A distinção entre filosofia e religião, nem sempre é clara devido ao enorme conteúdo filosófico da religião.
A religião, entretanto, costuma se diferenciar em um quesito, enquanto a filosofia fica mais voltada ao campo das idéias e questionamentos racionais, o centro da religião está na pratica dos ensinamentos.
Os textos, falam racionalmente sobre coisas que devem ser observadas diretamente, através da pratica religiosa.
Os textos religiosos, são como um dedo apontado para uma verdade.
O "ensinamento" religioso falha por ser anticientífico e dogmático.
Os ensinamentos religiosos não são nem uma coisa nem outra.
Não contrariam a ciência, nem são dogmáticos.
Se eu aponto meu dedo para a lua e, falo sobre ela, você pode questionar isso racionalmente, mas só vai questionar corretamente se, parar de prestar atenção no dedo e, olhar para onde ele aponta. Esqueça o dedo e olhe para lua.
É isso que a pratica faz, as escrituras, apontam para algo e, questionar esse algo racionalmente é bom, mas o questionamento tem que ter base na observação. É a pratica que vai permitir a pessoa observar os fatos sobre os quais os textos falam.
Cada religião tem uma prática específica em seus cultos, e são todas antagônicas entre si, além de contradizerem o saber estabelido científicamente.
Que "cultos"?
Não confunda a pratica religiosa, com rituais feitos em instituições humanas como as igrejas.
Isso são as ritualizações feitas em cima da religião, assunto que inclusive a mesma aborda.
Os ensinamentos práticos não são antagônicos.
Cristianismo, Budismo e Taoismo vão ensinar as mesmas coisas.
Não mentir no cristianismo, vira a palavra correta no budismo.
No cristianismo temos o não cobiçar a mulher do proximo, não se irar, não julgar, etc... Eles viram no Budismo o "eliminar os maus pensamantos e cultivar os bons."
Todas falam sobre eliminar os vícios, ensinam coisas mais especificas para alguns como o celibato, jejuns, clausuras , votos de silencio, o uso de roupas especificas, etc...
Todas tem tecnicas de meditação, como a concentração na respiração, a reza do terço, recitar slmos, etc...
O problema é esse, as religiões só são antagônicas em sua sombra e em suas distorções.
Mesmo dentro do cristisnismo, temos sombras antagônicas, como os católicos X protestantes X evangélicos...
A religião não é institucional, religião e igreja, são coisas distintas.
Bem, os filósofos também costumam falar sobre coisas que observam, até ai, não existe tanta diferença assim.
A questão é o tema.
Alguns religiosos perceberam uma coisa, um problema na mente humana que a torna incapaz de conhecer determinadas coisas.
É assim que nasce o dogma religioso. A imaginação religiosa se torna verdade mesmo sem embasamento.
Eu apontei um problema a ser discutido e, que pode ser facilmente evidenciado...
O unico dogmatismo está em sua atitude, pois por ser uma idéia religiosa, você já define isso como sendo fruto de uma imaginação sem embasamento.
Quando nascemos, não sabemos controlar nossos músculos direito, não conseguimos andar e vamos aprendendo a engatinhar, depois a ficar em pé e dar alguns passos "tortos", depois a andar e a correr.
Com a mente acontece algo semelhante, não sabemos controlar nossa mente direito e, como observamos o mundo através dela, nossa realidade é distorcida. Uma mente sem controle, distorce a realidade.
Para controlar a mente, temos que aprender sobre seu funcionamento e treina-la em busca dessa controle.
Esse é o principal assunto religioso, tudo o mais, gira em torno disso e da pratica que leva a observação disso e, que leva ao controle de nossa própria mente.
Esse é o ponto fundamental que diferencia a religião da filosofia.
A filosofia faz seus questionamentos com base na ciência. A religião com base em seus dogmas. Dizer que não sabemos controlar a nossa mente é um dogma budista, uma religião que "vende" o método de controle da mente.
Não é um dogma Budista, é a descrição de um fato que, inclusive é conhecido pela ciência.
