Enquete

Quem você quer que ganhe a eleição norte-americana?

Obama
10 (50%)
Hillary
6 (30%)
McCain
4 (20%)
Huckabee
0 (0%)
Outro (especifique)
0 (0%)

Votos Totais: 16

enquete encerrada: 12 de Março de 2008, 20:26:59

Autor Tópico: Eleições Americanas  (Lida 35130 vezes)

0 Membros e 1 Visitante estão vendo este tópico.

Offline uiliníli

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 18.107
  • Sexo: Masculino
Re: Eleições Americanas
« Resposta #250 Online: 05 de Novembro de 2008, 14:22:47 »
Acho que no campo da política externa também as coisas devem melhorar. Obama tem tudo para ajudar os EUA a fazer as pazes com o mundo e se tornar, ao lado de Sarkozy, a mais influente liderança do planeta.

Offline Herf

  • Nível 37
  • *
  • Mensagens: 3.380
Re: Eleições Americanas
« Resposta #251 Online: 05 de Novembro de 2008, 23:08:55 »
Citar
O candidato do medo

Olavo de Carvalho
Diário do Comércio, 24 de outubro de 2008

 

Chamado de “Messias” pelo líder radical muçulmano Louis Farrakhan e de “Meu Jesus” pela editora-chefe de um jornal universitário, Barack Hussein Obama informa: “Contrariamente ao que diz a opinião popular, não nasci numa manjedoura.” Já pensaram se ele não avisasse?

Qualquer que seja o caso, pelo menos um milagre confirmado ele já fez: é o primeiro candidato presidencial que obtém o aplauso de todos os inimigos dos EUA sem que isto desperte contra ele a menor desconfiança do establishment americano. Entre seus entusiastas, contam-se o Hamas, o presidente iraniano Ahmadinejad, Muammar Khadafi, Fidel Castro, Hugo Chávez e o canal de TV Al-Jazeera. Imagino o que aconteceria à candidatura de Franklin D. Roosevelt em 1932 se ele recebesse o apoio ostensivo de Josef Stalin, Adolf Hitler e Benito Mussolini.

É verdade que Obama promete desmantelar o sistema de defesa espacial dos EUA, desacelerar unilateralmente o programa americano de pesquisas nucleares, transformar em derrota a vitória no Iraque, vetar a abertura de poços de petróleo e oferecer carteiras de motorista e assistência médica gratuita aos imigrantes ilegais, aquele povinho patriota que quer transformar o Texas e a Califórnia em Estados mexicanos. Mas, se você insinua que qualquer dessas coisas é um bom motivo para os comunistas e radicais islâmicos gostarem dele, a mídia em peso diz que você “passou dos limites” e é virtualmente culpado de “crime de ódio”. Ahmadinejad declarou que a vitória do candidato democrata nas eleições dará o sinal verde para a islamização do mundo, Khadafi proclamou que Obama é um muçulmano fiel apoiado por milionários islamitas e Louis Farrakhan, aproveitando a onda de entusiasmo obamista, anunciou que a “Nation of Islam”, a sociedade secreta de radicais islâmicos que ele preside, há décadas funcionando em marcha lenta, está tendo “um novo começo” e logo estará operando de novo com força total. O sentido desses fatos é claro, mas notar isso é imoral: todo cidadão de respeito tem de jurar que o apoio vindo dos inimigos da América é apenas um equívoco da parte deles, já que Obama não lhes deu – oh, não! – o menor pretexto para que simpatizassem com ele. Insinuar qualquer convergência de interesses é imputar a Obama “culpa por associação” – uma perfídia carregada, evidentemente, de “subtons racistas”.

Qualquer palavra mais dura contra o candidato negro é aliás apontada como prova de racismo, e a mínima sugestão de que haja nisso alguma chantagem racial é prova dupla. O próprio John McCain faz questão de manter o debate na esfera “das idéias”, frisando que o oponente é “um homem decente, do qual não há nada a temer.”

Essa declaração é involuntariamente irônica. A coisa que todo americano mais teme, hoje em dia, é alguém suspeitar que ele pensa mal de Barack Hussein Obama. Seguindo o exemplo do líder, a militância republicana capricha nas exibições de respeito e veneração à pessoa do adversário. Um funcionário do escritório da campanha de McCain em Pompano Beach, CA, que colocou atrás de sua mesa um cartaz associando Obama a Marx e Hitler foi instantaneamente demitido. Um cidadão do Estado de Ohio, que fez umas perguntas mais duras ao candidato democrata sobre seu projeto de reforma fiscal, pagou caro pelo atrevimento. Teve sua vida particular vasculhada pelos repórteres e foi severamente criticado pelos crimes hediondos de trabalhar como encanador sem licença e de não ter pago uma multa de trânsito que recebeu no Arizona oito anos atrás. Isso dá uma idéia do zelo exasperado com que a grande mídia protege a imagem de Barack Obama. Samuel Wurzelbacher, ou “Joe Encanador” – o apelido pelo qual veio a ser nacionalmente conhecido –, tira da sua experiência a conclusão incontornável: “Quando você já não pode mais fazer perguntas a seus líderes, é uma coisa temível.”

