Autor Tópico: A segurança do voto na urna brasileira  (Lida 40987 vezes)

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Offline _Juca_

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Re:A segurança do voto na urna brasileira
« Resposta #325 Online: 22 de Setembro de 2014, 21:04:36 »
Até que alguém aqui demonstre alguma evidência de fraude nas eleições brasileiras, a urna eletrônica tem sido muitas vezes mais confiável no que a uma contagem de votos manual qualquer. É pedir muito uma evidência de fraude ou de falha sistêmica nas eleições brasileiras que comprometam as urnas eletrônicas? Tipo pesquisas de boca de urna que apontem grandes discrepâncias, organismos independentes internacionais que apontem falhas...

Se já demonstrado que o TSE não permitiu a divulgação dos resultados de uma análise de vulnerabilidade feita em 2008, como é que você ainda pede que seja apresentado um "caso concreto"?

Discrepâncias sistêmicas em pesquisas de boca de urna de institutos sérios já seria uma boa evidência.

Por que as fraudes teriam que ser necessariamente também sistêmicas, e só feitas por quem estivesse em desvantagem gritante?

Eu não consigo entender essa fé; todo analista independente levanta problemas e pontos de melhora, mas não, vamos confiar só na versão oficial, que não tem casos comprovados de fraude, segundo ela mesma, que impede investigações independentes de fraude.

É difícil você falar coisa com coisa, né? Ser sucinto então...

Eu confio na versão oficial na medida em que não há nada para desconfiar. Tem alguma fraude comprovada, algum indício, alguma discrepância considerável com pesquisas, tendências? Organismos internacionais independentes acusam alguma coisa e principalmente algum partido contesta as votações, põe em dúvida o sistema? Não? "Ah, mesmo assim é melhor confiar nos conspiracionistas !!!!". E ainda me acusa de ter fé.  :hein:
« Última modificação: 22 de Setembro de 2014, 21:07:11 por _Juca_ »

Offline _Juca_

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Re:A segurança do voto na urna brasileira
« Resposta #326 Online: 22 de Setembro de 2014, 21:09:29 »
A impressão em duas vias seria apenas uma segurança a mais, poderia ser usada em auditorias numa porcentagem X e aleatória das urnas. Não vejo porque ser contra isso.

Como você colocou não teria nada contra, mas também não vejo tanta necessidade. Ainda assim, pioraria muito a logística e a apuração.

Offline Buckaroo Banzai

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Re:A segurança do voto na urna brasileira
« Resposta #327 Online: 22 de Setembro de 2014, 21:12:03 »
Até que alguém aqui demonstre alguma evidência de fraude nas eleições brasileiras, a urna eletrônica tem sido muitas vezes mais confiável no que a uma contagem de votos manual qualquer. É pedir muito uma evidência de fraude ou de falha sistêmica nas eleições brasileiras que comprometam as urnas eletrônicas? Tipo pesquisas de boca de urna que apontem grandes discrepâncias, organismos independentes internacionais que apontem falhas...

Se já demonstrado que o TSE não permitiu a divulgação dos resultados de uma análise de vulnerabilidade feita em 2008, como é que você ainda pede que seja apresentado um "caso concreto"?

Discrepâncias sistêmicas em pesquisas de boca de urna de institutos sérios já seria uma boa evidência.

Por que as fraudes teriam que ser necessariamente também sistêmicas, e só feitas por quem estivesse em desvantagem gritante?

Eu não consigo entender essa fé; todo analista independente levanta problemas e pontos de melhora, mas não, vamos confiar só na versão oficial, que não tem casos comprovados de fraude, segundo ela mesma, que impede investigações independentes de fraude.

É difícil você falar coisa com coisa, né? Ser sucinto então...

Eu confio na versão oficial na medida em que não há nada para desconfiar. Tem alguma fraude comprovada, algum indício, alguma discrepância considerável com pesquisas, tendências? Organismos internacionais independentes acusam alguma coisa e principalmente algum partido contesta as votações, põe em dúvida o sistema? Não? "Ah, mesmo assim é melhor confiar nos conspiracionistas !!!!". E ainda me acusa de ter fé.  :hein:

É a versão oficial, que impede investigações independentes, versus todas as outras opiniões de especialistas. Se acha que isso não é fé, OK. É "doutrina", então...



A impressão em duas vias seria apenas uma segurança a mais, poderia ser usada em auditorias numa porcentagem X e aleatória das urnas. Não vejo porque ser contra isso.

Como você colocou não teria nada contra, mas também não vejo tanta necessidade. Ainda assim, pioraria muito a logística e a apuração.

Se apuração é prioridade, e não segurança, o melhor é dar valor de votação às pesquisas de intenção, e dispensar a eleição em si.

Offline _Juca_

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Re:A segurança do voto na urna brasileira
« Resposta #328 Online: 22 de Setembro de 2014, 21:29:20 »

É a versão oficial, que impede investigações independentes, versus todas as outras opiniões de especialistas. Se acha que isso não é fé, OK. É "doutrina", então...

Fé é acreditar em coisas que não existem comprovadamente, no caso fraudes e falhas nas urnas, compreendeu? Na hora em que os partidos, que são os mais interessados na lisura do sistema, começarem a contestar o sistema por causa de eventuais falhas, então talvez eu comece a desconfiar que elas existam de fato e precisem de correções. Até lá, eu sou totalmente ateu no que se refere a falhas nas urnas e fraudes nas eleições atuais, mas posso mudar, mediante provas.



