Autor Tópico: Brancos são mais inteligentes do que negros, diz Watson  (Lida 22136 vezes)

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Temma

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Re: Brancos são mais inteligentes do que negros, diz Watson
« Resposta #125 Online: 22 de Outubro de 2007, 01:28:59 »


Offline Fernando Silva

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Re: Brancos são mais inteligentes do que negros, diz Watson
« Resposta #127 Online: 22 de Outubro de 2007, 07:18:14 »
Civilizações surgiram e desapareceram ao longo dos milênios. No seu apogeu, será que aqueles povos eram racialmente superiores, já que criaram impérios poderosos, e depois degeneraram?
Segundo as cartas de Cortez ao rei da Espanha, a civilização maia e azteca era tão ou mais avançada que a européia. Hoje, são considerados um povinho inferior por quem está no poder.
A Babilônia criou as bases de nossa civilização. Hoje, é um bando de malucos e fanáticos em guerra, no meio da ruínas de sua antiga glória.

Mudaram geneticamente?
Ou é apenas uma conjunção de fatores que leva um grupo a predominar por algum tempo e depois cair como um castelo de cartas?

Offline Buckaroo Banzai

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Re: Brancos são mais inteligentes do que negros, diz Watson
« Resposta #128 Online: 22 de Outubro de 2007, 16:36:42 »
Acho que você está me confundindo com o Nightstalker (acho), que foi quem (acho) postou o tópico e teria tido uma opinião mais parecida com essa (acho).

se não me engano foi o Rapha.

É tudo a mesma coisa!!

Por falar nisso, por lá o Miguel notou uma coisa interessante sobre essa relação entre direita e esquerda, e biologia. Enquanto que nessas coisas de habilidades, atualmente, tipicamente a "direita" prefere que sejam inatas, e a "esquerda" prefere a maleabilidade, quando se trata de orientação sexual a coisa se inverte: a "direita" prefere que seja algo não apenas maleável, mas uma livre escolha, o cara ou a mulher pensa um belo dia "bem, é isso, a partir de hoje só vou pegar uns machos (ou fêmeas, no caso de fêmeas), só pra causar."; já a esquerda geralmente prefere a opção inata, porque aí é mais uma variação a ser respeitada, ninguém tem culpa de nada e etc. Queria perguntar sobre isso para algum esquerdista daqueles bem lisenkoístas.... :D

Offline Unknown

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Re: Brancos são mais inteligentes do que negros, diz Watson
« Resposta #129 Online: 22 de Outubro de 2007, 19:19:05 »
E a discussão pelo visto vai longe:

Citar
Por fala racista, Nobel é suspenso de laboratório

Instituto americano afirma que declaração não reflete a posição da entidade

Biólogo depois de afirmar que foi mal compreendido, cancela viagem pelo Reino Unido para divulgar seu novo livro e volta para casa


DA REPORTAGEM LOCAL

Mesmo após ter pedido desculpas por ter feito declarações racistas, o prêmio Nobel James Watson, 79, continua colhendo problemas. Anteontem, ele foi suspenso do Laboratório Cold Spring Harbor, em Long Island (EUA), onde ele trabalha.
"No início desta noite, o conselho de diretores do Laboratório Cold Spring Harbor decidiu suspender as responsabilidades administrativas do chefe-executivo James Watson, até novas deliberações do comitê diretivo" anunciou, por meio de um comunicado, o instituto de pesquisa norte-americano.
A escola de graduação de ciências biológicas da instituição recebe o nome de Watson. "Uma escola de graduação como nenhuma outra, em um lugar como nenhum outro", diz o slogan na internet.
Após ter dito que negros são menos inteligentes que brancos, Watson recebeu críticas de todas as partes do mundo. A situação ficou tão insustentável que ele cancelou todos os compromissos agendados para o Reino Unido. Watson, ontem, não admitiu ter sido racista, apesar de pedir desculpas. "Não foi isso o que eu quis dizer", afirmou. "Não há base científica para tal crença."
A turnê britânica tinha como objetivo divulgar o novo livro do biólogo, "Evite pessoas chatas". Watson decidiu voltar para os Estados Unidos.
O Laboratório Cold Spring Harbor também disse, por meio de uma outra nota, que não realiza nenhuma investigação científica que possa servir de base para as declarações atribuídas a Watson. "Os comentários são pessoais e não refletem o ponto de vista da entidade", anunciaram os diretores da instituição.
A despeito da punição, Watson teve colegas que o defenderam parcialmente. O biólogo britânico Richard Dawkins, por exemplo, diz que Watson está errado "cientificamente", mas não "eticamente", e defendeu o direito de o colega divulgar sua idéia sobre raça e inteligência.
"O que está eticamente errado é essa perseguição - que pode ser descrita apenas como uma "polícia ideológica" intolerante e não-liberal - a um dos mais distintos cientistas de nossa era, por parte do Museu de Ciências, e mesmo por parte do laboratório ao qual ele dedicou boa parte de sua vida para lhe dar reputação mundial", afirmou Dawkins.
Outro britânico criticou a punição imposta a Watson. "É ultrajante banir alguém com base em relatos de jornal sobre suas opiniões", disse Colin Blakemore, neurocientista da Universidade de Oxford.
A anistia a Watson, porém, não é uma sugestão unânime na área. Outro geneticista de renome, Craig Venter, pioneiro do seqüenciamento de DNA, não foi tão gentil com o colega. "Não há base em fatos científicos ou no código genético humano para a noção de que a cor da pele possa prever a inteligência" , comentou, apenas.

http://www1.folha.uol.com.br/fsp/ciencia/fe2010200701.htm

Citar
Cientista que estuda relação entre genes e inteligência defende Nobel que deu declaração racista

Segundo Bruce Lahn, da Universidade de Chicago, descobridor do DNA foi apenas insensível em sua fala sobre os africanos

MARCOS STRECKER
DA REDAÇÃO

Bruce Lahn, um dos principais estudiosos da relação entre genes e inteligência, defende o colega James Watson das acusações de racismo. Para o geneticista da Universidade de Chicago, as recentes declarações de Watson foram apenas insensíveis: "Quando se trata de ciência relacionada a diferenças raciais, é impossível ser puramente "científico" , disse.
Lahn diz que "não há dúvida" de que genes podem ser ligados à inteligência e reafirma que há estudos mostrando em grupos africanos um desempenho inferior em testes cognitivos como o QI. "É possível que cor de pele e inteligência estejam ligados, mas de maneira indireta e não-causal", disse.
Lahn, chinês que emigrou para os EUA em 1988, já passou pela Universidade Harvard e pelo Instituto de Tecnologia de Massachusetts. Em 2005, havia publicado artigos polêmicos no periódico "Science" defendendo que africanos e leste-asiáticos têm incidência mais baixa de dois genes relacionados à inteligência, o ASPM e o MCPH1.
Mesmo assim, evitou referendar as opiniões do colega: "Não quero tomar uma posição sobre o assunto, sobretudo em razão da delicadeza do tema", disse. Lahn criticou o cancelamento da apresentação de Watson nesta semana no Museu de Ciências de Londres: "foi uma censura".