Não temos muito controle sobre nossa mente e, isso se evidencia pela observação dos vícios e de doenças como o TOC.
Isso é muito bem conhecido pela ciência.
A única diferença, é que na religião, entendem a intensidade desse descontrole e, ensinam como corrigi-lo. Esse é o ponto de controvérsia que, felizmente é verificável.
Essa parte da religião, é mais semelhante a psicologia, a diferença está na linguagem e método.
Isso cria grande confusão na mente de muitas pessoas.
Um dos problemas de nossa mente, é "julgar" as coisas o tempo todo, mesmo sem conhece-la, julgamos tudo e, normalmente julgamos algo como sendo "bom" ou "ruim". (pecado original, o conhecimento do bem e do mal, quando Adão e Eva que viviam bem com sua nudez no paraíso, comem do fruto proibido e passam a "julgar" a nudez de seus corpos feitos por Deus, como algo ruim e digno de "vergonha").
A religião trabalha com uma técnica de observação direta.
Observação direta do imaginário dos líderes religiosos que fundamentam seus dogmas através dessa "realidade". Não tem fundamentação alguma e é sempre contraditória com a realidade, principalmente a que a ciência traz.
Dogmatismo seu.
Isso não é um dogma, mas o mero relato de um fato que pode ser facilmente observado.
Veja que o dogma é seu, você afirma de forma dogmática que isso é fantasia e que contraria a ciência...
Isso em nada contraria a ciência, os humanos julgam as coisas como boas ou ruins e isso é um fato, outro fato, é que o homem muitas vezes erra nesse julgamento.
Funciona como uma fisio terapia mental, onde a pessoa pratica um exercício mental que permite a observação da própria mente e, por consequencia, adquire conhecimento sobre seu funcionamento.
Adiquire tal "conhecimento" e contraria tudo o que a ciência pesquisa sobre o cérebro e seu funcionamento. A filosofia da mente trabalha com os avanços da ciência para suas conjecturas, sendo racional.
A religião também é racional e embasada na observação dos fatos.
Nesse quesito tem um conhecimento mais acertado que o da psicologia.
Os ensinamentos também trabalham como exercícios "fisicos", ao tentar controlar a mente, a pessoa através desse "esforço", vai lentamente conseguindo controla-la cada vez mais.
A confusão surge nos ensinamentos, porque eles atacam diretamente os problemas do nosso descontrole mental.
Por exemplo, o ensinamento "NÂO MENTIR".
A maioria das pessoas acaba "julgando" isso de forma moral, não devo mentir porque mentir é errado.
O objetivo do "não mentir" está muito longe de ser um ensinamento "moral", ele tem por objetivo, voltar a atenção da pessoa para a própria mente.
Filosofar a partir do dogma religioso é inconsistente, além de contrário até a própria filosofia da ciência.
E em que essa explicação sobre a função do não mentir contraria a ciência?
Perceba que você esta apenas afirmando coisas e dizendo que contraria a ciência, quando na verdade, nada do que eu disse contraria a ciência.
Afirmar não é argumentar ou refutar...
Se somos mentalmente livres, deveríamos ter a capacidade de apenas dizer a verdade, mas não o fazemos nem podemos faze-lo. Ao tentar não mentir, a pessoa vai observar diretamente os motivos que a fazem mentir.
Mentimos por medo, vergonha, insegurança ou por julgar a outra pessoa incapaz de compreender a verdade.
Tentar não mentir, leva a pessoa a observar as coisas que obrigam a pessoa a mentir, dessa forma ela pode corrigir essas "fraquezas" mentais.
Controlar essas fraquezas, é necessário para se controlar a mente.
Os ensiamentos religiosos, não são regras sobre a forma moral, divina e correta de viver. Eles tem uma função e, são abandonados após sua função ser concluída.
Uma monge budista, por exemplo, praticava o celibato, após atingir a iluminação e se tornar uma Buda, não precisava mais praticar isso e, foi trabalhar como prostituta.
