Autor Tópico: o "dilema de Haldane" e a evolução humana  (Lida 20062 vezes)

0 Membros e 1 Visitante estão vendo este tópico.

Offline Nina

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 5.805
  • Sexo: Feminino
    • Biociência.org
Re: o "dilema de Haldane" e a evolução humana
« Resposta #50 Online: 20 de Setembro de 2006, 19:31:47 »
Citar
Análise combinatória, lembra? Matéria de segundo grau... revise e verás.

E concordo com a sugestão (que devia ser por ti adotada) de se estudar antes de querer debater.

Minha amiga eu sou formado em Ciências atuariais, você vai querer me ensinar análise combinatória ? Ao invés de fazer espuma , por que você não faz uma demonstração de como uma mutação neutra pode se fixar sem pegar carona com um gene seletivo usando uma população hipotética ?


Meu amigo, se você é tão bam-bam-bam assim em matemática e estatística, quem serei eu para lhe ensinar?

Um alelo pode se fixar e sumir da mesma forma. Se pode sumir, porque não poderia se fixar? Você acha que invariavelmente uma característica neutra deve sumir. Quem tem que provar porque isso seria verdadeiro é você, é você que está quebrando um paradigma do neutralismo!

O fato é que se você ainda não aprendeu, como está aqui, falando tanta coisa com uma suposta propriedade? Já leu Kimura ou suas idéias em versões mais reduzidas em livros-texto de genética evolutiva?

Ah, por acaso vc se formou na Estácio? :P
Ah, só para lhe lembrar: argumento de autoridade não vale nada aqui! Falácias não são permitidas neste fórum.
"A ciência é mais que um corpo de conhecimento, é uma forma de pensar, uma forma cética de interrogar o universo, com pleno conhecimento da falibilidade humana. Se não estamos aptos a fazer perguntas céticas para interrogar aqueles que nos afirmam que algo é verdade, e sermos céticos com aqueles que são autoridade, então estamos à mercê do próximo charlatão político ou religioso que aparecer." Carl Sagan.

Offline DeadLock

  • Nível 13
  • *
  • Mensagens: 261
  • Sexo: Masculino
Re: o "dilema de Haldane" e a evolução humana
« Resposta #51 Online: 20 de Setembro de 2006, 19:37:07 »
Citar
Procure por Kimura... O livro "Evolutionary Genetics" do Maynard Smith é excelente neste tema. Em populações pequenas, alelos são fixados muito mais por deriva do que por seleção natural... Como eu comentei, isso é básico.

Para um alelo ter fixação por deriva isso significa que ele tinha maior frequencia e foi eliminado um alelo de menor frequencia.E por que será que ele tem mais frequencia ? Por que tem maior valor seletivo do que o de menor frequencia. O alelo só é eliminado por deriva se ele tem baixa frequência.Para mutação neutra se fixar ela têm que acontecer no individuo que tem alelos de mais frequência.Ela por si só não tem como se fixar sem pegar carona, por que se é uma mutação é óbvio que sua frequencia é 1, então na verdade é mais fácil a deriva eliminá-la do que fixá-la.

Offline DeadLock

  • Nível 13
  • *
  • Mensagens: 261
  • Sexo: Masculino
Re: o "dilema de Haldane" e a evolução humana
« Resposta #52 Online: 20 de Setembro de 2006, 19:41:07 »
Citar
Um alelo pode se fixar e sumir da mesma forma. Se pode sumir, porque não poderia se fixar? Você acha que invariavelmente uma característica neutra deve sumir. Quem tem que provar porque isso seria verdadeiro é você, é você que está quebrando um paradigma do neutralismo!

Eu não disse que uma mutação neutra não pode se fixar, eu disse que ela não pode se fixar sem pegar carona com gene seletivo.

Offline Buckaroo Banzai

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 38.735
  • Sexo: Masculino
Re: o "dilema de Haldane" e a evolução humana
« Resposta #53 Online: 20 de Setembro de 2006, 19:43:00 »
do site de Walter Remine, o principal criacionista dedicado a levantar o custo de seleção como empecilho para a evolução humana (ainda que aceite a ancestralidade comum de canídeos!):

Citar
Haldane's Dilemma puts a limit on the rate of beneficial evolution.  It does not limit the rate of neutral or harmful evolution, which can be far more rapid.

[...]

Moreover, cost arguments put a limit on the beneficial substitution rate. For realistic species, the neutral substitution rate, and the harmful substitution rate, are unlimited by cost, and can be rapid.

Offline Nina

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 5.805
  • Sexo: Feminino
    • Biociência.org
Re: o "dilema de Haldane" e a evolução humana
« Resposta #54 Online: 20 de Setembro de 2006, 19:43:56 »
Citar
Procure por Kimura... O livro "Evolutionary Genetics" do Maynard Smith é excelente neste tema. Em populações pequenas, alelos são fixados muito mais por deriva do que por seleção natural... Como eu comentei, isso é básico.

