Um gás, cujas moléculas tenham mais de 3 átomos (poliatômico), que é o caso dos GEE, absorve radiação IV por meio de vibração e rotação de suas moléculas. Ao absorver um quantum de IV, a molécula se excita e roda, seus átomos vibram em torno do centro de massa, e ela passa para um estado energético mais elevado. Porém, vibração e rotação são resultantes da transformação da energia radiante (IV) absorvida em energia mecânica de vibração/rotação. A Física Quântica comprova que o decaimento da molécula excitada para seu estado básico de energia se dá primeiramente por meio de choques elásticos e não por emissão de IV, sendo o processo de perda por choques elásticos 10 mil vezes mais eficiente que o decaimento radiativo. Em volta de cada molécula de CO2, que é o GEE que se apresenta em maior concentração, existem pelo menos 2.600 moléculas de outros gases, como N2, O2 e Ar. Ao vibrar e rodar, a molécula de CO2 se choca com essas outras moléculas e transfere para elas a energia de excitação, contribuindo para um aquecimento do ar que é minúsculo, imensurável e, portanto, desprezível, uma vez que sua concentração é ínfima.
Bem, apesar do autor estar dizendo ser imensurável, seria interessante se o autor tivesse algum modelo alternativo de quanto poderia ser atribuído ao CO2, a partir de uma dada concentração, e o quanto de aquecimento poderia se esperar com maiores concentrações.
Sem isso, parece apenas um "argumento de intuição", e mesmo apenas a correlação, paleoclimática e histórica, já seria bastante sugestiva de que tal aquecimento não é desprezível.
Ora, se a molécula de CO2 perde sua energia por choques, ela não pode emitir energia que já não mais possui. Se o fizesse, estaria contrariando a Lei da Conservação da Energia!
Certamente os cientistas não propõem algo assim.
O mesmo processo ocorre com o CH4 e N2O, cujas concentrações são inferiores à do CO2. Então, a afirmação que “os GEE absorvem radiação IV e emitem em direção à superfície terrestre, aquecendo-a”, é deveras questionável
Talvez até seja, mas acho que mais por se ter que os GEE causam o aquecimento da própria atmosfera (pelo mecanismo que o autor sugere resultar num aquecimento apenas desprezível, imensurável), e não por um reflexo de radiação de volta à superfície, como se os GEE fossem "espelhos".
e o papel dos GEE no efeito-estufa, como descrito pelo IPCC, é improvável.
Acho improvável que o IPCC tenha cometido isso que, me parece, é um erro, mas não é impossível, já que eles mesmos apenas compilam pesquisa, não produzem nada. Acho que a pesquisa na qual se baseiam/literatura em geral deve ter menos desse tipo de erros, pela natureza das publicações.
A radiação IV medida na superfície, proveniente da atmosfera, é emitida pela mistura gasosa denominada “ar”, pois o ar possui “massa”. Um metro cúbico de ar pesa 1,2 kg a 20°C. Quando o ar se aquece, ele emite radiação IV de acordo com a Lei de Stefan-Boltzmann, como o faz todo corpo com temperatura acima do zero absoluto. Não são os GEE que emitem IV e, sim, o ar, composto quase que totalmente (99,9%) de N2, O2 e Ar.
Ele está apenas declarando isso, seria talvez possível fazer um experimento que mostrasse que qualquer proporção de ar + GEEs aqueceria à mesma temperatura, o que acho que é empiricamente sabido como falso.
Existem argumentos adicionais que demonstram que os GEE não interferem na temperatura média global. As bandas de absorção de IV pelo CO2 estão localizadas na região espectral de comprimentos de onda de 4,3 μm e 15 μm. As bandas de absorção do CH4 em 3,3 μm e 7,5 μm, e as do N2O em 4,5 μm e 7,9 μm (1 μm = milionésima parte do metro). A superfície emite o máximo fluxo de radiação IV em 10 μm e emite muito pouca energia na região espectral dos comprimentos de onda em torno de 4 μm e além de 20 μm. Portanto, embora os GEE sejam bons absorvedores nas bandas localizadas em torno de 4 μm, como a emissão da superfície é pequena nessa parte do espectro, a radiação IV absorvida é ínfima e não tem impacto na temperatura global.
