Autor Tópico: A segurança do voto na urna brasileira  (Lida 40985 vezes)

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Offline Barata Tenno

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Re:A segurança do voto na urna brasileira
« Resposta #275 Online: 02 de Agosto de 2014, 11:12:11 »
seja mais razoável Barata,  há elementos fortes aí para você simplesmente ignorar o debate.


Sim, há elementos bem fortes, concordo. Não estou ignorando o debate, estou dizendo que não podemos dizer que é um fato comprovado. Temos que ter cuidado com o critério usado na palavra comprovado, se aceitamos qualquer reportagem em que alguém afirma ter um documento temos que fazer o mesmo com petistas que se dizem inocentes de acusações.
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Offline Gabarito

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Re:A segurança do voto na urna brasileira
« Resposta #276 Online: 02 de Agosto de 2014, 11:16:41 »
O TSE não admite as falhas e não permite auditoria porque acredita em segurança por obscuridade.

Exato.
As investigações não são levadas adiante nem há interesse nisso justamente para não revelar a fragilidade da coisa toda.


Offline Luiz F.

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Re:A segurança do voto na urna brasileira
« Resposta #277 Online: 02 de Agosto de 2014, 13:55:31 »
O problema das urnas inseguras não é por possibilidade de fraudes em eleições de âmbito nacional ou estadual, pois seria extremamente improvável alguma fraude passar despercebida ou mesmo implementada. Além do fato das pesquisas de opinião já darem um cenário provável de resultado o que inviabiliza viradas de mesa sem levantarem suspeitas.

O grande problema é em nível municipal, cidades pequenas principalmente.
"Você realmente não entende algo se não consegue explicá-lo para sua avó."
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Rhyan

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Re:A segurança do voto na urna brasileira
« Resposta #278 Online: 03 de Agosto de 2014, 03:52:31 »
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A urna eletrônica é realmente segura?
Por Guilherme Inojosa @guilhermeifc · 13/06/2014

Passado quase um século marcado por uma república mantida à base da fraude, duas ditaduras e uma experiência republicana repleta de instabilidades políticas, o Brasil inaugurou, em 1985, a sua Nova República, como um verdadeiro marco em defesa da estabilidade institucional e do desenvolvimento econômico-social. Um dos principais pontos desse novo procedimento democrático foi a instauração da urna eletrônica, tratada como uma evolução da democracia que estabeleceria agilidade, modernidade e segurança aos milhões de eleitores do país na escolha de seus governantes. Infelizmente, com uma análise mais apurada, chegaremos à conclusão de que esse pensamento se dá muito mais mais como uma forma de conforto psicológico do que pela real segurança existente na nossa urna eletrônica.

Nossa primeira experiência democrática eletrônica se deu em Santa Catarina – sete anos após a experiência indiana, o que impediu o nosso reconhecimento da paternidade do dispositivo. A urna eletrônica foi instaurada em maior escala no país pela primeira vez nas eleições de 1996, em mais de 50 municípios, e implantada em todas as regiões do país nas eleições de 2000. Com a implementação em larga escala, a discussão sobre a real segurança do modelo por especialistas em informática se tornou inevitável.

O primeiro relatório sobre o assunto foi o Relatório Unicamp, elaborado por professores da instituição. Recebeu conclusões tão ambíguas sobre o seu resultado que outros estudos sobre o caso foram indispensáveis: o relatório COPPE (encomendado pelo PT a professores da UFRJ, com resultados inconclusivos sobre a segurança), o [ur=http://www.brunazo.eng.br/voto-e/textos/relatoriosbc.pdfl]relatório SBC[/url] (encomendado pelo TRE e elaborado por professores da UFMG e da UFSC, cujo diagnóstico tratou da possibilidade de identificação física do votante e da dificuldade na transparência e auditabilidade), o relatório BRISA (mantido em sigilo por muitos anos, cujo resultado expôs a falta de atendimento aos parâmetros internacionais de transparência pelo principal engenheiro por trás da urna eletrônica), o relatório CMTES (que diagnosticou que o sistema de DRE utilizado pelo Brasil possui defeitos sanáveis), desmentido pelo relatório CMIND (que demonstrou que o sistema brasileiro não se atenta às normas internacionais de segurança), o Relatório Alagoas-2006 (de idoneidade dúbia, por ser encomendado pelo candidato derrotado nas eleições a um professor do ITA, e atesta uma possibilidade de fraude nas eleições do estado) e o Relatório FACTI-CENPRA (encomendado pelo TSE e ainda mantido em sigilo).

