Autor Tópico: CLTA, Empregos de merda, Corbyn...  (Lida 9467 vezes)

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Offline pehojof

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Re:CLTA, Empregos de merda, Corbyn...
« Resposta #50 Online: 24 de Junho de 2018, 13:27:13 »

“Inteligência artificial pode substituir todos os humanos”, diz Hawking


Para o cientista, já atingimos um ponto sem volta. Como parece que nenhum governante esteja muito preocupado com as ameaças, a opção para Hawking seria a colonização de outros planetas. Mas tem de ser rápido, já que ele colocou um prazo de 100 anos para deixarmos a Terra.


O engenheiro chefe do Google, Ray Kurzweil, já afirmou que a singularidade — quando máquinas inteligentes criam máquinas ainda mais inteligentes — deverá acontecer dentro dos próximos 30 anos. Seja qual for o resultado, o quase ilimitado potencial da inteligência artificial, com capacidade para o bem ou para o mal, precisa ser desenvolvido com o máximo de cautela.


https://revistagalileu.globo.com/Ciencia/noticia/2017/11/inteligencia-artificial-pode-substituir-todos-os-humanos-diz-hawking.html

JJ, bacana! :ok: Eu não sabia que o Stephen Hawking tinha feito esse tipo de alerta. Grande perda de um cara genial... :(

Só não concordo, ou talvez não veja como, que "colonizar outros planetas" seja uma opção que seja solução contra esses "inimigos que criaremos". As máquinas terão muito mais condições de colonizar outros planetas e poderão ir atrás de nós, ou o mais provável, nem teremos tempo para nada disso já que os esforços para essa colonização dependem do desenvolvimento das máquinas. É tudo muito correlacionado e complexo para fazer previsões. :sleepy:
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Offline Fernando Silva

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Re:CLTA, Empregos de merda, Corbyn...
« Resposta #51 Online: 24 de Junho de 2018, 13:28:55 »
Um longo artigo refutando a ideia de que máquinas acabarão com os empregos. E concluindo com a ideia de que, se as máquinas produzirem tudo aquilo de que precisamos, não precisaremos mais de empregos.

https://medium.com/basic-income/should-we-be-afraid-very-afraid-4f7013a5137c

Offline pehojof

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Re:CLTA, Empregos de merda, Corbyn...
« Resposta #52 Online: 24 de Junho de 2018, 13:39:17 »
estaremos na situação daquilo que cunhei como dilema dos 100%, porque, levando em conta o que destaquei no seu texto, fazer máquinas que sejam humanas resultará em mais humanos e nada mais além dos mesmos "problemas em discussão" aqui, só que AUMENTADOS.

Não existe necessidade de criarmos consciência de nível humano para realizarem os trabalhos necessários.

Porque destaquei artistas dentre todas aquelas profissões: porque eles colorem o mundo para a vida humana e estão até na indústria, nos designs de todos os produtos e de suas apresentações comerciais. O trabalho desses está por trás do que faz o mundo um show daquelas supresas que todos querem ter além de simplesmente tudo o que já existe só com ultra produção massificada. Todos querem ser surpreendidos por produtos novos, de alimentos passando por roupas a carros e muito mais. E essas novidades são criadas de modo a satisfazer pessoas não simplesmente porque são criadas compreendendo-se pessoas, mas porque são criadas por pessoas, o que as máquinas terão que ser para realizarem a tarefa. E sabemos o que são pessoas, não sabemos? Agora, imagine pessoas com os poderes das máquinas...

Até quando vocês vão ignorar essa questão que ponho na pauta? |(



Afirmar isto é o mesmo que dizer, por exemplo, que os aviões tem que ter penas e bater as asas como os pássaros, para poderem voar e fazer o que é necessário para nós termos transporte de qualidade e eficiente.

Só vejo uma "analogia" forçada partindo de um desejo de que se aplique ao caso. Para os aviões começarem a se reproduzir sozinhos e passar a se desenvolver em evolução espontânea, sem interferência de trabalho humano, eles têm que ter rituais de acasamento e outros comportamentos animais também.



E quando e SE chegarmos a este ponto, de máquinas possuírem consciência de nível humano, os próprios humanos de hoje já não existirão mais, seremos os humanos 2.0, já superiores em todos os sentidos, inclusive nossas consciências serão bem superiores - vide transhumanismo.

Aí eu já tenho que me render e admitir que não posso competir com o poder de vidência, praticamente uma determinação do futuro, de transumanos... :)
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Offline Peter Joseph

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Re:CLTA, Empregos de merda, Corbyn...
« Resposta #53 Online: 24 de Junho de 2018, 13:39:22 »
Um longo artigo refutando a ideia de que máquinas acabarão com os empregos.

