É a tentativa de manter a igualdade de oportunides para os cidadãos.
É o que eu disse antes: fazer mais do que oferecer educação e outros serviços básicos, apenas básicos, a pessoas de baixa renda é paternalismo.
Chamar politicas sociais de transferência de renda baseado em aspectos negativos que não são preponderantes de paternalismo é criar um espantalho da situação.
Tratar de tomar a propriedade alheia, mesmo que por meio de impostos, para dar aos outros que menos têm não é uma "tentativa de manter oportunidades iguais":
Com base no que faz tal afirmativa? Impostos são atribuições legais do estado democrático de direito. E entre suas funções é garantir os direitos básicos e constitucionais a todos.
passa a ser uma agressão à propriedade, à liberdade individual (considerando que a segunda não existe plenamente sem a primeira).
Veja a "propriedade" privada no Brasil, são dados de 2000.
A concentração de renda no Brasil gerou cinco categorias de grupos sociais, segundo indicadores do desenvolvimento, publicados há um mês pelo Banco Mundial: os miseráveis, que correspondem a 24 milhões; os pobres, 30 milhões; os quase pobres, 60 milhões; a classe média, 50 milhões, e os ricos, 2 milhões.
A dramaticidade desta concentração está no fato de que a renda média dos mais ricos é 150 vezes maior que a renda média dos mais pobres. A riqueza privada no Brasil está na ordem de R$ 2 trilhões. Os ricos controlam 53% deste valor. ‘‘Não há evidência no mundo de país em que isso ocorra.
http://www.sociologos.org.br/textos/outros/conctrda.htm
A situação dos miseráveis que são os atendidos pelo bolsa família é uma situação de pobreza limite, com renda inferior a R$ 120,00.
ele está interferindo no andamento natural da economia, o qual tende a uma ordem espontânea
Aqui entramos no campo das crenças econômicas. Seu raciocínio se desenvolve a partir desta crença.
Isso não é crença. Isso é um fato lógico e bastante evidente na realidade. Dê uma lida neste texto do Constantino e diga-me a sua opinião sobre ele: http://rodrigoconstantino.blogspot.com/2007/05/ordem-espontnea.html.
É crença sim. Veja:
Será a economia uma religião?O texto "A ordem espontânea", se utiliza do pensamento de Hayek para ilustrar o livre mercado, que faz parte do nosso país, como preponderante as economias planejadas do modelo socialista.
A tentativa de oferecer igualdade de oportunidades é devida a injustiça social que tem o sistema educacional como causa. É uma função do governo. Influencia na economia, contribuindo para o aumento do capital intelectual do país.
Sim, tem o sistema educacional como causa. É por isso que repito, a função do estado deve ser também a de garantir um mínimo de educação para os menos favorecidos pelo berço. Fazer mais do que isso é injusto com os outros que têm mais.
E quem é que tem mais no Brasil? É uma pequena parcela da população. E impostos são legais, tem um tópico discutindo o comprometimento dos impostos no Brasil. Mas penso que a ineficiência está relacionada com a corrupção, além da má administração de recursos.
Tem pesquisas que indicam esta situação? Entendo que tenha o aspecto negativo de tais políticas, mas pessoas miseráveis são pessoas sem a menor condição social, com liberdade individual negativa.
[…]
Tem esse aspecto negativo, mas não temos dados de que seja maior que os benefícios de políticas sociais.
[…]
Mas tem dados em que se baseia essas conclusões? Sou cético a tais afirmativas.
A realidade que vemos diariamente é uma fonte de dados bem confiável.
Eu vejo uma realidade diferente da sua, e penso que está enganado em considerar como preponderante os aspectos negativos de tal política social no Brasil.
Não é difícil perceber que uma fonte de renda segura (bolsa família e outros) e de serviços gratuitos oferecidos pelo estado que poderiam ser privatizados faz com que a pessoa se sinta muito mais à vontade para ter filhos, ainda mais se tratando de um casal miserável que nada tem a perder com isso (tem até a ganhar, na verdade).
Não tem embasamento algum, seu pensamento sobre natalidade e programas sociais é pífio.
Paternalismo faz com que as pessoas não tenham responsabilidades pelos seus próprios atos, faz com que as pessoas não saibam viver independente de um estado que as auxilie em tudo. Há um tópico com um texto interessante a respeito: ../forum/topic=11563.0.html
O caso do Brasil não tem nada a ver com o da França, a começar pelas estruturas de suas economias, onde o Brasil está em desenvolvimento e a França já é um país desenvolvido. Se eliminarmos a situação dos miseráveis brasileiros, fazendo com que passem para a linha da pobreza, como é o ideial do projeto, ainda assim, estaremos numa concentração de renda muito distante da realidade francesa.
Uma política econômica voltada para o desenvolvimento.
Tá, mas o que seria uma intervenção estatal na economia que acabaria gerando desenvolvimento?
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Vou utilizar o título do Nóbel da Economia, o Prêmio de Ciências Econômicas, em 1974:
"Por seu trabalho pioneiro na teoria da moeda e flutuações econômicas e pela análise penetrante da interdependência dos fenômenos econômicos, sociais e institucionais".