O estudo mais polêmico sobre o tema, entretanto, foi o Relatório UNB (realizado por uma equipe de professores da instituição ao TSE). O relatório atesta a possibilidade de quebra do sigilo e uma possível adulteração dos votos. Em apenas um teste, conseguiu quebrar não apenas a suposta existência de um sigilo dentro das eleições no Brasil, como demonstrar que a transparência e auditabilidade se encontram prejudicadas com esse sistema. O TSE, como de praxe, minimizou os efeitos e afirmou que uma simples melhora do algoritmo poderia acabar com estes problemas. Resta saber como confiar em um aparelho cujo próprio tripé (sigilo, transparência e auditabilidade) não são respeitados ou, na melhor das hipóteses, são no mínimo de duvidosa apuração.

E essa falta de segurança não é presente apenas no plano teórico. Na prática, provavelmente o caso mais notório tenha sido de um hacker de 19 anos que assumiu ter executado fraudes nas eleições municipais do Rio de Janeiro, a fim de beneficiar determinados candidatos em detrimento de outros. E esse tampouco é um problema restrito ao Brasil. Nas eleições de 2000 dos Estados Unidos, que elegeu George W. Bush, houve fraude eleitoral no Condado de Volusia, na Florida - não por acaso, o estado que definiu a eleição mais conturbada da história do país.

Tendo em vista que a própria Constituição Federal afirma como cláusula pétrea o voto direto, secreto e universal, a mera dúvida sobre a existência dessa violação do sigilo já seria motivo suficiente para, no mínimo, questionarmos se a urna eletrônica seria realmente o melhor instrumento para se decidir uma eleição. E a situação apenas se agrava ao constatarmos que essa dúvida está amparada por relatórios de especialistas no assunto. Quando a instância jurídica máxima da justiça eleitoral, a qual deveria zelar pela lisura, ignora este problema e sequer se dispõe a fazer novos testes públicos em relação à segurança de seus aparelhos, a desconfiança só aumenta.

Até mesmo países que já importaram a urna eletrônica brasileira perceberam que o aparelho não consegue oferecer uma eleição verdadeiramente segura: como a justiça eleitoral paraguaia, a justiça holandesa e a Corte Constitucional Alemã. Em todos esses casos houve o reconhecimento que a lisura da eleição não pode ser tida através de um software de caráter duvidoso.

Evidentemente, não proponho que se retorne ao período do voto manual. É preciso que ocorra um aprimoramento no atual sistema de voto eletrônico que o ampare às normas internacionais de auditoria. Em tese, o Brasil adota o conceito de independência do software em sistemas eleitorais, que afirma que modificações ou erros no software não podem acarretar em modificações no resultado da eleição. Mas a própria urna eletrônica utilizada no Brasil torna a aplicação desse conceito inviável.

A segunda geração de urnas eletrônicas consegue garantir uma eleição célere, ao utilizar um sistema de duas etapas – na primeira o voto é obtido eletronicamente, na segunda ele é impresso e depositado em uma urna para eventual recontagem (que apenas é realizada se necessária e de acordo com a legislação eleitoral de cada país que a adota). Esse sistema é utilizado na Bélgica, Holanda, Alemanha, Argentina, Rússia, em boa parte dos Estados Unidos, além de alguns estados do México e províncias do Canadá. É perceptível que os exemplos citados correspondem a países das mais distintas dimensões e desenvolvimento econômico. Não temos qualquer desculpa para não adotar o mesmo modelo.

Mas se existia alguma esperança de caminharmos neste sentido, o STF declarou inconstitucional o dispositivo da mini reforma do Código Eleitoral que estabelecia a impressão do voto a partir das eleições de 2014. A alegação? A velha desculpa do sigilo dos votos e o reconhecimento internacional quanto às benesses da urna eletrônica brasileira – mitos que se perpetuam e que são derrubados numa breve análise de evidências. Dessa maneira, estamos condenados a termos que insistir num sistema que, por mais útil que tenha sido durante determinado momento, encontra-se em desconformidade com os padrões internacionais de segurança das eleições, cujo resultado é um extenso número de municípios com suspeita de fraude nas urnas eletrônicas.

