Você pode provar Isso?
Á propósito:
"ONU sugere ação afirmativa contra racismo
As políticas de ação afirmativa são não apenas recomendáveis, mas necessárias para que o Brasil consiga reverter a desigualdade racial. Elas devem, no entanto, ser acompanhas de políticas universalistas. É o que defende o "Relatório de Desenvolvimento Humano Brasil 2005 — Racismo, pobreza e violência", lançado nesta sexta-feira pelo PNUD Brasil.
A Constituição Federal brasileira afirma que todos os cidadãos são iguais perante a lei. O que muitos utilizam como argumento contrário às políticas afirmativas, o relatório apresenta como motivo pelo qual elas devem ser implementadas: para o PNUD, o princípio da universalidade se refere aos objetivos finais das políticas públicas. “Isso não significa que os meios para atingi-los devam ser necessariamente iguais para todos”, observa o relatório.
As políticas focalizadas, segundo o estudo, são uma forma de reparar os efeitos causados pela escravidão e pela discriminação: a população negra é vítima da desigualdade em praticamente todas as esferas da vida social, política e econômica do país. “Há uma necessidade de reconhecimento do sofrimento infringido pela escravidão e de tomar medidas que reparem as conseqüências da escravidão que até agora persistem. Trata-se da redução da desigualdade e da integração efetiva dos grupos discriminados tanto na vida política quanto na vida social”, argumenta o PNUD.
No curto e médio prazo, as ações afirmativas podem aumentar a diversidade e a representatividade dos grupos minoritários em diversos setores. Além disso, o sucesso de algumas pessoas nessas áreas as tornam personalidades emblemáticas, que servem de exemplo a gerações mais jovens. “No longo prazo, o objetivo das ações afirmativas é induzir transformações de ordem cultural, pedagógica e psicológica, visando tirar do imaginário coletivo a idéia da supremacia racial e eliminar os efeitos persistentes da discriminação do passado”, afirma o relatório."