Para um alelo ter fixação por deriva isso significa que ele tinha maior frequencia e foi eliminado um alelo de menor frequencia.E por que será que ele tem mais frequencia ? Por que tem maior valor seletivo do que o de menor frequencia. O alelo só é eliminado por deriva se ele tem baixa frequência.Para mutação neutra se fixar ela têm que acontecer no individuo que tem alelos de mais frequência.Ela por si só não tem como se fixar sem pegar carona, por que se é uma mutação é óbvio que sua frequencia é 1, então na verdade é mais fácil a deriva eliminá-la do que fixá-la.
Citar
Um alelo pode se fixar e sumir da mesma forma. Se pode sumir, porque não poderia se fixar? Você acha que invariavelmente uma característica neutra deve sumir. Quem tem que provar porque isso seria verdadeiro é você, é você que está quebrando um paradigma do neutralismo!

Eu não disse que uma mutação neutra não pode se fixar, eu disse que ela não pode se fixar sem pegar carona com gene seletivo.

Minha nosssa.... então prove tudo isso!

DERIVA GENÉTICA pressupõe  que as freqüencias alélicas oscilem ao acaso. Para você parece que não. É isso?

Fico aqui me perguntando... se nem isso você entendeu sobre neutralismo e deriva, o que você sabe sobre então?
"A ciência é mais que um corpo de conhecimento, é uma forma de pensar, uma forma cética de interrogar o universo, com pleno conhecimento da falibilidade humana. Se não estamos aptos a fazer perguntas céticas para interrogar aqueles que nos afirmam que algo é verdade, e sermos céticos com aqueles que são autoridade, então estamos à mercê do próximo charlatão político ou religioso que aparecer." Carl Sagan.

Offline Nina

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 5.805
  • Sexo: Feminino
    • Biociência.org
Re: o "dilema de Haldane" e a evolução humana
« Resposta #55 Online: 20 de Setembro de 2006, 19:50:03 »
Citação de: Dr. Paulo Otto

Deriva Genética

O que foi visto foi a análise de um processo em que, dadas as condições de uma determinada população (tamanho e freqüência), podemos determinar as probabilidades da população estar na mesma condição (freqüências gênicas iguais) ou em condições diferentes. Como a deriva genética é um processo de amostragem casual, não podemos prever o que pode acontecer com a freqüência gênica de uma determinada população pequena.
   O que pode ser feito, no entanto, é estudar o comportamento de um número muito grande de populações com mesmo tamanho, em que podemos esperar que algumas aumentem as freqüências gênicas, outras diminuam e outras permaneçam com freqüências gênica iguais.
   A teoria da Estatística nos fornece meios de prever a dispersão das freqüências gênicas em muitas populações. Para isso, usamos a medida da variância, na enésima geração, em um grupo de populações que na geração 0 têm as mesmas freqüências gênicas. A previsão da variância no decorrer das gerações exige conhecimentos avançados de Estatística.

Apostila de Genética de Populações usada na disciplina de Processos Evolutivos do Curso de Ciências Biológicas da USP.

Editei para adicionar a apostila no formato pdf ao final da mensagem. Por favor, leiam a apostila. Se forem usá-la, citem a autoria do Dr. Paulo Otto.
« Última modificação: 20 de Setembro de 2006, 19:54:40 por Nina »
"A ciência é mais que um corpo de conhecimento, é uma forma de pensar, uma forma cética de interrogar o universo, com pleno conhecimento da falibilidade humana. Se não estamos aptos a fazer perguntas céticas para interrogar aqueles que nos afirmam que algo é verdade, e sermos céticos com aqueles que são autoridade, então estamos à mercê do próximo charlatão político ou religioso que aparecer." Carl Sagan.

Offline DeadLock

  • Nível 13
  • *
  • Mensagens: 261
  • Sexo: Masculino
Re: o "dilema de Haldane" e a evolução humana
« Resposta #56 Online: 20 de Setembro de 2006, 19:52:25 »
Citar
O que eu estou dizendo é que isso não tem lógica. Se um gene mais vantajoso impede a fixação de outros genes vantajosos em outros loci, por essa lógica deveria promover a fixação de mutações desvantajosas nesses outros loci, mesmo sem ser por carona. (o que não acontece, no máximo mutações desvantajosas em outros loci demoram mais a ser eliminadas ou permanecem em freqüências baixas).

O que ocorre na verdade é que genes de diferentes loci são relativamente independentes numa população sexuada, não importando tanto que hajam genes mais adaptativos em outros loci; se ele é mais adaptativo que seus concorrentes do mesmo locus, é contra eles que vai "disputar", não tanto contra um gene de outro locus.

Parece que voces não estão entendendo que fixar significa 100% de frequência.Eu vou dar exemplo prático.