É impossível olharmos para um cenário político minimamente confiável para o eleitor sem que tenhamos mecanismos de controle para que a sua vontade seja soberana nas eleições. Um passo inevitável para que isso seja possível  é, sem dúvida, questionarmos e extinguirmos a atual urna eletrônica brasileira – uma peça tão arcaica que estaria melhor aproveitada num museu ao lado de fósseis de dinossauros e pirâmides egípcias.


Guilherme Inojosa é estudante de Direito da Fits, libertário, nerd e alagoano (não necessariamente nessa ordem).


Fonte: http://liberzone.com.br/urna-eletronica-e-realmente-segura/


Achava que tudo não passava de teorias conspiratórias até ler esse artigo e ver suas fontes.

Offline Cientista

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Re:A segurança do voto na urna brasileira
« Resposta #279 Online: 04 de Agosto de 2014, 04:20:04 »
Ainda tem quem acredite nisso?!!!!

...Claro que tem, eu sei. O mundo é cheio deles. É só porque é sempre divertido perguntar!

Offline Gabarito

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Re:A segurança do voto na urna brasileira
« Resposta #280 Online: 17 de Setembro de 2014, 10:06:46 »
O risco de fraude é muito grande.
E não é teoria da conspiração, não! São professores e especialistas que falam dos riscos.
Quem entender um pouco de sistemas de dados, criptografia, processos e programação vai entender.

Vamos torcer para que aloprados não metam a mão em algo que ainda está muito fragilizado:

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Vulnerabilidades das urnas eletrônicas
16 de setembro de 2014   1 Comentário

O Prof. Pedro Rezende (do Departamento de Ciência de Computação da UnB) publicou um artigo no site Observatório da Imprensa apresentando os resultados da fiscalização dos programas que serão utilizados nas urnas eletrônicas do TSE. E, como já podíamos esperar, foram encontradas uma série de vulnerabilidades, as quais foram formalmente comunicadas ao presidente do TSE, Dias Tóffoli.

O texto do comunicado (conforme incluído em uma apresentação do Prof. Pedro na UFBA, realizada em 15/09) pode ser lido integralmente aqui.

Leia também
Entrevista com Diego Aranha sobre as urnas eletrônicas
Mais uma propaganda mentirosa do TSE
TSE – Tribunal dos Superpoderes Eleitoral

Vulnerabilidades

O engenheiro Amilcar Brunazo Filho, um dos maiores especialistas do Brasil em segurança eletrônica, além de um grande divulgador das fragilidades das urnas eletrônicas brasileiras, enviou-me um texto exclusivo, onde ele destaca os principais riscos dessas vulnerabilidades.

Confira a seguir:

1- Clonagem de Urnas

Foram detectadas vulnerabilidades nos programas de Ajuste de Data e Hora (conhecido pela sigla: ADH), que permitem a alteração de hora e data de uma urna eletrônica já preparada e lacrada para votação.

Apesar de toda a propaganda da autoridade eleitoral de que, uma vez lacrada, a urna só irá entrar em operação às 7h da manhã no dia da eleição, o próprio TSE prepara um pen-drive que, quando colocado em uma urna já pronta, permite ajustar a hora do relógio interno desta urna e, por exemplo, fazer com que ela entre em modo de votação bem antes da hora certa.

Em outras palavras, é possível realizar fraudes de forma que qualquer urna possa receber votos antes do dia, viabilizando a fraude conhecida como “Clonagem de Urnas” (que, simplificadamente, realiza uma votação antes da hora, guarda os seus resultados, recarrega a urna para enviar para a seção eleitoral e depois troca os resultados antes da transmissão).

Como esse risco é real, o próprio TSE toma uma série de cuidados especiais com esse pen-drive de ADH, como:

a) geração em programa próprio do TSE, e não nos TRE;
b) definição de um prazo de validade (tanto de inicio do uso quando do final).

O que foi encontrado na análise do código do programa gerador do ADH, é que a chave de proteção contra o uso indevido dessa mídia possui exatamente o mesmo erro de segurança que o Prof. Diego Aranha (da Unicamp) explorou nos testes de 2012, quando conseguiu quebrar o embaralhamento dos votos (conhecido como RDV), permitindo assim, desvendar o sigilo do voto.

