Se o sofrimento é maior que o prazer (então) não (há) motivos para viver.
Se a perspectiva razoável do sofrimento que se tenha de suportar é consistentemente maior do que o prazer que se possa razoavelmente pensar em vivenciar então não há nessa perspectiva de vida que estivermos empregando motivos suficientes para que valha a pena viver.
É bom lembrar que essas circunstâncias podem mudar, tanto intencionalmente quanto acidentalmente ou por influência externa.
É bom lembrar que tais perspectivas de uma vida boa ou ruim são tremendamente alteradas por depressão e etc, ou por uma série um pouco menos provável de azares...
Não importa que é "racional", é um raciocínio deturpado. Já li umas coisas sobre isso, não sei quanto "pseudo" são ou não (acho que faz sentido, ainda que talvez tenha floreações e algumas coisas menores não muito bem estabelecidas), mas é mais ou menos como se a mente tivesse uma certa "inércia", como se "erodisse" caminhos do pensamento que então
tendessem a fluir sempre nessa direção (nesse caso, pessimismo, por exemplo). Fica sendo meio como um "vício" (talvez mais literalmente, das químicas liberadas no cérebro), ou talvez, melhor dizendo, um hábito, nem tão fácil de se livrar, exigindo auto-policiamento, como outros hábitos ruins. Mas as pessoas geralmente não associam pensamentos à hábitos, pensamentos são geralmente vistos como sendo "nós mesmos".