Por que os sacerdotes católicos são chamados em português (português brasileiro apenas?) de "padre" e "madre", e não de "pai" e "mãe", já que é o caso em espanhol e em inglês, e suponho que em outros idiomas também?
Eu sempre acho meio esquisito quando vejo um filme ou leio alguma coisa com "father" como "padre". Para mim "padre" sempre foi uma palavra com um significado próprio, sem nada a ver com "pai".
Talvez devesse estar num "perguntas religiosas que não merecem um tópico próprio".
Padre é o título com que, nas línguas ibéricas, são chamados os fiéis católicos cuja função é, em primeiro lugar, segundo o concílio Vaticano II, pregar a Palavra de Deus contida, pelo cristianismo de denominação católica, na coleção de setenta e dois (ou setenta e três, conforme a divisão) livros à qual dão o nome de "Bíblia", "Testamento" ou "Escritura", e dessa forma entendido como "protetor/pai, da palavra da Bíblia, Testamento ou Escritura", segundo entendimento de uma maioria de teológico católicos e não - católicos.
Como foi dito acima, portanto, não há unanimidade, sobre qual seria o melhor termo para se se referir àquele que é intitulado padre, missionário, pastor, cura e muitos outros que tentam a tradução sem indução dessa tradução, uma vez que vem do aramaico antigo.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Padre

http://www.etimo.it/?term=padre
Bem, permanece a dúvida, por que "padre"/"madre" não são traduzidos em português (brasileiro, ao menos) para "pai" como é no inglês (father/mother), sendo que em espanhol e pelo menos italiano já têm esse duplo significado. Em português é como se a palavra tivesse "divergido evolutivamente" na semântica, uma "linhagem" evolui para "pai"/"mãe" e manteve o significado de progenitor, enquanto em outra se manteve o "fenótipo" anterior, se mantendo o outro significado (sacerdote), agora próprio.
Imagino que talvez isso fosse explicado com algo como os portugueses, ou talvez os brasileiros, terem sido em algum momento histórico significativamente menos católicos ou menos formais em seu catolicismo, ou algo como terem padres-sacerdotes vindos principalmente da Espanha e da Itália, em vez de lusófonos. Conforme se referissem a si mesmos como "padres"/"madres" e não "pais"/"mães" enquanto que as palavras com o significado de progenitor já tivessem virado ou estivessem virando "pai"/mãe", acabaram então criando e reforçando essa divergência semântica.
Deve ter sido algo nessas linhas, fico curioso sobre quando/exatamente por que, se os portugueses eram mesmo um bando de pagãos que tinham que importar os padres.