FOLHA - O sr. concorda com a declaração de Watson ao "The Sunday Times"? ("Todas as nossas políticas sociais são baseadas no fato de que a inteligência deles [negros] é igual à nossa -quando todos os testes dizem que não é bem assim.")
BRUCE LAHN - A palavra "todas" é claramente muito forte. A despeito de raça, nossa sociedade tem uma pletora de mecanismos de seleção para pessoas inteligentes assumirem posições adequadas (exames, promoções, eleições etc.). Eu concordaria, porém, que algumas políticas ignoram a possibilidade de que a inteligência pode diferir entre indivíduos e grupos de pessoas. Essas políticas, com freqüência, têm boas intenções. Se elas têm bons resultados, é algo discutível.
FOLHA - Watson pode ser rotulado de racista?
LAHN - Acho que não. Para mim, um racista é alguém que menospreza um grupo racial unicamente por causa da identidade racial do grupo em si. Não sinto que Watson esteja fazendo isso neste caso. Contudo, ele certamente parece insensível em seus comentários. Ele poderia ter externado sua opinião de modo muito mais sensível. Quando se trata de ciência relacionada a diferenças raciais, é impossível ser puramente "científico". É preciso levar em conta o sentimento das pessoas para a discussão não se degenerar em uma diatribe emocional.

FOLHA - As declarações de Watson têm base científica? Ele é uma autoridade nesse assunto, em particular?
LAHN - Não sei o quanto ele estudou esse assunto. Contudo, a questão sobre se há diferenças biológicas inatas (incluindo as cognitivas) entre grupos raciais e quão grandes elas são tem sido um tópico de estudo legítimo (apesar de sensível) por muito anos. Há de fato muitos estudos mostrando desempenho inferior de certos grupos (incluindo pessoas de origem africana subsaariana) em relação a outros grupos em testes cognitivos, como o QI. A causa disso está sendo debatida, e algumas pessoas argumentam que há uma base genética nisso, em certa medida. Não estou muito atualizado com a literatura sobre isso, então não quero tomar uma posição sobre o assunto, sobretudo em razão da delicadeza do tema.

FOLHA - Genes podem ser ligados à inteligência? Cor de pele e genótipo podem ser ligados à inteligência?
LAHN - Não há dúvida de que genes podem ser ligados à inteligência, assim como genes podem ser ligados à cor da pele. Nesse sentido, é possível que cor da pele e inteligência estejam ligados, mas de maneira indireta e não-causal.

FOLHA - O Brasil tem uma população diversa e miscigenada. Como ela se encaixaria nas opiniões externadas por Watson?
LAHN - Pessoalmente, eu acolho a visão não-comprovada de que a diversidade é provavelmente a melhor condição. É difícil para mim imaginar que um grupo racial seja bom em tudo. Ter uma mistura fornece tanto riqueza quanto adaptação para diferentes trabalhos. Além disso, a mistura genética de vários grupos pode produzir novas formas genéticas que nunca existiram antes, o que seria uma fonte de inovação evolutiva. Watson não tocou nesse assunto, apesar de também não tê-lo negado.

FOLHA - O Museu de Ciências de Londres agiu corretamente ao cancelar uma palestra de Watson?
LAHN - Pessoalmente, acho que isso é censura. Imagino que o museu estivesse preocupado sobre como eles seriam recebidos pelo público se tivessem autorizado Watson a falar.

FOLHA - Outras declarações de Watson feitas anteriormente podem ser consideradas antiéticas? ("negros têm libido acentuada" ou "mulheres deveriam poder abortar fetos homossexuais" .)
LAHN - Não sinto que o conteúdo dessas declarações tenha cruzado a fronteira da ética, apesar de, como eu já disse, ele ter um jeito muito brusco de dizer as coisas.

FOLHA - Até que ponto pesquisadores podem especular sobre assuntos delicados que envolvem questões políticas e sociais?
LAHN - Acho que isso é parte de como se obtém o progresso. Se ninguém mexesse com os tabus, nós ainda estaríamos achando que o Sol gira em torno da Terra.

"That's what you like to do
To treat a man like a pig
And when I'm dead and gone
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Offline Südenbauer

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Re: Brancos são mais inteligentes do que negros, diz Watson
« Resposta #130 Online: 22 de Outubro de 2007, 21:37:59 »
Bom a Folha publicar essa entrevista.

Temma

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Re: Brancos são mais inteligentes do que negros, diz Watson
« Resposta #131 Online: 22 de Outubro de 2007, 21:46:29 »
Acho que você está me confundindo com o Nightstalker (acho), que foi quem (acho) postou o tópico e teria tido uma opinião mais parecida com essa (acho).

se não me engano foi o Rapha.

É tudo a mesma coisa!!

Por falar nisso, por lá o Miguel notou uma coisa interessante sobre essa relação entre direita e esquerda, e biologia. Enquanto que nessas coisas de habilidades, atualmente, tipicamente a "direita" prefere que sejam inatas, e a "esquerda" prefere a maleabilidade, quando se trata de orientação sexual a coisa se inverte: a "direita" prefere que seja algo não apenas maleável, mas uma livre escolha, o cara ou a mulher pensa um belo dia "bem, é isso, a partir de hoje só vou pegar uns machos (ou fêmeas, no caso de fêmeas), só pra causar."; já a esquerda geralmente prefere a opção inata, porque aí é mais uma variação a ser respeitada, ninguém tem culpa de nada e etc. Queria perguntar sobre isso para algum esquerdista daqueles bem lisenkoístas.... :D


acho que a única coisa 'esquerdista' seria considerar a homossexualidade inata. diferenças no comportamento e nas habilidades entre homens e mulheres, a meu ver, seriam no mínimo 'centristas'.


bem, parece que esse geneticista seria então tanto direitista quanto esquerdista

FOLHA - Outras declarações de Watson feitas anteriormente podem ser consideradas antiéticas? ("negros têm libido acentuada" ou "mulheres deveriam poder abortar fetos homossexuais" .)
« Última modificação: 22 de Outubro de 2007, 21:51:52 por Temma »

Offline 3libras

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Re: Brancos são mais inteligentes do que negros, diz Watson
« Resposta #132 Online: 23 de Outubro de 2007, 01:50:57 »
o problema principal pra mim é a imprensa dar tanta importância para a opinião pessoal de cientistas famosos.

