeiros projetos de lei que apresentou, o que instituiria a Lei de Acesso aos Recursos de Biodiversidade. Ela própria, ao se despedir do Senado, disse que deixava a casa com essa frustração. “É uma falta grande, para o Brasil, não ter uma lei para proteger e usar com sabedoria os 22% de espécies vivas que estão em nosso domínio territorial, só para citar um exemplo”, acentuou.


Além do período em que foi ministra e da atuação como senadora, na vida pessoal Maria Osmarina é uma mulher vitoriosa por combater a própria sorte: contraiu malária cinco vezes, teve três hepatites, uma leishimaniose e possui mercúrio no organismo, o que até hoje lhe provoca dores e a obriga a tomar muitos medicamentos. Numa dessas doenças, ainda pequena, quando o médico alertou a família sobre a gravidade do estado de saúde, garantiu aos parentes e a si mesma: “Não vou morrer”. Para o analista legislativo do Senado Jordão Seixas, que atuou junto à ex-senadora nas comissões, Marina sempre foi e será uma mulher valente.


Resta saber se a Marina centralizadora e que não sabe conciliar posições – ao contrário da que diz que há espaço para todos os que são bons no programa eleitoral –  continua presente, ao lado da acriana destemida. São formas de agir que suscitam dúvidas sobre como, de fato, seria hoje a maneira de circular e tomar decisões dentro de um governo, por parte da candidata que se comportou de forma diferente num passado bem próximo.



https://jornalggn.com.br/noticia/a-face-centralizadora-e-pouco-articulada-de-marina-silva



« Última modificação: 20 de Abril de 2018, 12:47:06 por JJ »

Offline JJ

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Re:Eleições presidenciais de 2018
« Resposta #401 Online: 20 de Abril de 2018, 12:36:49 »

Rede perde dirigentes, e militantes criticam comando de Marina Silva


Filiados ressaltam saída de nomes de peso e fraco desempenho nas eleições municipais


A ex-senadora Marina Silva, que preside a Rede

DO UOL

Anunciada como a representante de uma "nova política", a Rede está sendo acusada por militantes do próprio partido de ser gerida sob práticas de uma "velha política".

 

Segundo filiados ouvidos pelo UOL, problemas enfrentados pela legenda, como a saída de nomes de peso e o fraco desempenho nas eleições municipais de outubro (o partido elegeu apenas sete prefeitos, sendo apenas um em capital), decorrem da concentração de poder exercida pelo grupo que comanda o partido, sob a orientação da ex-senadora Marina Silva.

 

O comando do partido diz que as instâncias estaduais e municipais têm autonomia para tomar decisões políticas e que disputas são resolvidas de modo colegiado. A direção também questiona a avaliação de que o resultado nas urnas foi ruim e afirma que muitas das reclamações vêm de pessoas cujos grupos perderam disputas "democráticas" dentro do partido.

 

No entanto, um dirigente do partido em nível estadual, que pediu para não ser identificado, faz avaliação diferente. Segundo ele, um grupo de "satélites" de Marina está "cada vez mais aparelhando a Rede". Segundo ele, o grupo age por meio de resoluções da Executiva Nacional do partido para que os diretórios estaduais tenham cada vez menos autonomia.

 

"Falta sensibilidade em dividir o poder, em fazer o que o estatuto [do partido] prevê. Há uma distância muito grande entre o que fazem e o que falam", disse.


Para o dirigente, esta forma de gerir o partido tem "total relação" com o desempenho fraco da Rede nas últimas eleições, já que a centralização de poder impediria a expansão do partido. Ele disse temer que, desta forma, a legenda não consiga ultrapassar a nova cláusula de barreira aprovada recentemente pelo Senado.

 

"Precisamos ser um partido de fato diferente. Se a gente não ultrapassar a cláusula, a diminuição passa a ser gradativa. Precisamos de um novo caminho."

 

Uma "régua" diferente

 

Para José Gustavo, um dos dois porta-vozes nacionais da Rede --Marina Silva divide a função--, as expectativas sobre o partido são altas ("E isso é bom", afirma) devido à presença de lideranças como a ex-senadora. No entanto, disse ele, é necessário medir a legenda com uma "outra régua", por ser uma organização formalizada há pouco mais de um ano.