O temor não é somente psicológico. Vários militantes republicanos já foram surrados por obamistas, escritórios da campanha McCain em vários Estados foram invadidos e destruídos, e só a ação da polícia impediu, a tempo, que centenas de agitadores obamistas bem treinados, armados de coquetéis Molotov, queimassem os ônibus que se dirigiam à Convenção Republicana em St. Paul (mesmo assim os remanescentes conseguiram fazer um belo estrago). Quando um candidato usa de métodos terroristas e ao mesmo tempo o establishment decreta que chamá-lo de terrorista é o suprassumo da demência, está claro que esse candidato tem direitos ilimitados. Ele pode receber 63 milhões de dólares em contribuições ilegais do exterior, e nada de mau lhe acontecerá por isso. Uma ONG que o apadrinha pode fazer uma derrama de títulos de eleitor falsos em treze Estados, e ai de quem sugira que ele tem alguma culpa no caso. Em compensação, McCain foi acusado de violência verbal criminosa pelo simples fato de mencionar a ligação arquicomprovada de Obama com William Ayers. Uma passeata em favor de McCain-Palin, em Nova York, foi recebida com toda sorte de xingamentos e ameaças. Como, em contrapartida, nenhuma violência se observasse contra os militantes obamistas, foi preciso inventar que, num comício de Sarah Palin, alguém gritou “Kill him!” ao ouvir o nome de Obama. A polícia examinou cuidadosamente as gravações do encontro e concluiu que ninguém gritou nada disso.

Outro fator intimidante é a superioridade econômica. A campanha de Obama recolheu nada menos de 605 milhões de dólares em contribuições. Para cada anúncio de McCain, saem quatro de Obama. Mais avassaladora ainda é a propaganda gratuita fornecida ao candidato democrata pela grande mídia.

Até o momento, o único jornal de certa importância que noticiou o processo movido pelo advogado democrata Philip Berg contra Obama foi o Washington Times – nominalmente republicano –, que no entanto classifica as dúvidas quanto à nacionalidade de Obama como meros “rumores da internet” e, aludindo ao processo só nas linhas finais, como se fosse apenas um rumor a mais, se omite de informar que Obama, em vez de apresentar sua certidão de nascimento como solicitado pelo queixoso, preferiu lançar mão de uma complexa argumentação jurídica para se esquivar de fazê-lo. O segundo processo no mesmo sentido, aberto no Estado de Washington, não é nem mencionado.

As maiores empresas de jornais e canais de TV protegem o candidato democrata não somente contra seus adversários, mas contra ele próprio. Atos ou declarações dele que possam mostrá-lo a uma luz desfavorável são cuidadosamente omitidos. Em toda a grande mídia americana não se encontrará uma só palavra sobre a longa carreira de Obama como militante abortista, muito menos sobre a única atividade importante desenvolvida por ele no plano internacional: a campanha montada, com dinheiro público, para elevar ao poder no Quênia o agitador anti-americano e pró-terrorista Raila Odinga, culpado de ordenar o assassinato de mais de mil de seus opositores políticos e de conspirar com líderes muçulmanos para impingir a religião islâmica a uma nação de maioria cristã. Obama não somente ajudou Odinga com dinheiro dos contribuintes americanos e abriu contatos para ele no Senado, mas fez comícios em favor dele no Quênia. Se algo mostra a verdadeira natureza dos compromissos internacionais do candidato democrata, é esse episódio – mas até a FoxNews se omite de tocar no assunto.

Por aqui, todo mundo diz que a vitória de Obama é certa. A mim me parece que, mesmo se perdesse as eleições, Obama seria um vencedor. O partido de seus adversários já estava de joelhos no momento em que, em vez de um conservador autêntico, escolheu como candidato um típico “liberal republican”, promessa garantida, caso eleito, de um governo fraco, subserviente aos críticos, exatamente como o foi o de George W. Bush. A esse primeiro desatino seguiu-se outro pior: a partir do instante em que os republicanos, em vez de abrir mil processos como o de Philip Berg, aceitaram como adversário eleitoral legítimo e decente um candidato sem nacionalidade comprovada, com uma biografia nebulosa e repleta de mentiras flagrantes, ajudado e subsidiado pelos mais odientos inimigos do país, ficou claro que haviam abdicado de todo sentimento de honra e consentido em legitimar uma farsa. Se perderem as eleições, eles merecerão tantas lágrimas quanto aqueles que preferiram antes deixar Lula conquistar a presidência do Brasil do que contar o que sabiam sobre o Foro de São Paulo.

Quanto à campanha de Obama, seu perfil é claro. O amálgama de promessas utópicas, propaganda avassaladora, beatificação psicótica do líder, apelo racial, controle da mídia e intimidação sistemática do eleitorado é idêntico nos mínimos detalhes à estratégia eleitoral de Hitler em 1933, mas para dizer isso em público – ou mesmo conscientizá-lo em voz baixa – é preciso mais coragem do que se pode esperar do eleitor médio hoje em dia.

http://www.olavodecarvalho.org/semana/081024dc.html

O Olavo pode falar muita merda. Mas às vezes ele acerta em cheio, como neste texto.

Offline Thufir Hawat

  • Nível 31
  • *
  • Mensagens: 1.881
  • Sexo: Masculino
  • It's easier to be terrified by an enemy you admire
Re: Eleições Americanas
« Resposta #252 Online: 06 de Novembro de 2008, 00:29:18 »
Citar
O candidato do medo

Olavo de Carvalho
Diário do Comércio, 24 de outubro de 2008

...

http://www.olavodecarvalho.org/semana/081024dc.html

O Olavo pode falar muita merda. Mas às vezes ele acerta em cheio, como neste texto.
Em cheio? Vamos com calma... concordo 100% com as críticas ao circo da mídia em cima do Obama, ao fato de de que ele foi praticamente beatificado (e isso não só pelos americanos, mas por quase o mundo todo), que foi poupado de uma série de críticas válidas, e por aí vai.