é como querer considerar o time de futebol que o papa torce o time do cristão verdadeiro.
If you don't live for something you'll die for nothing.

Offline Buckaroo Banzai

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Re: Brancos são mais inteligentes do que negros, diz Watson
« Resposta #133 Online: 23 de Outubro de 2007, 21:42:26 »
Black Africans Now the Most Highly Educated Group in British Society.

A new census report reveals that black Africans are now the most highly educated members of British society, with over 26% holding academic qualifications higher than "A" or college levels, in comparison with only 13.4% for white adults in British society. (SLD)

[fonte]




February 2004
Londoners’ qualifications:
Analysis of 2001 Census data


[...]
Qualifications by ethnicity

The ethnic groups that have considerably lower proportions of people with higher-level
qualifications in London are Bangladeshi (15 per cent), Mixed White and Black Caribbean
(19 per cent), Black Caribbean (20 per cent) and Other Black (22 per cent). The groups
with the highest levels of qualifications are Other White (46 per cent), Chinese (44 per
cent), Other Ethnic group (41 per cent), Black African (38 per cent), Mixed White and Asian
(36 per cent) and Indian (35 per cent).


http://www.london.gov.uk/gla/publications/factsandfigures/DMAG-Briefing2004-6.pdf

Offline BetinhOzinhO

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Re: Brancos são mais inteligentes do que negros, diz Watson
« Resposta #134 Online: 25 de Outubro de 2007, 18:44:30 »
-'Nature' lamenta que las afirmaciones racistas de James Watson no hayan sido objeto de debate público-

'La locura de Watson' se titula el editorial que Nature dedica hoy al último desvarío del codescubridor de la estructura del ADN y premio Nobel de Medicina de 1962: James Watson dijo el 14 de octubre a The Sunday Times que los negros son menos inteligentes que los blancos, a raíz de lo cual ha sido suspendido de su puesto de consejero del laboratorio Cold Spring Harbor -del que acaba de dimitir cuando escribo estas líneas- y se ha anulado la gira de conferencias que tenía prevista en Reino Unido para la promoción de su último libro, Avoid boring people: lessons from a life in science (No aburrir a la gente: lecciones de una vida dedicada a la ciencia).


"Watson tiene, sin duda, un amplio historial de afirmaciones desagradables. Ha emitido en muchas ocasiones opiniones difíciles de aceptar teñidas de racismo y sexismo, que van desde su deseo de un mundo lleno de bellas mujeres genéticamente diseñadas hasta su creencia de que la libido está vinculada al color de la piel", escribe el editorialista. Tras admitir que la indulgencia que se ha tenido con el científico se explica por su hallazgo de hace 54 años y su papel en el Proyecto Genoma Humano, añade que "su último arrebato marca una frontera a partir de la cual sus visiones han de ser consideradas más allá de lo aceptable".

Los responsables de Nature advierten de que, por mucho que se haya excusado, las declaraciones del Nobel "han ofrecido socorro y consuelo a racistas de todo el mundo" y, a pesar de que entienden que se hayan suspendido sus conferencias en Reino Unido, lo consideran algo "lamentable". "La ciencia -recuerdan- se basa en el debate abierto y crítico. Los científicos con ideas polémicas tienen que ser capaces de aguantar la presión, defendiéndose o retractándose de sus afirmaciones según las pruebas. Watson, no importa lo desagradables que sean sus opiniones, siempre ha actuado en esta línea". Esas conferencias y los coloquios posteriores, en los que el científico iba a ser expuesto a las críticas de sus colegas, hubieran sido, según la prestigiosa revista, algo muy sano para una sociedad occidental en la que hay quienes quieren limitar la libertad de investigación, generalmente desde presupuestos religiosos.

No me había parado a pensar en ello; pero es verdad que hubiera sido mucho más efectivo socialmente ver cómo Watson se las arreglaba en debates abiertos con interlocutores que no le iban a dejar pasar una. ¿Por qué creen ustedes que -salvando las distancias, aunque también hablemos de disparates- casi todos los vendedores de misterios españoles rechazan sistemáticamente desde hace veinte años cualquier debate con escépticos? Por cobardía, porque saben que en esos intercambios dialécticos sus falsedades van a quedar en evidencia.

O GOOGLE NÃO É SEU AMIGO! HAHAHAHHOHOHOHO! http://www.google-watch.org/

Offline Alegra

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Re: Brancos são mais inteligentes do que negros, diz Watson
« Resposta #135 Online: 26 de Outubro de 2007, 13:07:03 »
Citar
A despeito da punição, Watson teve colegas que o defenderam parcialmente. O biólogo britânico Richard Dawkins, por exemplo, diz que Watson está errado "cientificamente", mas não "eticamente", e defendeu o direito de o colega divulgar sua idéia sobre raça e inteligência."O que está eticamente errado é essa perseguição - que pode ser descrita apenas como uma "polícia ideológica" intolerante e não-liberal - a um dos mais distintos cientistas de nossa era, por parte do Museu de Ciências, e mesmo por parte do laboratório ao qual ele dedicou boa parte de sua vida para lhe dar reputação mundial", afirmou Dawkins.
Outro britânico criticou a punição imposta a Watson. "É ultrajante banir alguém com base em relatos de jornal sobre suas opiniões", disse Colin Blakemore, neurocientista da Universidade de Oxford.

Pelos vistos nas "altas rodas" também existe a tal polícia ideológica ... o que dirá no resto dos comuns mortais como nós aqui.

Isso me fez lembrar da assinatura da nossa colega forista Artemis: "Ainda que eu não concorde com o que dizes, lutarei até o fim, pelo seu direito de dize-lo ! (Voltaire. )

E afinal em que ficamos? Será que o homem foi verdadeiramente mal interpretado??  :?

Já sinto sua falta. Vá em paz meu lindo!

