Junto com as sugestões, deixarei alguns comentários e trechos de cada livro p/ dar uma melhor noção de como eles são.
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A supremacia de Bourne
Robert Ludlum
"- Basta dizer que Washington teve seus Mi Lais e sua Medusa, enquanto Londres tem uma unidade militar muito mais recente sob o comando de um psicótico homicida que deixou centenas de pessoas massacradas em sua esteira... sem muitas distinções entre inocentes e culpados. Ele está a par de muitos segredos, que se forem revelados podem levar a violentas explosões de vingança por todo o Oriente Médio e África. O pragmatismo está em primeiro lugar, e você sabe disso. Ou deveria saber."
Segundo livro da trilogia Jason Bourne, onde, em plena época de guerra fria, Bourne se vê as voltas com alguém que utiliza seu nome, seus métodos e que pode desencadear um incidente diplomático de graves proporções.
O ultimato de Bourne
Robert Ludlum
“Tiros certeiros Três, Quatro e Cinco.
Phillip Atkinson, embaixador na Grã-Bretanha. James Teagarten, comandante supremo da OTAN. Jonathan 'Jack' Burton, ex-almirante da Sexta Frota atualmente presidente do Estado-Maior das Forças Armadas.
Mulher Serpente. Medusa.
Uma rede de operações.”
Último livro da trilogia Jason Bourne, onde ele, já na meia-idade, terá que se confrontar com os segredos da organização Medusa e seus poderosos membros, além do homem que tenta matá-lo a todo custo: Carlos, o Chacal.
Werther
Johann Wolfgang Von Goethe
“Já estive cem vezes para atirar-me ao seu pescoço! Deus todo-poderoso, vós sabeis o que se sente ao ver tantas seduções, sem ter-se o direito de estender a mão e agarrar tudo o que nos fere os sentidos?”
Um dos clássicos da literatura universal, o livro mostra os sofrimentos do jovem Werther ao amar uma mulher que não poderá ter, sentimento esse que o leva à loucura. Após sua publicação, o livro desencadeou uma onda de suicídios na Europa.
Palestina – Uma nação ocupada
Joe Sacco
“E e os palestinos têm afundado por décadas, se têm sido expulsos, bombardeados e chutados a torto e a direito, mesmo quando isso chegou ao jornal da noite eu nunca soube um nome ou lembrei de um rosto, muito menos do café da manhã deles. Mas agora, meu amigo na Cisjordânia quer apresentar-me a umas pessoas, situar-me, quer que eu aperte a mão da dor de seu povo...“
No início da década de 90, o premiado jornalista Joe Sacco passou um período em Israel para conhecer mais sobre o povo palestino e a maneira como viviam. Ao voltar para os Estados Unidos resolveu reportar esse período na forma de quadrinhos.
Desenterrando o passado
Agatha Christie Mallowan
“Dos nossos dois serventes, Subri é, incontestavelmente, o melhor. É inteligente, rápido, adapta-se logo a novos serviços e está sempre alegre. Sua aparência geral de ferocidade e a imensa faca, cuidadosamente afiada que guarda debaixo do travesseiro, à noite, são meras irrelevâncias! Assim como o fato de que, todas as vezes que pede licença de alguns dias é para visitar algum parente que foi preso em Damasco ou em qualquer outro lugar por assassinato! Subri explica, com seriedade, que todos os assassinatos foram necessários. Tratou-se de uma questão de honra, ou prestígio familiar. A prova disso, ele diz, é o fato de que nenhuma das sentenças é uma sentença muito longa.”
Um relato divertido e algo espiritual de como se vive enquanto se desencava – e se reconstitui – o passado do Oriente Médio. A história desse livro começa alguns anos antes da Segunda Guerra Mundial, quando Max Mallowan e sua mulher visitam o Iraque e a Síria. Durante os trabalhos arqueológicos, a vida do casal vai sendo marcada pelas descobertas das cidades antigas e por todo o acervo da cultura que delas se desprende. O contraponto entre um dia-a-dia laborioso, atento, bem-humorado e os vestígios, os fatos, as grandezas e insignificâncias da presença humana ao longo de milênios. Agatha Christie faz uma crônica deliciosa dessa experiência e reinterpreta o tempo de que dispõe junto ao tempo que se desenterra.
A revolução dos bichos
George Orwell
“Quatro patas, bom! Duas patas, ruim!”
Através dessa fábula, escrita em 1943, Orwell denuncia o engodo que representa o comunismo de orientação soviética, onde se apregoa a regra de 'todos iguais', mas predomina a regra de 'todos iguais, mas uns mais iguais que os outros'“.
O Cabeleira
Franklin Távora
“Fecha a porta, gente,
Cabeleira aí vem,
Matando mulheres,
Meninos também”
O Cabeleira é a história de um herói do mal, cujas atrocidades abalaram o Pernambuco do século XVIII. Cantado em mil canções por trovadores anônimos, José Gomes, o Cabeleira, oscila entre dois pólos: de um lado a intrínseca pureza d'alma, legado de sua mãe Joana; de outro, a trilha do crime, que o pai, Joaquim Gomes, lhe outorgou. Primeiro romance do cangaço, O Cabeleira iniciou o regionalismo no Brasil, tendo nascido da necessidade que o autor viu em mostrar ao Brasil o rico filão nordestino, tendo portanto além de valor literário, valor histórico inalienável, visto que é apresentado como história verídica.
O seminarista
Bernardo Guimarães
“Lembrou-se da cobra que se tinha enleado ao corpo de Margarida, quando era pequenina, das palavras que sua mãe proferiu com respeito à serpente que tentou Eva no paraíso, e estremeceu.”
O seminarista é a história de um garoto que, mesmo amando uma garota, é colocado à força no seminário por seus pais, e o conseqüente conflito mental pelo qual ele vem a passar por causa disso. A imagem que o romancista oferece ao leitor da vida no seminário é bastante deprimente. Carrega nas tintas, como se diz, para forçar quanto pode, o antagonismo entre a claridade aberta do mundo e o ambiente escuro e sufocante do seminário.
O ateneu
Raul Pompéia
“Vais encontrar o mundo, disse-me meu pai, à porta do Ateneu. Coragem para a luta.”
A educação repressiva e deformante num internato-prisão, e os vícios e as mazelas do confinamento agindo impiedosamente na formação da personalidade de um jovem sensível. Nesse trabalho de recriação autobiográfica, de construção apurada, o autor se mostra um crítico impiedoso e quase punitivo do que viu e viveu na adolescência em um colégio interno.
O cortiço
Aluísio Azevedo
“E continuou a sorrir, desvanecida na sua superioridade sobre esse outro sexo, vaidoso e fanfarrão, que se julgava senhor e que, no entanto, fora posto no mundo simplesmente para servir ao feminino; escravo ridículo que, para gozar um pouco, precisava tirar da sua mesma ilusão a substância do seu gozo; ao passo que a mulher, a senhora, a dona dele, ia tranqüilamente desfrutando o seu império, endeusada e querida, prodigalizando martírios, que os miseráveis aceitavam contritos, a beijar os pés que os deprimiam e as implacáveis mãos que os estrangulavam.”
Grande obra do naturalismo brasileiro, narra a vida miserável dos moradores de habitações coletivas. Um retrato da vida do homem brasileiro do século XIX em toda a sua crueza. Seus personagens mostram-se influenciados pelo ambiente em que vivem, e são vistos como um todo dinâmico e ativo, e não como casos individuais.