Mas as acusações que ele faz no texto, de que o Obama estaria associado a uma série de grupos e pessoas que promovem ou pelo menos apóiam terrorismo, de que não é de nacionalidade americana, de que teria diretamente algo a ver com alguma suposta violência contra eleitores do McCain, entre outras, são muito sérias (e francamente, um tanto exageradas), e ele não apresenta provas ou indícios de nenhuma delas no texto. Parece a mesma gritaria conspiratória de sempre do Olavo.

Confesso que eu mesmo não me empolguei com o Obama, entre outras coisas por causa do circo que boa parte da imprensa mundial, não só americana, fez em cima dele (cheguei por um segundo a torcer pra que o McCain fosse eleito só pros americanos mostrarem pro resto do mundo que na eleição dos EUA quem decide são eles... mas foi só por um segundo :vergonha:). Acho que não teria votado nele se eu fosse eleitor americano. Mas mesmo assim, prefiro ele ao McCain. E eu até tinha alguma simpatia pelo vovôzinho no começo da campanha, mas a insistência dele e da Palin em ridicularizar projetos científicos (aquela história do DNA de ursos em extinção, do planetário, da drosophila) quebrou esse encanto rapidinho...

Archimedes will be remembered when Aeschylus is forgotten, because languages die and mathematical ideas do not. "Immortality" may be a silly word, but probably a mathematician has the best chance of whatever it may mean.
G. H. Hardy, in "A Mathematician's Apology"

Offline uiliníli

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 18.107
  • Sexo: Masculino
Re: Eleições Americanas
« Resposta #253 Online: 06 de Novembro de 2008, 00:32:10 »
E o Olava acho que a imprensa ia poupar o Obama se alguma dessas acusações tivessem uma sombrinha que fosse de verdade? Ah, claro, toda a mídia foi cooptada pela conspiração comunista-terrorista-muçulmana-ateísta-judaica que quer dominar o mundo; esqueci desse pequeno detalhe.

Offline Eleitor de Mário Oliveira

  • Nível 37
  • *
  • Mensagens: 3.502
  • Sexo: Masculino
    • Lattes
Re: Eleições Americanas
« Resposta #254 Online: 06 de Novembro de 2008, 02:15:46 »
E o Olava acho que a imprensa ia poupar o Obama se alguma dessas acusações tivessem uma sombrinha que fosse de verdade? Ah, claro, toda a mídia foi cooptada pela conspiração comunista-terrorista-muçulmana-ateísta-judaica que quer dominar o mundo; esqueci desse pequeno detalhe.
2

Offline Pregador

  • Conselheiros
  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 8.056
  • Sexo: Masculino
  • "Veritas vos Liberabit".
Re: Eleições Americanas
« Resposta #255 Online: 06 de Novembro de 2008, 10:26:33 »
Citar
O candidato do medo

Olavo de Carvalho
Diário do Comércio, 24 de outubro de 2008

 

Chamado de “Messias” pelo líder radical muçulmano Louis Farrakhan e de “Meu Jesus” pela editora-chefe de um jornal universitário, Barack Hussein Obama informa: “Contrariamente ao que diz a opinião popular, não nasci numa manjedoura.” Já pensaram se ele não avisasse?

Qualquer que seja o caso, pelo menos um milagre confirmado ele já fez: é o primeiro candidato presidencial que obtém o aplauso de todos os inimigos dos EUA sem que isto desperte contra ele a menor desconfiança do establishment americano. Entre seus entusiastas, contam-se o Hamas, o presidente iraniano Ahmadinejad, Muammar Khadafi, Fidel Castro, Hugo Chávez e o canal de TV Al-Jazeera. Imagino o que aconteceria à candidatura de Franklin D. Roosevelt em 1932 se ele recebesse o apoio ostensivo de Josef Stalin, Adolf Hitler e Benito Mussolini.

É verdade que Obama promete desmantelar o sistema de defesa espacial dos EUA, desacelerar unilateralmente o programa americano de pesquisas nucleares, transformar em derrota a vitória no Iraque, vetar a abertura de poços de petróleo e oferecer carteiras de motorista e assistência médica gratuita aos imigrantes ilegais, aquele povinho patriota que quer transformar o Texas e a Califórnia em Estados mexicanos. Mas, se você insinua que qualquer dessas coisas é um bom motivo para os comunistas e radicais islâmicos gostarem dele, a mídia em peso diz que você “passou dos limites” e é virtualmente culpado de “crime de ódio”. Ahmadinejad declarou que a vitória do candidato democrata nas eleições dará o sinal verde para a islamização do mundo, Khadafi proclamou que Obama é um muçulmano fiel apoiado por milionários islamitas e Louis Farrakhan, aproveitando a onda de entusiasmo obamista, anunciou que a “Nation of Islam”, a sociedade secreta de radicais islâmicos que ele preside, há décadas funcionando em marcha lenta, está tendo “um novo começo” e logo estará operando de novo com força total. O sentido desses fatos é claro, mas notar isso é imoral: todo cidadão de respeito tem de jurar que o apoio vindo dos inimigos da América é apenas um equívoco da parte deles, já que Obama não lhes deu – oh, não! – o menor pretexto para que simpatizassem com ele. Insinuar qualquer convergência de interesses é imputar a Obama “culpa por associação” – uma perfídia carregada, evidentemente, de “subtons racistas”.