Temma

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Re: Brancos são mais inteligentes do que negros, diz Watson
« Resposta #136 Online: 31 de Outubro de 2007, 18:39:03 »

Temma

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Re: Brancos são mais inteligentes do que negros, diz Watson
« Resposta #137 Online: 08 de Novembro de 2007, 20:09:20 »
do livro O que nos faz humanos, sobre a variação de QI avaliada em pesquisas com gêmeos idênticos, criados juntos ou em ambientes separados, das quais se conclui que o QI é em média ~50% herdável


Citar
Eric Turkheimer descobriu que a herdabilidade do QI depende fortemente do status socioeconômico. Em uma amostra de 350 pares de gêmeos, muitos dos quais criados na pobreza extrema, surgiu uma diferença clara entre os mais ricos e os mais pobres. Entre as crianças mais pobres, praticamente toda a variabilidade das pontuações de QI individual foram atribuídas ao ambiente compartilhado, e não ao tipo genético; nas famílias ricas, o oposto era verdadeiro. Em outras palavras, viver com alguns milhares de dólares por ano pode prejudicar severamente sua inteligência. Mas pouca diferença faz viver com 40.000 ou com 400.000 dólares por ano

Esta descoberta tem um significado político óbvio. implica que erguer uam rede de segurança para os mais pobres será mais eficaz para igualar as oportunidades do que reduzir a desigualdade na classe média[...]

quando a variação na realização é inteiramente explicada pelos genes, isso não quer dizer que o ambiente não tenha importância. O motivo para você encontrar esses fortes efeitos genéticos na maioria das amostras é porque a maior parte destas pessoas vive em famílias adequadamente felizes, sem problemas financeiros e que lhes dão apoio

Offline Buckaroo Banzai

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Re: Brancos são mais inteligentes do que negros, diz Watson
« Resposta #138 Online: 10 de Novembro de 2007, 19:13:52 »
Eu acabo de ler um livro que, dentre outros assuntos, aborda esse. Cita um estudo de gêmeos que dá herdabilidade 0, mesmo em gêmeos... não acho a ser tomado "literalmente", porque como essa citação e outros trabalhos sugerem, as expressões dependem do ambiente, mesmo para coisas mais simples, resultados mais realmente determinados... como sementes para tamanos médio, grande e pequenho podem ter o efeito inverso ou embaralhado num ambiente diferente.   






Trecho de um post interessante que encontrei:



[...]

Rushton has, over the years, compiled extensive data, much of which is considered bogus, showing that there is a correlation between, essentially, skin color, brain size, intelligence, and various aspects of sexuality.

In Rushton’s model, “White” People have average IQ’s of about 102, are only moderately sexual, and have a gestation period of about 9 months.

In contrast, “Black” people have an IQ averaging about 80, a high and difficult to control sex drive, and a measurably shorter gestation length.

“Oriental” people have an average IQ of somewhat over 100, and a diminished sex drive.

Rushton argues that these differences are deep and genetic, owing to thousands of years of genetic evolution as separate subspecies. Ruston’s research is explicitly the basis for parallel assertions made in Murray and Herrnstein’s book “The Bell Curve.” In the Bell Curve, Murray and Herrnstein make the argument that whatever the cause of these differences, they are immutable or at least economically impossible to really overcome, and thus society must simply adjust to them. For instance, if girls can’t, on average, really learn math, then programs that encourage girls to take math classes and to try harder in math are a waste of money and should not be funded. Similarly, if one of the characteristics (as asserted by Rushton and taken up by Murray and Herrnstein) is that “Blacks” can’t lead, then efforts to recruit “Blacks” into leadership roles are a waste of time and should not be funded with tax dollars.

There are a number of false assumptions and highly suspicious, if not totally bogus, data sets used to develop these arguments. For instance, IQ is known to have a high heritability value. Heritability is a correlational statistic that indicates the likelihood that if one individual has a certain trait (in this case, a certain IQ) that another individual will have that same trait based on degree of relatedness.

But correlation does not necessarily imply causality. This is a cautionary statement hardly ever mentioned when heritability comes up in discussion, although it usually does come up when correlation is mentioned. This indicates to me that most people don’t realize that heritability is about correlation, as well as about variance.

With respect to the latter (variance) it is worht considering heritability in a bit more detail, because it is very often misused, especially in the present discussion.

For instance note that the heritability of how many heads you have … head number across Hom sapiens … is 0. Head number has a heratibility coeficient of zero.

If Heritability is equal to “genetic” or “likelihood that a trait … such as intelligence … is passed on by genes” then Having one head is notinherited, or the number of heads you have is not genetic.

In truth, heritability is too limited of a measure to use it to investigate a trait like intelligence, represented by what is usually called “IQ” or any similar statistic or any nominal characteristic (”can lead” vs. “not good leaders” etc.).

Heritability does not distinguish in and of itself between traits passed on with genes from traits passed on via culture, learning, environment, and so on. For instance, which language a person speaks has a very high heritability value, but this “trait” is entirely, 100% learned with absolutely no genetic component whatsoever. Twin studies have been used to suggest that IQ has a component of heritability that is genetic since it is more correlated in twins than in, say, full sibs. However, non-genetic traits can follow the same pattern. Non-genetic traits can show this pattern because, with respect to environments, full sibs who are not twins do not share the same environment as twins. (And for other reasons.)

Another attempt at showing that IQ is genetically determined by using correlational analysis, carried out by University of Minnesota “Twin” Researchers as part of the famous twin studies, was to examine differences and correlations among twins who were separated at birth. If one can re-unite individuals who were separated at the time they were born and then raised in different environments, one would have an interesting set of data to look at heritability.

These “separated at birth” studies were heavily criticized when it was realized by the consumers of these research reprots that non, or almost none, of the twin sets were really separated at birth. Most were cases of two individuals at some point in their childhood being parceled out into different units of an extended family. For example, I myself was raised, according to the Twin Study criteria, separately from my brother because he lived upstairs and I lived downstairs in a two-family house. But in fact, we were simply a large family spread out across two flats, and at no point during my childhood did we distinguish among these two areas as different “apartments.” But the Twin Studies criteria would have put my brother and I in the “separated” category (… I quickly add, we are not twins, but you get the point).

Rushton’s research has been criticized in other ways as well. His categories are not valid groupings .. for instance, his brain size data for “Orientals” is mainly from Thailand, but is “IQ” data for “Orientals” is mainly from Japan. He uses a number around 70 for the IQ of “Africans” from Africa, as opposed, say, to African Americans. This number is from a single set of tests given several decades ago in South Africa. The test was invalid. It consisted of a non-written (visual) test developed by Yerkes during World War I for use by the US Army but rejected after a short time because it seemed useless. The test included numerous culturally-bound questions, such as one question where two tennis players are shown on a court with no net. The viewer is asked to indicate what is missing in the picture (”The Net” being the correct answer). The test was administered to Zulu middle school age girls who would never have seen a tennis court. The fact that they “scored” a 70 on the test is testament to their intelligence … they did about as well as Irish and Italian Americans did on this test early in the 20th century.