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Vale ressaltar que o erro no embaralhamento do RDV foi corrigido (depois de exposto no relatório do prof. Aranha), porém, este mesmo erro persiste em outros pontos do código.

Portanto, é fácil, para quem entende, pegar uma mídia de ADH e quebrar suas defesas para conseguir usá-la a qualquer hora.

E, para piorar, quem terá acesso físico às urnas e às mídias são aquelas pessoas contratadas pelos TREs (Tribunal Regional Eleitoral) para serviço temporário e cujos nomes não são divulgados pela justiça. Ou seja, se existir algum indivíduo mal intencionado no quadro de funcionários temporários, será muito mais difícil de se descobrir.

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Resumo: a clonagem das urnas será possível se os partidos não souberem como se defender (e a grande maioria não sabe)

2 – Chave de Segurança Guardada Embaixo do Tapete

Para tentar evitar o “Ataque de Princeton” (que é a inserção de vírus nos programas das urnas para desviar votos, por meio de um cartão flash-card inserido no soquete externo da urna – conforme demonstrado no vídeo a seguir), o TSE comprou 400 mil novas urnas (modelos UE 2009 a 2013) com um chip de criptografia adicional que faz o acesso cifrado a uma partição (pedaço) da mídia externa, de maneira que só uma mídia corretamente cifrada poderá ser lida e executada pela urna.

<a href="https://www.youtube.com/v/0AKR-Lo-700" target="_blank" class="new_win">https://www.youtube.com/v/0AKR-Lo-700</a>

A vulnerabilidade está no fato que as chaves do ciframento e deciframento da partição protegida encontram-se gravadas na própria mídia, de maneira fácil de ser recuperada por qualquer especialista.

Dessa forma, bastaria ter acesso a uma dessas mídias (e.g. flash-de-carga) que seria possível obter a chave de proteção para gravar qualquer coisa na mídia, de forma que seja aceito pelo chip implantado nas urnas. Essa vulnerabilidade já havia sido identificada, em 2012, pelo prof. Diego Aranha, mas até hoje não foi corrigida pelo TSE.

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Resumo: o Ataque de Princeton continua tão possível quanto antes.

3 – Comando Invisível

Para proteger seus computadores, o TSE os equipa com o sistema SIS (da empresa Módulo).

Mas a Módulo não fornece um simples produto de prateleira. O SIS, usado pelo TSE, possuiu muitas implementações exclusivas, nem todas devidamente documentadas.

O que foi encontrado é um pequeno programa, denominado INSERATOR (ou INSERIDOR, em português), isolado do resto do SIS (ou seja, não é chamado por nenhum outro componente do sistema), que é executado a partir da digitação de um comando por um operador que conheça sua função.

Não havia nenhuma documentação explicando a função desse programa e nem os funcionários da empresa Módulo souberam explicar o que era. Enfim, uma espécie de “comando invisível“, accessível apenas para aqueles que sabem de sua existência.

Seu código-fonte, simples, descrevia apenas uma função de inserir um par de chaves criptográficas ofuscadas por uma senha simples e constante, em qualquer base de dados que o computador tiver acesso, por ex.: no banco de chaves criptográficas válidas.

Posteriormente, o TSE alegou que o INSERATOR era um resquício do programa usado até 2004 e que não era mais usado. Mas não explicou porque ainda está ali, disponível para uso por quem o conhece, e nem porque seu resumo criptográfico (Hash) não aparece na lista de assinaturas publicadas pelo TSE.

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Resumo: o risco que se apresenta é que, além de proteger de forma fraca as chaves “ofuscadas”, o comando invisível pode incluir no sistema chaves de assinatura digital que passarão a ser aceitas pelos demais sistemas de verificação.

4 – Ataque pela Internet

Apesar de toda a propaganda do TSE de que suas urnas funcionam sem contato com a Internet, inviabilizando ataques a seus sistemas pela rede, o que ficou demonstrado no teste realizado durante a cerimônia no TSE é que, durante a Geração da Mídias (quando os programas das urnas são gravados primeiramente na Flash-de-carga), o programa gerador (conhecido como GEDAI) funciona normalmente, sem produzir nenhum alerta, e gera as mídias que serão utilizadas nas urnas enquanto está conectada a Internet.