 

"Nós elegemos 180 vereadores e sete prefeitos. Na comparação com a primeira eleição do PSOL, eles elegeram 25 vereadores e nenhum prefeito", declarou.


Para o filiado ouvido pelo UOL, uma decisão sobre o impeachment deveria ter sido tomada com a participação da militância.

 

"A Executiva Nacional e Marina não representam mais a base do partido", disse.

 

Filiado à Rede

 

Por sua vez, José Gustavo afirmou que a reclamação de distância entre comando e bases "revela vícios de cultura política no Brasil", já que a Rede, segundo ele, não atua por meio de "comando e controle" e deixa opções em aberto.

 

Saída de dirigentes

 

As reclamações feitas pelos militantes são similares aos motivos que levaram três dirigentes da Rede nos níveis nacional e estadual a se afastarem de suas funções do partido --ou mesmo sair da legenda-- após o primeiro turno das eleições municipais.

 

No começo de novembro, Neide Herrero, porta-voz (cargo equivalente ao de presidente) da Rede no Mato Grosso do Sul, anunciou que deixaria as atividades do partido em uma carta aos filiados. No texto, ao qual o UOL teve acesso, Neide diz que "tanto a eleição quanto o poder foram tornando-se bandeiras principais do movimento".

 

A ex-dirigente também critica a centralização das decisões tomadas pelo partido, distante das bases, com direito a intromissões da Executiva Nacional na gestão estadual. Segundo Neide, Marina Silva está rodeada por um grupo que esconde problemas dos Estados e "filtra todas as notícias para que cheguem sedosas aos seus ouvidos". O UOL procurou Neide por telefone e e-mail ao longo de três dias, mas não conseguiu contato.

 

Já Giowanna Cambrone, que era coordenadora nacional de ativismo e movimentos sociais, deixou o cargo --que faz parte da Executiva Nacional da Rede-- em meados de novembro. Antes, ela foi porta-voz estadual (equivalente a presidente) do partido no Rio.

 

Segundo uma fonte da legenda, ela tomou tal decisão devido ao desgaste provocado pela aliança da Rede com o PSC em Guarulhos, na Grande São Paulo, para a eleição de 2016. Giowana é militante transexual, e o PSC é o partido do deputado federal Jair Bolsonaro, conhecido por suas posições contra direitos de minorias. Procurada pelo UOL, ela não quis comentar o assunto.

 

Antes, no caso mais ruidoso, Luiz Eduardo Soares, porta-voz da Rede no Rio, anunciou sua saída do partido em carta aberta. No texto, publicado no dia 3 de outubro --um dia após o primeiro turno das eleições-- eles e mais seis militantes disseram que "a Rede tem se estruturado sobre um vazio de posicionamentos políticos".

 

Segundo o grupo, a falta de rumo da legenda "permitiu que muitos oportunistas e políticos de direita identificassem na Rede um espaço fértil para seus projetos particulares. O que ocorreu em todo o país, então, foi um mergulho da Rede em direção ao passado e às tradições políticas que pretendíamos superar."

 

'Ânimos aflorados'

 

Segundo o porta-voz José Gustavo, alguns casos de afastamento do partido se deram com pessoas que "estavam em minoria política em posições tomadas de modo democrático". De acordo com ele, isso aconteceu no Mato Grosso do Sul. No caso, houve uma divergência sobre a tática para as eleições de Campo Grande que foi mediada pela Executiva Nacional, e Neide "não se sentiu contemplada". O partido elegeu um vereador na capital sul-mato-grossense.

 

"Parece [que há] uma necessidade de que a Marina ou outra liderança agisse mais hierarquicamente, quando o nosso processo é colegiado. Se a Marina fosse centralizadora, ela escolheria um lado, a gente interviria e faria alguma coisa", declarou o porta-voz.

 

Quando questionado sobre a possibilidade de um racha no partido, José Gustavo negou. "É natural que pessoas se movimentem nesse cenário", disse. "Nós estamos tentando e, na nossa visão, conseguindo, em 15 meses de partido, trazer uma dinâmica diferente para a atuação partidária."

 

http://www.midianews.com.br/politica/rede-perde-dirigentes-e-militantes-criticam-comando-de-marina-silva/282384



Offline Skeptikós

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Re:Eleições presidenciais de 2018
« Resposta #402 Online: 22 de Abril de 2018, 02:44:17 »
Alguém aqui entende árabe?  As legendas correspondem ao que ele diz?