Imagine que surja duas mutações equivalentes em uma população.A mutação A torna o individuo mais forte e a mutação B torna o individuo mais veloz.Se as mutações são equivalentes ou seja, o mais forte tem a mesma probabilidade de viver que o mais veloz, teremos depois de eliminar os individuos que não tem as mutações as seguintes possibilidades: AX, XB, AB

Para o mais forte se fixar não poderiam existir fracos, mas os fracos velozes conseguem sobreviver.Para os velozes se fixarem não poderia existir lentos, mas os fortes e lentos vão sobreviver.Ou seja teremos um aumento da variabilidade genética, mas fixação não teremos.

Offline DeadLock

  • Nível 13
  • *
  • Mensagens: 261
  • Sexo: Masculino
Re: o "dilema de Haldane" e a evolução humana
« Resposta #57 Online: 20 de Setembro de 2006, 20:03:03 »
Citar
Minha nosssa.... então prove tudo isso!

DERIVA GENÉTICA pressupõe  que as freqüencias alélicas oscilem ao acaso. Para você parece que não. É isso?

Fico aqui me perguntando... se nem isso você entendeu sobre neutralismo e deriva, o que você sabe sobre então?


Lembra da análise combinatória ? a deriva acompanha o cálculo probabilistico, quanto mais frequente um gene menor a probabilidade de ele sumir por deriva e quanto menos frequente maior a probabilidade de ele sumir por deriva

Offline Nina

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 5.805
  • Sexo: Feminino
    • Biociência.org
Re: o "dilema de Haldane" e a evolução humana
« Resposta #58 Online: 20 de Setembro de 2006, 20:04:30 »
Pr
Citar
Minha nosssa.... então prove tudo isso!

DERIVA GENÉTICA pressupõe  que as freqüencias alélicas oscilem ao acaso. Para você parece que não. É isso?

Fico aqui me perguntando... se nem isso você entendeu sobre neutralismo e deriva, o que você sabe sobre então?


Lembra da análise combinatória ? a deriva acompanha o cálculo probabilistico, quanto mais frequente um gene menor a probabilidade de ele sumir por deriva e quanto menos frequente maior a probabilidade de ele sumir por deriva


E onde diz que precisa estar ligado a outro, como você disse que necessariamente seria?
"A ciência é mais que um corpo de conhecimento, é uma forma de pensar, uma forma cética de interrogar o universo, com pleno conhecimento da falibilidade humana. Se não estamos aptos a fazer perguntas céticas para interrogar aqueles que nos afirmam que algo é verdade, e sermos céticos com aqueles que são autoridade, então estamos à mercê do próximo charlatão político ou religioso que aparecer." Carl Sagan.

Offline Nina

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 5.805
  • Sexo: Feminino
    • Biociência.org
Re: o "dilema de Haldane" e a evolução humana
« Resposta #59 Online: 20 de Setembro de 2006, 20:06:50 »
Programinhas grátis para brincar de genética de populações (um só de deriva):

- pode usar, baixar e repassar, mas tem que citar o autor (Dr. Paulo Otto).

 :wink:

Ah, tem esse link também, do Templeton: http://www.ib.usp.br/~otto/drift2.pdf
"A ciência é mais que um corpo de conhecimento, é uma forma de pensar, uma forma cética de interrogar o universo, com pleno conhecimento da falibilidade humana. Se não estamos aptos a fazer perguntas céticas para interrogar aqueles que nos afirmam que algo é verdade, e sermos céticos com aqueles que são autoridade, então estamos à mercê do próximo charlatão político ou religioso que aparecer." Carl Sagan.

Offline DeadLock

  • Nível 13
  • *
  • Mensagens: 261
  • Sexo: Masculino
Re: o "dilema de Haldane" e a evolução humana
« Resposta #60 Online: 20 de Setembro de 2006, 20:17:42 »
Citar
E onde diz que precisa estar ligado a outro, como você disse que necessariamente seria?

Talvez eu esteja usando uma expressão que está gerando confusão.

Quando eu digo ligado, não é uma ligação física ou bioquímica. È que a mutação ocorra em um individuo que tenha um gene com maior valor seletivo.Esse individuo tem mais probabilidade de procriar e passar os genes adiante tanto o seletivo como a mutação neutra.A prole que herdar os dois genes vai ter mais probabilidade de procriar e continuar a espalhar os dois genes e assim por diante.

Offline DeadLock

  • Nível 13
  • *
  • Mensagens: 261
  • Sexo: Masculino
Re: o "dilema de Haldane" e a evolução humana
« Resposta #61 Online: 20 de Setembro de 2006, 20:20:17 »
Citar
Ah, só para lhe lembrar: argumento de autoridade não vale nada aqui! Falácias não são permitidas neste fórum

Eu não cometi falácia de autoriadade. Eu não disse que meu argumento está certo por que eu sou formado em atuária. Voce é que disse que eu preciso estudar análise combinatória.Dizendo que sou atuário provei que voce está equivocada


Offline DeadLock

  • Nível 13
  • *
  • Mensagens: 261
  • Sexo: Masculino
Re: o "dilema de Haldane" e a evolução humana
« Resposta #63 Online: 20 de Setembro de 2006, 20:24:24 »
Citar
A fixação não ocorre instantâneamente, em algum momento haverão mesmo diferentes distribuições de mutações, como por exemplo um terço da população, com as mutações para melhor visão e olfato, quase outra metade com mutações para melhor audição, e o resto com combinações diferentes, apenas uma, ou nenhuma.

