Autor Tópico: Continuaremos a comer vegetais? (era Re: Continuaremos a comer carne?)  (Lida 13789 vezes)

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Atheist

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Re: Continuaremos a comer carne?
« Resposta #50 Online: 13 de Maio de 2006, 03:31:51 »
Com exceção do sabor, por que comer carne?

Pela última vez: fonte extremamente boa de proteínas e lipídeos, bem como de vitaminas do complexo B, principalmente B12, cuja carência causa anemia perniciosa.

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Re: Continuaremos a comer carne?
« Resposta #51 Online: 13 de Maio de 2006, 03:38:47 »
"Eles foram selecionados para sobreviver em cetose causada pelo excesso de corpos cetônicos no sangue, derivado da oxidação de ácidos graxos. A proteína fornece os carboidratos necessários."

Eles não, toda a espécie humana! Do jeito que vc falou parece que eles fazem parte de outra espécie! Essa adaptação não é recente, é herdada de ancestrais da nossa atual espécie!

Sobreviver em cetose não, viver em cetose! Carboidratos necessários não, glicose necessária! Tudo é questão de enegia e na escassez de carboidratos da dieta a demanda por glicose no organismo é reduzida radicalmente.

Após um período em que o cérebro acostuma-se aos corpos cetônicos. Mas você esquece das consequências destes no organismo.

Citar
Tecidos muito ativos têm preferência natural por corpos cetônicos como fonte de energia (músculos e coração) deixando a glicose especificamente para tecidos dependetes da mesma.

Músculo cardíaco, principalmente. Músculo estriado consome os próprios ácidos graxos.

Outra coisa que você está esquecendo é que para que o ciclo de Krebs rode é necessário glicose. É por isso que os corpos cetônicos acumulam.

Citar
Alimentação desse tipo, promove longevidade, acaba com a obesidade, reduz muito ou cura doenças cardiovasculares, nem permite que ocorra diabetes mesmo nas pessoas que têm predisposição, dentre outros benefícios.

Causa acidose sanguínea, decorrente dos corpos cetônicos. Sobrecarrega rins e pode levar à morte.

Não há evidência de que este tipo de dieta seja adequada.

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Re: Continuaremos a comer carne?
« Resposta #52 Online: 13 de Maio de 2006, 03:51:28 »
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Duas tribos no Quênia vivendo no mesmo clima e mesmas condições, os Maasai 100% carnívoros eram altos, saudáveis, magros e vida longa os Kikuyu 100% vegetarianos baixinhos, raquíticos, doentes, de vida curta, nas últimas decas (1960) mudaram sua alimentação, os Kikuyu começaram a comer carne e sua saúde melhorou, os Maasai começaram a comer milho e feijões e sua saúde deteriorou. McCormick J., Elmore-Meegan M.. Maasai diet. Lancet 1992; 340: 1042-3
Publicado no Lancet que é um jornal de medicina do Reino Unido respeitado mundialmente.

O estudo parece interessante. Qualquer hora vou atrás do artigo original, para ver como realizaram os controles e se não há nada mais de mudança na comunidade além da alimentação... Embora seja muito respeitado, o Lancet publica muita porcaria.

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Re: Continuaremos a comer carne?
« Resposta #53 Online: 13 de Maio de 2006, 03:53:18 »
Com exceção do sabor, por que comer carne?

Pelos nutrientes, sem dúvida :)

Só que essa não é toda a questão séria que alguns parecem pensar. Até mesmo as proteínas são perfeitamente supridas por uma dieta vegetariana bem balanceada. A única coisa realmente difícil de conseguir é vitamina B12.


E nem é, Dantas. Olhe para um pote de margarina e veja com há vitamina B12 lá. Boa parte dos cereais matinais que vegetarianos consomem são enriquecidos com vitaminas... Não é difícil ser vegetariano atualmente e ter vida normal. Só não sei se estas vitaminas são extraídas de animais ou se são sintéticas...