The problems with Rushton’s data are myriad. Brain size information is actually estimated, for most of the data, from skull size, but the skull size measure is actually a hat-size measurement taken while conscripts were entering the army, or something similar, not measured with calibrated instruments. The raw “hat size” data is converted based on a “skull thickness” calibration that Rushton, in turn, based on highly selected data. For instance, even though we know that some of the thinnest-skulled populations in the world are African, Rushton picked some of the thickest-skulled specimens available to create an African “Skull Thickness” fudge factor. In this way, estimated brain size for the “Black” part of his data set were reduced across the board with an invalid adjustment. In essence the brain size calculation involved, variously, something like: Take a hat size from army data, then estimate brain size using a formula that assumes the individual has an extra thick skull if they are “Black,” an extra thin skull if they are “Oriental” and an average skull if they are “White.”

A possibly even greater effect comes from another fudge factor in which Rushton uses an invalid set of assumptions, and associated invalid formulae, to adjust brain size given assumptions about body size. The way this works is too complex to go into here. Suffice it to say that this fudge factor guaranteed an incorrect reduction in brain size for each point in the “Black” data set.

In short, Rushton’s data are bad and his analysis is highly questionable, to the extent that one must question not only his analysis but also his motives; the Bell Curves’ incorporation of these bogus data … in a book that was only published because of the availability of funding from highly conservative organizations with a history of supporting racist doctrine … is highly questionable and generally offensive; and James Watson’s remarks, which clearly state that Africans are an inferior race, based in turn on this information, are outrageous.


http://gregladen.com/wordpress/?p=1536











Citação de: Stein / Demiurgo


Fontes excelentes, para quem gostar de estatística e genética e querer gastar algumas horas estudando material bem esclarecedor para a controvérsia:

"g", a statistical myth
http://www.cscs.umich.edu/~crshalizi/weblog/523.html

Yet more on the heritability and malleability of IQ:
http://www.cscs.umich.edu/~crshalizi/weblog/2007/09/


Offline Rodion

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"Notai, vós homens de ação orgulhosos, não sois senão os instrumentos inconscientes dos homens de pensamento, que na quietude humilde traçaram freqüentemente vossos planos de ação mais definidos." heinrich heine

Narkus

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Re: Brancos são mais inteligentes do que negros, diz Watson
« Resposta #140 Online: 21 de Novembro de 2007, 15:33:47 »
Alguém já leu "Raça, Evolução e Comportamento" de J. Phillip Rushton?

Os cientistas caíram de pau em cima do assunto.

Eu li, a versão que baixei tem apenas 60 e poucas páginas.
Parece bastante convincente, muito do que está escrito pode ser verdade, mas as conclusões me pareceram muito tendenciosas.

É claro que se isso fosse verdade e eu fosse negro me sentiria mal, muito mal... Mas infelizmente a verdade nem sempre agrada à todos.

Mesmo aqueles negros com QI acima de 130 (o que já é raro entre pessoas bem instruídas, imagina então com negros do 3o Mundo) iriam se sentir inferiorizados ao extremo.

Mas os dados apresentados por trabalhos como o de Rushton, Charles Murray e outros sugerem que as diferenças de padrões de comportamento e inteligência entre raças são bastante consideráveis.

O elemento cultural certamente é o que prevalece, mas admito que é difícil concordar cegamente que mais de 100000 anos de separação de linhagens não tenha sido o suficiente para criar diferenças de comportamento e inteligência entre linhagens humanas.

Se temos diferenças expressivas em traços faciais, estatura, composição etc, pq seria absurdo supor que tivéssemos sutis diferenças comportamentais e intelectuais também?

É polêmico o assunto, mas também não concordo com esta censura toda do "politicamente correto".
« Última modificação: 21 de Novembro de 2007, 15:36:28 por Narkus »

Offline Buckaroo Banzai

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Re: Brancos são mais inteligentes do que negros, diz Watson
« Resposta #141 Online: 21 de Novembro de 2007, 18:39:58 »
Narkus,

Dá uma olhada num dos posts acima, eu copiei um post de um blog que dá alguns detalhes interessantes do "trabalho" do Rushton.

A separação das principais linhagens humanas foi relativamente curta, tendo começado a sair da África há cerca de 50 - 60 000 anos, o que dá 4000 gerações de 15 anos. Nessas 4000 gerações, já tiveram, necessariamente, que evoluir todos aqueles genes não relacionados a comportamento, como diferenças de tamanho do corpo, cor de pele, mudanças imunológicas. JBS Haldane estimou que um gene leva cerca de 300 gerações para se fixar numa população por seleção natural, o que nos daria mais ou menos apenas 13 genes selecionados de diferença [essa lógica está errada, ver o meu próximo post], num cenário maios ou menos otimista quanto a seleção. Enquanto outras características, mais "físicas" precisam de genes por trás, a adaptação comportamental precisa bem menos, no nosso nível de evolução cerebral. O cérebro humano é essencialmente uma máquina de aprender novos instintos e comportamentos, que torna desnecessária a evolução biológica até certo ponto.

Não que isso signifique que só evoluíram esses 13 genes, e todas diferenças se resumem a eles. Há mais genes evoluindo sem ser sob seleção (sem estar sob seleção, as populações podem "guardar" mais mutações, não são eliminadas), então teoricamente (e certamente) surgiram diferenças em outros genes diversos, apenas por acaso, não necessariamente, mas podendo ser, em genes relacionados à inteligência e comportamento. Mas ao mesmo tempo, estudos mais recentes (lembro de ter visto algo na science ou na nature, postei o abstract aqui há algum tempo) indicam que o cérebro é o órgão mais conservado no decorrer da evolução da espécie humana.

Eu não sou contra uma "censura do politicamente correto", de certa forma. Acho que a ciência tem que ter responsabilidade cívica. Não que isso signifique que coisas devam ser de fato censuradas. Mas devem ser divulgadas de forma mais responsável, sem esse alarde e até um tipo de entusiasmo sádico que uns tem por qualquer indicação de que negros ou mulheres sejam menos inteligentes ou algo do tipo. Isso porque, mais do que uma inferioridade genética, sabe-se que a ameaça de estereótipo afeta o desempenho; esse estresse por sua vez, pode ter efeitos mais permanentes, como os bebês (das mães sob esse estresse) terem a circunferência craniana menor ao nascer, além de outras coisas se me lembro bem, como a amígdala mais desenvolvida que o normal, e subdesenvolvimento do hipocampo. Essas duas coisas vão tornando "real" a coisa toda, de certa forma, ainda que não geneticamente.