Conforme as mutações aumentam em freqüência, aumenta a probabilidade delas se combinarem umas com as outras. Nesse caso, elas não tem que (ou como) eliminar as outras mutações, por causa da reprodução sexuada e por todas representarem vantagem. Ao mesmo tempo, tem vantagem cumulativa, independentemente de alguma delas ser mais vantajosa que as outras duas. As mutações ou combinações mais vantajosas apenas atingirão a fixação antes, e então a ou as que sobraram continuam a substituir seus respectivos genes "concorrentes", tal como seria se fosse uma mutação e episódio de seleção de cada vez.

Ou poderia ser, num cenário que me parece menos provável (por causa da relativa sincronia), que pares de diferentes combinações de mutações chegassem mais ou menos juntamente a um terço da população, sendo que cada gene mutante então estaria presente em dois terços da população. Daí podem surgir combinações mais adaptadas que todas, as com todas as mutações, quanto, mais raramente (porque sua freqüência já é menor, cada um em apenas um terço da população), com dois ou mais dos genes ruins. Tanto as mutações quanto os genes velhos ainda podem ser selecionados de acordo com suas vantagens e desvantagens, rumo à fixação ou à eliminação, não vejo como seria de outra forma, ainda que haja obviamente diferentes velocidades de ascenção na freqüência dos genes.

Acho que inicialmente é relativamente lento, começa a ficar mais rápido conforme o aumento da freqüência favorece o aparecimento de indivíduos com mais de uma mutação ao mesmo tempo, e volta a desacelerar quando esses atingem toda a população, estando cada gene à um terço da fixação. Quando chega aí, seria mais ou menos como no começo, a ascenção de cada mutação ao terço restante da população seria mais lenta mas ainda possível, tal como foi antes, com a vantagem menor representada por cada mutação individualmente.

Tudo bem , você descreveu o processo. Mas coloca em números. Foi o que Haldane fêz. E ele chegou a 1667 mutações fixadas em 10 milhões de anos.
Se você chegar a outro número aí sim voce vai ter argumento.

Offline Nina

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 5.805
  • Sexo: Feminino
    • Biociência.org
Re: o "dilema de Haldane" e a evolução humana
« Resposta #64 Online: 20 de Setembro de 2006, 23:04:43 »
Citar
Ah, só para lhe lembrar: argumento de autoridade não vale nada aqui! Falácias não são permitidas neste fórum

Eu não cometi falácia de autoriadade. Eu não disse que meu argumento está certo por que eu sou formado em atuária. Voce é que disse que eu preciso estudar análise combinatória.Dizendo que sou atuário provei que voce está equivocada

Usou sim... mesmo que você fosse formado em estatística não teria que necessariamente saber análise combinatória. Espera-se que saiba, mas não é porque tem o grau de bacharel que sabe.

Se assim fosse, você não deveria discutir comigo ou com o Atheist, visto que estamos falando de evolução e genética evolutiva.

Além disso, não foi você que nos mandou estudar genética?  :stunned:
« Última modificação: 20 de Setembro de 2006, 23:11:41 por Nina »
"A ciência é mais que um corpo de conhecimento, é uma forma de pensar, uma forma cética de interrogar o universo, com pleno conhecimento da falibilidade humana. Se não estamos aptos a fazer perguntas céticas para interrogar aqueles que nos afirmam que algo é verdade, e sermos céticos com aqueles que são autoridade, então estamos à mercê do próximo charlatão político ou religioso que aparecer." Carl Sagan.

Offline Nina

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 5.805
  • Sexo: Feminino
    • Biociência.org
Re: o "dilema de Haldane" e a evolução humana
« Resposta #65 Online: 20 de Setembro de 2006, 23:08:02 »
Citar
E onde diz que precisa estar ligado a outro, como você disse que necessariamente seria?

Talvez eu esteja usando uma expressão que está gerando confusão.

Quando eu digo ligado, não é uma ligação física ou bioquímica. È que a mutação ocorra em um individuo que tenha um gene com maior valor seletivo.Esse individuo tem mais probabilidade de procriar e passar os genes adiante tanto o seletivo como a mutação neutra.A prole que herdar os dois genes vai ter mais probabilidade de procriar e continuar a espalhar os dois genes e assim por diante.

Um indivíduo não é um gene, não é dois genes, mas sim um interação complexa de genes. Usa-se exemplos simples para ficar mais didático, mas a coisa não é assim na natureza. Não é completamente aletaório, mas no caso de mutações neutras, as frequências flutuam ao acaso em relação a este locus, já que W (valor adaptativo) e S (coeficiente de seleção) são nulos.