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Resumo: fica, assim, perfeitamente viabilizado o ataque pela Internet aos programas que serão carregados nas urnas, já que nesse momento estão trafegando por computadores ligados à rede.

Sem mais…

Por favor, o último que sair, dê a descarga ;-)

Otário Anonymous

Offline Diegojaf

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Re:A segurança do voto na urna brasileira
« Resposta #281 Online: 17 de Setembro de 2014, 10:22:33 »
Pra pensar em algo nessa escala, em primeiro lugar, eu teria que imaginar que todos os entes envolvidos (TSE, TCU e MPF) estão no mínimo, omissos, quanto a listas de mesários de um mesmo partido/coligação, que normalmente são compostos por 5 a 8 pessoas que sequer querem estar lá. Eu fui mesário por 5 vezes e nunca vi sequer algum tipo de movimentação suspeita ao redor da urna.

Em segundo lugar, eu teria que acreditar que todos aqueles envolvidos teriam a competência necessária pra manter algo assim em absoluto sigilo, agindo de forma coordenada e harmoniosa, o que eu sei, por vasta experiência, que é algo impossível para o poder público.

Nada é infalível, mas até que ponto é provável uma conspiração de proporções nacionais, em um número suficiente de urnas, que possa alterar os resultados das eleições? Cada urna recebe cerca de 300 a 400 votos. Quantas urnas seriam necessárias para "virar" uma eleição de nível nacional e estadual?
"De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça. De tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto." - Rui Barbosa

http://umzumbipordia.blogspot.com - Porque a natureza te odeia e a epidemia zumbi é só a cereja no topo do delicioso sundae de horror que é a vida.

Offline Gabarito

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Re:A segurança do voto na urna brasileira
« Resposta #282 Online: 17 de Setembro de 2014, 10:31:55 »
Nada é infalível, mas até que ponto é provável uma conspiração de proporções nacionais, em um número suficiente de urnas, que possa alterar os resultados das eleições? Cada urna recebe cerca de 300 a 400 votos. Quantas urnas seriam necessárias para "virar" uma eleição de nível nacional e estadual?

Faz sentido.
Mas há sempre o risco de um ataque que não exige a manipulação direta da urna, mas da totalização.
Alguém que entenda muito bem do processo e que também conheça bastante de programação e ataques remotos poderia causar um belo estrago no resultado final.
Faria tudo sem nunca ter olhado a cara de um mesário ou ter se aproximado de alguma urna.
Seria um pequeno grupo, meia dúzia de técnicos no máximo.

Eu também acredito que uma ação orquestrada, que tenha muita gente envolvida, não funciona.
Conforme já disse aqui:

Lá vão aí os meus dois centavos:

  • O sistema de urna eletrônica brasileira atual é visivelmente falho.
  • Ocorrem pequenas fraudes aqui e ali. Não é um esquema orquestrado por partido A ou B. É mais algo localizado, pontual e ocorre pela existência da oportunidade. É aquela máxima de que "a ocasião faz o ladrão".
  • Ocorrem essas fraudes devido à existência de falhas de projeto, brechas na programação e estrutura do sistema de informática e logística. Tudo isso já foi e sempre é apontado por dezenas de especialistas. Basta ver a quantidade de material produzido por toda parte (debates, reportagens, vídeos, exposições, etc).
  • O Tribunal Superior Eleitoral não assume as falhas. Empurra o problema com a barriga, temendo acusações de sistema falho, roubo nas urnas, maracutaias "polítiqueiras" e esse tipo de coisa. Talvez também porque não possua uma solução para o problema sem uma total remodelação do que existe, o que daria uma confusão muito grande, tempo para implementar, dinheiro e precisaria funcionar já para a eleição seguinte.

[...]


Offline Cumpadi

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Re:A segurança do voto na urna brasileira
« Resposta #283 Online: 17 de Setembro de 2014, 11:33:10 »
Exatamente, poucas pessoas tem acesso aos programas do computador que dá o valor final. Só precisa sabotar isso e fim. Vai recontar? As mesmas poucas pessoas irão achar o mesmo resultado sabotado. É algo tão simples que me impressiona as pessoas acreditarem que não há fraudes por rituais tribais como lacre das urnas, o sistema ser offline, etc.
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Offline _Juca_

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Re:A segurança do voto na urna brasileira
« Resposta #284 Online: 17 de Setembro de 2014, 12:09:36 »
Exatamente, poucas pessoas tem acesso aos programas do computador que dá o valor final. Só precisa sabotar isso e fim. Vai recontar? As mesmas poucas pessoas irão achar o mesmo resultado sabotado. É algo tão simples que me impressiona as pessoas acreditarem que não há fraudes por rituais tribais como lacre das urnas, o sistema ser offline, etc.