A questão principal relacionada ao desemprego estrutural não é nem se as máquinas acabarão totalmente com os empregos, mas sim se existirão empregos suficientes para a maioria.
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Offline Peter Joseph

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Re:CLTA, Empregos de merda, Corbyn...
« Resposta #54 Online: 24 de Junho de 2018, 14:06:49 »
Sobre os tipos de comunismo, a maioria, levados pelo senso comum e pela mídia em geral superficialista, não sabem que este ideário possui no mínimo três vertentes, além de desconhecer o significado da palavra "Comunismo". Comunismo, em essência, é a comunhão de recursos, compartilhamento. Não é algo obrigatóriamente relacionado a Marx ou URSS.

As três vertentes principais de comunismo são:

Comunismo Anarquista
Comunismo Marxista
Comunismo Tecnocrático ou Cientificista, como eu costumo chamar.

O resultado final a ser alcançado, ou seja, o Comunismo Real - de fato, é basicamente o mesmo nos três casos. A grande diferença entres os três estando no modo de como conseguir alcança-lo na prática. Particularmente sou mais propenso e interessado na vertende Cientificista, que se originou com os Tecnocratas da década de 1930, não tendo origens em movimentos socialistas portanto, que hoje é mais bem representado por movimentos como o Projeto Vênus e o Movimento Zeitgeist. O comunismo de vertente anarquista considero muito irrealista e subjetivo, portanto não dou muito atenção, apesar de não menosprezar totalmente suas ideias, algumas interessantes. Já o comunismo Marxista, apesar de ter críticas sobre ele, tenho enorme simpatia por esta vertente, que é a que chegou mais perto de conseguir algo real neste sentido e que continua tendo mais influência dentro da sociedade contemporânea. Por isto mesmo eu apoio iniciativas como o Comunismo de Luxo que está surgindo agora, pois dentre todas as propostas é a com maior possibilidade de ter alguma ressonancia significativa na população. Porém, o que vejo no CLTA não é um marxismo puro, mas com grande influência de ideias cientificistas, anarquistas e aceleracionistas  - http://uninomade.net/wp-content/files_mf/111404140923Manifesto%20aceleracionista%20-%20Alex%20Williams%20e%20Nick%20Srnicek.pdf

Jacque Fresco e o Projeto Vênus, bem como o Movimento Zeitgeist, são Comunistas, apesar de rejeitarem o rótulo, com forte viés cientificista, influenciados diretamente pela Tecnocracia da década de 30. O principal ponto de referência deles para alcançarem esta nova civilização é o Método Científico naturalista (ciências naturais) e não o Materialismo Dialético de Marx. Possuem uma visão de Engenharia Social e testabilidade dos conceitos, orientados fortemente pela teoria dos Sistemas Complexos, principalmente o seu ramo denominado Cibernética (sendo este o principal tópico a ser estudado para entender profundamente o que eles propõem de fato). Os marxistas em geral chamam de teleologia esta visão do Projeto Vênus de construção da sociedade, sendo diferente do que propõe o Materialismo Dialético marxista, ou seja, uma evolução natural e gradual da sociedade, por incrível que parece lembrando um pouco a ideia liberal de sistema surgido "naturalmente". Podemos ver isto claramente ao Projeto Vênus pretender criar primeiro uma ou duas cidades teste para testarem e refinarem o sistema antes de implantá-lo no mundo em geral. Já os marxistas não possuem esta visão cientificista do processo, pretendem simplesmente turbinar a evolução das forças produtivas enquanto a socializam, de forma que a sociedade vá se estruturando naturalmente em torno disto até que chegue ao Comunismo Real.
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Offline Peter Joseph

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Re:CLTA, Empregos de merda, Corbyn...
« Resposta #55 Online: 24 de Junho de 2018, 14:14:14 »
Acelercionsimo

Citar
Em política e teoria social, aceleracionismo é a ideia de que tanto o sistema prevalecente capitalista, quanto certos processos socio-tecnológicos historicamente caracterizados devem ser ampliados, reaproveitados, ou acelerados, a fim de gerar uma mudança social significativa. [1] [2]
https://pt.wikipedia.org/wiki/Aceleracionismo

Manifesto Aceleracionista

Há dois anos, os autores Alex Williams e Nick Srnicek publicaram um manifesto polêmico com novas teorias para a esquerda de hoje. Em vez de entrar em uma luta anti-capitalista, contra o sistema propriamente dito, por que não usar os mecanismos do sistema econômico e acelera-lo de forma a produzir sua própria destruição?

A teoria demorou algum tempo para se afirmar, mas hoje há diversas estratégias e manifestos que aplicam a ideia e expandem para outros campos. O que há em comum é o uso das tecnologias para chegar a esse fim.

O pessoal da Universidade Nômade publicou a tradução do manifesto, que publico na íntegra abaixo (o link original está aqui e o original em inglês aqui). Vale ler.