Qualquer palavra mais dura contra o candidato negro é aliás apontada como prova de racismo, e a mínima sugestão de que haja nisso alguma chantagem racial é prova dupla. O próprio John McCain faz questão de manter o debate na esfera “das idéias”, frisando que o oponente é “um homem decente, do qual não há nada a temer.”

Essa declaração é involuntariamente irônica. A coisa que todo americano mais teme, hoje em dia, é alguém suspeitar que ele pensa mal de Barack Hussein Obama. Seguindo o exemplo do líder, a militância republicana capricha nas exibições de respeito e veneração à pessoa do adversário. Um funcionário do escritório da campanha de McCain em Pompano Beach, CA, que colocou atrás de sua mesa um cartaz associando Obama a Marx e Hitler foi instantaneamente demitido. Um cidadão do Estado de Ohio, que fez umas perguntas mais duras ao candidato democrata sobre seu projeto de reforma fiscal, pagou caro pelo atrevimento. Teve sua vida particular vasculhada pelos repórteres e foi severamente criticado pelos crimes hediondos de trabalhar como encanador sem licença e de não ter pago uma multa de trânsito que recebeu no Arizona oito anos atrás. Isso dá uma idéia do zelo exasperado com que a grande mídia protege a imagem de Barack Obama. Samuel Wurzelbacher, ou “Joe Encanador” – o apelido pelo qual veio a ser nacionalmente conhecido –, tira da sua experiência a conclusão incontornável: “Quando você já não pode mais fazer perguntas a seus líderes, é uma coisa temível.”

O temor não é somente psicológico. Vários militantes republicanos já foram surrados por obamistas, escritórios da campanha McCain em vários Estados foram invadidos e destruídos, e só a ação da polícia impediu, a tempo, que centenas de agitadores obamistas bem treinados, armados de coquetéis Molotov, queimassem os ônibus que se dirigiam à Convenção Republicana em St. Paul (mesmo assim os remanescentes conseguiram fazer um belo estrago). Quando um candidato usa de métodos terroristas e ao mesmo tempo o establishment decreta que chamá-lo de terrorista é o suprassumo da demência, está claro que esse candidato tem direitos ilimitados. Ele pode receber 63 milhões de dólares em contribuições ilegais do exterior, e nada de mau lhe acontecerá por isso. Uma ONG que o apadrinha pode fazer uma derrama de títulos de eleitor falsos em treze Estados, e ai de quem sugira que ele tem alguma culpa no caso. Em compensação, McCain foi acusado de violência verbal criminosa pelo simples fato de mencionar a ligação arquicomprovada de Obama com William Ayers. Uma passeata em favor de McCain-Palin, em Nova York, foi recebida com toda sorte de xingamentos e ameaças. Como, em contrapartida, nenhuma violência se observasse contra os militantes obamistas, foi preciso inventar que, num comício de Sarah Palin, alguém gritou “Kill him!” ao ouvir o nome de Obama. A polícia examinou cuidadosamente as gravações do encontro e concluiu que ninguém gritou nada disso.

Outro fator intimidante é a superioridade econômica. A campanha de Obama recolheu nada menos de 605 milhões de dólares em contribuições. Para cada anúncio de McCain, saem quatro de Obama. Mais avassaladora ainda é a propaganda gratuita fornecida ao candidato democrata pela grande mídia.

Até o momento, o único jornal de certa importância que noticiou o processo movido pelo advogado democrata Philip Berg contra Obama foi o Washington Times – nominalmente republicano –, que no entanto classifica as dúvidas quanto à nacionalidade de Obama como meros “rumores da internet” e, aludindo ao processo só nas linhas finais, como se fosse apenas um rumor a mais, se omite de informar que Obama, em vez de apresentar sua certidão de nascimento como solicitado pelo queixoso, preferiu lançar mão de uma complexa argumentação jurídica para se esquivar de fazê-lo. O segundo processo no mesmo sentido, aberto no Estado de Washington, não é nem mencionado.

As maiores empresas de jornais e canais de TV protegem o candidato democrata não somente contra seus adversários, mas contra ele próprio. Atos ou declarações dele que possam mostrá-lo a uma luz desfavorável são cuidadosamente omitidos. Em toda a grande mídia americana não se encontrará uma só palavra sobre a longa carreira de Obama como militante abortista, muito menos sobre a única atividade importante desenvolvida por ele no plano internacional: a campanha montada, com dinheiro público, para elevar ao poder no Quênia o agitador anti-americano e pró-terrorista Raila Odinga, culpado de ordenar o assassinato de mais de mil de seus opositores políticos e de conspirar com líderes muçulmanos para impingir a religião islâmica a uma nação de maioria cristã. Obama não somente ajudou Odinga com dinheiro dos contribuintes americanos e abriu contatos para ele no Senado, mas fez comícios em favor dele no Quênia. Se algo mostra a verdadeira natureza dos compromissos internacionais do candidato democrata, é esse episódio – mas até a FoxNews se omite de tocar no assunto.

