Haldane's "cost of natural selection" stemmed from an invalid simplifying assumption in his calculations. He divided by a fitness constant in a way that invalidated his assumption of constant population size, and his cost of selection is an artifact of the changed population size. He also assumed that two mutations would take twice as long to reach fixation as one, but because of sexual recombination, the two can be selected simultaneously and both reach fixation sooner. With corrected calculations, the cost disappears (Wallace 1991; Williams n.d.).
Na reprodução sexuada os descendentes não herdam os cromossomos intactos de seus pais.Por isso cada mutação tem que pagar seu custo de fixação independentemente.
Ainda que cada mutação seja selecionada independente, a nível individual, mais de uma pode ser selecionada simultâneamente na população. Independentemente de estarem ou não presentes num mesmo indivíduo inicialmente.
Isso reduz o custo no sentido do total de gerações necessárias para a fixção de uma mutação (em vez de cada mutação precisar de X gerações, todas dividem as mesmas gerações), e conseqüentemente o número de mortes necessárias para cada gene, dividido por tantos genes quantos forem selecionados simultaneamente, independentemente de estarem ou não nos mesmos indivíduos.
Numa tentativa de ilustração simplificada, numa população de tamanho constante ao longo das gerações (linhas), surgem simultâneamente, mas em indivíduos diferentes, os genes A, B, e C, vantajosos com relação aos "genes genéricos", todos chamados de "X", para qualquer locus.:
AXX XXX XXX XXX xBX XXX XXX XXX XXC XXX XXX XXX
AXX AXX XXX XXX XBX XBX XXX XXX XXC XXC XXX XXX
AXX AXX AXX XXX XBX XBX XBX XBX XXC XXC XXC XXX
AXX AXX AXX AXX XBX XBX XBX XBX XXC XXC XXC XXC
AXX AXX AXX AXX ABX XBX XBX XBC XBC XXC XXC XXC
AXX AXX AXX ABX ABX ABX XBC XBC XBC XXC XXC XXC
AXX AXX AXX ABX ABX ABC ABC XBC XBC XBC XXC XXC
AXX AXX ABX ABX ABC ABC ABC ABC XBC XBC XXC XXC
AXX AXX ABX ABC ABC ABC ABC ABC ABC XBC XBC XXC
AXX ABX ABC ABC ABC ABC ABC ABC ABC ABC XBC XXC
AXX ABC ABC ABC ABC ABC ABC ABC ABC ABC ABC XBC
ABC ABC ABC ABC ABC ABC ABC ABC ABC ABC ABC ABC
(na terceira geração/linha eu errei, não vou corrigir porque está insanamente complicado depois de ter "pintado", dei uma reprodução a mais para B, mas ok porque ficou na mesma na geração seguinte)
Apesar dessa ilustração não explicar o ponto específico da possibilidade (que deve ser a regra, em vez da exceção) da segregação de genes após eles se encontrarem, é essencialmente a mesma coisa do início, quando surgem separados, para quando são separarem depois de eventualmente se encontrar. Não há necessidade deles serem sempre transmitidos juntos (o que pode-se supor ocorrer em alguns casos, de qualquer modo), desde que as freqüências desses genes estejam aumentando, eventualmente eles se encontram,
devido à reprodução sexuada.Numa situação mais realista, diferentes genes não teriam exatamente as mesmas freqüências e aptidões, uns se fixariam antes dos outros, não simultâneamente, etc. De qualquer forma, as mutações não precisam ser selecionadas uma de cada vez.
Intuitivamente, pode-se presumir que a carga diminua por outras considerações do mundo real. Não apenas pela simultâneidade de mutações se fixando ao longo das gerações, mas porque, é razoável se assumir - diferentemente do que ocorre na ilustração, para fins de simplificação - que indivíduos portanto mais de um gene benéfico tenham aumento da aptidão ao menos um pouco proporcional, por efeito cumulativo.
Bem, acho que é isso.
Isso não faz sentido, deriva genética não causa apenas perda de alelos, mas distribuição aleatória de alelos pouco relevantes para seleção natural, podendo tanto se perder quanto se fixar. E a perda de alelos em populações separadas, de qualquer forma, também conta pela divergência entre elas.
Mas o que Haldane está calculando é a quantidade de mutações possíveis em 5 milhões de anos.Alelos pouco relevantes para a seleção natural não é o que nos diferencia de nosso ancestral.
Contam, tanto num cenário supostamente totalmente neutralista desses genes, se o que se estiver levando em consideração é o total da diferença genética, quanto para genes mais relevantes, já que como as pressões seletivas mudam, genes podem se passar por irrelevantes de vez em quando e eventualmente se mostrarem cruciais, e vice-versa.
Embora a perda de alelos conte para a divergência entre populações, é como eu disse, isso contaria para nossa “involução“.Pois perda de alelos só faria nosso ancestral se aproximar mais do seu ancestral e não do homo sapiens.
