Falando sobre o espiritismo:
O Espiritismo também usa de métodos fisiológicos (Certo que eles utilizam muiiiiiiiiiiito do psicológico. Como já disse, sem o comentar…). Temos o "passe". O "passe" é uma "oração" que "irá" "limpar" a pessoa espiritualmente. Ela é feita por um veterano(a) de tal centro espírita. Geralmente são utilizadas muitas luzes de tonalidades leves, porém de cores variadas na suposta sala. Com a sala escura essas luzes dão um certo efeito hipnótico. Eu já recebi esse "passe".
É verdade que o passe tem sido muito banalizado. Muitos espíritas (e também não-espíritas) tomam passe assim como os católicos tomam a óstia na Igreja Católica, quando na realidade deveria haver uma motivação para isso, como uma doença, por exemplo. E o objetivo do passe não é limpar a pessoa espiritualmente, mas curar a pessoa fisicamente. Quem quiser se limpar espiritualmente deve se melhorar moralmente. É a única forma.
Mas o fundamento do passe é o magnetismo animal. É principalmente físico e menos espiritual. Eu relatei há algum tempo, no Portal do Espírito, uma experiência desse tipo que fazíamos na escola, em meus tempos de pré-adolescência:
http://www.espirito.ecomercial.net/forum/viewtopic.php?p=60190&highlight=#60190Vou transcrever o post inteiro, pois o Portal do Espírito apaga as conversas antigas:
7 de fevereiro de 2007.
Sola,
Quando eu era pré-adolescente, em meados de 1989, apareceu no colégio uma brincadeira com o magnetismo que achei interessante, e todo mundo fazia. Infelizmente na época eu não tinha maturidade o suficiente para levar aquilo a sério e só fazia por brincadeira. Eu vou descrever o método, mas não sei quem inventou. Eu só sei que funcionava com qualquer um que tentasse:
1. Duas pessoas ficavam em pé, uma de frente para outra.
2. Uma das pessoas então esfregava as palmas das mãos em movimento circular em volta do rosto da outra pessoa e contava até 10 (10 movimentos circulares) sem tocá-la;
3. Depois, com as duas mãos, a pessoa estalava os dedos pouco a frente da cabeça mais ou menos na direção do ouvido. Um estalo de dedos no lado esquerdo (só com a mão esquerda) e um do lado direito (só com a mão direita), contando até 10 estalos (5 de cada lado);
4. Depois, a pessoa pegava as duas mãos da outra pessoa e balançava, cruzando os braços dela, uma vez com o braço esquerdo sobre o direito, e outra vez com o direito sobre o esquerdo. Fazia-se também 10 vezes e depois soltava-se os braços;
5. Depois, repetia-se os três processos mais duas vezes (10 esfregões, 10 estalos e 10 balanços de braços);
6. Depois de executar esse processo, a pessoa apontava os dedos para o braço da outra pessoa, em posição de mágico, e tentava puxá-los sem colocar as mãos, como um mágico tentando fazer um pano levitar.
7. Então a pessoa sentia uma força invisível no braço, como um ímã, bastante considerável, puxando-o para cima.
Era bastante interessante essa brincadeira, funcionava em 100% dos casos, e eu muitas vezes fazia com outros, como deixava que fizessem em mim. Isso virou febre na minha escola por alguns meses, mas depois acho que perdeu a graça e ninguém mais brincou. Inclusive, para tirar a dúvida se o braço levantava por auto-sugestão, vendávamos os olhos das pessoas e fazíamos os procedimentos. Mas às vezes tentávamos puxar o braço e outras não. Em 100% dos casos a pessoa só sentia a força no braço quando tentávamos puxar.
Eu me lembro que outras variantes foram tentadas: puxar o braço sem realizar os procedimentos, ou realizar os procedimentos sem tentar puxar o braço, fazer só parte dos procedimentos, etc... Nenhum funcionou.
Eu estava lendo sobre essa sua tentativa de experiência com o copo e me lembrei dessa brincadeira. Ela é interessante porque é também uma força invisível que atua sobre o braço, mas, ao contrário do copo, pode-se senti-la.
Se eu não vivesse num meio tão refratário a esse tipo de experiência (meio evangélico), eu tentaria repetir o processo novamente para ver se ainda funcionaria. Eu não acredito que eu estivesse alucinado, pois a escola toda fazia a brincadeira. Só se foi alucinação coletiva.
Talvez você quisesse experimentar, e se for o caso, observar ou filmar se na pele do braço há algum ponto específico de pressionamento (que se caracterizaria por um ligeiro afundamento de pele) e outras coisas relevantes. Não acho que a experiência tem a ver com o espiritismo, mas com o magnetismo animal.
Um abraço.
Pouco tempo depois, apareceu uma figura que fez a experiência e funcionou. Eis o relato dele no link abaixo, que novamente transcrevo por causa do Portal.
http://www.espirito.ecomercial.net/forum/viewtopic.php?p=66028&highlight=#6602819 de março de 2007.
Só para resgatar esse tópico...
Leafar, experimentei a brincadeira do "braço" em casa com minha esposa e depois com a minha mãe, não contei a elas o que iria acontecer e pedi que elas ficassem de olhos fechados.
Após as 3 sessões de esfrega-mão, estala-dedo e cruza-braço, não é que o eu consegui levantar o braço delas sem tocar ?
Pedi que ela fizesse em mim também e realmente é uma sensação impressionante. O braço fica meio dormente e você não tem noção de que ele está sendo levantado...incrível !!!
Alguém tem mais experiências desse tipo para compartilhar ?
Abraços a todos,
Leo
Essa experiência não tem relação com o Espiritismo, mas o Espiritismo usa esses tipos de "fluidos" nos passes. Nós só extrapolamos um pouco o que diz o magnetismo quando dizemos que esses "fluidos" podem ser manipulados pelos espíritos, quando há uma vontade nesse sentido, tanto para curar como para prejudicar uma pessoa. O magnetismo puro não considera a influência dos espíritos.
Como a ação do passe depende dos espíritos, eles só surtem efeito naqueles a quem os espíritos quiserem beneficiar (ou prejudicar). Os outros não sentem nenhum efeito. É só gesticulação de efeito psicológico. Eu mesmo já tomei alguns passes na minha vida e nunca senti nada diferente. Em alguns casos eu saía até com uma ligeira dor de cabeça. Hoje, quando vou a centro, não tomo passe.
P.S.: Quando uso a palavra "fluido" é no sentido genérico, por falta de uma palavra melhor que explique o processo.
Um abraço.