Citar
A UniNômade Brasil publica a tradução do manifesto aceleracionista, lançado em 13 de maio de 2013, por Alex Williams e Nick Srnicek, da London School of Economics. A peça gerou muitas críticas e controvérsias nas últimas semanas, graças a seu teor deliberadamente polemista. Contrapondo-se à redução da política radical a propostas de horizontalidade, consenso, ação local e democracia direta, os autores propõem radicalizar as tendências de libertação que o capitalismo precisa a todo momento conter e controlar. Uma alternativa por dentro das franjas de desenvolvimento e expansão do capitalismo, que acelere as velocidades da produção, circulação e consumo até o ponto de ruptura. Assim, uma esquerda aceleracionista não pode prescindir das últimas tecnologias, dos mais sofisticados métodos econométricos e da intervenção sobre o meio, — tudo isso que o capitalismo coloniza a serviço dos fins da acumulação e exploração do trabalho (i.e., o neoliberalismo). É uma proposta diametralmente oposta às vertentes, algumas que hoje se apresentam à esquerda, que atribuem um sentido imediatamente negativo ao desenvolvimento, crescimento e/ou produtividade mundial, pautando-se pelo discurso dos limites, do decrescimento ou, em simetria ao discurso neoliberal, austeridade. (NE)
http://culturadigital.br/tecnocalia/2015/06/23/acelerar-manifesto-por-uma-politica-aceleracionista/
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Offline Buckaroo Banzai

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Re:CLTA, Empregos de merda, Corbyn...
« Resposta #56 Online: 24 de Junho de 2018, 17:57:43 »
Ou seja, mais um ideário esquerdista, como o próprio autor do blog reconhece.

Nada de novo.
Se "renda mínima universal" também é defendida por parte da direita (econômica; Hayek, Friedman), não seria então um ponto em comum dos ideários esquerdista e direitista?

Dentro da suposição de que humanos se tornarão essencialmente obsoletos (e mais dispendiosos) para a vasta maioria ou totalidade dos trabalhos que se faz para viver, qual seria o rumo alternativo direitista ideal para as coisas?

Talvez por, por definição primar pela não-intervenção/inação estatal, fosse ser apenas o crescimento natural das desigualdades entre os que podem dispor de toda essa automação, e uma economia paralela mantida pelos excluídos/marginalizados, que não têm nada o que trocar com aqueles que já são completamente saciados pela automação. Ao menos até que estes eventualmente também se ergam por si próprios (forçados por este "protecionismo", ou, completa ausência de competitividade), e gradualmente atinjam esse nível de automação "comunista".





Um longo artigo refutando a ideia de que máquinas acabarão com os empregos. E concluindo com a ideia de que, se as máquinas produzirem tudo aquilo de que precisamos, não precisaremos mais de empregos.

https://medium.com/basic-income/should-we-be-afraid-very-afraid-4f7013a5137c

O debate citado no início:

<a href="https://www.youtube.com/v/zFx5kq0pB0Y" target="_blank" class="new_win">https://www.youtube.com/v/zFx5kq0pB0Y</a>

Offline Peter Joseph

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Re:CLTA, Empregos de merda, Corbyn...
« Resposta #57 Online: 24 de Junho de 2018, 18:20:14 »
Talvez por, por definição primar pela não-intervenção/inação estatal, fosse ser apenas o crescimento natural das desigualdades entre os que podem dispor de toda essa automação, e uma economia paralela mantida pelos excluídos/marginalizados, que não têm nada o que trocar com aqueles que já são completamente saciados pela automação.

Isto acabaria dando no cenário 2, dos QUATRO FUTUROS já citados no tópico:

Citar
2. Rentismo: Hierarquia e Abundância – [Uma distopia em que as elites capitalistas têm sucesso em manter seus privilégios e poderes, usando patentes e direitos autorais para bloquear e restringir para si o que poderia ser o livre-acesso universal à abundância possibilitada pelas conquistas do conhecimento humano, num cenário em que a própria escassez poderia ser deixada para trás mas não é, graças a esse poder político.]
https://ominhocario.wordpress.com/2017/12/18/rentismo-um-futuro-automatizado-de-abundancia-bloqueada-pela-desigualdade/
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Re:CLTA, Empregos de merda, Corbyn...
« Resposta #58 Online: 24 de Junho de 2018, 19:29:28 »
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Offline AlienígenA

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Re:CLTA, Empregos de merda, Corbyn...
« Resposta #59 Online: 24 de Junho de 2018, 19:53:48 »
Pra quem os capetalistas vão vender seus produtos, quando tudo for automatizado, se ninguém terá emprego e, consequentemente, dinheiro?  :?

Offline pehojof

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Re:CLTA, Empregos de merda, Corbyn...
« Resposta #60 Online: 24 de Junho de 2018, 20:15:14 »
Ou seja, mais um ideário esquerdista, como o próprio autor do blog reconhece.

Nada de novo.
Se "renda mínima universal" também é defendida por parte da direita (econômica; Hayek, Friedman), não seria então um ponto em comum dos ideários esquerdista e direitista?