Como não seria física esta ligação se está no mesmo genoma? Da maneira como você fala, está até no mesmo cromossomo, pois considera que 100% dos descendentes tem a mutação.

De qualquer forma sua idéia está errada.
"A ciência é mais que um corpo de conhecimento, é uma forma de pensar, uma forma cética de interrogar o universo, com pleno conhecimento da falibilidade humana. Se não estamos aptos a fazer perguntas céticas para interrogar aqueles que nos afirmam que algo é verdade, e sermos céticos com aqueles que são autoridade, então estamos à mercê do próximo charlatão político ou religioso que aparecer." Carl Sagan.

Offline Nina

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 5.805
  • Sexo: Feminino
    • Biociência.org
Re: o "dilema de Haldane" e a evolução humana
« Resposta #66 Online: 20 de Setembro de 2006, 23:10:17 »
Citar
A fixação não ocorre instantâneamente, em algum momento haverão mesmo diferentes distribuições de mutações, como por exemplo um terço da população, com as mutações para melhor visão e olfato, quase outra metade com mutações para melhor audição, e o resto com combinações diferentes, apenas uma, ou nenhuma.

Conforme as mutações aumentam em freqüência, aumenta a probabilidade delas se combinarem umas com as outras. Nesse caso, elas não tem que (ou como) eliminar as outras mutações, por causa da reprodução sexuada e por todas representarem vantagem. Ao mesmo tempo, tem vantagem cumulativa, independentemente de alguma delas ser mais vantajosa que as outras duas. As mutações ou combinações mais vantajosas apenas atingirão a fixação antes, e então a ou as que sobraram continuam a substituir seus respectivos genes "concorrentes", tal como seria se fosse uma mutação e episódio de seleção de cada vez.

Ou poderia ser, num cenário que me parece menos provável (por causa da relativa sincronia), que pares de diferentes combinações de mutações chegassem mais ou menos juntamente a um terço da população, sendo que cada gene mutante então estaria presente em dois terços da população. Daí podem surgir combinações mais adaptadas que todas, as com todas as mutações, quanto, mais raramente (porque sua freqüência já é menor, cada um em apenas um terço da população), com dois ou mais dos genes ruins. Tanto as mutações quanto os genes velhos ainda podem ser selecionados de acordo com suas vantagens e desvantagens, rumo à fixação ou à eliminação, não vejo como seria de outra forma, ainda que haja obviamente diferentes velocidades de ascenção na freqüência dos genes.

Acho que inicialmente é relativamente lento, começa a ficar mais rápido conforme o aumento da freqüência favorece o aparecimento de indivíduos com mais de uma mutação ao mesmo tempo, e volta a desacelerar quando esses atingem toda a população, estando cada gene à um terço da fixação. Quando chega aí, seria mais ou menos como no começo, a ascenção de cada mutação ao terço restante da população seria mais lenta mas ainda possível, tal como foi antes, com a vantagem menor representada por cada mutação individualmente.

Tudo bem , você descreveu o processo. Mas coloca em números. Foi o que Haldane fêz. E ele chegou a 1667 mutações fixadas em 10 milhões de anos.
Se você chegar a outro número aí sim voce vai ter argumento.


Não tenho que chegar a número algum. Pegue a apostilinha que coloquei noutra mensagem e olhe a parte matemática dela. Eu não gosto de números, sou muito mais teórica. Mas o prof. Paulo é um cara muito interessado em divulgação, e tenho certeza que tiraria suas dúvidas. Durante o segundo semestre de todo ano ele leciona genética de populações no curso de CB da USP. Por que você não assiste suas aulas? Este ano já foi, mas no ano que vem tem novamente. Posso falar com ele por você.

;)
"A ciência é mais que um corpo de conhecimento, é uma forma de pensar, uma forma cética de interrogar o universo, com pleno conhecimento da falibilidade humana. Se não estamos aptos a fazer perguntas céticas para interrogar aqueles que nos afirmam que algo é verdade, e sermos céticos com aqueles que são autoridade, então estamos à mercê do próximo charlatão político ou religioso que aparecer." Carl Sagan.

Atheist

  • Visitante
Re: o "dilema de Haldane" e a evolução humana
« Resposta #67 Online: 20 de Setembro de 2006, 23:11:20 »
Citar
Um alelo pode se fixar e sumir da mesma forma. Se pode sumir, porque não poderia se fixar? Você acha que invariavelmente uma característica neutra deve sumir. Quem tem que provar porque isso seria verdadeiro é você, é você que está quebrando um paradigma do neutralismo!

Eu não disse que uma mutação neutra não pode se fixar, eu disse que ela não pode se fixar sem pegar carona com gene seletivo.

Por favor, comece lendo este texto: http://www.biociencia.org/option=com_content&task=view&id=104&Itemid=83

Depois, sugiro ler mais sobre deriva genética.

E reitero o coro: não venha com argumentos de autoridade, pois você parece não ter a mínimia idéia de com quem está debatendo. Traga argumentos e idéias embasadas, que a discussão fica boa.