É um comentarista falando sobre a declaração da Gleise Narizinho.

Em minha opinião fake, não há nada que indique que a Gleisi será presa, seria no mínimo descuidado e presunçoso falar algo assim

Fora que segundo uma internauta que fala árabe, o vídeo trata do dia mundial da água.

Fora que o video da Gleisi é colocado sobre ele, e me dá impressão de ser um editor amador, creio que o Al Jazira possua um nível técnico melhor.

Fora que se colocar no Google tradutor através da opção do "microfone", ele traduz assim:

O xeque Mohammed bin Zayed Al Nahyan, príncipe herdeiro de Abu Dhabi e vice-comandante supremo das Forças Armadas, anunciou hoje a Cúpula Mundial pela Água, que será realizada no próximo ano em Abu Dhabi, em conjunto com a Cúpula Mundial sobre Energia Futura, Que realizará sua primeira sessão no próximo ano em Abu Dhabi em conjunto com a Cúpula Mundial sobre Energia Futura no Centro Nacional de Exposições de Abu Dhabi, ..

Belo trabalho de investigação. Vou indicar isso pro efarsas.

Saiu no e-farsas
"Che non men che saper dubbiar m'aggrada."
"E, não menos que saber, duvidar me agrada."

Dante, Inferno, XI, 93; cit. p/ Montaigne, Os ensaios, Uma seleção, I, XXV, p. 93; org. de M. A. Screech, trad. de Rosa Freire D'aguiar

Offline JJ

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Re:Eleições presidenciais de 2018
« Resposta #403 Online: 22 de Abril de 2018, 14:24:14 »

Proximidade de Doria com Flávio Rocha sugere que ex-prefeito não desistiu do sonho presidencial



Alckmin estaria monitorando a proximidade entre Doria e o dono da Riachuelo, que é pré-candidato à presidência pelo PRB. Pré-candidato ao governo de SP, Doria poderia tentar convencer PSDB que sua candidatura ao Planalto, aliada a Rocha, seria mais viável que a de seu padrinho político


A ala do PSDB ligada ao ex-governador e pré-candidato à presidência, Geraldo Alckmin, estaria monitorando as relações do empresário Flávio Rocha, dono da Riachuelo, e do ex-prefeito de São Paulo, João Doria. As informações são do jornal Folha de S. Paulo, que sugere, em reportagem publicada neste sábado (21), que apurou as informações com interlocutores de Alckmin.

Flávio Rocha, que é dono da rede Riachuelo, lançou sua pré-candidatura à presidência pelo PRB depois de declarar publicamente a Doria como candidato ao Planalto. Como o PSDB escolheu o nome de Alckmin para a corrida presidencial, Doria se lançou como pré-candidato ao governo e Rocha emplacou sua própria candidatura à presidência. Os aliados do ex-governador paulista, no entanto, desconfiam que o ex-prefeito, pela proximidade com o empresário, não desistiu do sonho de sentar na cadeira do presidente no Palácio do Planalto.


A proximidade entre Doria e Flávio Rocha já é antiga. Na sexta-feira (20), Flávio Rocha apresentou sua candidatura a empresários em um seminário do Grupo de Líderes Empresariais (Lide), organização fundada por João Doria. Outro aspecto que engrossa essa possibilidade de Doria ainda estar pensando na presidência é que o Movimento Brasil Livre (MBL), que puxou manifestações pelo impeachment de Dilma Rousseff e era um dos maiores apoiadores da candidatura de Doria ao Planalto, agora apoia Rocha, já que o tucano se lançou ao governo do estado.


Caso Doria decida, de fato, trair seu padrinho político e se candidatar à presidência, ele terá que convencer o PSDB de que sua candidatura, aliada a Rocha, é mais viável eleitoralmente, tendo vista que, à princípio, a pré-candidatura de Alckmin não emplacou. Essa é a única possibilidade já que a janela partidária foi fechada e Doria já não pode mais mudar de partido.



https://www.revistaforum.com.br/proximidade-de-doria-com-flavio-rocha-sugere-que-ex-prefeito-nao-desistiu-do-sonho-presidencial/




Offline Arcanjo Lúcifer

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Re:Eleições presidenciais de 2018
« Resposta #404 Online: 22 de Abril de 2018, 16:11:59 »
Alckimin candidato? Só se quiserem perder mais uma.