Por aqui, todo mundo diz que a vitória de Obama é certa. A mim me parece que, mesmo se perdesse as eleições, Obama seria um vencedor. O partido de seus adversários já estava de joelhos no momento em que, em vez de um conservador autêntico, escolheu como candidato um típico “liberal republican”, promessa garantida, caso eleito, de um governo fraco, subserviente aos críticos, exatamente como o foi o de George W. Bush. A esse primeiro desatino seguiu-se outro pior: a partir do instante em que os republicanos, em vez de abrir mil processos como o de Philip Berg, aceitaram como adversário eleitoral legítimo e decente um candidato sem nacionalidade comprovada, com uma biografia nebulosa e repleta de mentiras flagrantes, ajudado e subsidiado pelos mais odientos inimigos do país, ficou claro que haviam abdicado de todo sentimento de honra e consentido em legitimar uma farsa. Se perderem as eleições, eles merecerão tantas lágrimas quanto aqueles que preferiram antes deixar Lula conquistar a presidência do Brasil do que contar o que sabiam sobre o Foro de São Paulo.

Quanto à campanha de Obama, seu perfil é claro. O amálgama de promessas utópicas, propaganda avassaladora, beatificação psicótica do líder, apelo racial, controle da mídia e intimidação sistemática do eleitorado é idêntico nos mínimos detalhes à estratégia eleitoral de Hitler em 1933, mas para dizer isso em público – ou mesmo conscientizá-lo em voz baixa – é preciso mais coragem do que se pode esperar do eleitor médio hoje em dia.

http://www.olavodecarvalho.org/semana/081024dc.html

O Olavo pode falar muita merda. Mas às vezes ele acerta em cheio, como neste texto.

McCain sofreu mais que Jesus Cristo segundo Olavo... "pobre" homem...
"O crime é contagioso. Se o governo quebra a lei, o povo passa a menosprezar a lei". (Lois D. Brandeis).

Offline Diego

  • Nível 40
  • *
  • Mensagens: 4.835
  • Sexo: Masculino
Re: Eleições Americanas
« Resposta #256 Online: 06 de Novembro de 2008, 14:55:55 »
Olavão... ainda não chegou o dia em que concordei com algum texto dele.
« Última modificação: 06 de Novembro de 2008, 15:03:54 por Diego »

Offline uiliníli

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 18.107
  • Sexo: Masculino
Re: Eleições Americanas
« Resposta #257 Online: 06 de Novembro de 2008, 14:58:06 »
Olavão... ainda não chegou o dia concordei com algum texto dele.


No meu caso, esse dia só vai chegar quando ele começar o texto pela frase "eu sou um babaca". E tem que ser bem no comecinho mesmo, porque eu preciso de um enorme esforço de vontade para conseguir ler mais do que duas linhas do que ele escreve.

Offline Zibss

  • Nível 28
  • *
  • Mensagens: 1.482
Re: Eleições Americanas
« Resposta #258 Online: 06 de Novembro de 2008, 20:18:19 »
Olavo é só um racista nojento.


Offline Vito

  • Webmaster
  • Nível 37
  • *
  • Mensagens: 3.554
  • Sexo: Masculino
    • Realidade
Re: Eleições Americanas
« Resposta #259 Online: 06 de Novembro de 2008, 22:44:25 »
Olavo é só um racista nojento.
Não só, também é desonesto, preconceituoso, maluquice astrologia, nem sabe o que significa ideologia e ataca nada a ver com todo mundo.

Offline Eleitor de Mário Oliveira

  • Nível 37
  • *
  • Mensagens: 3.502
  • Sexo: Masculino
    • Lattes
Re: Eleições Americanas
« Resposta #260 Online: 09 de Novembro de 2008, 03:36:08 »
Olavão... ainda não chegou o dia concordei com algum texto dele.


No meu caso, esse dia só vai chegar quando ele começar o texto pela frase "eu sou um babaca". E tem que ser bem no comecinho mesmo, porque eu preciso de um enorme esforço de vontade para conseguir ler mais do que duas linhas do que ele escreve.

2

Offline Herf

  • Nível 37
  • *
  • Mensagens: 3.380
Re: Eleições Americanas
« Resposta #261 Online: 09 de Novembro de 2008, 12:23:18 »
Mais um texto que acerta:

Citar
Laranjada de esperança

Sex, 07/11/08

Barack Obama foi eleito, e o mundo ficou bonzinho. Que bom. Estava na hora mesmo de um final feliz.

Para completar a festa, daqui a pouco chega Papai Noel. É hora de acreditar. É hora de simplificar. É o novo dia, de um novo tempo, o futuro já começou. Hoje a festa é sua, hoje a festa é nossa etc etc.

É emocionante ver intelectuais ao redor do mundo descobrindo um estadista genial nas palavras vazias e cheias de clichês politicamente corretos do presidente eleito. Assim é, se lhes parece.

Entre outras mesuras catitas, Obama dirigiu-se aos “deficientes e não-deficientes”. É curioso como essa paranóia de não discriminar se torna cada vez mais discriminatória. Como pode um presidente categorizar cidadãos de acordo com a sua saúde corporal?

Mas dá para entender, vindo de um cidadão que tem vastos serviços prestados ao seu país, é senador da República, e quando é eleito presidente os aplausos vão para a cor da sua pele. Os politicamente corretos só pensam naquilo.