Dentro da suposição de que humanos se tornarão essencialmente obsoletos (e mais dispendiosos) para a vasta maioria ou totalidade dos trabalhos que se faz para viver, qual seria o rumo alternativo direitista ideal para as coisas?

Talvez por, por definição primar pela não-intervenção/inação estatal, fosse ser apenas o crescimento natural das desigualdades entre os que podem dispor de toda essa automação, e uma economia paralela mantida pelos excluídos/marginalizados, que não têm nada o que trocar com aqueles que já são completamente saciados pela automação. Ao menos até que estes eventualmente também se ergam por si próprios (forçados por este "protecionismo", ou, completa ausência de competitividade), e gradualmente atinjam esse nível de automação "comunista".

Se conseguirem se erguer por si próprios não será por ausência de competitividade, será pelo mesmo motivo que levou ao erguimento da humanidade: a competição entre indivíduos. Terão que aprender a alimentar melhor os melhores deles, ou fenecerão completamente. :wink:
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Offline pehojof

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Re:CLTA, Empregos de merda, Corbyn...
« Resposta #61 Online: 24 de Junho de 2018, 20:22:53 »
Pra quem os capetalistas vão vender seus produtos, quando tudo for automatizado, se ninguém terá emprego e, consequentemente, dinheiro?  :?

E existe possibilidade de uma eventual "resposta" a essa "pergunta" dar a ela sentido no mundo real? :?

Sabe aquela expressão: "ir até a raiz de algo" (comumente algum problema)? Pois é... Sempre esquecem, com exceção de agora :) , que além da raiz há o solo em que ela se finca. E claro que não termina no solo... Não alegam que "o capetalismo ( :biglol: ) malvadão não é o fim da história"? Mas a "automação total" é! :stunned:  :lol:
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Offline Gauss

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Re:CLTA, Empregos de merda, Corbyn...
« Resposta #62 Online: 24 de Junho de 2018, 21:20:47 »
Pra quem os capetalistas vão vender seus produtos, quando tudo for automatizado, se ninguém terá emprego e, consequentemente, dinheiro?  :?
A falácia do Declive Escorregadio não faz sentido. E essa ideologia do Peter Joseph (o filósofo e o forista) é isso, puro Declive Escorregadio.
Citação de: Gauss
Bolsonaro é um falastrão conservador e ignorante. Atualmente teria 8% das intenções de votos, ou seja, é o Enéas 2.0. As possibilidades desse ser chegar a presidência são baixíssimas, ele só faz muito barulho mesmo, nada mais que isso. Não tem nenhum apoio popular forte, somente de adolescentes desinformados e velhos com memória curta que acham que a ditadura foi boa só porque "tinha menos crime". Teria que acontecer uma merda muito grande para ele chegar lá.

Offline Gauss

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Re:CLTA, Empregos de merda, Corbyn...
« Resposta #63 Online: 24 de Junho de 2018, 21:30:36 »

Aí é que está. Uma hora ou outra, é praticamente inevitável. É claro que uns países são e deverão sempre haver os mais atrasados que outros, isso só retarda o impacto, e deve até aumentar sua força.
Assim espero, para eu poder ganhar dinheiro. :)

Mas não consigo ver os pequenos e médios empresários de alguns setores aplicando isso em grande escala em menos de 20 anos.


Citar
E os últimos precisam de proteção do "dumping" chinês. Serão os primeiros a fechar.
Sim. A indústria do calçado brasileiro faliu por causa do dumping chinês. Talvez se Trump entrasse em guerra comercial com a China, este setor poderia ser beneficiado no Brasil. E então a automação inevitavelmente cresceria neste setor, devido a maior demanda.


Citar
O empresário brasileiro gosta de empregar o máximo de gente em vez de terceirizar? :hein:
Ele prefere terceirizar para pessoas que cobram mais barato. Uma empresa como a mostrada teria que cobrar muito mais caro do que uma que usa mão de obra mais "tradicional"/menos automatizada aqui no Brasil, pois o custo de desenvolvimento da automação seria muito alto.


Citar
"Andar por nós" provavelmente será algo que farão como uma nova geração de próteses para amputados, para- e tetraplégicos, bem como talvez idosos de mobilidade reduzida, que muitas vezes (mais nos EUA), já andam naquelas cadeiras/scooters motorizadas.

Eu estava sendo irônico.


Citar
Mas é claro que a desativação cinética de primatas não é a forma mais eficiente de proceder, e eles não serão restritos pela convenção de Genebra mais do que nós somos por qualquer análogo em chimpanzés ou formigas.
Já estamos até substituindo as formigas! :biglol:
Citação de: Gauss
Bolsonaro é um falastrão conservador e ignorante. Atualmente teria 8% das intenções de votos, ou seja, é o Enéas 2.0. As possibilidades desse ser chegar a presidência são baixíssimas, ele só faz muito barulho mesmo, nada mais que isso. Não tem nenhum apoio popular forte, somente de adolescentes desinformados e velhos com memória curta que acham que a ditadura foi boa só porque "tinha menos crime". Teria que acontecer uma merda muito grande para ele chegar lá.