Citar


Se apuração é prioridade, e não segurança, o melhor é dar valor de votação às pesquisas de intenção, e dispensar a eleição em si.

E pesquisas não são votos, né? Detalhe básico contra sua dicotomização sarcástica, ou seja seu modus operandi para debates.

Offline Buckaroo Banzai

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Re:A segurança do voto na urna brasileira
« Resposta #329 Online: 22 de Setembro de 2014, 22:26:59 »
Não são votos, mas basta que se dê valor de votos (como eu disse. Não disse? :hein:), e que se proiba investigação de fraudes e ignore as contestações de metodologia. Pronto, bem mais fácil e barato. E será tão isento de fraudes comprovadas como o sistema atual.

Offline Buckaroo Banzai

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Re:A segurança do voto na urna brasileira
« Resposta #330 Online: 23 de Setembro de 2014, 01:24:46 »
Escumalha golpista e anti-patriota engendra esquema golpista para inspirar desconfiança do povo ingênuo e ignorante na confiabilidade da Grande Apuração Oficial Incorruptível:

http://www.administradores.com.br/noticias/cotidiano/aplicativo-permitira-a-eleitor-participar-de-apuracao-independente-nas-eleicoes-de-outubro/90732/

Citar
[...] Em 2012, um grupo de técnicos da UnB (Universidade de Brasília) realizou pesquisa, em processo promovido pelo próprio TSE (Tribunal Superior Eleitoral), que mostrou falhas no sistema eleitoral brasileiro, como a não garantia do sigilo do voto, nem a integridade dos resultados. De lá para cá, o órgão, que não está sujeito a nenhuma auditoria externa efetiva, declarou que algumas das falhas seriam corrigidas e não voltou a realizar, ou pelo menos divulgar, testes abertos à sociedade.

O pesquisador-chefe da equipe que identificou as vulnerabilidades, Diego Aranha, hoje professor de Computação da Unicamp, lançou, às 23 horas do dia 22, um financiamento coletivo pelo site Catarse para desenvolver o aplicativo Você Fiscal. Por meio do envio de fotos do Boletim de Urna (BU) de seções eleitorais em qualquer parte do Brasil, o Você Fiscal permitirá a todo eleitor que o utilize (direto no smartphone Android ou em site específico) colaborar para uma apuração paralela e independente da parte transparente das próximas eleições: da urna para fora (leia mais abaixo). [...]

Aranha e os técnicos que coordenou provaram a falha ao simularem uma eleição com 950 votos e, na sequência, ordenarem esses votos. “Ou seja, achamos um erro absolutamente banal do sistema, e isso durante um teste limitado e curto. Acredito que, se pudéssemos fazer experimentos realistas e sem restrições, as urnas eletrônicas brasileiras seriam viradas do avesso. Infelizmente, hoje elas são praticamente uma caixa preta”, diz.

O Administradores.com procurou a assessoria do TSE, que nos atendeu mas não se pronunciou quanto ao assunto até o fechamento desta matéria.

http://www.administradores.com.br/noticias/cotidiano/aplicativo-permitira-a-eleitor-participar-de-apuracao-independente-nas-eleicoes-de-outubro/90732/

Offline _Juca_

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Re:A segurança do voto na urna brasileira
« Resposta #331 Online: 23 de Setembro de 2014, 08:01:19 »
Não são votos, mas basta que se dê valor de votos (como eu disse. Não disse? :hein:), e que se proiba investigação de fraudes e ignore as contestações de metodologia. Pronto, bem mais fácil e barato. E será tão isento de fraudes comprovadas como o sistema atual.

É o seu enésimo espantalho serve pra que? Vai dar valor de voto pra pesquisa, sendo mais fácil e barato, porque eu disse que imprimir os votos deixaria as eleições mais devagar e dispendiosas.

Offline Geotecton

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Re:A segurança do voto na urna brasileira
« Resposta #332 Online: 23 de Setembro de 2014, 08:33:18 »
Não são votos, mas basta que se dê valor de votos (como eu disse. Não disse? :hein:), e que se proiba investigação de fraudes e ignore as contestações de metodologia. Pronto, bem mais fácil e barato. E será tão isento de fraudes comprovadas como o sistema atual.
É o seu enésimo espantalho serve pra que? Vai dar valor de voto pra pesquisa, sendo mais fácil e barato, porque eu disse que imprimir os votos deixaria as eleições mais devagar e dispendiosas.

As eleições não ficariam mais lentas se fossem impressos os votos, porque eles seriam contados apenas em casos específicos. E o maior gasto pode ser largamente compensado unificando as eleições municipais com as estaduais e federais.
Foto USGS

Offline Buckaroo Banzai

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Re:A segurança do voto na urna brasileira
« Resposta #333 Online: 23 de Setembro de 2014, 13:52:53 »
Outra forma talvez fosse já votar de uma vez para um eventual segundo turno. Quem quiser alterar, vai votar outra vez, se não, continua o voto anterior. Ou aquela coisa de ordenar os candidatos por preferência, que também já teria o mesmo resultado implícito, acredito, além das vantagens adicionais.

Mesmo que fossem sempre contados -- até mesmo para fins de teste prático da segurança (e segurança redobrada, uma vez que seria muito mais trabalhoso fraudar os dois sistemas ao mesmo tempo, "espelhadamente"), que nunca foi feito inicialmente. Qual é a prioridade, velocidade de apuração, custos, trabalho, ou confiabilidade do processo?