E ainda surge uma teoria incrível de que a guerra civil americana só terminou agora, com a eleição de Obama. Pelo visto, já está vigorando o sistema de cotas para sociólogos de plantão.

Os mais ousados ainda dão um jeito de botar o piloto inglês Lewis Hamilton no mesmo balaio teórico. Não é um campeão. É um campeão negro. Isso lembra uma entrevista do cantor Seu Jorge ao programa Roda Viva, em que ele, dada a fixação racial das perguntas, sugeriu: “Podemos falar de música?”

Mas a opinião pública deve estar certa. É comum ela atirar no que viu e acertar no que não viu. No Brasil, elegeu Lula para afirmar a ética e inaugurar um modelo econômico de esquerda. Veio o mensalão e a manutenção do modelo liberal. E o povo parece satisfeito.

Foi assim também com Kennedy, que fez a guerra do Vietnã e quase uma guerra mundial com a invasão de Cuba. Passou à história como um mito democrata.

Obama, o pacificador, quer abrir conversas com o tarado do Irã. Israel já está de prontidão. Como se sabe, esse negócio de happy end não tem tradução no Oriente Médio. Da lua-de-mel entre Clinton, Rabin e Arafat restou só um retrato na parede. Chamuscado.

Mas viva Obama. A esperança é a última que morre. A inocência é a penúltima.


Guilherme Fiuza

http://guilhermefiuza.com.br/colunaepoca/2008/11/07/laranjada-de-esperanca/

Offline Diegojaf

  • Moderadores Globais
  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 24.204
  • Sexo: Masculino
  • Bu...
Re: Eleições Americanas
« Resposta #262 Online: 20 de Janeiro de 2009, 09:59:01 »
Up...

Ganhou o Obama... :|

E agora eu passei a manhã inteira ouvindo o povo falando besteira sobre os perigos do Obama ser presidente em razão de ele ser o anti-cristo ou algo do tipo... ¬¬
"De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça. De tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto." - Rui Barbosa

http://umzumbipordia.blogspot.com - Porque a natureza te odeia e a epidemia zumbi é só a cereja no topo do delicioso sundae de horror que é a vida.

Offline Dodo

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 5.304
Re: Eleições Americanas
« Resposta #263 Online: 20 de Janeiro de 2009, 10:29:30 »
Up...

Ganhou o Obama... :|

E agora eu passei a manhã inteira ouvindo o povo falando besteira sobre os perigos do Obama ser presidente em razão de ele ser o anti-cristo ou algo do tipo... ¬¬

Anti-cristo, comunista, simpatizante de terrorista, muçulmano, queniano, etc.

Cara, se praga de conservador pegasse o Obama já tinha derretido.
Você é único, assim como todos os outros.
Alfred E. Newman

Offline Dbohr

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 9.179
  • Sexo: Masculino
  • 無門關 - Mumonkan
    • Meu blog: O Telhado de Vidro - Opinião não-solicitada distribuída livremente!
Re: Eleições Americanas
« Resposta #264 Online: 20 de Janeiro de 2009, 10:33:42 »
Vocês não fazem idéia...

http://halturnershow.blogspot.com/2009/01/inauguration-attack-none-of-them-are.html

Liberdade de expressão é isso aí ;-)

Offline Diegojaf

  • Moderadores Globais
  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 24.204
  • Sexo: Masculino
  • Bu...
Re: Eleições Americanas
« Resposta #265 Online: 20 de Janeiro de 2009, 10:50:35 »
Pqp... ¬¬
"De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça. De tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto." - Rui Barbosa

http://umzumbipordia.blogspot.com - Porque a natureza te odeia e a epidemia zumbi é só a cereja no topo do delicioso sundae de horror que é a vida.

Offline Dbohr

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 9.179
  • Sexo: Masculino
  • 無門關 - Mumonkan
    • Meu blog: O Telhado de Vidro - Opinião não-solicitada distribuída livremente!
Re: Eleições Americanas
« Resposta #266 Online: 20 de Janeiro de 2009, 21:35:20 »
Hail to the Chief :lol:

Perdi a cerimônia de posse, mas estou assistindo os vídeos da cnn.com. Putz... esperança é um troço perigoso...! Mas querem saber? Mesmo com grande chance do Obama ser protecionista e embarreirar nossas exportações, acho que ele vai ser MUITO melhor para o mundo que o imbecil do Bush.

Offline Ricardo RCB.

  • Nível 32
  • *
  • Mensagens: 2.226
  • Sexo: Masculino
Re: Eleições Americanas
« Resposta #267 Online: 20 de Janeiro de 2009, 21:45:52 »
É, se ele embarreirar nossas importações e for muito protecionista, quando isso refletir na nossa economia, saber que ele está sendo um presidente melhor para o mundo vai ser um belo consolo, né?

Se as esperanças em volta dele se concretizarem.

Em tempo, eu torço para que o Obama seja um ótimo presidente, para os EUA.
“The only place where success comes before work is in the dictionary.”

Donald Kendall

Offline Dbohr

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 9.179
  • Sexo: Masculino
  • 無門關 - Mumonkan
    • Meu blog: O Telhado de Vidro - Opinião não-solicitada distribuída livremente!
Re: Eleições Americanas
« Resposta #268 Online: 20 de Janeiro de 2009, 21:55:24 »
É, se ele embarreirar nossas importações e for muito protecionista, quando isso refletir na nossa economia, saber que ele está sendo um presidente melhor para o mundo vai ser um belo consolo, né?


