Definição não é propriedade de X ou Y, mas uma insofismabilidade inerente aos fatos. Essa coisa de "n#arrativa oficial" é nomenklatura, é coisa de comuna.
Existe um uso correto, razoavelmente bem definido, acadêmico, que é o que expus resumidamente.
Existem outros usos, que são basicamente auto-rotulação ou rotulação por outros, com fins essencialmente demagógicos (que se aproveitam de conformismo e comportamento de manada em grupos de afinidade ideológica), atacar todo um grupo como o "do mal" ou defender ao seu como o "do bem", mas sem soar tão infantil e simplista, graças a apropriação do termo acadêmico. Mas em ambos os casos, são definições. Num caso mais objetiva e usada pelos estudiosos do assunto, no outro, arbitrária e usada por engabeladores e engabelados. Mas definições mesmo assim.
O mesmo vai ocorrer com outros termos, haverá definições diferindo no uso técnico e no popular. "Teoria" como modelo para um dado fenômeno, incluindo aqueles modelos que melhor correspondem às observações, ou "especulação", em contraste a factual, em uso popular. Haverá no mínimo problemas quando as pessoas começam a misturar as coisas, entendendo teorias científicas como sendo apenas frágeis especulações. No caso de esquerda e direita, é pior ainda.
Embora muitas vezes possa não haver problema algum em usar "teoria" como "frágil especulação", é raro ver algo de produtivo saindo de debates sobre "esquerda" e "direita" no uso mais popular, na melhor das hipóteses (um uso razoavelmente inócuo) serão um delineamento de grupos de partidos e seus apoiadores, apenas, e na pior, praticamente uma crença em uma espécie de "espírito" coletivo por trás de qualquer coisa a que se possa associar com um lado ou outro. Aqui já se está caminhando fundo na idiotice e se afundando mais e mais. Infelizmente com esquerda/direita existe uma continuidade entre um uso (inócuo) e outro (idiota), o que não parece ocorrer com "teoria" como especulação frágil e como modelo solidamente amparado por observações.