E se velocidade de apuração/evitar cansaço é a prioridade, então usar pesquisas de intenção de voto já como votação é o mais rápido e prático para todos. As votações não bateram quase sempre com os resultados das pesquisas? Quantos casos confirmados de corrupção houve em pesquisas? Então por que a choradeira? Isso não é espantalho, é a simples realidade, esperneie-se o quanto quiser.

Offline Gabarito

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Re:A segurança do voto na urna brasileira
« Resposta #334 Online: 23 de Setembro de 2014, 15:35:44 »
Para quem não teve paciência ou interesse no vídeo da profa. Aparecida Cortiz, segue abaixo um pequeno resumo:

Citar

[...]

Para piorar, o presidente da OAB, Marcus Vinicius Furtado Coêlho, conseguiu demonstrar total desinformação durante entrevista concedida ao TSE, dizendo que o Brasil exporta a tecnologia das urnas eletrônicas, quando a realidade é que as urnas brasileiras foram rejeitadas por TODOS os mais de 70 países que vieram ao Brasil para conhecê-las e testá-las.

Citar
    … a urna eletrônica tem se demonstrado uma ferramenta importante e que inclusive o Brasil tem exportado a tecnologia para outros lugares do mundo”
    Marcus Vinicius Furtado Coêlho (presidente da OAB)
Pelo visto, nem os próprios atores do processo de votação parecem estar interessados em que o sistema seja realmente seguro :-/

Provavelmente, além de pura ignorância (assim espero), este desinteresse se deve também ao fato de ausência de mão de obra qualificada para a realização destas auditorias, além da falta de tempo, afinal, os fiscais teriam, na prática, apenas 1 mês para analisarem mais de 90 mil arquivos, ou cerca de 17 milhões de linhas de código!

Resumo:
A seguir, um breve resumo das principais falhas apresentadas no seminário da UFBA:

1) A análise do código do programa gerador do Ajuste de Data e Hora (ADH), mostrou que a chave de proteção contra o uso indevido dessa mídia possui exatamente o mesmo erro de segurança que o Prof. Diego Aranha (da Unicamp) explorou nos testes de 2012, quando conseguiu quebrar o embaralhamento dos votos e desvendar o sigilo do voto. Apesar dos técnicos de TSE terem corrigido o problema que o professor Aranha apontou, não foram capazes de corrigir o mesmo erro nas outras partes do código.

Citar
    … qualquer pessoa que tiver acesso a um computador da justiça eleitoral vai poder gravar uma mídia de ADH, mudar o resultado da urna e cloná-la com uma votação aleatória”.
    Maria Aparecida Rocha Cortiz (CMInd)

2) Foram encontradas senhas “hard coded” (ou seja, literalmente escritas) no código fonte destes programas. Isto é o mesmo que deixar anotada a senha do cartão de crédito em seu próprio verso.

3) Foi descoberto que a senha para desabilitar a biometria, a qual seria idêntica para todo o Brasil, era composta apenas de uma sequência de um único dígito (por exemplo: 555555). Qualquer computador de criança é capaz de quebrar uma senha dessas!

4) Foi encontrado um pequeno programa dentro do código fonte chamado INSERATOR (ou programainserator.cpp) que, teoricamente, nem deveria estar lá, já que não possuiria qualquer função ou utilidade específica. Porém, este comando está ativo e pode rodar nos computadores dos cartórios e TREs (por exemplo, na etapa de preparação das mídias) e sem deixar rastros.

Aparentemente, trata-se de uma espécie de “comando invisível“, acessível apenas para aqueles que sabem da sua existência. Isto é gravíssimo e pode mudar os rumos de uma eleição (inclusive presidencial)!

5) Apesar de toda a propaganda do TSE de que suas urnas funcionam sem contato com a Internet, inviabilizando ataques a seus sistemas pela rede, o que ficou demonstrado é que, durante a Geração das Mídias, o programa gerador (conhecido como GEDAI) funciona normalmente, sem produzir nenhum alerta, e gera as mídias que serão utilizadas nas urnas enquanto está conectado a Internet. Portanto, fica perfeitamente viabilizado o ataque pela Internet aos programas que serão carregados nas urnas, já que nesse momento estão trafegando por computadores ligados à rede.



Basicamente, temos que acreditar que os programas criados pela Justiça Eleitoral, em Brasília, durante a fase 1, de desenvolvimento, estão livres de falhas ou códigos maliciosos inseridos por algum funcionário mal intencionado. Sem contar a fase de 3, carga, onde a inseminação das urnas será realizada por empresas terceirizadas, variando conforme o estado. No estado do Maranhão, por exemplo, as urnas serão administradas por pessoas ligadas à família Sarney :-/

Alerta!

Todo processo eletrônico de votação brasileiro necessita ser urgentemente revisado e seus códigos fontes tem que ser jogados na lata do lixo!

Só não foi possível demonstrar, na prática, como tais vulnerabilidades poderiam ser exploradas, simplesmente porque o TSE não permite. Por isso, a única coisa que poderia ser feita foi comunicar oficialmente os problemas ao próprio TSE, por meio da petição TSE Nº 23.891 dirigida ao presidente desta instituição, com uma cópia entregue ao presidente da OAB.