A evolução não é uma acréscimo ininterrupto, é em boa parte, na maior parte, só modificação. Perder genes não nos faria mais similares ao nosso ancestral,
apenas se perdessemos coincidentemente exatamente um gene novo, fixado após a divergência. Qualquer outro (ou seja, a imensa maioria) perdido conta para a divergência do ancestral, e não é de forma alguma "involução".
Exemplo:
Inactivation of CMP-N-acetylneuraminic acid hydroxylase occurred prior to brain expansion during human evolution
Humans are genetically deficient in the common mammalian sialic acid N-glycolylneuraminic acid (Neu5Gc) because of an Alu-mediated inactivating mutation of the gene encoding the enzyme CMP-N-acetylneuraminic acid (CMP-Neu5Ac) hydroxylase (CMAH). This mutation occurred after our last common ancestor with bonobos and chimpanzees, and before the origin of present-day humans
[...]
http://www.pnas.org/cgi/content/full/99/18/11736
Deriva genética e recombinação só podem atuar sobre um pool genético já existente.Deriva genética nunca vai fazer o cérebro de um macaco aumentar.A única coisa que teoricamente poderia fazer isso seria a mutação.É como um baralho.Só existem 4 naipes.Por mais que voce embaralhe as cartas, nunca vai conseguir tirar 2 “Sete de Ouros“, simplesmente por que ele não está lá.
Claro, mas ninguém sugere isso, não é a deriva genética e combinação sozinhas que fazem isso, só após surgirem mutações relacionadas ao que quer que seja. O que a deriva diz é que eventualmente partes da população ou subpopulações poderão ter "boas mãos", obviamente só com as cartas já existentes na população, mas isso pode fazer muita diferença, ainda que não seja de forma alguma o mecanismo exclusivo para evolução.
Com essa frase de "deriva genética nunca vai fazer o cérebro de um macaco aumentar", me parece que o foco mais apropriado seria de genes relacionados ao desenvolvimento, em vez de simplesmente genética de populações... de qualquer forma, deriva pode fazer um cérebro qualquer aumentar, dependendo dos genes presentes da população relacionados a isso. Não vai, fazer um cérebro de macaco dar um salto num cérebro humano, o que ninguém sugere.
Bem, ele não sugere que a toda divergência genética tenha se dado dessa maneira; assim a relativa raridade comparada à populações assexuadas não é tão relevante, contanto que não seja algo nulo, o que não é.
Mesmo que não seja nulo é irrelevante para o cálculo.Ele precisa citar fatores que influenciem o cálculo senão é só uma cortina de fumaça.
Por que isso não influenciaria o cálculo?
E nesse caso especificamente, o foco do texto não é apresentar formalmente uma solução ao problema, mas apenas dar uma resposta breve, de acesso ao público leigo, às alegações criacionistas. Outros cientistas diversos já lidaram com a questão, propondo novos modelos, e provavelmente fazendo algumas coisas mencionadas, o que talvez esteja listado nas referências inclusive.
[...]
(o resto achei que seria meio redundante, qualquer coisa eu posso voltar)
Essa analogia da corrida não tem nada a ver. O ponto é que não se pode considerar toda divergência como tendo ocorrido apenas em uma das linhagens.
Os homens não descendem dos chimpanzés, mas ambos descendem de um ancestral comum, do qual "ambas" as linhagens começaram a divergir ao mesmo tempo. Assim, tanto mutações e eventos de genética de populações que ocorreram independentemente na linhagem dos chimpanzés quanto na dos humanos, contam para a divergência entre as populações.
É mais como, duas pessoas, uma de costas para a outra, andando 100
metros para sua respectiva frente, totalizando 200m de diferença.
Isso só seria válido se Haldane estivesse cálculando a diferença genética entre o Homem e o Chimpanzé.Mas não é isso que ele faz.Ele calcula a diferença entre o Homem e o seu ancestral comum.
Chimpanzé<-------------------- Ancestral ----------------------> Homem
Concorda que não importa o quanto o chimpanzé se afaste isso não muda a distância entre o homem e o seu ancestral ?
Isso é porque o texto inicial do talk origins era:
Claim CB121:
J. B. S. Haldane calculated that new genes become fixed only after 300 generations due to the cost of natural selection (Haldane 1957). Since humans and apes differ in 4.8 × 107 genes, there has not been enough time for difference to accumulate. Only 1,667 nucleotide substitutions in genes could have occurred if their divergence was ten million years ago.
http://www.talkorigins.org/indexcc/CB/CB121.html
Ou seja, essa diferença de 4.8 × 107 genes, entre humanos e antropóides, não tem nada a ver com o que Haldane calculou, que seria a possibilidade de substituições
em uma linhagem, de acordo com os pressupostos de Haldane, e dentro 10 milhões de anos, o que não daria de forma alguma conta dessa divergência colocada aí, para a qual, teriam que ser somados cálculos análogos com as divisões de cada uma das outras linhagens de antropóides.