Uma dúvida sobre medicina. Estava conversando com um amigo, cujo pai morreu de câncer na garganta decorrente do cigarro. Quando o pai desse amigo teve o câncer, ele já havia parado de fumar há 7 anos. Logo depois que ele faleceu, o médico disse para ele que ele só teve o câncer porque PAROU de fumar. Segundo esse meu amigo, o médico lhe disse que alguém que fume há mais de 30 anos, ele não recomenda parar, porque essa pessoa já tem grande chances de ter o câncer (ou algo muito parecido com isso...), só que o câncer não se desenvolve porque ele "se alimenta" do cigarro. De acordo com o médico, quando essa pessoa para de "alimentar" o câncer, ele passa a ataca-la, surgindo assim os câncer de pulmão, na garganta, etc.
Bom, eu NUNCA tinha ouvido médico nenhum indicando para um fumante continuar fumando, muito menos essa história de "alimentar" o "bichinho". Alguém sabe se tem alguma verdade nisso?
Isso não tem absolutamente pé nem cabeça, é uma idiotice tão grande que custa a acreditar que tenha sido proferida por um médico.
De forma simplificada, o cigarro aumenta o risco de câncer porque suas substâncias cancerígenas provocam mutações em determinados genes que regulam o ciclo de reprodução celular e a apoptose (morte celular programada). O que resulta é uma célula imortal que se reproduz rapidamente sem parar.
Obviamente o risco de câncer é diretamente proporcional a quantidade e tempo de tabagismo (a chamada carga tabágica, o número de maços fumados por dia vezes a quantidade de anos que a pessoa fuma) e continuar fumando continua aumentando o risco.
Ou seja, nonsense total.