E como bem lembrou a advogada, enquanto a Justiça Eleitoral exercer as funções de réu e juiz em um mesmo processo, estes problemas nunca serão solucionados!


Renovo o convite àqueles, principalmente programadores e analistas, que vejam o vídeo.
Não é Teoria da Conspiração. São fatos, analisados por técnicos e especialistas.

E aqueles que não veem risco ou falhas no processo, que coloquem argumentos técnicos razoáveis, e não apenas frases soltas de que não há denúncias, etc.

O vídeo novamente:

<a href="https://www.youtube.com/v/zZiysJxvNlI" target="_blank" class="new_win">https://www.youtube.com/v/zZiysJxvNlI</a>


A palestrante é integrante do CMInd e acompanha o desenvolvimento dos sistemas eleitorais junto ao TSE desde 2002.
Durante debate realizado pela UFBA, no dia 15 de setembro desse ano, fez acusações gravíssimas a respeito das falhas de segurança existentes no processo eletrônico de votação brasileiro.

Ela também é advogada do PDT nas eleições desse ano.

Ouçam o que ela diz em 17:17, que não é intenção de ninguém tumultuar as eleições, mas alertar de que a porta dos fundos está aberta e que o ladrão pode entrar.
Ela também diz em 28:02 que ela é a mais otimista do grupo de trabalho, mas depois que mergulhou no estudo do processo atual, ficou descrente, usando as palavras dela: "Quem deixou o INSERATOR hábil a modificar o resultado e quiser, vai fazê-lo, vai modificar o resultado, em todos os estados, pois ele está em todos os TREs".

Vejam o vídeo e divulguem.

Offline Luiz F.

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Re:A segurança do voto na urna brasileira
« Resposta #335 Online: 25 de Setembro de 2014, 16:24:04 »
E vamos voltar para as infalíveis urnas de lona e as cédulas de papéis, que ao contrário das urnas eletrônicas nunca foram fraudadas. Para vai...

É, porque é isso que quem critica a segurança das urnas sugere, é sim.

Da mesma forma que, quem critica o SUS é porque acha que com a mesma verba dava para sanar 100% de todos os problemas de saúde do Brasil e do mundo duas vezes. Porque são só essas as duas alternativas; ou está se fazendo já o máximo possível com os recursos disponíveis, ou se tem ideais delirantes.


Vocês não conseguem não usar espantalhos para defender o governo?

Então querem voltar a um sistema que era trabalhoso, demorado, mais custoso, e do qual as evidências de fraudes eram concretas e muito mais fácil de ser cometida por qualquer um, principalmente por quem hoje os conspiracionistas apontam. Não da pra entender, pois depois de contados os votos, eletronicamente ou não, eles são todos inseridos em um sistema informatizado, o que não mudaria exatamente nada.

A impressão dos votos não mudaria em nada a agilidade na apuração dos resultados, tal como é hoje. A impressão tem como objetivo apenas:

- Tornar a votação mais transparente para os eleitores, visto que ele pode conferir na hora se o voto dele foi corretamente contabilizado. A urna eletrônica imprime o voto, o eleitor confere e coloca em uma urna após sair da cabina de votação;

-Evitar fraudes físicas nas urnas, já que o número de votos eletrônicos deve ser necessariamente igual ao número de votos impressos. Isso evita alguns pontos levantados por especialistas sobre a vulnerabilidade das urnas se pessoas com más intenções conseguirem ter acesso físico a elas. Rever postagens anteriores.

- Permitir recontagem. Os votos de papel seriam um 'negativo' dos votos eletrônicos e qualquer discrepância entre os números seriam facilmente detectadas.

A adoção do uso de impressão dos votos aumenta a transparência das eleições e todos se beneficiam, desde os eleitores, partidos, até próprio TSE que pararia de receber críticas sobre a segurança do sistema.

Dizer que de alguma forma a adoção do voto impresso é voltar ao sistema antigo é um espantalho. Os votos continuarão a ser contabilizados de forma eletrônica e os votos impressos só serão contados em caso de alguém pedir recontagem.(não sei se todos os defensores da impressão concordam nesse ponto, pois acho que alguns gostariam que os votos fossem todos contados para depois sair o resultado 'verdadeiro', sendo os votos de papel é que 'valem' e os votos eletrônicos apenas uma prévia. Pra mim isso não tem lógica), e em possíveis auditorias da sociedade civil, órgãos da justiça, órgãos internacionais e mesmo dos partidos.(mais um ponto na questão da transparência)

Sobre a questão dos custos, acho que o aumento não seria significativo visto os benefícios na segurança que isso traria. Seria um custo que valeria a pena. Mas se houver alguma choradeira quanto a isso, pode-se economizar uma caralhada de dinheiro unificando as eleições municipais com o resto.

Se vai imprimir o voto e contá-lo, não faz sentido a urna eletrônica, pra que se vamos ter o mesmo trabalho de antes? E vai ser muito legal as fraudes, que são bem mais fáceis e certas de serem cometidas na contagem manual, colocarem em cheque todo o sistema eleitoral porque uma contagem não vai bater com a outra nem a pau.