Honestamente? Sim, vai. Ao menos para mim :-)



Offline Fabrício

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 7.318
  • Sexo: Masculino
Re: Eleições Americanas
« Resposta #269 Online: 20 de Janeiro de 2009, 22:05:46 »
Citar
Honestamente? Sim, vai. Ao menos para mim

2
"Deus prefere os ateus"

Offline Ricardo RCB.

  • Nível 32
  • *
  • Mensagens: 2.226
  • Sexo: Masculino
Re: Eleições Americanas
« Resposta #270 Online: 20 de Janeiro de 2009, 22:10:07 »
É, se ele embarreirar nossas importações e for muito protecionista, quando isso refletir na nossa economia, saber que ele está sendo um presidente melhor para o mundo vai ser um belo consolo, né?


Honestamente? Sim, vai. Ao menos para mim :-)


Para você vai ser.

Para quem perder o emprego, numa situação hipotética, graças a um agravamento da economia interna brasileira gerado por excesso de protecionismo americano não. Mas essa é uma situação absurdamente hipotética, ao menos ainda.

Só para esclarecer. Eu realmente torço para que o Obama, a.k.a. Messias II, seja um ótimo presidente para os EUA, que resolva a crise econômica, no âmbito americano.

Aliás, na sua opinião, o que ele deve fazer em relação as ambições nucleares do Irã?
“The only place where success comes before work is in the dictionary.”

Donald Kendall

Offline Ricardo RCB.

  • Nível 32
  • *
  • Mensagens: 2.226
  • Sexo: Masculino
Re: Eleições Americanas
« Resposta #271 Online: 20 de Janeiro de 2009, 22:27:17 »
A mensagem é longa, mas interessante e pertinente ao tema.
Citar
Íntegra do discurso de posse de Barack Obama
Meus caros cidadãos:

Eu me coloco aqui hoje humildemente diante da tarefa à nossa frente, grato pela confiança com que vocês me honraram, ciente dos sacrifícios realizados pelos nossos ancestrais. Eu agradeço ao presidente Bush pelo seu serviço à nossa nação, bem como pela generosidade e cooperação que ele mostrou ao longo da transição.

Quarenta e quatro americanos agora já fizeram o juramento presidencial. As palavras foram ditas durante crescentes marés de prosperidade e as águas calmas da paz. Mas, de tempos em tempos, o juramento é realizado entre nuvens que se formam e tempestades violentas. Nesses momentos, a América seguiu à frente não somente pela habilidade ou visão dos que estavam no alto escalão, mas porque Nós o Povo permanecemos confiantes nos ideais dos nossos ancestrais e fiéis aos nossos documentos fundadores.

Assim tem sido. Assim deve ser com essa geração de americanos.

Que nós estamos em meio a uma crise é agora bem sabido. Nossa nação está em guerra, contra uma rede de longo alcance de violência e ódio. Nossa economia está bastante enfraquecida, em consequência da ganância e irresponsabilidade por parte de alguns, mas também por nosso fracasso coletivo em fazer escolhas difíceis e preparar a nação para uma nova era. Casas foram perdidas; empregos cortados; negócios fechados. Nosso sistema de saúde está muito dispendioso; nossas escolas fracassam com muitos; e cada dia traz novas evidências de que as formas como usamos a energia fortalecem nossos adversários e ameaçam nosso planeta.

Esses são os indicadores da crise, assunto de dados e estatísticas. Menos mensurável, mas não menos profundo, é o enfraquecimento da confiança ao longo de nossa terra - um medo repetido de que o declínio da América é inevitável, e que a próxima geração deve diminuir suas perspectivas.

Hoje eu digo a vocês que os desafios que nós enfrentamos são reais. Eles são sérios e são muitos. Eles não serão vencidos facilmente ou em um período curto de tempo. Mas saiba disso,

América: eles serão vencidos.

Nesse dia, nos reunimos porque nós escolhemos a esperança em vez do medo, a unidade de propósito em vez do conflito e da discórdia.

Nesse dia, nós viemos para proclamar o fim às queixas mesquinhas e falsas promessas, às recriminações e aos dogmas desgastados, que por muito tempo já têm enfraquecido nossa política.

Nós continuamos uma nação jovem, mas de acordo com as palavras da Escritura, chegou a hora de se deixar de lado as infantilidades. Chegou a hora para reafirmar nosso espírito tolerante; para escolher nossa melhor história; para prosseguir com esse precioso dom, essa nobre ideia, passada de geração a geração: a promessa dada por Deus de que todos somos iguais, todos somos livres e todos merecem uma chance de buscar sua completa medida de felicidade.

Ao reafirmar a grandiosidade de nossa nação, nós entendemos que a grandeza nunca é dada. Ela deve ser conquistada. Nossa jornada nunca foi de atalhos ou de aceitar menos. Não foi a trilha dos inseguros - daqueles que preferem o descanso ao trabalho, buscam apenas os prazeres das riquezas e da fama. Em vez disso, (nossa jornada) tem sido uma de tomadores de risco, atuantes, fazedores das coisas - alguns celebrados, mas muitos outros homens e mulheres obscuros em seu trabalho - que nos levaram pela longa e espinhosa rota rumo à prosperidade e à liberdade.

Para nós, eles empacotaram suas poucas posses e viajaram pelos oceanos em busca de uma nova vida.