Claro, só faltam as evidências, pouca coisa.

Offline Cumpadi

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Re:A segurança do voto na urna brasileira
« Resposta #285 Online: 17 de Setembro de 2014, 13:26:32 »
Exatamente, poucas pessoas tem acesso aos programas do computador que dá o valor final. Só precisa sabotar isso e fim. Vai recontar? As mesmas poucas pessoas irão achar o mesmo resultado sabotado. É algo tão simples que me impressiona as pessoas acreditarem que não há fraudes por rituais tribais como lacre das urnas, o sistema ser offline, etc.

Claro, só faltam as evidências, pouca coisa.
Não já disse que não bato palma para louco dançar?
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Offline Buckaroo Banzai

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Re:A segurança do voto na urna brasileira
« Resposta #286 Online: 17 de Setembro de 2014, 14:11:56 »
Acho que o Geotecton acidentalmente editou minha mensagem em vez de citar. Ainda bem que tem o aviso, deu até um medo de ter postado algo há tão pouco tempo e não lembrar do post inteiro.

Acho que acabou apagando parte do meu post, também. Em vez do comentário entre as tags "petista", havia citação de um texto sobre um livro onde era dito que as fraudes não são tremendamente difíceis, e que podem ocorrer em diversos pontos, desde em urnas individuais, até na apuração, e que alguns aspectos que são alardeados como dando segurança, não dão.

Offline Geotecton

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Re:A segurança do voto na urna brasileira
« Resposta #287 Online: 17 de Setembro de 2014, 14:17:34 »
Citar
Mais duas urnas eletrônicas adulteradas são encontrada no DF
2002

.... Segundo o procurador eleitoral regional, Franklin Rodrigues, que acompanha o caso, as urnas falsificadas estavam programadas para computar o voto presidencial para José Serra (PSDB) e de governador para Joaquim Roriz (PDMB-DF).
[...]

[petista]
Era para favorecer o Serra?

Então não há dúvida que existe fraude em urnas eletrônicas!
[/petista]


P.S.

A mensagem número de 285 que era originalmente do forista Buckaroo Banzai, foi acidentalmente editada por mim. Eu já avisei o forista e pedi que, se for possível, ele refaça a mensagem.
« Última modificação: 17 de Setembro de 2014, 14:19:49 por Geotecton »
Foto USGS

Offline Geotecton

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Re:A segurança do voto na urna brasileira
« Resposta #288 Online: 17 de Setembro de 2014, 14:20:22 »
Acho que o Geotecton acidentalmente editou minha mensagem em vez de citar. Ainda bem que tem o aviso, deu até um medo de ter postado algo há tão pouco tempo e não lembrar do post inteiro.

Acho que acabou apagando parte do meu post, também. Em vez do comentário entre as tags "petista", havia citação de um texto sobre um livro onde era dito que as fraudes não são tremendamente difíceis, e que podem ocorrer em diversos pontos, desde em urnas individuais, até na apuração, e que alguns aspectos que são alardeados como dando segurança, não dão.

Explicação fornecida na mensagem que antecede esta.
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Offline Lorentz

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Re:A segurança do voto na urna brasileira
« Resposta #289 Online: 17 de Setembro de 2014, 15:01:32 »

A mensagem número de 285 que era originalmente do forista Buckaroo Banzai, foi acidentalmente editada por mim. Eu já avisei o forista e pedi que, se for possível, ele refaça a mensagem.