O triste é que para uns isso pode ser até desejável. 







Sobre o blog "gene expression", apesar de ter uma ou outra coisa que se salva, a turma dele é de uns caras meio "fanáticos" por determinismo genético que devem dar como militralmente certas toda e qualquer diferença entre raças ou sexos. Até "pessoas de óculos são mais inteligentes" parece que chegaram a defender, parece que um gene relacionado à miopia poderia estar envolvido em qualquer coisa no cérebro, e etc. Não foram poucas as vezes que vi, em algum outro blog alguém colocar algum estudo sobre ameaça de estereótipo, ou sobre efeito de desnutrição, ou sobre efeito de algum outro ambiental fator do desenvolvimento, que não viesse sedento alguém, ou desse blog ou fã, e colocasse algo do tipo "ah, mas se você descontar isso, provavelmente não vai igualar as disparidades, elas vão voltar ao normal". Sempre considerando apenas cada um desses fatores, não considerando a possibilidade de mais de um ao mesmo tempo. Mas geralmente tem alguma oposição mesmo nos comentários. Sugiro dar uma olhada nos blogs Pharyngula (mas não sei se tem algo), a Wired acho que também tem coisas interessantes a respeito...



Narkus

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Re: Brancos são mais inteligentes do que negros, diz Watson
« Resposta #142 Online: 21 de Novembro de 2007, 19:05:28 »
Bom...

Pelo que li no livro de Rushton um dos fatores que contribui para a suposta maior agressividade dos africanos é fato de possuírem mais hormônios testosterona, tanto homens quanto mulheres.

Cheguei a ler alguns materiais sobre padrões de fisionomia de criminosos, e todos que li sugerem que indivíduos com o queixo e dentes proeminentes estão mais propensos a crimes hediondos por serem naturalmente mais agressivos. E também é constatado que o tamanho da mandíbula geralmente é proporcional aos níveis de testosterona de um indivíduo.

Offline Buckaroo Banzai

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Re: Brancos são mais inteligentes do que negros, diz Watson
« Resposta #143 Online: 21 de Novembro de 2007, 20:29:41 »
OBS.: Errei na matemática lá em cima. Não são cerca de 13 genes ao todo de diferença entre os genes selecionados nas populações, mas considere-se 1 gene por 300 gerações para cada população isolada... ou seja... as diversas populações africanas que ficaram lá podiam ter os seus respectivos 13 genes modificados desde o primeiro êxodo, e uns mais, contanto a povoação da própria África. (supondo que houve tal nível de pressão seletiva, claro, e com uma outrá série de assunções, como genes sendo dominantes desde sua origem, se bem me lembro)



Bom...

Pelo que li no livro de Rushton um dos fatores que contribui para a suposta maior agressividade dos africanos é fato de possuírem mais hormônios testosterona, tanto homens quanto mulheres.

Testosterona e agressividade não tem uma conexão causal simples, é não linear e não envolve simplesmente testosterona.

Relatando um(ns) experimento(s) sobre o(s) qual(is) li ou ouvi:

Castra-se um babuíno, e ele não produz mais testosterona. A agressividade vai a zero. Administra-se testosterona, e a agressividade retorna. Até aí parece confirmar a hipótese de vínculo simples entre testosterona e agressividade.

Mas basta você administrar 25% dos níveis normais de testosterona para a agressividade se restabelecer nos níveis normais. E elevar a testosternoa além do normal não provoca aumento de agressividade, a menos que se chegue num nível muito exagerado, que se me lembro, não é possível de ser produzido pelo organismo (talvez em alguma disfunção), algo como 200 ou 300%

Castram outro babuíno, e nesse caso, os níveis de agressividade não zeram. O resto do experimento é equivalente, mas mantendo essa diferença proporcional dos níveis de agressividade.

Verificando os perfis anteriores dos babuínos, o segundo era previamente mais agressivo, devido ao seu ranking na hierarquia social do grupo, era mais dominante. Essa dominência não é pré-determinada, é algo que é conquistado no decorrer da vida (ainda que não seja totalmente maleável; por exemplo, um indivíduo que foi de ranking baixo por muito tempo, vai ficar fisiologicamente "aclimatado" a esse ranking baixo, será submisso, tenderá a não aproveitar a chance de subir na hierarquia, sendo essa chance aproveitada por algum indivíduo mais jovem ou que já fosse de ranking maior).   

Níveis de testosterona também são bastante flutuantes, mesmo nos indivíduos, sobem só de ver uma mulher ou de pegar uma arma, o que implica que, se diferentes níveis de testosterona em diferentes populações são reais, pode ser difícil delimitar o que é genético e o que é cultural.

Fora isso, ainda sempre vejo com suspeição os dados desse pessoal financiado pelo ou relacionado ao Pioneer Fund (e similares). Sei que é meio ad hominem, mas como mencionado nesse post de um blog que eu reproduzi, é meio "fato histórico" demais esse padrão de viés racista desse pessoal que defende diferenças mais drásticas para ser simplesmente ignorado. É meio como ouvir algo de biologia de um criacionista. Pode ser em parte verdade (acho que toda mentira bem elaborada tem uma alguma porcentagem de verdade), mas se é algo extremamente favorável ao ponto de vista dele, é bem suspeito.

Um post interessante em outro blog, "neurophylosophy", sobre enviesamento mais antigo, no qual o autor do blog "disseca" o artigo "on the peculiarities of the negro brain"


Citar
Cheguei a ler alguns materiais sobre padrões de fisionomia de criminosos, e todos que li sugerem que indivíduos com o queixo e dentes proeminentes estão mais propensos a crimes hediondos por serem naturalmente mais agressivos. E também é constatado que o tamanho da mandíbula geralmente é proporcional aos níveis de testosterona de um indivíduo.

Algo disso que leu é recente? Se for, parece ser um tipo de neo-fisionomia/neo-frenologia, e acho improvável que seja consensual ou mesmo levado muito a sério.

Offline Rodion

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Re: Brancos são mais inteligentes do que negros, diz Watson
« Resposta #144 Online: 21 de Novembro de 2007, 20:33:35 »
é que eu não sei, daniel. não vejo como discordar com uma afirmação do watson; a de que não há motivo pra crer que haja de fato essa igualdade. ou seja, mesmo que não haja motivo pra crer o contrário, também não tem como afirmar isso. é até onde cheguei, com meu neodarwinismo-de-ler-dawkins.
"Notai, vós homens de ação orgulhosos, não sois senão os instrumentos inconscientes dos homens de pensamento, que na quietude humilde traçaram freqüentemente vossos planos de ação mais definidos." heinrich heine

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Re: Brancos são mais inteligentes do que negros, diz Watson
« Resposta #145 Online: 21 de Novembro de 2007, 20:43:44 »
Narkus,

Dá uma olhada num dos posts acima, eu copiei um post de um blog que dá alguns detalhes interessantes do "trabalho" do Rushton.