 O que vocês querem é que se volte a um sistema que era muito mais falho e difícil de ser fiscalizado e que se cometia inúmeras fraudes e falhas, em nome de uma suposição de falha ou fraude, nunca comprovadas no sistema eletrônico, é pra cair o c da bunda. Antes até das eleições serem decididas, em 99% dos casos a gente já sabe qual vai ser o resultado devido às inúmeras pesquisas, como pode isso, ó meu pai?
Nah. Eu ia responder, mas o mesmo espantalho é repetido e aparentemente você não leu (ou não entendeu) o que eu escrevi.

Entendi sim, a sua proposta é nula e não faz sentido do ponto de vista prático, seguindo a lógica conspiracionista, se é possível fraudar a urna eletrônica é possível fraudar os votos que ela imprime, ou dar outro resultados contrastantes para impressão e voto de fato. Se teremos que contar os votos impressos, voltaremos no tempo em que demoraríamos semanas ou meses para apurar a contagem dos votos, com um sem número de pessoas envolvidas onde o sistema era muito, mas muito mais vulnerável e sempre pipocavam denúncias de fraudes e falhas aqui e acolá, isso acabou e você propõe a volta desse sistema.



É não entendeu mesmo. Deixa pra lá. Pelas respostas do povo ai de cima muita gente entendeu o espirito da coisa.
"Você realmente não entende algo se não consegue explicá-lo para sua avó."
Albert Einstein

Offline Gabarito

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Re:A segurança do voto na urna brasileira
« Resposta #336 Online: 01 de Outubro de 2014, 18:45:44 »
<a href="https://www.youtube.com/v/wQEsHOqXP9s" target="_blank" class="new_win">https://www.youtube.com/v/wQEsHOqXP9s</a>

Chegou a hora de fazer a nossa parte. Acho que os participantes do CC tem muito a colaborar.
Além de votar, claro, podemos contribuir para fiscalizar melhor a apuração do resultado.
Se todos fizerem a sua parte, teremos uma eleição mais transparente e com menos possibilidades de ter sido fraudada.
Nesse ano, existe uma equipe independente que está trabalhando para isso e precisa do nosso apoio e participação.
Portanto, vamos exercer um pouco mais de cidadania, que vai também um pouco além da ação de votar, e tirar fotos dos Boletins de Urna.
Assim:

Citar
Você Fiscal: Ajude a fiscalizar as eleições
Postado por: Otário A. Anonymous 1 de outubro de 2014   6 Comentários

O Você Fiscal é um aplicativo para levar mais transparência à votação eletrônica brasileira, colocando nas mãos dos eleitores o poder de fiscalizá-la. Confira o vídeo acima!

Este projeto foi idealizado pelo professor Diego F. Aranha, da UNICAMP, e foi totalmente financiado pela sociedade civil, sem fins lucrativos e sem vinculação a nenhum partido, grupo ou empresa.

Leia também
Graves falhas no processo de votação a poucos dias da eleição
Entrevista com Diego Aranha sobre as urnas eletrônicas
Você Fiscal – Fiscalize a eleição, garanta seu voto

A ideia é permitir que a totalização dos votos seja feita de forma independente, detectando se uma urna foi extraviada, trocada ou adulterada após o término da votação. Será possível, também, verificar a existência de algum bug ou fraude no software que roda nos computadores do TSE para somar o resultado final.

Faça o download do aplicativo (gratuito) para o seu celular Android, basta clicar no botão a seguir:

Download (para Android)

É importante ressaltar que este aplicativo não impede (ou detecta) a existência de um software malicioso dentro da urna antes do termino da votação, mas cria mais um mecanismo de verificação para a etapa posterior a esta, que envolve, especialmente, a transmissão dos votos para o TSE e o somatório final dos resultados.
Outras opções para fiscalizar

O aplicativo Você Fiscal é apenas para Android, mas qualquer pessoa com um celular ou uma câmera digital comum também pode participar da fiscalização.

Confira, no vídeo a seguir, como fiscalizar o Boletim de Urna (B.U.) a partir de qualquer câmera digital e contribuir com a transparência eleitoral!

<a href="https://www.youtube.com/v/3sIE6AxJKkU" target="_blank" class="new_win">https://www.youtube.com/v/3sIE6AxJKkU</a>

Depois é só enviar as fotos para o email bu@vocefiscal.org ou pelo site www.vocefiscal.org.

Finalização

No momento em que o TSE realiza a divulgação do vencedor das eleições, ele também divulga uma versão oficial (digital) de cada Boletim de Urna (B.U.), então, os computadores do Você Fiscal poderão fazer uma comparação entre as fotos que você enviou e a versão oficial do TSE.

Caso estas informações não batam, significa que a urna pode ter sido adulterada após o término da eleição, ou que houve alguma fraude ou erro na transmissão dos dados. Então, o Ministério Público poderá ser acionado.

Resumo

Confira a seguir um resumo do processo:


Fonte/Reprodução: Você Fiscal

Então, anotem aí na agenda! No dia 5 de outubro, às 17:00, todos com o celular na mão tirando foto dos Boletins de Urna e enviando para a equipe do Você Fiscal!

Quanto mais gente participar, melhor será o resultado! ;-)

Abraços,

Otário Anonymous


É o momento para cada um sair do comodismo e ajudar a fazer a democracia.
As críticas e opiniões que fazemos ficarão melhor respaldadas por ações dessa natureza.
Não devemos criticar, apontar o dedo, reclamar e se indignar se não tivermos a iniciativa de se mexer também.
Não custa nada tirar essas fotos. Com elas, muita informação poderá ser validada ou não.
Como eu disse antes, acho que os participantes do CC tem muito a colaborar.