Offline JJ

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« Resposta #64 Online: 24 de Junho de 2018, 21:59:52 »
Pra quem os capetalistas vão vender seus produtos, quando tudo for automatizado, se ninguém terá emprego e, consequentemente, dinheiro?  :?


Mais um pouco e você começará a entender as consequências do que acontecerá se continuar haver  apenas   progresso tecnológico,  sem que junto haja certas mudanças econômicas e sociais fundamentais.  Está quase chegando lá.


« Última modificação: 24 de Junho de 2018, 22:15:58 por JJ »

Offline AlienígenA

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« Resposta #65 Online: 24 de Junho de 2018, 22:16:00 »
Pra quem os capetalistas vão vender seus produtos, quando tudo for automatizado, se ninguém terá emprego e, consequentemente, dinheiro?  :?


Mais um pouco e você começará a entender as consequências do que acontecerá se continuar haver  apenas   progresso tecnológico  sem que junto haja certas mudanças econômicas e sociais fundamentais.  Está quase chegando lá.

Não respondeu a pergunta.

Offline JJ

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« Resposta #66 Online: 24 de Junho de 2018, 22:21:25 »
Pra quem os capetalistas vão vender seus produtos, quando tudo for automatizado, se ninguém terá emprego e, consequentemente, dinheiro?  :?


Mais um pouco e você começará a entender as consequências do que acontecerá se continuar haver  apenas   progresso tecnológico  sem que junto haja certas mudanças econômicas e sociais fundamentais.  Está quase chegando lá.

Não respondeu a pergunta.


Sem haver as devidas mudanças sociais e econômicas fundamentais é óbvio que haveria ou haverá uma catástrofe social econômica,  pois mais e mais empregos  serão eliminados, sem que haja uma mesma proporção de novos empregos,  ou seja o  desemprego estrutural iria aumentar cada vez mais,  chegando ao ponto de enormes multidões ficarem sem renda,  e sem acesso à recursos econômicos.  Por isso, ou o sistema  mudará  drasticamente ou entrará em colapso, ou simplesmente  poderá ocorrer  algo como o abandono da maioria (exclusão da maioria) ou até algo pior.




« Última modificação: 24 de Junho de 2018, 22:35:28 por JJ »

Offline JJ

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« Resposta #67 Online: 24 de Junho de 2018, 22:33:30 »

Exterminismo: ‘Solução Final’ Num Futuro Automatizado de Desigualdade e Escassez


Publicado em 12/01/2018 por O Minhocário


[...]


O grande perigo representado pela automação da produção, no contexto de um mundo de  hierarquia  e recursos escassos, é que ela torna supérflua a grande massa de pessoas, do ponto de vista da elite dominante. Isso contrasta com o capitalismo, onde o antagonismo entre o capital e força de trabalho se caracteriza por um choque de interesses e uma relação de dependência mútua: os trabalhadores dependem dos capitalistas, uma vez que não controlam eles mesmos os meios de produção; enquanto que os capitalistas precisam de trabalhadores para operar suas fábricas e lojas.


[...]



O Jogo Final do Extermínio


Em 1980, o historiador marxista E.P. Thompson escreveu um ensaio refletindo sobre a Guerra Fria e a ameaça sempre-presente de aniquilação nuclear, chamado “Notas sobre o Exterminismo, a Última Etapa da Civilização”. [6] Ele contemplava a mudança crescente das economias capitalistas e comunistas em direção às tecnologias do militarismo e da guerra. Era inadequado, ele pensava, entender a corrida armamentista e a escalada militar como meras ferramentas para defender as economias políticas mais amplas dos lados concorrentes – fosse a economia planejada da URSS ou o mercado capitalista dos Estados Unidos. O complexo militar-industrial ocupava uma parte cada vez maior da economia nos países capitalistas ricos, e os soviéticos também estavam cada vez mais preocupados com a construção de armas.