Se não me engano existe um bocado de coisa interessante de evidência empírica nesse tema específico, como ser mensurável que a Terra emite menos radiação justamente na banda capturada por CO2, seja ao longo dos anos ou de acordo com concentrações sasonais na atmosfera, não lembro bem.
Novamente o autor apenas fala de termos como "ínfima", contra os cálculos de outros tantos, desde o começo do século passado, ou até fim do retrasado, sugerido o contrário. Se "ínfimo" não é "zero", sempre temos aquele problema de "água mole, em pedra dura, tanto bate até que fura". O aquecimento global projetado seria de 1, 2 graus celsius, não? Acho que por mais "ínfimo" que seja um aumento de temperatura, ele arrisca ser significativo numa mudança que também não é enorme.
Diga-se de passagem, antes que eu me esqueça: é também a "ciência padrão", acho que mais ou menos "independentemente" de se supor que o CO2 antropogênico aquece adicioalmente o planeta ("mais ou menos" porque provavelmente as "duas" teorias evoluíram mais ou menos paralamente ao longo desses dois séculos), que os GEE, incluindo o CO2, são sim, responsáveis pela temperatura do planeta ser tal qual é, e não uma significativamente mais baixa. "Independentemente" a ponto de me parecer que essa negação geral de que a temperatura terrestre tenha como fator os GEEs me parece uma posição minoritária mesmo entre os "céticos" do aquecimento global antropogênico-ou-não.
O H2O? apresenta uma forte e larga banda de absorção em 6,3 μm e bandas de rotação a partir de 16 μm. A radiação IV emitida nas bandas de absorção do CH4 em 7,5 μm e a do N2O em 7,9 μm já é absorvida pelo H2O?, pois sua concentração é muito alta comparada à desses GEE. A concentração do CH4, por exemplo, teria que aumentar de 10 mil vezes para ter efeito comparável ao do H2O?. Logo, esses gases não contribuem significativamente para aquecer o ar. Resta a banda de absorção do CO2 em 15 μm. O cientista alemão Heinz Hug fez medidas de absorção do CO2 nessa banda, e mostrou que a concentração atual desse gás já é suficiente para absorver toda radiação IV emitida nesse comprimento de onda nos primeiros 10 metros da atmosfera. Dobrar a concentração de CO2 não aumentaria a absorção, apenas diminuiria para 5 metros a espessura da camada de ar (caminho óptico) que absorveria totalmente a IV em 15 μm.
De fato é aceito que existe um "teto" para o efeito que cada concentração de gás pode ter no aquecimento global, não é "quanto mais, mais quente", indefinidamente.
Basicamente, CO2 ''transfere'' mais energia por choque.
Até que ponto tudo isso é verdadeiro?Ou é apenas uma ''meia-verdade''que desconsidera outros fatores?
Pelo que entendi/do pouco que conheço, é uma meia verdade que "desconsidera a ela mesma", já que dá o aquecimento como desprezível.
Essas partes de quanta radiação seria absorvida por cada banda e tal talvez ainda tenham contestação mais detalhada que eu não saberia de cabeça, apenas lembro que é uma parte das evidências empíricas apontadas pelos cientistas.
Se o aquecimento global por aumento de C02 é uma ''impossibilidade'' física, as evidências de que o aumento de co2 altera a temperatura global teria que provocar uma alteração na forma como compreendemos a física, ou, o aquecimento simplesmente não acontece por esse motivo.. Ou essa explicação está errada(ou é meia-verdade)enfim, não estou ''afirmando'' nada.
As chances são de que seria simplesmente uma conseqüência, e não causa de aquecimento, como os céticos/negacionistas já afirmam, e não é completamente negado pelos proponentes, que, no entanto, acrescentam que há adicionalmente o efeito de reforço retroalimentativo.
Mas isso seria o de menos, dentro das conclusões apontadas por esse autor. Se isso de GEEs em geral são bobagem, teria que se desenvolver todo um outro modelo para descrever como a Terra mantém sua temperatura, e tentar ver se o novo modelo bate com os dados paleoclimáticos, melhor do que os que se tem dentro da assunção de que há GEE e que o CO2 é um deles, e um dos mais significativos devido a sua "longevidade", acho.
https://www.youtube.com/v/bX4eOg2LaSY