Offline Lorentz

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Re:Eleições presidenciais de 2018
« Resposta #405 Online: 22 de Abril de 2018, 16:22:35 »
Alckimin candidato? Só se quiserem perder mais uma.

Ele vence qualquer candidato no segundo turno numa pesquisa recente.
"Amy, technology isn't intrinsically good or bad. It's all in how you use it, like the death ray." - Professor Hubert J. Farnsworth

Offline -Huxley-

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Re:Eleições presidenciais de 2018
« Resposta #406 Online: 22 de Abril de 2018, 16:25:57 »
Alckmin não vence Marina. Segundo a última pesquisa eleitoral presidencial de simulação de segundo turno do Datafolha, Alckmin leva uma surra dela de 44% a 27%.
« Última modificação: 22 de Abril de 2018, 16:33:31 por -Huxley- »

Offline JJ

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Re:Eleições presidenciais de 2018
« Resposta #407 Online: 22 de Abril de 2018, 16:34:40 »
Alckmin candidato? Só se quiserem perder mais uma.



Você  achava que  o   Poderoso  Chefão do  Tucanistão  tinha desistido de tentar  ser  Presidente da República ?



Offline Arcanjo Lúcifer

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Re:Eleições presidenciais de 2018
« Resposta #408 Online: 22 de Abril de 2018, 16:35:45 »
Alckimin candidato? Só se quiserem perder mais uma.

Ele vence qualquer candidato no segundo turno numa pesquisa recente.

Sempre digo que não acredito em pesquisas e o cara já perdeu umas três seguidas.

Não acredito em um  Lulla favorito, muito menos em um cara que já perdeu três.

Offline JJ

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Re:Eleições presidenciais de 2018
« Resposta #409 Online: 22 de Abril de 2018, 16:37:03 »

Até  uns desconhecidos por aí querem  tentar, quanto mais um Poderoso Chefão  de um Estadão.



Offline Arcanjo Lúcifer

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Re:Eleições presidenciais de 2018
« Resposta #410 Online: 22 de Abril de 2018, 16:37:31 »
Alckmin candidato? Só se quiserem perder mais uma.



Você  achava que  o   Poderoso  Chefão do  Tucanistão  tinha desistido de tentar  ser  Presidente da República ?




Essa raça maldita não desiste nunca, disputam cargo até com câncer terminal como o Chapolim Colorado fez.

Ganhar é outro caso.

Offline Arcanjo Lúcifer

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Re:Eleições presidenciais de 2018
« Resposta #411 Online: 22 de Abril de 2018, 16:38:56 »

Até  uns desconhecidos por aí querem  tentar, quanto mais um Poderoso Chefão  de um Estadão.




Acho mais fácil um desconhecido ganhar, o Povinho parece que já se esgotou de PT e PSDB.

Offline Diegojaf

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Re:Eleições presidenciais de 2018
« Resposta #412 Online: 22 de Abril de 2018, 16:39:53 »
Esse ano vai ser de renovação. Quem não tiver um nome novo na manga, pode ir tirando o cavalinho da chuva.

Em tempo: #Joca2018.
"De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça. De tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto." - Rui Barbosa

http://umzumbipordia.blogspot.com - Porque a natureza te odeia e a epidemia zumbi é só a cereja no topo do delicioso sundae de horror que é a vida.

Offline Arcanjo Lúcifer

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Re:Eleições presidenciais de 2018
« Resposta #413 Online: 22 de Abril de 2018, 16:50:19 »
Joca?

Offline Diegojaf

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Re:Eleições presidenciais de 2018
« Resposta #414 Online: 22 de Abril de 2018, 17:40:25 »
"De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça. De tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto." - Rui Barbosa

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Offline Arcanjo Lúcifer

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Re:Eleições presidenciais de 2018
« Resposta #415 Online: 22 de Abril de 2018, 18:49:50 »
Acho que tb não.

Eu acredito que a coisa vai acabar na mão de algum empresário como o cara da Riachuelo.

Marina perde voto logo que abrir a boca, Bolsonaro tb, comunista como o Boulos nem pensar, Pingão na cadeia ou impedido...

Sobra ele.