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Re: Continuaremos a comer carne?
« Resposta #54 Online: 13 de Maio de 2006, 04:01:00 »
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Que esse tipo de dieta é melhor eu não tenho mais nem sombra de dúvida eu fiz o experimento e os exames de sangue antes e após comprovam os benefícios.

Não é porque funciona com um ou vários que torna a coisa verdadeira... Além disso, você parou para contar as calorias que estava ingerindo? Você diminuiu apenas os carboidratos ou diminuiu calorias totais?

O que acontece nessa dieta normalmente é perda de água nos primeiros dias (o que faz emagrecer até uns 5 kg). Depois a pessoa enjoa de tanta gordura e acaba diminuindo não só os carboidratos (cortados), mas também a gordura, o que diminui drasticamente a quantidade de calorias totais ingeridas.

Como nenhum médico é trouxa, tal dieta é repassada com a recomendação de fazer exercícios. Quem seguir isso, certamente vai emagrecer, pois, na verdade, obesidade é muito mais matemática do que biologia (e claro, depende do metabolismo de cada um).


Citar
Existe uma resistência grande a esse pensamento e isso é quase que uma conspiração dos órgãos responsáveis tanto que fizeram uma mudança em direção a não condenar mais as gorduras e sim os carboidratos mas ainda falta mais um passo que deve demorar um bom tempo para ser reconhecido.

Aí é uma teoria da conspiração querendo tomar o lugar de outra. Por que é sempre necessário se encontrar um culpado, Quando a culpa é da própria pessoa e não do que ela consome? Vivemos em um mundo muito diferente, moderno, com genes antigos. O que temos que fazer é refrear muitos anseisos intrínsecos e mudar hábitos. Não é culpar um ou outro alimento, é diminiuir todos eles. Baixar o número de calorias ingeridas e fazer exercícios físicos. Simples (claro, não é tão simples quando o organismo fica pedindo mais comida, mais comida!). O problema é esse mundo cristão, que vive querendo achar um culpado para tudo, desde que não seja eu...

Citar
Dá uma lida neste artigo da Scientific American Brasil que é bem esse caso!

http://www2.uol.com.br/sciam/conteudo/materia/materia_15.html

Boa matéria, mas ou tem erros de tradução, ou tem frases sem sentido... Ou os dois.

Offline mUKA

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Re: Continuaremos a comer carne?
« Resposta #55 Online: 13 de Maio de 2006, 04:01:25 »
"Eles foram selecionados para sobreviver em cetose causada pelo excesso de corpos cetônicos no sangue, derivado da oxidação de ácidos graxos. A proteína fornece os carboidratos necessários."

Eles não, toda a espécie humana! Do jeito que vc falou parece que eles fazem parte de outra espécie! Essa adaptação não é recente, é herdada de ancestrais da nossa atual espécie!

Sobreviver em cetose não, viver em cetose! Carboidratos necessários não, glicose necessária! Tudo é questão de enegia e na escassez de carboidratos da dieta a demanda por glicose no organismo é reduzida radicalmente.

Após um período em que o cérebro acostuma-se aos corpos cetônicos. Mas você esquece das consequências destes no organismo.

Em dietas ricas em proteínas e pobres em gorduras sim, mas no caso inverso não!

Tecidos muito ativos têm preferência natural por corpos cetônicos como fonte de energia (músculos e coração) deixando a glicose especificamente para tecidos dependetes da mesma.

Músculo cardíaco, principalmente. Músculo estriado consome os próprios ácidos graxos.

Outra coisa que você está esquecendo é que para que o ciclo de Krebs rode é necessário glicose. É por isso que os corpos cetônicos acumulam.

Se não houver exagero de proteína e  ausência de lipídeos e carboidratos isso não é problema.