Viu o que acontece quando um grande poder é dado na mão de alguém (mesmo sendo esse monstro sagrado)? Agora imagina isso na mão de quem deve zelar pelas urnas.
"Amy, technology isn't intrinsically good or bad. It's all in how you use it, like the death ray." - Professor Hubert J. Farnsworth

Offline Buckaroo Banzai

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Re:A segurança do voto na urna brasileira
« Resposta #290 Online: 17 de Setembro de 2014, 15:20:50 »
Seria legal se tivessem feito uma enquete, "você confia nas urnas eletrônicas", a resposta tivesse sido positiva, e depois o autor ou um moderador alterasse a pergunta ou o "rótulo" das opções, só para sacanear. :lol:

Offline _Juca_

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Re:A segurança do voto na urna brasileira
« Resposta #291 Online: 17 de Setembro de 2014, 18:34:37 »
Exatamente, poucas pessoas tem acesso aos programas do computador que dá o valor final. Só precisa sabotar isso e fim. Vai recontar? As mesmas poucas pessoas irão achar o mesmo resultado sabotado. É algo tão simples que me impressiona as pessoas acreditarem que não há fraudes por rituais tribais como lacre das urnas, o sistema ser offline, etc.

Claro, só faltam as evidências, pouca coisa.
Não já disse que não bato palma para louco dançar?

Na verdade você está só plagiando, e pior, com um ad hominem. 

Offline Cumpadi

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Re:A segurança do voto na urna brasileira
« Resposta #292 Online: 18 de Setembro de 2014, 01:03:28 »
http://corruptednerds.com/pod/c00008/

O podcast ficou travando para mim, mas vale a pena ouvir.

Basicamente o que eles dizem: é possível criar um vírus que sobrevive a flash de bios (ou seja, uma vez infectada, não tem como limpar a urna do vírus). Que nos EUA conseguiram infectar as urnas com softwares que conseguiam tomar conta do computador central (e consequentemente poderia se espalhar para toda a rede com base em uma urna só) e fazer umas coisinhas a mais. Isso sem contar o mais óbvio, que só um número muito pequeno de pessoas podem de fato verificar o software (e eu queria saber quem são essas pessoas no Brasil e como elas são escolhidas, provavelmente os partidos nem podem trazer seus próprios programadores). O interessante é que ela acha que o mais preocupante para ela é a secretividade do sistema (um sistema em que não há auditoria independente das eleições por parte dos partidos, como em certo país da AL). Aliás, no Brasil a falta de auditoria é considerado importante pelo estado, por que será em?

E advinha quem foi o país pioneiro a adotar esse tipo de tecnologia...
« Última modificação: 18 de Setembro de 2014, 01:10:36 por parcus »
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Offline SnowRaptor

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Re:A segurança do voto na urna brasileira
« Resposta #293 Online: 18 de Setembro de 2014, 11:38:21 »
Aliás, no Brasil a falta de auditoria é considerado importante pelo estado, por que será em?

Pela Navalha de Hanlon, eu acho que é porque acreditam na Segurança por obscuridade.

A ideia é que se "ninguém sabe" como funciona, então ninguém consegue descobrir e explorar falhas. Óbvio que isso é furada, mas é a desculpa fácil. Sabe aquela história: "se ninguém souber que eu guardo a chave embaixo do capacho, minha casa está segura"? Pois é.
Elton Carvalho

Antes de me apresentar sua teoria científica revolucionária, clique AQUI

“Na fase inicial do processo [...] o cientista trabalha através da
imaginação, assim como o artista. Somente depois, quando testes
críticos e experimentação entram em jogo, é que a ciência diverge da
arte.”

-- François Jacob, 1997

Offline Lorentz

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Re:A segurança do voto na urna brasileira
« Resposta #294 Online: 18 de Setembro de 2014, 11:45:22 »
Aliás, no Brasil a falta de auditoria é considerado importante pelo estado, por que será em?

Pela Navalha de Hanlon, eu acho que é porque acreditam na Segurança por obscuridade.

A ideia é que se "ninguém sabe" como funciona, então ninguém consegue descobrir e explorar falhas. Óbvio que isso é furada, mas é a desculpa fácil. Sabe aquela história: "se ninguém souber que eu guardo a chave embaixo do capacho, minha casa está segura"? Pois é.

Pelo que entendi, para alterar os votos seria necessário violar as urnas individualmente, e ainda assim os votos não poderiam ser 100% para um candidato senão o hack seria facilmente detectado. Então para que um presidente possa ser eleito forjando resultados, um número muito grande de urnas teria que ser violado, e não acho isso muito prático de fazer.
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Offline SnowRaptor

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Re:A segurança do voto na urna brasileira
« Resposta #295 Online: 18 de Setembro de 2014, 11:46:59 »
Pelo que entendi, para alterar os votos seria necessário violar as urnas individualmente, e ainda assim os votos não poderiam ser 100% para um candidato senão o hack seria facilmente detectado. Então para que um presidente possa ser eleito forjando resultados, um número muito grande de urnas teria que ser violado, e não acho isso muito prático de fazer.