Thompson propôs que precisávamos de uma nova categoria para compreender essa formação social. Ele cita a famosa frase de Marx em “A Miséria da Filosofia”: “O moinho de vento nos dá uma sociedade com senhor feudal; o motor à vapor, uma sociedade com o capitalista industrial.” [7] Ou seja, à medida que as relações econômicas centrais de uma sociedade mudam, todas as relações sociais nessa sociedade tendem a mudar com elas. Enfrentando a lógica do industrialismo militar, Thompson pergunta: “o que nos darão esses moinhos satânicos que agora estão trabalhando, expelindo os meios do extermínio humano?” Sua resposta foi que a categoria de que precisávamos era o “exterminismo“. Este termo abrange “essas características de uma sociedade – expressas, em diferentes graus, no interior de sua economia, sua política e sua ideologia – que a impulsionam numa direção cujo resultado deve ser o extermínio de multidões”. [8]


A configuração específica que Thompson discutia desapareceu, em grande parte – não há mais uma Guerra Fria ou uma URSS. Apesar dos melhores esforços dos neoconservadores militaristas estadunidenses e de outros para recriar nostalgicamente conflitos entre grandes poderes com a Rússia ou a China, estes dificilmente se comparam à sombra de terror nuclear que jazia suspensa sobre a cabeça de Thompson – E, portanto, reutilizei sua palavra para descrever outra ordem, a última das minhas quatro sociedades hipotéticas. Ainda assim, o que descreverei é, não obstante, outro tipo de sociedade com um impulso “… numa direção cujo resultado deve ser o extermínio de multidões”.


Ainda vivemos em um mundo fortemente militarizado, onde o orçamento militar ocupa uma porcentagem quase tão grande da economia dos EUA como o fazia quando Thompson escreveu seu ensaio. Mas os conflitos que definem a era da assim-chamada “Guerra ao Terror” são assimétricos, colocando militares tecnologicamente avançados contra Estados fracos ou insurgentes sem-Estado. As lições aprendidas nesses palcos retornam para casa, levando também à militarização do policiamento doméstico. [9]


Um mundo em que a classe dominante não dependa mais da exploração do labor da classe trabalhadora é um mundo onde os pobres são apenas um perigo e uma inconveniência. Policiar e reprimí-los, em última instância, parece mais problemas do que se poderia justificar. É daí que se origina o impulso na direção do “extermínio de multidões”: A sua etapa final é literalmente o extermínio dos pobres, para que a turba possa finalmente ser varrida de uma vez por todas, deixando que os ricos possam viver em paz e tranquilidade em seu Elysium.

[...]



https://ominhocario.wordpress.com/2018/01/12/exterminismo-solucao-final-num-futuro-automatizado-de-desigualdade-e-escassez/

« Última modificação: 24 de Junho de 2018, 22:38:19 por JJ »

Offline Buckaroo Banzai

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« Resposta #68 Online: 24 de Junho de 2018, 23:12:18 »
Pra quem os capetalistas vão vender seus produtos, quando tudo for automatizado, se ninguém terá emprego e, consequentemente, dinheiro?  :?

Deve ser uma situação análoga a dos escravistas que tinham escravos para cuidar de todas suas necessidades, só que com robôs em vez de gente.

https://www.unrv.com/slavery.php
https://history.stackexchange.com/questions/12775/unemployed-people-in-ancient-rome

Offline Peter Joseph

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« Resposta #69 Online: 25 de Junho de 2018, 08:23:19 »
Pra quem os capetalistas vão vender seus produtos, quando tudo for automatizado, se ninguém terá emprego e, consequentemente, dinheiro?  :?
A falácia do Declive Escorregadio não faz sentido. E essa ideologia do Peter Joseph (o filósofo e o forista) é isso, puro Declive Escorregadio.

Entendo que antes mesmo de TUDO ser automatizado, o capitalismo deixaria de existir, teria que mudar drasticamente.

Outra coisa, percebo que está havendo uma confusão aqui sobre as questões do que vai e do que deveria acontecer, confusão exemplificada pelos dois comentários dos foristas acima. O que eu advogo é que devemos partir para uma sociedade baseada em automação máxima não simplesmente por se tratar de algo inevitável a automação generalizada da sociedade - o que concordo que é, mesmo a longo prazo - , mas por que, PRINCIPALMENTE, seria uma sociedade muito mais abundante, eficiente e sustentável, dentro do modelo proposto neste tópico.

Logo, dentro da questão do que deveria ser  - tratada neste tópico - , o ideal é que esta maximização da automação seja buscada e turbinada intencionalmente, não apenas esperar que ocorra "espontaneamente". Fazer mais ou menos como a China vem fazendo com seu plano governamental denominado "Made in China 2025". Na verdade proponho sermos mais radicais ainda do que eles neste sentido. Estão subisidiando pesadamente os setores de tecnologia de informação, voltados para robótica e IA, com o objetivo claro de conseguir mais eficiência e produtividade e facilitando a obtenção de tecnologia de ponta por parte das empresas. Tenho até dó dos EUA com esse negócio de "manter empregos dos trabalhadores a qualquer custo", vai ser atropelado pela China neste século.
"Não é sinal de saúde estar bem adaptado a uma sociedade doente." - Krishnamurti

"O progresso é a concretização de Utopias." – Oscar Wilde
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Re:CLTA, Empregos de merda, Corbyn...
« Resposta #70 Online: 25 de Junho de 2018, 08:37:18 »
Pra se ter uma ideia do que está ocorrendo na China, leiam:

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O Hospital Central Provincial de Guangzhou, no sul da China, incorporou sistemas de inteligência artificial em quase todas as suas áreas de operação. Com a tecnologia, os pacientes podem obter orientações sobre procedimentos, realizar pagamentos e receber pré-diagnósticos com mais de 90% de precisão.
https://futuroexponencial.com/hospital-chines-inteligencia-artificial/

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Fábrica chinesa aumenta a produtividade em 250% após substituir humanos por máquinas.
https://adrenaline.uol.com.br/2017/02/10/48280/fabrica-chinesa-aumenta-a-produtividade-em-250-apos-substituir-humanos-por-maquinas/

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Robôs substituem 70% dos funcionários de fábrica chinesa
https://www.dinheirovivo.pt/empresas/robos-substituem-70-dos-funcionarios-de-fabrica-chinesa/
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O ambicioso plano 'Made in China 2025' do governo chinês
https://www.bbc.com/portuguese/internacional-44039447
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Re:CLTA, Empregos de merda, Corbyn...
« Resposta #71 Online: 25 de Junho de 2018, 08:49:34 »
Pra se ter uma ideia do que está ocorrendo na China, leiam:

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O Hospital Central Provincial de Guangzhou, no sul da China, incorporou sistemas de inteligência artificial em quase todas as suas áreas de operação. Com a tecnologia, os pacientes podem obter orientações sobre procedimentos, realizar pagamentos e receber pré-diagnósticos com mais de 90% de precisão.
https://futuroexponencial.com/hospital-chines-inteligencia-artificial/

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Fábrica chinesa aumenta a produtividade em 250% após substituir humanos por máquinas.
https://adrenaline.uol.com.br/2017/02/10/48280/fabrica-chinesa-aumenta-a-produtividade-em-250-apos-substituir-humanos-por-maquinas/

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Robôs substituem 70% dos funcionários de fábrica chinesa
https://www.dinheirovivo.pt/empresas/robos-substituem-70-dos-funcionarios-de-fabrica-chinesa/
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O ambicioso plano 'Made in China 2025' do governo chinês
https://www.bbc.com/portuguese/internacional-44039447



Pelo visto a China está percebendo muito bem que o caminho para o sucesso é a automação e a IA. 



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Re:CLTA, Empregos de merda, Corbyn...
« Resposta #72 Online: 25 de Junho de 2018, 08:51:32 »

Logo, dentro da questão do que deveria ser  - tratada neste tópico - , o ideal é que esta maximização da automação seja buscada e turbinada intencionalmente, não apenas esperar que ocorra "espontaneamente". Fazer mais ou menos como a China vem fazendo com seu plano governamental denominado "Made in China 2025". Na verdade proponho sermos mais radicais ainda do que eles neste sentido. Estão subisidiando pesadamente os setores de tecnologia de informação, voltados para robótica e IA, com o objetivo claro de conseguir mais eficiência e produtividade e facilitando a obtenção de tecnologia de ponta por parte das empresas. Tenho até dó dos EUA com esse negócio de "manter empregos dos trabalhadores a qualquer custo", vai ser atropelado pela China neste século.



Parece que o Xi Jinping  é bem mais esperto  do que o Trump.



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Re:CLTA, Empregos de merda, Corbyn...
« Resposta #73 Online: 25 de Junho de 2018, 14:36:04 »
Pelo visto a China está percebendo muito bem que o caminho para o sucesso é a automação e a IA.

Verdade. O Partido Comunista certamente deve ter estudado detalhadamente os motivos que levaram ao colapso da União Soviética e, por isto, sabe muito bem que uma das enormes bolas fora dos soviéticos foi não ter aplicado massivamente seus recursos em TI. Agora, com o ressurgimento deste outro paradigma computacional (IA + Massa absurda de dados), eles sabem que não podem bobear também. E não duvido que, voltem para uma economia planejada um dia.

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Parece que o Xi Jinping  é bem mais esperto  do que o Trump.

Trump também está tentando ser esperto, pois um dos seus principais objetivos com a guerra comercial com a China, é frear o Made in China, pois sabe que isto pode colocar a China na dianteira. Está tremendo nas bases. Os americanos são espertos também em investir, tanto é que investem nesta nova onda de TI. Mas eles não podem investir tão pesado como a China, que está recuperando rapidamente o atraso, pois devem muito, gastam muito com forças armadas e não tem nem dinheiro para investir em sua infraestrutura que está já começando a entrar em ruínas. Outro motivo é a tentativa da China e Russia de tentar quebrar, ao menos um pouco, a hegemonia do dólar no mundo. E tem conseguido resultados já neste sentido. O deficit americano também é outro motivo importante etc...