Alimentação desse tipo, promove longevidade, acaba com a obesidade, reduz muito ou cura doenças cardiovasculares, nem permite que ocorra diabetes mesmo nas pessoas que têm predisposição, dentre outros benefícios.

Causa acidose sanguínea, decorrente dos corpos cetônicos. Sobrecarrega rins e pode levar à morte.

Não há evidência de que este tipo de dieta seja adequada.

Se houver ingestão de carboidratos simultaneamente pode ser que ocorra isso mesmo mas em sua ausência ou em pequenas quantidades não acontece. Senão os eskimós nem existiriam!

Há evidências de que esse tipo de dieta seja o ideal!

http://www.second-opinions.co.uk/vegetarian.html

Sem o grande consumo (quase que exclusivo) de carne (carne gordurosa) durante a história evolutiva de nossos ancestrais nosso cérebro não teria evoluído para o que é hoje!
mUKA

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Re: Continuaremos a comer carne?
« Resposta #56 Online: 13 de Maio de 2006, 04:17:26 »
Após um período em que o cérebro acostuma-se aos corpos cetônicos. Mas você esquece das consequências destes no organismo.

Em dietas ricas em proteínas e pobres em gorduras sim, mas no caso inverso não!

Corpos cetônicos são produzidos quando há excesso de oxidação de ácidos graxos e pouca glicose para produzir oxalacetato e fazer o ciclo de Krebs girar queimando a acetil-CoA. Como aminoácidos cetogênicos estritos são poucos, é a riqueza em gordura que causa cetose.

Se não houver exagero de proteína e  ausência de lipídeos e carboidratos isso não é problema.

Ah, sim... mas obter pouca proteína, sem lipídeos e carboidratos é meio ilusório, não acha?

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Se houver ingestão de carboidratos simultaneamente pode ser que ocorra isso mesmo mas em sua ausência ou em pequenas quantidades não acontece. Senão os eskimós nem existiriam!

Na verdade, isso acontece em ausência de carboidratos. Outra coisa, não esqueça que carne tem glicogênio, que é glicose. Logo, os esquimós não vivem em ausência total de carboidratos (nem ninguém). E foi exatamente por isso que eu disse que eles estão mais aptos a viver em cetose (eles não precisam ser outra espécie para ter variação no metabolismo).

Citar
Há evidências de que esse tipo de dieta seja o ideal!

http://www.second-opinions.co.uk/vegetarian.html

Lerei em outro momento. Pelo menos tem referências!

Citar
Sem o grande consumo (quase que exclusivo) de carne (carne gordurosa) durante a história evolutiva de nossos ancestrais nosso cérebro não teria evoluído para o que é hoje!

Concordo plenamente!!!

Offline mUKA

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Re: Continuaremos a comer carne?
« Resposta #57 Online: 13 de Maio de 2006, 04:54:03 »
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Que esse tipo de dieta é melhor eu não tenho mais nem sombra de dúvida eu fiz o experimento e os exames de sangue antes e após comprovam os benefícios.
Não é porque funciona com um ou vários que torna a coisa verdadeira... Além disso, você parou para contar as calorias que estava ingerindo? Você diminuiu apenas os carboidratos ou diminuiu calorias totais?

Tá certo, existem casos de resistência metabólica à redução de carboidratos que inviabiliza um pouco a dieta low-carbs mas se a pessoa tiver paladar para aguentar comer bastante carne, tiver paciência de preparar os pratos de diversas maneiras pra não enjoar e/ou dinheiro pra variar os tipos de carnes e pratos, a dieta funciona mesmo nesses casos de resistência. Não adianta ir contra a evolução, somos carnívoros de nascença.