Mãos à obra no próximo domingo.  :ok:

Offline Lorentz

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Re:A segurança do voto na urna brasileira
« Resposta #337 Online: 01 de Outubro de 2014, 20:56:39 »
Já instalei o aplicativo aqui. Vou ver se consigo fazer as fotos. Também vou divulgar pros colegas de trabalho.

O aplicativo encontra-se no Google play
https://play.google.com/store/apps/details?id=org.vocefiscal
"Amy, technology isn't intrinsically good or bad. It's all in how you use it, like the death ray." - Professor Hubert J. Farnsworth

Offline Gabarito

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Re:A segurança do voto na urna brasileira
« Resposta #338 Online: 01 de Outubro de 2014, 21:19:23 »
É isso aí, Lorentz.
Cada um fazendo um pouquinho, a gente consegue um "muitão".
Democracia não é só reclamar, mas arregaçar as mangas e botar a mão na massa.

Divulgue, divulgue mesmo!  :ok:

Offline Cumpadi

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Re:A segurança do voto na urna brasileira
« Resposta #339 Online: 01 de Outubro de 2014, 22:14:01 »
:histeria: quanta ilusão. Vão acreditando que vocês tem algum poder de decisão na política....
http://tomwoods.com . Venezuela, pode ir que estamos logo atrás.

Offline Gregory House

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Re:A segurança do voto na urna brasileira
« Resposta #340 Online: 01 de Outubro de 2014, 22:32:11 »
:histeria: quanta ilusão. Vão acreditando que vocês tem algum poder de decisão na política....

2

Offline AlienígenA

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Re:A segurança do voto na urna brasileira
« Resposta #341 Online: 01 de Outubro de 2014, 23:03:44 »
Ôh, gente de pouca fé!

Offline Lorentz

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Re:A segurança do voto na urna brasileira
« Resposta #342 Online: 02 de Outubro de 2014, 00:01:23 »
:histeria: quanta ilusão. Vão acreditando que vocês tem algum poder de decisão na política....

Se votar e vigiar não é ter algum poder de decisão, o que é?
"Amy, technology isn't intrinsically good or bad. It's all in how you use it, like the death ray." - Professor Hubert J. Farnsworth

Offline Lorentz

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Re:A segurança do voto na urna brasileira
« Resposta #343 Online: 02 de Outubro de 2014, 00:03:02 »
Aliás, este país elegeu FHC 2 vezes. Temos alguma esperança.
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Offline Fernando Silva

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Re:A segurança do voto na urna brasileira
« Resposta #344 Online: 02 de Outubro de 2014, 16:03:24 »
Alarmista, talvez, mas possível.

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Títulos duplicados, compra de votos e sistema eleitoral sem chance de recontagem podem reeleger bandidos

Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net


O espectro da fraude eleitoral ronda as moderníssimas eleições brasileiras. A frase de defeito seria perfeita para Carlinhos Petralha e Frederico Banqueiro iniciarem a redação do Manifesto Capimunista - uma obra sobre o sistema político e econômico tupiniquim. O Brasil se autodesmoraliza com a incontestável insegurança de um processo eletrônico de votação sem chances de auditoria externa ou recontagem física dos votos que reelege representantes do crime organizado a cada dois anos.

O incompleto modelo eletrônico de votação, sem possibilidade de auditoria impressa do voto, é a única coisa que pode garantir 101% de chances a favor da reeleição da Presidenta Dilma Rousseff. Além disso ou combinada com isso, a velha compra de votos nos currais eleitorais nos grotões urbanos e nas pequenas cidades do norte-nordeste. A onda de pesquisas com resultados cientificamente inconfiáveis respalda, psicossocialmente, o número final que o sistema proclamar na votação.

Em várias “comunidades” do Rio de Janeiro, principalmente no Complexo da Maré e na Baixada Fluminense, existem vários cidadãos com dois títulos de eleitores. Eles recebem dinheiro em troca do voto. Este mecanismo eleitoral do crime organizado foi denunciado, oficialmente, pela inteligência do Exército à Presidenta Dilma Rousseff – candidata à reeleição. Generais revoltados com tal escândalo já falam em “risco de ruptura institucional”, dependendo do resultado. Eis a verdadeira Zona Eleitoral que o Alerta Total denunciou na edição de 27 de agosto.

Só a identificação biométrica, individualizada, do eleitor, cruzando dados do número do cadastro do eleitor, da carteira de identidade e do CPF, poderia evitar tal duplicidade de títulos ou a chance de alguém votar no lugar de alguém que já morreu – mas continua eleitoralmente ativo. Mas o Tribunal Superior Eleitoral não agiu com a necessária velocidade para fazer o recadastramento geral dos eleitores. Mais grave ainda: a oposição sequer cobrou tal celeridade que deveria ser prioritária e urgente para impedir a fraude eleitoral na hora da votação. A urna só é liberada para o voto se reconhecer as digitais do eleitor.

A meta do TSE era contar, neste ano, com 22 milhões de eleitores identificados pela impressão digital. Em julho, chegou a um total de 23.851.673 aptos a votar com biometria. O eleitorado brasileiro total habilitado a votar este ano é de 142.822.046 eleitores – conforme as estatísticas eleitorais de 2014 do TSE. Este é o número de “apostadores” no verdadeiro Cassino Eleitoral do Al Capone. Você sabe em quem vota. Mas é o sistema quem sabe quem se elege.