Mas os deputados, vereadores, que são, realmente, quem mama no governo, facinho.

Considerando ainda que a maioria das pessoas só olha pro "óbvio" cargo majoritário do executivo, os proporcionais do legislativo fazem a festa.
Elton Carvalho

Antes de me apresentar sua teoria científica revolucionária, clique AQUI

“Na fase inicial do processo [...] o cientista trabalha através da
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críticos e experimentação entram em jogo, é que a ciência diverge da
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Offline Buckaroo Banzai

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Re:A segurança do voto na urna brasileira
« Resposta #296 Online: 18 de Setembro de 2014, 14:24:58 »
Pelo que entendi, para alterar os votos seria necessário violar as urnas individualmente, e ainda assim os votos não poderiam ser 100% para um candidato senão o hack seria facilmente detectado. Então para que um presidente possa ser eleito forjando resultados, um número muito grande de urnas teria que ser violado, e não acho isso muito prático de fazer.

Segundo resenha de livro que li, não, ou não necessariamente. A adulteração pode ser também nas apurações. Mas também, como o Snowraptor disse, não é só eleição presidencial que conta.

E mesmo as eleições menores roubadas podem também estar contribuindo com suas votações forjadas para presidente (como no caso da notícia citada no post do Geotecton), o que, apesar de não garantir a eleição, já ajuda. Se você considera que não é absolutamente inútil um voto individual por ser só um, então é obviamente muito menos inútil todos votos coletados numa urna. E sei lá quantos podem ser estes. Se bobear gente morta pode votar nesses casos, sem falar da possibilidade (se é que há, não sei) de não ser necessário nem título de eleitor.



Será que já houve qualquer estudo independente de quão grande poderia ser uma margem de votos fraudados que não despertasse suspeita óbvia? Para o primeiro e segundo com mais intenção de votos, é obviamente menor, e é então mais seguro fraudar. Para o terceiro e quarto, também pode valer a pena para tentar pegar um segundo turninho pelo menos.

Offline Pregador

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Re:A segurança do voto na urna brasileira
« Resposta #297 Online: 18 de Setembro de 2014, 14:31:10 »
O problema das urnas inseguras não é por possibilidade de fraudes em eleições de âmbito nacional ou estadual, pois seria extremamente improvável alguma fraude passar despercebida ou mesmo implementada. Além do fato das pesquisas de opinião já darem um cenário provável de resultado o que inviabiliza viradas de mesa sem levantarem suspeitas.

O grande problema é em nível municipal, cidades pequenas principalmente.

Num cenário de empate, como o atual na presidência, seria fácil manipular dados sem levantar suspeita. Resultados como 50,10 contra 49,90 não seriam suspeitos...
"O crime é contagioso. Se o governo quebra a lei, o povo passa a menosprezar a lei". (Lois D. Brandeis).

Offline Cumpadi

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Re:A segurança do voto na urna brasileira
« Resposta #298 Online: 18 de Setembro de 2014, 14:40:56 »
O problema das urnas inseguras não é por possibilidade de fraudes em eleições de âmbito nacional ou estadual, pois seria extremamente improvável alguma fraude passar despercebida ou mesmo implementada. Além do fato das pesquisas de opinião já darem um cenário provável de resultado o que inviabiliza viradas de mesa sem levantarem suspeitas.

O grande problema é em nível municipal, cidades pequenas principalmente.

Num cenário de empate, como o atual na presidência, seria fácil manipular dados sem levantar suspeita. Resultados como 50,10 contra 49,90 não seriam suspeitos...
Ainda porque não há auditorias independentes.
http://tomwoods.com . Venezuela, pode ir que estamos logo atrás.

Offline _Juca_

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Re:A segurança do voto na urna brasileira
« Resposta #299 Online: 18 de Setembro de 2014, 23:43:09 »
E vamos voltar para as infalíveis urnas de lona e as cédulas de papéis, que ao contrário das urnas eletrônicas nunca foram fraudadas. Para vai...

 

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