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Por que os alunos não gostam da escola? - Daniel T. Willingham (Psicologia Cognitiva)
Fale mais.
O livro descreve o mecanismo da aprendizagem baseado nas descobertas do funcionamento do cérebro por parte das neurociências. De leitura fácil, o livro é muito agradável, muito útil para nos ajudar a criar hábitos (ou para ensinar aos filhos) eficientes para o aprendizado.
Todos os capítulos estão recheados de citações de experimentos que demonstram como a psicologia cognitiva e as neurociências chegaram àquelas conclusões. Como o livro pretende socorrer aos sofridos professores que encontram dificuldades para fazer seus pupilos progredirem, cada capítulo se inicia com um tipo de pergunta (como se o professor estives perguntando ao autor) que tem no desenvolvimento do capítulo a resposta com base em neurociência, e não em pedagogia.
Vou dar um exemplo. Do capítulo 1 do livro:
Pergunta: A maioria dos professores que conheço escolheu a profissão por amar a escola e as crianças. Eles desejam ajudar seus alunos a sentir a mesma paixão por aprender. É compreensível que os professores desanimem ao perceber que alguns de seus pupilos não gostam realmente da escola e que eles, como educadores, encontram grande dificuldade para inspirá-los. Por que é complicado tornar a escola agradável aos alunos?
Resposta: Ao contrário do que se acredita, o cérebro não é projetado para pensar, ele foi projetado para evitar que você tenha que fazer isso. O cérebro, na realidade, não é muito bom em pensar - o processo é demorado e incerto. Ainda assim, as pessoas gostam quando o trabalho mental é bem sucedido. Elas gostam de resolver problemas, mas não de trabalhar em problemas sem solução. Se as tarefas escolares sempre são difíceis demais para um aluno, não deve surpreender que ele não goste da escola. O princípio cognitivo que orienta este capítulo é:
As pessoas são naturalmente curiosas, mas nõa são naturalmente boas pensadoras. A menos que as condições sejam favoráveis, pensar será evitado.
Esse princípio implica que os professores devem reconsiderar a maneira pela qual encorajam seus alunos a pensar, de modo a maximizar a probabilidade de fazê-los obter o prazer que vem do pensamento bem-sucedido.
A partir daí o tema é desenvolvido com explicações, experimentos e sugestões, mostrando como o cérebro trata as informações e como criar eficiência no processo de aprendizagem. O livro não é muito grande, são nove capítulos nesse estilo (nove princípios). Estou no capítulo cinco e estou gostando muito.
Comprei porque queria aprender um pouco sobre psicologia cognitiva e neurociências mas não queria nada técnico (a princípio), o que é o caso do livro.
Bem, minha formação é em Engenharia Civil, com pós em Redes de Computadores (trabalho com infraestrutura de TI), mas acho que encontrei uma outra área de interesse

Estou decidido a pesquisar mais sobre neurociências, psicologia cognitiva e afins. A mente me fascina!

Saudações