Mesmo como prostituta, tinha seus discípulos e ensinava o celibato.
Argumentação embasada em dogma e sem valor crítico.
Argumentação critica e embasada fatos.
Qual o "dogma" usado como embasamento?
Você nem tentou refutar a lógica e o raciocino apresentado... Só fez foi afirmar tolices...
Uma mente fora de controle, está em um estado que causa um tipo de "sono" ou "sonho".
É esse "sonho" de uma mente descontrolada, a causa da maioria de nossos sofrimentos.
Nesse estado mental, não temos liberdade real, temos pouca atenção e concentração, ficamos semi-conscientes, mas nos movemos em grande parte de forma inconsciente e, esquecemos diversas coisas e ficamos cegos a outras.
Controlar isso tudo, é como "acordar", ficamos mais conscientes, mais atentos, mais acordados…
Muitas coisas acontecem no estado verdadeiramente desperto da mente, temos paz e silencio interior, paramos de distorcer a realidade, nossa visão e todos os sentidos melhoram, não sentimos tristeza ou qualquer outro sentimento ruim, além de conhecermos sentimentos novos, um deles é inclusive 100 vezes mais forte que a paixão.
Estar nesse estado, é estar em êxtase, é atingir o "nivana", é conhecer o "reino dos céus".
Isso supostamente pode levar a coisas como, o fim da morte e do sofrimento.
Especulando, talvez isso signifique controle sobre o nosso corpo, o fim das doenças, se a realidade for co-criação da mente, talvez signifique controle sobre o mundo a nossa volta, como mover montanhas com o pensamento.
As primeiras coisas eu já experimentei e comprovei pessoalmente, as especulações, são apenas questionamentos com base na pratica de sonhos lúcidos.
Veja, ninguém pode NEGAR isso tudo como "possibilidade".
A ciência nega, e ainda explica esses desvios "teóricos", seja através da sociologia ou da antropologia.
A ciência não nega isso, ela desconhece o que é MUITO diferente...
Depois, você deveria saber que sociologia e antropologia não estudam a religião, apenas a forma como as pessoas giram em torno dela... Isso é dito pelos próprios.
Cuidado com explicações de ciências humanas, elas apontam "possibilidades" racionais, não são fatos comprovados e, muitas vezes se enganam.
Dependendo do que se observa, isso pode parecer mais ou menos "provável".
Essa é a questão da pratica, pratica leva a observação de fatos.
Vemos supor que alguém questione isso tudo e, levante a possibilidade disso ser apenas uma "ilusão" mental.
Bem, e quem disse que a "ilusão" não está ocorrendo agora? (é isso que a religião diz).
Questionar se é ilusão, não nos permite uma resposta negativa ou afirmativa.
Muitos após levantar a hipótese de "ilusão", logo em seguida concluem que a hipótese ilusão, não é uma hipótese e sim um fato… Isso tudo não passa de ilusão mental.
Dogma budista, tão maléfico quanto de outras religiões. Dogma é sempre um desvio da realidade.
Displicências ao ler o texto...
Dizer que isso é "tudo ilusão", é o argumento mais comum de alguns ateus.
Ou seja, nada a ver com dogma Budista.
Você está lendo o texto de forma dogmática e, por isso, se desviando da realidade do texto.
Aponte onde está o dogma e refute o que está escrito, é melhor que ficar apenas "afirmando" coisas.
Tudo o que eu estou dizendo aqui, tem base na observação dos fatos e, pior que isso, na minha interpretação desses fatos.
Você não aponta o erro, só afirma que são "dogmas"...
Até que isso ocorra, bem a minha "teoria" e "interpretação", continuam sendo "corretas".
É aqui que entra a importância da observação direta proporcionada pela pratica.
Eu não posso dizer o que é realmente isso tudo, mas pela observação, eu pude concluir que ilusão isso não é, muito pelo contrario, o estado de maior ilusão, é o que vivemos atualmente.
A observação, permite afastar as hipóteses falsas, de modo que possamos nos concentrar nas outras hipóteses que ainda são plausiveis.