Sem contar calorias, em dieta "low-carb" as calorias são liberadas e vc pode literalmente beber óleo!
A regra é não passar fome, pode comer quanto quiser desde que não coma carboidratos além do limite diário. A regra funciona bem pois nesse tipo de dieta a quantidade de aliemento é "automaticamente" regulada pois sem carboidratos, a gordura e proteína saciam a fome rapidamente e vc só sente fome de novo após várias horas da última refeição. Nosso organismo tem esse mecanismo de se sentir saciado bem adaptado pro caso da ingestão de gorduras/proteínas, e totalmente não adaptado para a ingestão de carboidratos, quando comemos muito carboidrato demora pra saciar, vamos comendo até estufar ou racionalmente parar,  bate aquele desânimo/sonolência, comemos a mais do que precisamos, carboidratos desaparecem rápido e logo vem a fome de novo! Somos totalmente não adaptados aos carboidratos!


O que acontece nessa dieta normalmente é perda de água nos primeiros dias (o que faz emagrecer até uns 5 kg). Depois a pessoa enjoa de tanta gordura e acaba diminuindo não só os carboidratos (cortados), mas também a gordura, o que diminui drasticamente a quantidade de calorias totais ingeridas.

Tem razão, perde peso rápido principalmente pela perda de água logo de cara, mas a perda de peso continua acentuada (daí já não pela perda de água) por algumas semanas e vai reduzindo mas isso depende do peso e outros fatores.

Como nenhum médico é trouxa, tal dieta é repassada com a recomendação de fazer exercícios. Quem seguir isso, certamente vai emagrecer, pois, na verdade, obesidade é muito mais matemática do que biologia (e claro, depende do metabolismo de cada um).

Não é necessário fazer exercícios mas...
Aprendi a calcular calorias na faculdade, achava lindo calcular e pensava que com aquilo eu podia tudo! hehehe Mas esse modelo não funciona pra dieta pobre em carboidratos e acabei descobrindo que fazer esses cálculos é muito mais complicado do que se prega por aí, tem centenas (milhares?) de fatores pra se levar em consideração pra se fazer um cálculo razoavelmente bom pra um determinado indivíduo. O fato é que as calorias provenientes de carboidratos, lipídios e proteínas não são iguais pros "olhos" do metabolismo, pro "medidor" de calorias do metabolismo, a quantidade de um afeta o metabolismo de outra, etc. então contar calorias é absurdo do ponto de vista da praticidade! Em se tratando de dieta rica em carnes gordurosas e pobre em carboidratos contar calorias é totalmente desnecessário!

http://www.second-opinions.co.uk/do-calories-really-count.html


http://www2.uol.com.br/sciam/conteudo/materia/materia_15.html

Boa matéria, mas ou tem erros de tradução, ou tem frases sem sentido... Ou os dois.

Talvez, mandei essa referência pra mostrar que está havendo uma mudança na forma de ser ver a nutrição, antigamente gordura era veneno e carboidrato era imprescindível hj em dia gordura deixou de ser veneno e carboidrato deve ser controlado! A gordura continua a mesma e o carboidrato tbm, o artigo não prova que essa é definitivamente a maneira correta de se alimentar, só prova que os "cientistas" da nutrição estavam redondamente enganados e só agora estão assumindo parte da merda que fizeram e ainda estão fazendo!
mUKA

Offline Barata Tenno

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Re: Continuaremos a comer carne?
« Resposta #58 Online: 13 de Maio de 2006, 11:17:33 »
Ninguém aqui se alimenta com o que gosta?Só pensam em viver 200 anos?
Eu como  tudo o que eu gosto.... foda-se se faz mal ou nw.
He who fights with monsters should look to it that he himself does not become a monster. And when you gaze long into an abyss the abyss also gazes into you. Friedrich Nietzsche

Rhyan

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Re: Continuaremos a comer carne?
« Resposta #59 Online: 13 de Maio de 2006, 12:22:36 »
Ninguém aqui se alimenta com o que gosta?Só pensam em viver 200 anos?
Eu como  tudo o que eu gosto.... foda-se se faz mal ou nw.

Parace eu falando...
:hihi:

Pô, nem carne branca vcs comem?
Tenho dó de vcs!