Offline JJ

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Re:Eleições presidenciais de 2018
« Resposta #416 Online: 22 de Abril de 2018, 19:00:23 »
Acho que tb não.

Eu acredito que a coisa vai acabar na mão de algum empresário como o cara da Riachuelo.



E você apostaria quanto nisso ?


Offline JJ

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Re:Eleições presidenciais de 2018
« Resposta #417 Online: 22 de Abril de 2018, 19:01:20 »
Joca?

Joaquim Barbosa. :lol:



Parece que ele pontua melhor  do que alguns macacos velhos da política (e até do que uns que fingem ser novos). Me parece ter chances reais de ir para o 2° turno.



Offline Arcanjo Lúcifer

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Re:Eleições presidenciais de 2018
« Resposta #418 Online: 22 de Abril de 2018, 19:10:53 »
Acho que tb não.

Eu acredito que a coisa vai acabar na mão de algum empresário como o cara da Riachuelo.



E você apostaria quanto nisso ?



Eu nao sei quanto apostaria, mas como a campanha nem começou ainda vc pode acreditar que a turma de sempre vai malhar o cara até onde for possível.

Já chamavam o cara de capitão do mato na época em que tomou decisões desfavoráveis aos mensaleiros do PT, imagine o que farão em uma campanha tendo o cara como adversário com chances reais de ir a segundo turno.

Arquive meu comentário....

Offline Geotecton

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Re:Eleições presidenciais de 2018
« Resposta #419 Online: 22 de Abril de 2018, 19:15:48 »
Joca?

Joaquim Barbosa. :lol:



Parece que ele pontua melhor  do que alguns macacos velhos da política (e até do que uns que fingem ser novos). Me parece ter chances reais de ir para o 2° turno.

Ele NÃO terá o meu voto no primeiro turno, por ser do PSB e um estatista convicto.

Votaria nele somente no segundo turno se o seu oponente for outro 'mais à esquerda' ou o Bolsonaro.
Foto USGS

Offline Muad'Dib

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Re:Eleições presidenciais de 2018
« Resposta #420 Online: 22 de Abril de 2018, 19:28:39 »
Acho que foi na Folha que saiu uma análise do tempo de Ministro do STF onde mostrou entre outras coisas que ele não é tão estatista assim.

Eu continuo achando o Joaquim Barbosa o melhor candidato para 2018.

Offline Gauss

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Re:Eleições presidenciais de 2018
« Resposta #421 Online: 22 de Abril de 2018, 19:28:45 »
Eu não votaria no Esquerdão Barbosa de jeito nenhum. Talvez se fosse para um segundo turno contra o PT.
Citação de: Gauss
Bolsonaro é um falastrão conservador e ignorante. Atualmente teria 8% das intenções de votos, ou seja, é o Enéas 2.0. As possibilidades desse ser chegar a presidência são baixíssimas, ele só faz muito barulho mesmo, nada mais que isso. Não tem nenhum apoio popular forte, somente de adolescentes desinformados e velhos com memória curta que acham que a ditadura foi boa só porque "tinha menos crime". Teria que acontecer uma merda muito grande para ele chegar lá.

Offline Diegojaf

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Re:Eleições presidenciais de 2018
« Resposta #422 Online: 23 de Abril de 2018, 08:59:24 »
Acho que foi na Folha que saiu uma análise do tempo de Ministro do STF onde mostrou entre outras coisas que ele não é tão estatista assim.

Eu continuo achando o Joaquim Barbosa o melhor candidato para 2018.

2. Eu acho que, dentro do que podemos esperar de políticos no Brasil, ele é o que tem posições mais claras. Vai ser mais fácil bater nele nos debates por conta disso, especialmente em temas como aborto, direitos de homoafetivos, questões sociais.
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Offline JJ

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Re:Eleições presidenciais de 2018
« Resposta #423 Online: 23 de Abril de 2018, 09:01:33 »

Xadrez do pós-Lula e o fator Ciro, por Luís Nassif


[...]

Ponto 4 – Ciro os novos blocos de poder


O ponto central é quem irá para o 2º turno e como montar um novo pacto de governabilidade. Com a fragmentação partidária, o 1º turno das eleições será uma confusão só.


Se tivesse uma bússola menos descontrolada, porta estaria aberta para Ciro Gomes. Ele tem algumas vantagens relevantes, especialmente para a atual quadra da história:


É afirmativo, às vezes até em excesso;

Tem uma ótima percepção sobre políticas públicas, com noção clara sobre as complementaridades Estado-iniciativa privada, papel das políticas sociais, da educação.