A religião ensina a fazer a sua imaginação a valer tanto quanto a dos "mestres" e vender suas idéias assim como as comprou.
Mais afirmações sem argumentos...
É sobre isso que o textos fala.
Sobre a religião, ao invés de ser baseada em crenças, superstições e rituais, ser na realidade baseada no conhecimento desse fato sobre a mente e, sobre as coisas que a mente distorce e/ou ignora.
O mais importante é que isso é VERIFICAVEL, na religião é oferecido uma forma de se verificar e comprovar isso tudo. (ou seja, independe de crença).
Basta para isso o estudo e a pratica.
É importante ressaltar esse ponto, o questionamento (estudo) deve estar apoiado pela observação (pratica).
Apenas questionar racionalmente, não permite refutar e descartar as hipóteses faltas.
A maior crença é essa, a de que a religião é um conhecimento superior. E vender essa idéia faz parte, pois se você teve esse "conhecimento" meditando e é um ser superior qualquer um pode. Mas argumento é muito usado.
É uma evidência anedótica.
Como eu já disse antes... Não posso provar nada pra ninguém, nem ninguém pode me provar qualquer coisa.
A questão, é que a religião não oferece apenas evidência anedótica, a religião nesse ponto é como a ciência, além do relato, ela oferece um meio de
verificação e, é isso o que importa.
Quanto as crenças, rituais, superstições e distorções
Existem alguns contos budistas, que falam sobre como, contrariando os ensinamentos dos Budas, as pessoas colocam na religião superstições e rituais tolos. Eles conhecem esse problema humano de distorcer as coisas.
Cristo, por exemplo, é quase um ateu militante, pregando sobre como os religiosos de sua época distorcem a verdade sobre a religião deles, chegou a chama-los de cegos guiando cegos… Inclusive foi crucificado por isso.
Só que não adiantou, pois a maioria dos "pastores" de hoje, comentem os mesmo erros daqueles criticados por Cristo.
Ateísmo militante é se defender dessas barbaridades proclamadas por religiosos como sendo conhecimento.
E dogmatismo é negar o que ignora (desconhece)...
Entre a religião e sua sombra, são muitos pontos para se abordar e, todos eles, já estão presentes nas muitas religiões, sejam em passagens da biblia cristã ou em contos budistas.
Essas idéias já foram melhor apresentadas e discutidas no fórum religião é veneno, ficando difícil e demorado, discutir todos os pontos aqui, pois trata da religião, das distorções e mesmo das ciências.
Mas está bem claro o seu pensamento de ser superior pois tem a prática religiosa, e enquanto alguém não fizer a mesma prática sua não vai poder dialogar no mesmo "nível" de conhecimento, pois tem as "ditorsões" que o dogma budista "ensina".
Em momento algum eu me digo superior... isso é complexo de inferioridade seu.
Eu não atingi a iluminação e sou tão iludido quanto qualquer um.
Agora, é fato de que tirar conclusões sobre algo que desconhece, é em alguns casos dogmatismo e em outros preconceito.
Seria alguém negar a eficácia da aspirina, ou como um analfabeto questionar o teorema de Pitágoras.
Quem "desconhece" algo, tem que manter o ceticismo e a mente longe do dogmatismo.
Aceitar as coisas como "possibilidades" e, julga-las mais ou menos "prováveis", seria no caso a atitude cética.
Eu por exemplo, não sei quase nada sobre evolucionismo e considero a teoria da evolução uma "possibilidade", entretanto, pelo conhecimento que tenho, imagino ela como mais "improvável" que outras "possibilidades" e, posso estar errado em julga-la assim.
Em momento algum eu cometeria o erro de me apegar a certas idéias e NEGAR a evolução, sendo que desconheço o assunto e as evidências.
Já você, NEGA toda a idéia apresentada e, sem conhecimento de causa para tal, NEGA sem observar as evidências.pois
Estás a tomar a mesma atitude dogmática dos criacionistas negadores da evolução...