Offline Nina

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 5.805
  • Sexo: Feminino
    • Biociência.org
Re: o "dilema de Haldane" e a evolução humana
« Resposta #68 Online: 20 de Setembro de 2006, 23:15:02 »
Ah, tem esse link também, do Templeton: http://www.ib.usp.br/~otto/drift2.pdf
:mrgreen:
http://www.ib.usp.br/~otto/driftsi2.exe

Pois é... depois que coloquei os programas lembrei que poderia ter apenas colocado o link  ;P

Mas o programinha é legal... ele usa para fazer demonstraçõe na sala de aula.
« Última modificação: 20 de Setembro de 2006, 23:17:52 por Nina »
"A ciência é mais que um corpo de conhecimento, é uma forma de pensar, uma forma cética de interrogar o universo, com pleno conhecimento da falibilidade humana. Se não estamos aptos a fazer perguntas céticas para interrogar aqueles que nos afirmam que algo é verdade, e sermos céticos com aqueles que são autoridade, então estamos à mercê do próximo charlatão político ou religioso que aparecer." Carl Sagan.

Atheist

  • Visitante
Re: o "dilema de Haldane" e a evolução humana
« Resposta #69 Online: 20 de Setembro de 2006, 23:17:53 »
Citar
E onde diz que precisa estar ligado a outro, como você disse que necessariamente seria?

Talvez eu esteja usando uma expressão que está gerando confusão.

Quando eu digo ligado, não é uma ligação física ou bioquímica.

E eu preciso estudar genética??? Gene ligado é gene ligado. Significa recombinação zero ou muito próxima disso.

Citar
È que a mutação ocorra em um individuo que tenha um gene com maior valor seletivo.Esse individuo tem mais probabilidade de procriar e passar os genes adiante tanto o seletivo como a mutação neutra.A prole que herdar os dois genes vai ter mais probabilidade de procriar e continuar a espalhar os dois genes e assim por diante.


Complicado por causa da recombinação.

Offline Buckaroo Banzai

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 38.735
  • Sexo: Masculino
Re: o "dilema de Haldane" e a evolução humana
« Resposta #70 Online: 21 de Setembro de 2006, 01:35:31 »
Citar
Um alelo pode se fixar e sumir da mesma forma. Se pode sumir, porque não poderia se fixar? Você acha que invariavelmente uma característica neutra deve sumir. Quem tem que provar porque isso seria verdadeiro é você, é você que está quebrando um paradigma do neutralismo!

Eu não disse que uma mutação neutra não pode se fixar, eu disse que ela não pode se fixar sem pegar carona com gene seletivo.

Por favor, comece lendo este texto: http://www.biociencia.org/option=com_content&task=view&id=104&Itemid=83

...aqui foi pra home :|

Offline DDV

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 9.724
  • Sexo: Masculino
Re: o "dilema de Haldane" e a evolução humana
« Resposta #71 Online: 21 de Setembro de 2006, 03:52:40 »
Citar
Nada disso. Uma sequência inteira de um gene pode ser copiada, mantendo o original intacto e depois alterando mais "levemente" a cópia, que passa a produzir outra enzima diferente, ou seja, a quantidadede nucleotídeos diferentes não representa a quantidade de mutações ocorridas
Duplicação genética, como o nome mesmo diz é uma cópia do gene original o que resulta em um resultado nulo, já que esse gene precisa depois sofrer mutações para ter uma função nova , então voce choveu no molhado.


Vejamos:
Suponha que um gene que possui uma seqüencia de 1000 nucleotídeos seja duplicado. Após isso, ele sofre mais duas mutações, uma delas alterando 1 nucleotídeo e outra alterando 2. No total, teremos então 1003 nucleotídeos de diferença, produzidos com 3 mutações.
 Alguém depois, ao querer calcular quantas mutações foram necessárias para produzir essa diferença de 1003 nucleotídeos, poderá dizer que foram necessárias 1003 mutações (se considerar que cada nucleotídeo de diferença foi produzido por um único evento mutacional), ou 501 mutações (se considerar 1 mutação para cada 2 nucleotídeos), sendo que foram apenas 3! Seria uma grande superestimação, não acha?

É essa gigantesca possibilidade de superestimações que eu vejo em cálculos que considerem cada nucleotídeo diferente uma mutação, ou então 2 ou 3. É muito variável a quantidade de nucleotídeos que podem ser envolvidos em uma mutação.
 Somente uma média ponderada da quantidade de nucleotídeos geralmente envolvidas em mutações poderia atenuar essa possibilidade de superestimação.
 

 
Citação de: deadlock
Citar
"Cópias levemente alteradas de genes inteiros"
Por Favor defina "levemente".Toda mutação gera uma cópia levemente alterada de genes inteiros, e daí ? Continua chovendo no molhado


"Levemente" seria uma alteração de uma quantidade extremamente pequena de nucleotídeos quando comparada ao tamanho total do gene.