Os americanos sabem dos potenciais do uso de conceitos de cibernética e TI para a sociedade. Tanto é que, quando os EUA ficaram sabendo que a URSS cogitava a utilização de sistemas cibernéticos na economia por meio de redes de computadores, os estado-unidenses ficaram com tanto cagaço do que isto poderia significar, que foram correndo inventar a internet (naquele tempo não deviam tanto). Sem a URSS talvez teriam demorado muito mais pra ter inventado a internet e estaríamos mais atrasados do que já estamos hoje  :biglol: Porém, a URSS por motivos políticos acabou não investindo quase nada neste sentido e deu no que deu.
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Re:CLTA, Empregos de merda, Corbyn...
« Resposta #74 Online: 25 de Junho de 2018, 14:50:25 »
Vejam os três grandes motivos de porque o uso de Big Data + IA é superior à "mão invisível do mercado" em relação à eficiência na alocação dos recursos:

1. O Big Data pode encontrar e usar conhecimento tácito. Hayek acredita que a fragmentação é a principal forma de conhecimento, e há muito conhecimento tácito, como costumes locais e hábitos de consumo, que são desorganizados e implicados na vida social (Hayek, 1937). Consequentemente, ele ataca a ideia de que a economia planificada pode ir mais longe e dominar as informações econômicas necessárias, de
modo a elaborar um plano científico do sistema econômico nacional (Hayek, 1935, 208-9). Enquanto a “interconexão” da Internet construiu uma enorme rede pool de informações, que parcialmente resolve o problema da "Divisão do Conhecimento", mas, ao mesmo tempo, produz mais conhecimento tácito no processo de interação da rede individual. Esse tipo de conhecimento tácito tem características individuais e
 frequentemente tem efeito de grupo e efeito de profecia de auto-evidência , o que parece muito complexo. Como um tipo de conjunto de dados, os big data têm as características de grande capacidade, muitos tipos, velocidade de acesso rápida e alto valor de aplicação. Pode coletar, armazenar e analisar os dados com grande quantidade, fontes dispersas e formatos diversos. Hoje, os sites de comércio eletrônico podem realizar marketing personalizado de rede com base na compra dos registros dos clientes, registros de navegação, trajetória de viagens e assim por diante, ao longo dos anos, por conta da previsão de hábitos de consumo dos clientes pela tecnologia de big data. Juntamente com a lógica de desenvolvimento do big data, a revolução completa dos dados será realizada no futuro (F. Wang 2015). Espera-se que as informações
sejam sequenciadas, obtidas com amostra completa, armazenadas e analisadas, o que criará condições para a descoberta e utilização do
conhecimento tácito
.

2. O big data torna o Now Casting possível. Além da abrangência das informações de que o plano depende, o intervalo de tempo do plano também foi amplamente criticado. Esse atraso faz com que o plano fique aquém do desenvolvimento de atividades econômicas, e até produz erros devido à perda de informações na transmissão de informações. Em comparação com a tecnologia tradicional, o
big data reduz bastante o tempo de coleta e tratamento de informações com base em armazenamento massivo de informações, computação em nuvem e aplicativos da Internet . Mais importante, o big data não enfatiza o cenário teórico anterior , não dependem dos requisitos de alta qualidade das informações, não prestar atenção à relação causal entre variáveis, a lógica interna é “teoria orientada por dados” (D. Wang 2015), “dados são fatos”, “dados são decisões” (Zhou 2013), que podem encontrar problemas, alterar para planos, macro-previsão
(Liu e Xu 2015) e reforçar a supervisão em tempo real.

3. Big data pode promover oferta e demanda personalizadas e diversificadas. O design artificial de Hayek e a preferência compulsória de criticar a economia tradicional planejada negam a liberdade humana e consideram que o mercado é compatível com a razão humana (Hayek 1944, 91-104). Na verdade, na era dos dados pequenos, as preferências do consumidor só podem ser subdivididas em determinados grupos e não podem
ser quantificadas com precisão para indivíduos, empresas geralmente implementam produção em massa para o alvo e fornecem produtos homogêneos, e o mercado é inundado pelo consumo de ondas. Assim, a chamada "liberdade de escolha" é relativamente
limitada
, um grande número de "singularidade" personalizada, pequena e fragmentada, as demandas dos consumidores são aniquiladas na “cauda longa” da curva de demanda (Ren e Xin 2015), e ignoradas pela “lei de custo-benefício”. As verdadeiras preferências são
forçadas a abandonar; há escolhas limitadas em vários produtos homogêneos “fornecidos” pelo mercado. A ascensão do big data elimina o gargalo técnico de resolver a demanda de “cauda longa”. Uma vez que a produção e a oferta podem ser planejadas de acordo com as preferências individuais, a cegueira do mercado em si pode ser superada e as vantagens da alocação racional de recursos na economia planejada pode ser colocado em jogo completo.

https://www.jstor.org/stable/10.13169/worlrevipoliecon.8.2.0138#page_scan_tab_contents
"Não é sinal de saúde estar bem adaptado a uma sociedade doente." - Krishnamurti

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