Cada um com as suas escolhas, né...

[]'s

Offline mUKA

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Re: Continuaremos a comer carne?
« Resposta #60 Online: 13 de Maio de 2006, 12:29:07 »
Ninguém aqui se alimenta com o que gosta?Só pensam em viver 200 anos?
Eu como tudo o que eu gosto.... foda-se se faz mal ou nw.

Sempre comi tudo q gosto e o resultado foi saúde precária e obesidade, já que eu adoro um belo churrasco e descobri que o problema não era comer carne mas sim comer (resumidamente) arroz, feijão e massas, resolvi abolir esses itens e ficar com a parte q eu mais gosto dentre as coisas que eu gosto de comer! Que maravilha!
mUKA

Offline Ícaro Morto

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fonte: Drauzio Varella
« Resposta #61 Online: 13 de Maio de 2006, 13:24:42 »
Em São Paulo, estamos cada vez mais obesos; no Brasil, também.
Pesquisa conduzida pela Secretaria Estadual da Saúde, resumida no jornal Folha de São Paulo pelo jornalista Ricardo Westin, mostra que, em 14 anos, o número de homens obesos na cidade aumentou 97,3% e que, entre as mulheres, o aumento foi pouco menos alarmante: 61,3%.

Os números foram colhidos com base em dois levantamentos realizados entre homens e mulheres com idade entre 15 e 59 anos: o primeiro em 1987 e o outro no período 2001/2002. Os participantes tiveram a circunferência de suas cinturas medidas à altura do umbigo e o peso corpóreo anotado para o cálculo do Índice de Massa Corporal (IMC).
O IMC é um índice calculado dividindo-se o peso pela altura elevada ao quadrado (IMC= Peso / altura x altura). Genericamente, consideramos obesas as pessoas com IMC superior a 30 e como portadoras de sobrepeso aquelas com IMC na faixa entre 25 e 29,9.

(http://www.drauziovarella.com.br/artigos/inimigo.asp)
"O filme passou sobre mim
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continuação
« Resposta #62 Online: 13 de Maio de 2006, 13:30:37 »
"Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), existe no mundo mais de 1 bilhão de adultos com sobrepeso e 300 milhões com obesidade.
Por aumentar o risco de diabetes, hipertensão arterial, doenças cardiovasculares, doenças articulares, distúrbios psiquiátricos e de certos tipos de câncer, a OMS considera a obesidade uma das dez maiores ameaças à integridade da saúde no mundo e uma das cinco principais nos países industrializados."

 
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Sejam mais convincentes ao refutar o texto
« Resposta #63 Online: 13 de Maio de 2006, 13:34:59 »
Talvez não tenham lido no começo do tópico:

"Desde 1950, o consumo mundial "per capita" do produto aumentou mais de 100%.A carne não é apenas um alimento, é também uma forma de recompensa. No próximo século, no entanto, isso poderá mudar. Assim como tomamos consciência do custo social e econômico do consumo de cigarros, descobriremos que é impossível ignorar o preço da criação massiva de gado, aves, porcos, carneiros e peixes, para alimentar uma população em contínuo crescimento. O custo inclui o uso indevido das águas e da terra, o alto nível de contaminação produzido por fezes de animais, o aumento nas taxas de doenças cardíacas e outras enfermidades degenerativas e a destruição das florestas."

"Consideremos o impacto nas reservas de água. Para produzir 450 gramas de carne de vaca, são necessários três quilos de sementes. Estes, por sua vez, requerem 3.000 litros de água. No mundo inteiro, é cada vez maior a quantidade de água usada na criação de porcos e galinhas, em vez de ser empregada na irrigação das plantações destinadas ao consumo direto. O fato está provocando o esgotamento de milhões de poços. A Índia, a China, o norte da África e os Estados Unidos registram uma escassez de água doce, pois atualmente gastam suas reservas em um ritmo superior à velocidade com que as chuvas conseguem repor as fontes naturais."