Tem um projeto nacional, em consonância com os desenvolvimentistas históricos e com os segmentos industriais.

Tem noção clara sobre o excesso de poder de corporações e mídia.

Empunhou desde cedo a bandeira da anticorrupção contra o PMDB e o PSDB.

Não foi envolvido em escândalos até agora.

Tem histórico de lealdade com os governos aos quais serviu, incluindo o de Lula.

Seu problema é mirar vários alvos simultaneamente e acabar se enrolando nas suas estratégias.

Para não perder a onda anticorrupção, costuma endossar a Lava Jato e os julgamentos do TRF4.
Ao mesmo tempo, sabe que Lula tem sido alvo de perseguição política por parte do Judiciário. Costuma se enrolar tendo que defender Lula, sem se expor ao pensamento monofásico dos punitivistas.


Apesar do seu histórico nos governos petistas, não quer se contaminar junto às camadas antipetistas da população. Quer representar o gestor moderno, que o PSDB sempre prometeu a seus leitores, sem nunca conseguir entregar. E está fugindo do PT como o diabo da cruz.

E aí entra em uma sinuca.


Ponto 5 – os dilemas de Ciro


As guerras políticas dos últimos anos, estratificaram dois blocos antagônicos: de um lado, o petismo baleado; do outro, Judiciário, Ministério Público, estamento militar, mídia e grupos empresariais, tendo em comum apenas o antipetismo mais visceral – que, aliás, serviu de álibi para a implantação do Estado de Exceção.

O novo presidente terá que montar um novo pacto, romper com a polarização e ter energia suficiente para enquadrar os recalcitrantes.

Ciro conta com a possibilidade de, indo para o 2º turno com um candidato de direita (Bolsonaro ou Alckmin), a esquerda petista não ter outra alternativa senão a de votar nele.

A questão é chegar ao 2º turno. E Ciro anda criando problemas de graça para sua candidatura.

Tempos atrás, teve oportunidade de fechar uma dobradinha com Fernando Haddad – este, de vice. Seria o time dos sonhos para as esquerdas e os desenvolvimentistas. Para fora, Ciro fazendo política e recompondo a base de aliança para garantir a governabilidade. Para dentro, Haddad suprindo um dos grandes problemas de Ciro: a falta de paciência com os movimentos sociais e os sindicatos. E administrando o dia a dia dos planos de governo.

Como nem Haddad, menos ainda Ciro, podem ser confundidos com o petismo tradicional – aquele que tira o sono da classe média -, seria uma maneira de ampliar as alianças sem jogar fora o acervo precioso do lulismo.

Mas, ao que tudo indica, Ciro está abrindo mão dessa possibilidade de receber parte do legado de Lula.

Com a proliferação de candidaturas, corre o risco de não passar para o 2º. O ex-Ministro Joaquim Barbosa deverá repartir com ele a colheita da anticorrupção.

Lula está francamente contrariado com sua falta de solidariedade.

No palanque de São Bernardo, os elogios que Lula fez a Guilherme Boulos, do PSOL, apresentando-o como o novo na política, foi uma forma indireta de cutucar Ciro.

Da parte de Haddad, sua presença discreta no palco foi decisão pessoal, para não parecer estar explorando politicamente uma tragédia política, como ocorreu com os funerais de Eduardo Campos. Mas sua posição é de total acatamento do que Lula determinar. Se quiser que seja candidato a presidente, será; se quiser que se apresente como vice de Ciro, irá; se quiser que se candidate a Senador, se candidatará.

Esses são os dados que deverão ser jogados até fins de maio, quando será dada a largada para as eleições.


https://jornalggn.com.br/noticia/xadrez-do-pos-lula-e-o-fator-ciro-por-luis-nassif


Offline Geotecton

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Re:Eleições presidenciais de 2018
« Resposta #424 Online: 23 de Abril de 2018, 14:40:46 »
Fico pasmo com o JJ.

Ele se diz um liberal e só posta fontes esquerdistas e ou não confiáveis.

O tal 'jornalggn' é uma (das muitas) porcarias esquerdistas que não passa de um canal oficioso do PT.
Foto USGS

 

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