"Toda mutação gera uma cópia levemente alterada de genes inteiros"

Não. Uma mutação pode alterar um gene sem antes copiá-lo. Nesse caso, não há a possibilidade do gene original continuar existindo, como ocorre quando há cópia. E a diferença entre o original e o mutante seria apenas os nucleotídeos envolvidos, enquanto na cópia seria os nucleotídeos "levemente" alterados mais todo o resto que foi duplicado.

Citação de: deadlock
Citar
(Um exemplo disso é o gene que codifica a enzima "anti-congelante" dos peixes árticos, que é uma cópia levemente alterada de um gene de uma enzima pancreática).

Poderia me informar em quantos nucleotideos eles são diferentes ? E o artigo que prova que um é uma mutação do outro.

Não sei. Vou procurar. Eu vi essa referência no "Livro de Ouro da Evolução", de Carl Zimmer.
O que seria provar que um gene é mutação de outro para você?
 Se uma predição feita a partir dessa hipótese - a de que seria encontrado um gene com a sequência de bases intermediária entre a enzima anti-congelante e a enzima pancreátca - se cumprisse, seria uma prova? Foi o que ocorreu.


Citação de: deadlock
Citar
Portanto, a existência de portadores de outras mutações benéficas diminuem o custo de fixação de uma determinada mutação justamente porque a adaptabilidade desses portadores em relação à mesma será maior do que 0,99 ( o s deles será menor do que 0,1). Não há portanto essa de que a única forma do custo ser reduzido é se as mutações ocorrerem no mesmo indivíduo.

Voce continua não entendendo.O custo de substituição não é simplesmente a morte do que não tem a mutação, mas o fornecimento do substituto dessa morte que é o que garantirá a sobrevivência da espécie e a proliferação do novo gene.Por sua vez a velocidade de substituição está limitada pela taxa reprodutiva da espécie.

No meu ver, a quantidade total de mortes que ocorre durante todo o período de fixação é o que menos importa. O que importa é saber se:

1-  A população cairá tanto a ponto de correr risco de extinção antes que os mutantes tenham tempo de se multiplicarem;

2-  A fixação demorará muito.

Para o primeiro caso, o que importa é saber  quantos indivíduos morrerão a cada geração. Se a queda populacional resultante disso não reduzir a população a nada, ou próximo disso, até que a multiplicação dos mutantes inverta a curva populacional, não vejo problemas.
O que eu falei no post sobre a existência de outras mutações benéficas diminuirem o custo é justamente isso: eles não sofrerão redução severa como os não-mutantes, logo, contribuirão para "segurar" a queda populacional enquanto os mutantes não invertem a curva de queda. Quanto mais mutações benéficas equivalentes ou quase coexistirem, mais aliviada será a queda, e menos risco de extinção haverá.

Quanto à segunda questão, a reprodução sexuada pode acelerar o espalhamento da mutação.



Citação de: deadlock
Citar
Para complementar o que eu disse, como os não-mutantes tem menor adaptabilidade em relação a A e B, eles "sumirão" primeiro. A população inicialmente decrescerá, pois eles são a maioria. Mas quando os portadores de A ou de B passarem a ser maioria, a população total poderá voltar crescer (nascimentos superando mortes)

Só que voce tem que colocar isso em números.Se a taxa de seletividade for maior que a capacidade de A e B de repôr, a espécie irá a extinção.Mas se por outro lado você reduzir a taxa de seletividade a fim de que A e B possam pagar então a fixação vai demorar mais tempo.Taí o dilema de novo.Não se esqueça que estamos falando de mamíferos e não de bactérias ou insetos.

Ok. Mas isso não respondeu em nada ao meu post. Ele afirma que a eliminação primeira dos não-mutantes deixa somente os mutantes, e a reprodução sexuada acelerará o processo de fixação de ambos os genes na população.


Citação de: deadlock
Citar
Eles não podem se encontar via reprodução sexuada? Por quê?

Fixação de um alelo significa que ele atingiu a frequência de 100%.Ou seja, no caso do exemplo, só poderia existir individuos ABC.Mas como os genes têm o mesmo valor seletivo, na verdade o que vamos ter é uma população de ABC, AXX, ABX,AXC e etc. Sem nenhuma combinação se fixando.


Você está afirmando que ABC não teria maior adaptabilidade do que AXX, ABX, etc ? Por quê?

Citação de: deadlock
Citar
Afinal de contas, "custo de fixação" é a quantidade de mortes que ocorrerão entre indivíduos que não possuem uma mutação benéfica devido às suas desvantagens adaptativas, mortes essas que os possuidores da mutação terão que cobrir; ou é simplesmente "a quantidade de indivíduos que não possuem uma mutação que "precisam" ser removidos"?

Na verdade, o custo de fixação é a quantidade de individuos que não possuem uma mutação que precisam ser removidos. Pagar o custo já é fornecer os individuos que irão substituir essas mortes. Eu falei em tempo por que estamos diante de um dilema.Para tornamos o custo pagável pelos mamíferos temos que transformar esse custo em tempo.Mas concordo que acabei dando margem para confusão.