A separação das principais linhagens humanas foi relativamente curta, tendo começado a sair da África há cerca de 50 - 60 000 anos, o que dá 4000 gerações de 15 anos. Nessas 4000 gerações, já tiveram, necessariamente, que evoluir todos aqueles genes não relacionados a comportamento, como diferenças de tamanho do corpo, cor de pele, mudanças imunológicas. JBS Haldane estimou que um gene leva cerca de 300 gerações para se fixar numa população por seleção natural, o que nos daria mais ou menos apenas 13 genes selecionados de diferença [essa lógica está errada, ver o meu próximo post], num cenário maios ou menos otimista quanto a seleção. Enquanto outras características, mais "físicas" precisam de genes por trás, a adaptação comportamental precisa bem menos, no nosso nível de evolução cerebral. O cérebro humano é essencialmente uma máquina de aprender novos instintos e comportamentos, que torna desnecessária a evolução biológica até certo ponto.

Não que isso signifique que só evoluíram esses 13 genes, e todas diferenças se resumem a eles. Há mais genes evoluindo sem ser sob seleção (sem estar sob seleção, as populações podem "guardar" mais mutações, não são eliminadas), então teoricamente (e certamente) surgiram diferenças em outros genes diversos, apenas por acaso, não necessariamente, mas podendo ser, em genes relacionados à inteligência e comportamento.

Tem o efeito carona, devido à uma distância pequena entre um gene com alto valor adaptativo e algum de comportamento, por exemplo, de modo que haja uma coadaptação.

Offline Buckaroo Banzai

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Re: Brancos são mais inteligentes do que negros, diz Watson
« Resposta #146 Online: 21 de Novembro de 2007, 20:56:35 »
é que eu não sei, daniel. não vejo como discordar com uma afirmação do watson; a de que não há motivo pra crer que haja de fato essa igualdade. ou seja, mesmo que não haja motivo pra crer o contrário, também não tem como afirmar isso. é até onde cheguei, com meu neodarwinismo-de-ler-dawkins.

Poderia-se fazer uma afirmação próxima, mas cientificamente aceitável, numa versão um pouco mais "fraca": não há motivos para crer que a evolução da inteligência não possa ter divergido entre os continentes.

É uma possibilidade. Mas a simples constatação da possibilidade não implica em fato, não dá validade a afirmação "forte", de que não há motivos para crer que não tenha ocorrido divergência.

Talvez o motivo principal para que não tenha ocorrido seja que, a maior parte da evolução é "não-evolução", equilíbrio Hardy-Weinberg, e evolução neutra. Mas tem mais; os humanos, diferem mais geneticamente dentro de uma mesma população do que entre diferentes populações. A própria natureza do que é a mente humana (um tipo de adaptação para flexibilidade comportamental) dificulta a evolução desse tipo de coisa defendida por esse pessoal. Tem um monte de outros fatores que eles costumam desprezar. Ao mesmo tempo, o pessoal que defende o contrário, não nega que por exemplo, hajam variações populacionais de QI, apenas não dá para se fazer as associações simplistas, "o padrão é populacional, logo é biológico".

Veja por exemplo:   

Citar
No Bells Curve Here
Northwestern study finds that poverty and early learning opportunities -- not race -- account for the gap in IQ scores between blacks and whites

RELEASE DATE: April ?, 1996

Contrary to "The Bell Curve" findings, a new study by researchers at Columbia and Northwestern Universities suggests that poverty and early learning opportunities -- not race -- account for the gap in IQ scores between blacks and whites. (The study is published in the April issue of Child Development.)

Adjustments for socioeconomic conditions almost completely eliminate differences in IQ scores between black and white children, according to the study's co-investigators. They include Jeanne Brooks-Gunn and Pamela Klebanov of Columbia's Teachers College, and Greg Duncan of the Center for Urban Affairs and Policy Research at Northwestern University.

As in many other studies, the black children in the study had IQ scores a full 15 points lower than their white counterparts. Poverty alone,the researchers found, accounted for 52 percent of that difference, cutting it to 7 points. Controlling for the children's home environment reduced the difference by another 28 percent, to a statistically insignificant 3 points -- in essence, eliminating the gap altogether.

Isso assim, "na lata", sem nem ter algo como gerações de negros vivendo em condições sócio-econômicas iguais, e sem sofrerem racismo e etc, que podem ter conseqüências fisiológicas.
 



E mais:



Note a disparidade entre brancos, asiáticos, e "hispânicos", que seriam de forma mais biologicamente real a mistura entre índios (essencialmente asiáticos) e brancos, mas podem ser talvez apenas brancos. Um padrão mais "genético" preveria algo intermediário, em vez dessa disparidade.

Narkus

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Re: Brancos são mais inteligentes do que negros, diz Watson
« Resposta #147 Online: 21 de Novembro de 2007, 21:02:35 »
Bom...

Engraçado que pra mim parece que há uma motivação excessiva para se refutar qualquer afirmação que sugira algum tipo de racialismo comportamental ou intelectual, bem como afirmações que revelem que alguns genes relacionados à fisionomia estão diretamente relacionados à personalidade.

Tem pessoas que tem cara de tansas, e, sinceramente, eu acho que tem a ver sim. Pq desde criança eu sempre interpretei fisionomias e rotulei pessoas pela aparência. E sempre tive a impressão de estar certo na maioria das minhas "rotulações".

Já teve casos de eu rotular uma pessoa de malandra à primeira vista e esta pessoa acabar me transmitindo outra impressão após algum convívio... Mas... Na maioria destes casos a máscara sempre caía. Em alguns casos isso não me incomodava porque eu sentia que havia "conquistado" o respeito e consideração do malandro, o que me fazia acreditar que dificilmente eu seria uma vítima de suas malandragens (ou, o que era melhor, usar do malandro para serviços sujos contra rivais meus). Um malandro pode perceber que você não é uma vítima adequada. Mas já caí em contos e fui enganado por colegas. Hoje eu respeito muito as primeiras impressões que tenho sobre uma pessoa em relação à sua fisionomia.

E tem pessoas que possuem fisionomia de criminosos, na minha opinião. Parece que você já fica em alerta, esperando pelo pior, quando se depara com uma pessoa de traços mais agressivos. Não creio que seja imaginação minha, deve ser instintivo, e sei que não sou o único a ter essa tendência de pré-julgar os outros pela fisionomia.