"Em regiões onde a água é escassa e a população continua aumentando, os governos terão de controlar o déficit, destinando a água para a produção de alimentos, em vez de usá-la em criações de animais. A nova política deixará a carne apenas ao alcance dos ricos.Muita gente irá protestar, alegando que os produtos vegetais não fornecem tanta proteína quanto a carne. E têm razão. Mas os nutricionistas dirão que os países ricos consomem proteína em excesso, e que existe uma grande variedade de alimentos vegetais - hoje desperdiçada como ração para animais de criação - capaz de oferecer as doses adequadas de proteína de que precisamos.Infelizmente, o problema não é apenas uma questão de capacidade produtiva."

"A produção de carne em grande escala tornou-se um fator consideravelmente poluidor. As fezes de vaca provocam morte de peixes e surgimento de doenças. Nos Estados Unidos, o volume de fezes animais é 130 vezes superior ao de excrementos humanos. Uma fazenda de suínos no Estado de Utah, por exemplo, produz mais dejetos do que a cidade de Los Angeles. Com a proliferação dessas superfazendas em áreas populosas, o lixo que produzem está contaminando a água potável."

"Em recantos menos desenvolvidos, da Indonésia à Amazônia, a floresta tropical está sendo queimada para servir de área de pasto. A crescente demanda de carne é o motor para a expansão da agricultura que, por sua vez, é a primeira causa do desflorestamento mundial.O que provou ser um ônus insustentável para a vida no planeta, mostrou-se também um fardo para o ser humano. Na China, a recente tendência de consumo massivo de carne resultou em uma maior incidência de casos de obesidade, doenças do coração, câncer de mama e de cólon."

fonte: Ed Ayres
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fonte: Medical Research Council
« Resposta #64 Online: 13 de Maio de 2006, 13:38:49 »
"Consumo de carne vermelha aumenta risco de câncer, segundo estudo

 
A carne vermelha produz substâncias no intestino que danificam o DNA e que poderiam provocar câncer, afirma um estudo publicado hoje pela revista britânica Cancer Research.

Os pesquisadores do Medical Research Council em Cambridge, autores do estudo, afirmam ter descoberto um mecanismo bioquímico que poderia explicar a relação entre o câncer de intestino e o consumo de carne vermelha.

Para chegar a esta descoberta, os especialistas analisaram as células do cólon de vários voluntários com dietas diferentes, e verificaram se a ingestão de carne vermelha afetava o DNA das células.

Quando compararam as dietas baseadas em carne vermelha com as vegetarianas, os pesquisadores descobriram que os níveis de DNA danificado eram maiores no primeiro caso.

Segundo os cientistas, as responsáveis por estes danos ao DNA seriam substâncias chamadas "N-nitrosocompostos", que aparecem no intestino grosso após a ingestão de carne vermelha."

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continuação (Medical Research Council)
« Resposta #65 Online: 13 de Maio de 2006, 13:39:48 »
"Em 2005, a mesma equipe de cientistas descobriu que as pessoas que comem mais de duas porções de carne vermelha por dia têm três vezes mais risco de desenvolver um tumor.

Segundo o diretor-executivo do Medical Research Council, Colin Blakemore, "o câncer de intestino grosso é o segundo câncer mais comum nos países ocidentais, e cerca de um milhão de casos aparecem a cada ano no mundo".

"Este estudo, junto com o publicado no ano passado, é um passo importante para compreender e prevenir potencialmente esta doença", acrescentou."
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Re: Continuaremos a comer carne?
« Resposta #66 Online: 13 de Maio de 2006, 21:32:05 »
Citar
só prova que os "cientistas" da nutrição estavam redondamente enganados e só agora estão assumindo parte da merda que fizeram e ainda estão fazendo!