Fantasma da Fraude

Dois motivos colocam nosso modelo eleitoral brasileiro na vanguarda do atraso democrático. Primeiro, o absurdo voto obrigatório – negação da liberdade individual. Uma massa de ignorantes, manipulável por pressão política, econômica ou pelo desconhecimento sobre o mundo real, é compulsoriamente obrigada a dar uma dedada mágica na urna eletrônica. O ato de pseudocidadania garante emprego bem remunerado aos políticos, por quatro anos (no caso de vereadores, deputados, prefeitos, governadores e o presidente da república) ou oito anos (no caso dos senadores).

O segundo motivo é o sistema eletrônico de votação com resultado final incontestável. Pior que isto é o rótulo dogmático de “100% seguro” imposto pela Justiça Eleitoral. É muito inocência acreditar, piamente, nesta infalibilidade ou confiabilidade total do sistema. Principalmente no País do Mensalão, onde as instituições republicanas funcionam conforme os piores vícios corruptos de uma monarquia absolutista. O governo do crime organizado transforma nossas eleições em um passeio cívico pelo cassino do Al Capone.

Só um político de expressão – justiça histórica lhe seja feita – criticava tal processo. O falecido Leonel de Moura Brizola denunciava uma armação perfeita. Pesquisas de opinião, com resultados duvidosos, indicando a vitória de quem lhe financiasse, ajudavam a abrir caminho para a fraude. Tanto induzindo o eleitor mais ignorante a “votar com o vencedor”. Quanto preparando o terreno psicossocial para a manipulação final do resultado eleitoral. O resultado da pesquisa casaria direitinho com o da votação – o que impediria a contestação do número final.

Esforços hercúleos de defensores da transparência e segurança total do processo eleitoral conseguiram emplacar a chance legal de o voto ser recontado parcialmente. O artigo 5º da Lei 12.034, de setembro de 2009, previa a exigência de impressão dos votos, para posterior conferência, por amostragem, de 2% das urnas de todas as zonas eleitorais. Uma auditoria independente contaria os votos em papel, Assim seria feita uma comparação entre os resultados e os boletins das urnas.
Esse modelo já não seria o ideal. Melhor seria uma auditoria total. O resultado eletrônico pode e deve ser ágil, como é. Mas a posterior conferência poderia acontecer sem tanta pressa. O resultado final só seria homologado, com proclamação definitiva do vencedor, após a conferência pública e independente. O resultado da urna eletrônica teria de coincidir com o do papel. A recontagem valeria para esta eleição de 2014...

O sistema previsto era simples. Após a confirmação do voto, a urna imprimiria o voto. O papel seria depositado automaticamente em um recipiente lacrado. Por que o eleitor não poderia fazer isto, confirmando se o voto foi corretamente atribuído pela maquininha de votação? Tudo bem, não quiseram assim... Afinal, o eleitor é inconfiável... A informática, não?

Agora, o mais grave e triste. Integrantes do movimento do Voto Seguro – liderado pelo engenheiro Amilcar Brunazo Filho -  sempre denunciaram a insegurança do nosso sistema de votação, apuração e fiscalização. No entanto, foi a própria Justiça Eleitoral quem sempre criou obstáculos para que o sistema tenha transparência. No dia 6 de novembro do ano passado, o Supremo Tribunal Federal – presidido pelo super Joaquim Barbosa - ajudou a sepultar de vez a possibilidade de conferência do voto, por impressão e posterior recontagem por amostragem de urnas.

Em 2011, a Procuradoria Geral da República questionou o modelo. Alegou-se que a impressão do voto geraria um número de identificação associado á assinatura do eleitor. Tal processo comprometeria o princípio constitucional do segredo do voto. O STF, imediatamente, concedeu uma decisão liminar, suspendendo o pedido.

Dois anos depois, neste final de 2013, em plenos festejos pós condenação dos mensaleiros, os ministros do STF decidiram que o voto impresso seria desnecessário, porque a justiça eleitoral já faz auditorias a cada eleição e fica à disposição para fazer recontagens, se isto for requisitado. Curiosamente, nenhum partido político brasileiro, até hoje, pediu a tal recontagem...

Nosso sistema de votação tem falhas. Amilcar Brunazo Filho já denunciou: “Conhecendo todos os procedimentos usados, por força de minha função como representante técnico de partidos junto ao TSE, sei como agentes dos cartórios eleitorais desonestos podem proceder para conseguir a troca de BUs (Boletins de Urnas) usando as próprias urnas para emitirem, com antecedência, BUs falsos, porém aceitos pelo sistema, burlando todos os recursos de criptografia, assinaturas, tabelas, etc. Descrevo os passos desta fraude nos cursos de fiscalização que dou para poder ensinar como se defender. E a única defesa eficaz contra esta fraude de troca de BUs é justamente a coleta de cópias impressas dos Bus, assim que são emitidos nas seções eleitorais”. 

País com o antidemocrático voto obrigatório, pesquisas de opinião eleitoral manipuladas e insegurança no processo de votação é capaz de produzir qualquer escatologia política. A dogmática confiança na veracidade absoluta do resultado da votação é o mais doloroso calcanhar de Aquiles do subdesenvolvido regime político tupiniquim.