Até que me provem o contrário, o custo total de fixação é totalmente irrelevante. Só são relevantes as "prestações". 

Citação de: deadlock
Citar
Por que você acha que os três genes não podem “se toparem” nos mesmos indivíduos via reprodução sexuada?

Eles podem se topar via reprodução sexuada.Como disse anteriormente, como eles têm o mesmo valor seletivo então eles não vão se fixar, ou seja nenhum vai atingir 100% de frequência.

A resposta disso é essa pergunta:

Citação de: deadlock
Citar
Por que você afirma que ABC teria o mesmo valor seletivo em um indivíduo do que A, B ou C isolados?

Por que para ABC ter maior valor seletivo, significa que algum dos 3 genes tem maior valor seletivo do que os outros dois então esse gene eliminaria os outros dois.Para que os 3 continuem é necessário que o valor seletivo seja o mesmo.

???????!!!!!!!!!!
O que você acabou de dizer é equivalente a dizer que 3 (1+1+1) seria equivalente a 1 ou 2 (1+1).

Ou então que um indivíduo forte e veloz é equivalente a um forte não-veloz, ou a um fraco veloz.



Não acredite em quem lhe disser que a verdade não existe.

"O maior vício do capitalismo é a distribuição desigual das benesses. A maior virtude do socialismo é a distribuição igual da miséria." (W. Churchill)

Offline DDV

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 9.724
  • Sexo: Masculino
Re: o "dilema de Haldane" e a evolução humana
« Resposta #72 Online: 21 de Setembro de 2006, 04:00:57 »
Citar
“Na reprodução sexuada os descendentes não herdam os cromossomos intactos de seus pais.Por isso cada mutação tem que pagar seu custo de fixação independentemente”

Por que ?

Por que se um individuo tem duas mutações que não são no mesmo locus, então a tendência é que essas mutações se espalhem entre os descendentes de forma individual ao invés de todos os descendentes herdarem as duas mutações.Essa é uma caracteristica da reprodução sexuada


Bom, alguns herdarão e alguns não herdarão as duas mutações juntas.
Na reprodução assexuada, ninguém herdaria as duas mutações juntas.
Não acredite em quem lhe disser que a verdade não existe.

"O maior vício do capitalismo é a distribuição desigual das benesses. A maior virtude do socialismo é a distribuição igual da miséria." (W. Churchill)


Offline DDV

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 9.724
  • Sexo: Masculino
Re: o "dilema de Haldane" e a evolução humana
« Resposta #74 Online: 21 de Setembro de 2006, 04:22:08 »
Citar
Eu não enxerguei até o momento erros de Buckaroo.
 Faça o seguinte: mostre nesse meu post, frase por frase, o que tem de errado.
Primeiro, voce diz que Haldane partiu do pressuposto de que as mutações são em fila indiana.Isso não é verdade, mesmo por que o fato das mutações ocorrerem simultâneamente em individuos diferentes não muda nada.

Claro que muda. A fixação de 2 mutações benéficas que coexistem simultaneamente é muito mais rápida do que a fixação das mesmas em fila indiana. Só não mudaria nada se não houvesse reprodução sexuada.

Citação de: deadlock
Segundo, voce só se preocupa com as mortes mas esquece que essas mortes têm que ser pagas com excesso reprodutivo que por sua vez é limitado pela taxa de reprodução da espécie.

Não entendi. Onde eu esqueci isso?
Eu sugeri que você respondesse às minhas frases originais, e não que as "parafraseassem", mas tudo bem.

Citação de: deadlock
Terceiro, na reprodução sexuada até que todos os genes se fixem voce não tem garantia de que todos os descendentes vão nascer com os genes mutados. Por exemplo, se ABC cruza com AXC, voce não tem garantia de que todos os descendentes vão ser ABC, e como os mamíferos tem uma taxa de reprodução baixa isso atrasa muito a fixação.

E daí que nem todos os descendentes não herdarão o gene mutante? Na reprodução assexuada, ninguém herdaria. O que seria atraso maior?
O que você vem falando sobre "não importar se há mutações benéficas simultâneas" equivale a dizer que não há reprodução sexuada.   

Citação de: deadlock
Quarto, Como toda mutação começa com um individuo e geralmente é recessiva a probabilidade de que ela seja eliminada por deriva é imensa.

Eu falei sobre deriva no meu post?
Realmente existe a possibilidade, principalmente se a população for pequena. Mas a deriva eliminar sempre ou na maioria das vezes justamente as mutações benéficas que surgirem é algo que não dá pra contar, concorda?


Não acredite em quem lhe disser que a verdade não existe.

"O maior vício do capitalismo é a distribuição desigual das benesses. A maior virtude do socialismo é a distribuição igual da miséria." (W. Churchill)

 

Do NOT follow this link or you will be banned from the site!