É aquela história do mito. Antes era a gordura, agora é o açúcar. Se açúcar não fosse importante, o cérebro não o utilizaria preferencialmente, em detrimento inclusive dos corpos cetônicos. Não haveria um sistema altamente complexo de controle da glicemia. Só nos falta um glioxissomozinho... hehehehehe

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Re: Continuaremos a comer carne?
« Resposta #67 Online: 13 de Maio de 2006, 21:37:20 »
"Consumo de carne vermelha aumenta risco de câncer, segundo estudo

 
A carne vermelha produz substâncias no intestino que danificam o DNA e que poderiam provocar câncer, afirma um estudo publicado hoje pela revista britânica Cancer Research.

Os pesquisadores do Medical Research Council em Cambridge, autores do estudo, afirmam ter descoberto um mecanismo bioquímico que poderia explicar a relação entre o câncer de intestino e o consumo de carne vermelha.

Para chegar a esta descoberta, os especialistas analisaram as células do cólon de vários voluntários com dietas diferentes, e verificaram se a ingestão de carne vermelha afetava o DNA das células.

Quando compararam as dietas baseadas em carne vermelha com as vegetarianas, os pesquisadores descobriram que os níveis de DNA danificado eram maiores no primeiro caso.

Segundo os cientistas, as responsáveis por estes danos ao DNA seriam substâncias chamadas "N-nitrosocompostos", que aparecem no intestino grosso após a ingestão de carne vermelha."



Estes estudos têm sido amplamente desmentidos.

Para uma revisão (embora não tão recente):

Paracelsus to parascience: the environmental cancer distraction

Ames, B.N.; Gold, L. S.

Citar
Entering a new millennium seems a good time to challenge some old ideas, which in our view are implausible, have little supportive evidence, and might best be left behind. In this essay, we summarize a decade of work, raising four issues that involve toxicology, nutrition, public health, and government regulatory policy. (a) Paracelsus or parascience: the dose (trace) makes the poison. Half of all chemicals, whether natural or synthetic, are positive in high-dose rodent cancer tests. These results are unlikely to be relevant at the low doses of human exposure. (b) Even Rachel Carson was made of chemicals: natural vs. synthetic chemicals. Human exposure to naturally occurring rodent carcinogens is ubiquitous, and dwarfs the general public's exposure to synthetic rodent carcinogens. (c) Errors of omission: micronutrient inadequacy is genotoxic. The major causes of cancer (other than smoking) do not involve exogenous carcinogenic chemicals: dietary imbalances, hormonal factors, infection and inflammation, and genetic factors. Insufficiency of many micronutrients, which appears to mimic radiation, is a preventable source of DNA damage. (d) Damage by distraction: regulating low hypothetical risks. Putting huge amounts of money into minuscule hypothetical risks damages public health by diverting resources and distracting the public from major risks.

Offline Ícaro Morto

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Re: Continuaremos a comer carne?
« Resposta #68 Online: 14 de Maio de 2006, 00:19:09 »
Certo, mas vc tem Provas, dados e fontes que comprovem que os estudos têm sido desmentidos????
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Re: Continuaremos a comer carne?
« Resposta #69 Online: 14 de Maio de 2006, 01:13:37 »
Esse tipo de estudo já foi discutido a exaustão neste tópico mesmo. O problema destes estudos pró-veg é que eles sempre comparam dietas vegetarianas equilibradas com dietas onívoras desequilibradas e depois atribuem a pior saúde do segundo grupo à carne, quando na verdade o problema é outro.

Não existe nenhum estudo comparando dietas equilibradas vegetarianas e onívoras que consigam demonstrar que o fator carne isolado é responsável por menor saúde e doenças.

E o problema citado de obesidade não tem nada a ver com o consumo de carne, mas com o consumo exagerado de carboidratos somado a vida sedentária moderna.
Hold the door! Hold the door! Ho the door! Ho d-door! Ho door! Hodoor! Hodor! Hodor! Hodor... Hodor...