Já passou da hora de os segmentos esclarecidos da sociedade engrossarem a campanha pelo voto seguro. Repito: só o fantasma da fraude eleitoral pode garantir a vitória petralha em 2014. Corremos tal risco concreto no domingo que vem.

Urna fraudável

Interessante material reunido sobre o inseguro sistema eleitoral brasileiro

veja o vídeo em:
http://www.alertatotal.net/2014/10/titulos-duplicados-compra-de-votos-e.html

Offline Geotecton

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Re:A segurança do voto na urna brasileira
« Resposta #345 Online: 06 de Outubro de 2014, 09:33:30 »
Fui votar bem próximo do final do dia (16:45) e conversei com o pessoal responsável pela seção. Deu para observar e ou constatar que a identificação biométrica gastou mais do que o dobro de tempo do que a identificação convencional na eleição de 2010. Eu, por exemplo, só tive a identificação confirmada na sétima tentativa. E, a despeito da identificação biométrica estar em uso, o pessoal ainda pedia a carteira de identidade ou motorista e mais o título de eleitor. Esta redundância de segurança deveria ser aplicada na apuração dos votos.
Foto USGS

Offline Fernando Silva

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Re:A segurança do voto na urna brasileira
« Resposta #346 Online: 06 de Outubro de 2014, 10:51:38 »
Segundo este site, urnas tiveram que ser recolhidas porque mostravam sempre o 13 não importando qual candidato fosse digitado.

http://www.folhapolitica.org/2014/10/em-rondonia-urna-apresentou-somente-o.html


Skorpios

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Re:A segurança do voto na urna brasileira
« Resposta #348 Online: 06 de Outubro de 2014, 16:19:04 »
Olhem isso:
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Eleitores não conseguem votar ao descobrirem que outras pessoas votaram em seu lugar


Na tarde deste domingo, a empregada doméstica Maria José da Silva, de 47 anos, foi impedida de votar. Ao chegar à seção 110 da 163ª zona eleitoral, no CIEP Tancredo Neves, no Catete, na zona sul do Rio, Maria foi informada por um mesário que ela já havia votado.

    Eu dei o título e a minha identidade. Aí, o rapaz (mesário) falou "Ué, mas você já votou". Eu falei “Não, mas eu cheguei agora”. Ele foi conferir e, quando voltou, falou "senhora, outra pessoa votou no seu lugar".

Segundo Maria, o mesário informou que a pessoa que votou no lugar dela era analfabeta e votou assinando com a impressão digital. Ela foi orientada pelo mesário a ir amanhã ao TRE do Largo do Machado, na zona Sul, onde alguma providência poderia ser tomada.

    Eu me senti constrangida. Como que eu saio de casa para votar e alguém votou no meu lugar? É chato isso. Eu queria que ele me deixasse votar, mas e ele disse que não poderia.

Na Pavuna, a correspondente bancária Isabel Cristina Conceição dos Santos, de 28 anos, recebeu a mesma notícia ao chegar à seção 150 da 167ª zona eleitoral.

    Quando eu cheguei, a mesária falou “aqui está constando que você já votou”. E eu falei que não, que eu tinha acabado de chegar. Ela tentou cinco vezes, mas continuou constando. Eu falei com a responsável pela zona. Aí, uma pessoa chamada Elisa Pires falou assim "se ela faz muita questão de votar nos candidatos, fala pra ela voltar 17h20 e votar no lugar de quem não votou". Mas eu não vou fazer isso. Eu moro na Tijuca, vim aqui na Pavuna votar e não vou conseguir. Eu me sinto indignada. Escolheram os candidatos por mim. Isso é uma fraude.

Em Nova Iguaçu, a representante comercial Catia Lima também não conseguiu registrar seu voto. Ela afirma que ao chegar à zona 27, na seção 101, recebeu a informação de que "já tinha votado". Revoltada, conseguiu fotografar a assinatura de outra pessoa no livro de registro e fez uma denúncia junto à Polícia Federal.

Deu uma confusão danada. A chefe de seção ameaçou chamar a polícia para me prender. Ela me disse que eu não tinha direito de votar porque alguém já tinha votado no meu lugar. Isso é uma fraude! Tiraram o meu direito de voto! Agora não tenho nem comprovante. A maior canallhice. Fui na Polícia Federal e me explicaram que vou ter que procurar a Justiça, porque vou ficar sem o comprovante de que votei. Não posso viajar para fora do país, fazer um monte de coisas.

Em Iataboraí, Ibson Freire enfrentou o mesmo problema. Ao constatar que outra pessoa havia registrado o voto em seu lugar, ele pediu para o chefe de seção incluir o fato na ata do dia. A resposta?

    Solicitei que o mesário me fornecesse uma declaração e que fosse lançado em ata o ocorrido. Escutei o seguinte comentário: "Você já é o sexto que já votaram no lugar". Mas não havia outros relatos na ata, somente o meu - contou o eleitor, que vota na seção 231 da zona 104.

Procurado, o TRE-RJ informou que “casos assim acontecem” e que, nesses casos, o presidente da mesa tem que registrar a ocorrência na ata, para que a Polícia Federal possa investigar o que aconteceu.

Offline Lorentz

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Re:A segurança do voto na urna brasileira
« Resposta #349 Online: 06 de Outubro de 2014, 16:26:59 »
Quem votou no lugar deles furou a biometria, o RG ou documento com foto, o nome, a assinatura... pode isso Arnaldo?
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