Também tem o jeito de andar, de se vestir, falar etc, mas devem ser percepções mais secundárias.

E ouvi boatos sobre pesquisas dessa natureza...

Na própria sexualidade já foi comprovado que mulheres "julgam" os homens pela aparência. Existe um +- um padrão para o homem do tipo "garanhão" e outro para o "provedor". O garanhão normalmente tem queixo quadrado, olhos pequenos, nariz definido, sobrancelhas proeminentes e grossas. O provedor tem uma aparência mais "infantilizada", com queixo menor, olhos maiores, nariz pequeno, sobrancelhas finas, arqueadas e retraídas.

E o engraçado que normalmente os traços faciais combinam com o jeito de andar, o tom de voz etc.

Claro que tem homens com olhos grandes, queixo grande, sobrancelha proeminente mas fina etc. Mas há as tendências de traços que determinam se um macho é mais garanhão ou provedor.

Tenho a impressão que a ciência evita abordar tais assuntos da mesma forma no que diz respeito a diferenças raciais.
E acho certo isso, por uma coisa é você especular se existe uma quarta dimensão espacial, outra é especular que um determinado grupo de indivíduos é mais agressivo e criminoso que outro.

Narkus

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Re: Brancos são mais inteligentes do que negros, diz Watson
« Resposta #148 Online: 21 de Novembro de 2007, 21:16:22 »
é que eu não sei, daniel. não vejo como discordar com uma afirmação do watson; a de que não há motivo pra crer que haja de fato essa igualdade. ou seja, mesmo que não haja motivo pra crer o contrário, também não tem como afirmar isso. é até onde cheguei, com meu neodarwinismo-de-ler-dawkins.

Poderia-se fazer uma afirmação próxima, mas cientificamente aceitável, numa versão um pouco mais "fraca": não há motivos para crer que a evolução da inteligência não possa ter divergido entre os continentes.

É uma possibilidade. Mas a simples constatação da possibilidade não implica em fato, não dá validade a afirmação "forte", de que não há motivos para crer que não tenha ocorrido divergência.

Talvez o motivo principal para que não tenha ocorrido seja que, a maior parte da evolução é "não-evolução", equilíbrio Hardy-Weinberg, e evolução neutra. Mas tem mais; os humanos, diferem mais geneticamente dentro de uma mesma população do que entre diferentes populações. A própria natureza do que é a mente humana (um tipo de adaptação para flexibilidade comportamental) dificulta a evolução desse tipo de coisa defendida por esse pessoal. Tem um monte de outros fatores que eles costumam desprezar. Ao mesmo tempo, o pessoal que defende o contrário, não nega que por exemplo, hajam variações populacionais de QI, apenas não dá para se fazer as associações simplistas, "o padrão é populacional, logo é biológico".

Veja por exemplo:   

Citar
No Bells Curve Here
Northwestern study finds that poverty and early learning opportunities -- not race -- account for the gap in IQ scores between blacks and whites

RELEASE DATE: April ?, 1996

Contrary to "The Bell Curve" findings, a new study by researchers at Columbia and Northwestern Universities suggests that poverty and early learning opportunities -- not race -- account for the gap in IQ scores between blacks and whites. (The study is published in the April issue of Child Development.)

Adjustments for socioeconomic conditions almost completely eliminate differences in IQ scores between black and white children, according to the study's co-investigators. They include Jeanne Brooks-Gunn and Pamela Klebanov of Columbia's Teachers College, and Greg Duncan of the Center for Urban Affairs and Policy Research at Northwestern University.

As in many other studies, the black children in the study had IQ scores a full 15 points lower than their white counterparts. Poverty alone,the researchers found, accounted for 52 percent of that difference, cutting it to 7 points. Controlling for the children's home environment reduced the difference by another 28 percent, to a statistically insignificant 3 points -- in essence, eliminating the gap altogether.

Isso assim, "na lata", sem nem ter algo como gerações de negros vivendo em condições sócio-econômicas iguais, e sem sofrerem racismo e etc, que podem ter conseqüências fisiológicas.
 



E mais:



Note a disparidade entre brancos, asiáticos, e "hispânicos", que seriam de forma mais biologicamente real a mistura entre índios (essencialmente asiáticos) e brancos, mas podem ser talvez apenas brancos. Um padrão mais "genético" preveria algo intermediário, em vez dessa disparidade.

Tipo...

Eu vi um documentário no Discovery que falava sobre as prováveis origens do cão doméstico.
Pelo que vi a hipótese mais convincente é que o cão doméstico é apenas um lobo que não desenvolve o comportamento agressivo na fase adulta. Os lobos são dóceis quando filhotes e normalmente se tornam agressivos quando adultos.
Mas, supostamente alguns lobos que não se tornavam agressivos quando adultos foram beneficiados por conseguirem relações amistosas com humanos. Quanto mais dócil o lobo for, maiores as chances de se relacionar com humanos e tirar proveitos disso como abrigo e comida.

Não me parece absurdo supor que entre humanos não possa existir diferenças entre comportamento e habilidades intelectuais.

Talvez os africanos não tenham tanta predisposição ao raciocínio lógico, mas há negros "racialistas" que defendem que sua raça possui mais inteligência motora, expressiva e musical.
Entre asiáticos e europeus talvez os asiáticos tenham raciocínio ligeiramente melhor mas os europeus tenha uma comunicabilidade melhor.

Pode ser que a genética não exerça influência nestes padrões que observamos, mas não acho absurdo supor que sim. Pode ser a cultura, evidentemente, mas será que a cultura em algumas gerações não é capaz de "moldar processos evolutivos"?

Tolerância ao tabaco, ao alcool... Já foi comprovado, por exemplo, que asiáticos possuem pouca ou nenhuma tolerância ao alcool, e isso é genético. E não creio que asiáticos tenham fama de beberrões como alguns europeus. Dietas mais adequadas a determinados indivíduos também... 50000 anos é bastante tempo, e 3000 gerações de 15 anos cada acho que proporciona diferenças significativas nos indivíduos e não acho absurdo supor que cada raça tenha sutis diferenças comportamentais e habilidades intelectuais.

Offline Rodion

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Re: Brancos são mais inteligentes do que negros, diz Watson
« Resposta #149 Online: 21 de Novembro de 2007, 21:29:44 »
hm, sim, cães domésticos.
é consenso que há diferença de inteligência entre as diversas raças de cães, e vezes há em que suas diferenças fenotípicas não são maiores do que as que há entre as diferentes populações humanas. a analogia é inválida?
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