Offline Ícaro Morto

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« Resposta #70 Online: 14 de Maio de 2006, 01:22:45 »
Medical Research Council é uma organização vegetariana agora?

"O problema destes estudos pró-veg é que eles sempre comparam dietas vegetarianas equilibradas com dietas onívoras desequilibradas e depois atribuem a pior saúde do segundo grupo à carne, quando na verdade o problema é outro." O texto que citei especifica isso exatamente aonde?
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Re: Continuaremos a comer carne?
« Resposta #71 Online: 14 de Maio de 2006, 01:35:40 »
Certo, mas vc tem Provas, dados e fontes que comprovem que os estudos têm sido desmentidos????

A Atheist mandou um link que justamente fala disso:
http://dx.doi.org/10.1016/S0027-5107(99)00194-3
mUKA

Offline Barata Tenno

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Re: Continuaremos a comer carne?
« Resposta #72 Online: 14 de Maio de 2006, 01:41:29 »
Ninguém aqui se alimenta com o que gosta?Só pensam em viver 200 anos?
Eu como tudo o que eu gosto.... foda-se se faz mal ou nw.

Sempre comi tudo q gosto e o resultado foi saúde precária e obesidade, já que eu adoro um belo churrasco e descobri que o problema não era comer carne mas sim comer (resumidamente) arroz, feijão e massas, resolvi abolir esses itens e ficar com a parte q eu mais gosto dentre as coisas que eu gosto de comer! Que maravilha!

Mas isso serve pra vc , que gosta de churrasco.Eu gosto de churrasco, de pizza, de feijoada, de salada de rucula, de pudim de leite, de sushi, etc, etc, etc........ ;)
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Offline Hold the Door

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Re: Continuaremos a comer carne?
« Resposta #73 Online: 14 de Maio de 2006, 01:43:58 »
Não disse que eles eram uma organização vegetariana, disse que os estudos que indicam vantagem no vegetarianismo sempre apresentam o mesmo defeito, comparar dietas vegetarianas equilibradas com dietas onívoras desequilibradas.

O problema do estudo foi não ter isolado o fator carne. Não foi um estudo com toda a dieta idêntica, com exceção da proteína consumida, mas um estudo acompanhando vegetarianos e onívoros, que é diferente não apenas no fator carne, mas na quantidade de verduras, legumes, fibras e frutas consumidos. Isto sim, provoca a diferença nas condições de saúde.
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Offline mUKA

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Re: Continuaremos a comer carne?
« Resposta #74 Online: 14 de Maio de 2006, 02:10:47 »
Citar
só prova que os "cientistas" da nutrição estavam redondamente enganados e só agora estão assumindo parte da merda que fizeram e ainda estão fazendo!

É aquela história do mito. Antes era a gordura, agora é o açúcar. Se açúcar não fosse importante, o cérebro não o utilizaria preferencialmente, em detrimento inclusive dos corpos cetônicos. Não haveria um sistema altamente complexo de controle da glicemia. Só nos falta um glioxissomozinho... hehehehehe

Cérebro tbm pode usar corpos cetônicos como fonte de energia, não é necessário comer carboidratos pra essa finalidade.

Conferir importância a  uma substância apenas pelo fato de um determinado órgão/sistema o utilizar preferencialmente ou não, é falácia.

A substância que confere mais facilmente a "moeda" padrão de energia não necessariamente é a melhor fonte de energia.

Se carboidratos fossem importantes no passado evolutivo nossa espécie (e outras tbm) não existiria pois os carboidratos em abundância só passaram a estar disponíveis com o advento da civilização moderna.

Em relação ao histórico evolutivo, os organismos de nossos ancestrais tinham capacidade de aproveitar a energia de carboidratos (assim como temos hj) mas não foi adaptado para usá-lo pois esse alimento não fazia parte de sua dieta habitual já que não estava disponível em abundância.
mUKA

 

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