Para nós, eles trabalharam duro em fábricas exploradoras e seguiram rumo a Oeste; suportaram o açoite do chicote e lavraram a terra dura.

Para nós, eles lutaram e morreram, em lugares como Concord e Gettysburg; Normandy e Khe Sahn.

Ao longo do tempo, esses homens e mulheres lutaram e se sacrificaram e trabalharam até suas mãos ficarem em carne viva, para que pudéssemos ter uma vida melhor. Eles viram a América maior do que a soma de suas ambições individuais; maior que todas as diferenças de nascimento ou riqueza ou facção.

Essa é a jornada que nós continuamos hoje. Nós permanecemos a mais próspera e poderosa nação da Terra. Nossos trabalhadores não são menos produtivos do que quando essa crise começou. Nossas mentes não têm menos imaginação, nossas mercadorias e serviços não são menos necessários do que eram na semana passada, no mês passado ou no ano passado. Nossa capacidade permanece a mesma. Mas nossa hora de proteger interesses estreitos e adiar decisões desagradáveis - esse tempo certamente passou. Começando hoje, nós precisamos nos levantar e começar de novo o trabalho de reconstruir a América.

Para todos os lugares que olhemos, existe trabalho a ser feito. A situação da nossa economia pede ação, ágil e rápida, e nós agiremos - não apenas para criar novos empregos, mas para lançar a fundação para o crescimento. Nós construiremos as estradas e pontes, as instalações elétricas e linhas digitais que alimentam nosso comércio e nos mantém juntos. Nós levaremos a ciência a seu lugar de merecimento e controlaremos as maravilhas da tecnologia para aumentar a qualidade do sistema de saúde e reduzir seu custo.

Nós usaremos o Sol e os ventos e o solo para abastecer nossos carros e movimentar nossas fábricas. Nós transformaremos nossas escolas, faculdades e universidades para suprir as demandas de uma nova era. Tudo isso nós podemos fazer. E tudo isso nós faremos.

Agora, existem alguns que questionam a escala das nossas ambições - que sugerem que nosso sistema não pode aguentar planos tão grandiosos. Eles têm memória curta. Porque eles se esqueceram de tudo o que nosso país fez; o que homens e mulheres livres podem conseguir quando a imaginação se junta para objetivos comuns e a necessidade para a coragem.

O que os cínicos não entendem é que o chão que eles pisam não é mais o mesmo - que as disputas políticas que nos envolveram por muito tempo não existem mais. A questão que perguntamos hoje não é se nosso governo é muito grande ou muito pequeno, mas se ele funciona - se ele ajuda as famílias a encontrarem empregos que pagam um salário decente, que tipo de seguridade eles dão, uma aposentadoria que seja digna. Onde a resposta é sim, nós queremos ir em frente. Onde a resposta é não, os programas acabarão. E aqueles de nós que manejam os dólares públicos terão que prestar contas - para gastar de maneira sábia, reformar maus hábitos, e fazer nossos negócios à luz do dia - porque apenas assim nós podemos restaurar a confiança vital entre o povo e o governo.

Também não á a questão que se apresenta a nós se o mercado é uma força para o bem ou para o mal. Seu poder de gerar riquezas e expandir a liberdade é ilimitado, mas esta crise nos fez lembrar que sem vigilância, o mercado pode sair do controle - e uma nação não pode prosperar por muito tempo quando favorece apenas os mais ricos. O sucesso da nossa economia sempre dependeu não apenas do tamanho do nosso Produto Interno Bruto (PIB), mas do poder da nossa prosperidade; na nossa habilidade de estendê-la a cada um, não por caridade, mas porque esse é o caminho mais seguro para o bem comum.

Quanto à nossa defesa comum, rejeitamos a falsa escolha entre nossa segurança e nossos ideais. Os fundadores do país, que enfrentaram perigos que sequer imaginamos, redigiram uma carta para assegurar o primado da lei e dos direitos do homem, uma carta expandida pelo sangue de gerações. Esses ideais ainda iluminam o mundo, e nós não vamos abandoná-los por conveniência. E, então, para todos os povos e governos que estão assistindo hoje, das grandes capitais ao pequeno vilarejo onde meu pai nasceu: Saibam que a América é amiga de cada nação e de cada homem, mulher ou criança que procure um futuro de paz e dignidade, e que nós estamos prontos para liderar uma vez mais.

Lembrem-se que gerações anteriores enfrentaram o fascismo e o comunismo não apenas com mísseis e tanques, mas com alianças robustas e convicções duradouras. Eles entenderam que nosso poder sozinho não pode nos proteger, nem nos dá o direito de fazer o que quisermos. Em vez disso, eles entenderam que nosso poder cresce com seu uso prudente; nossa segurança emana da Justiça de nossa causa, da força de nosso exemplo, da têmpera das qualidades de humildade e moderação.

Nós somos os guardiães desse legado. Guiados por esses princípios uma vez mais, podemos enfrentar novas ameaças que exigem um esforço maior - maior cooperação e compreensão entre as nações. Começaremos por sair do Iraque com responsabilidade e por criar um esforço de paz no Afeganistão. Com velhos amigos e antigos adversários vamos trabalhar incansavelmente para diminuir a ameaça nuclear, e reduzir o espectro do aquecimento global. Não vamos pedir desculpas por nosso modo de vida, nem vamos vacilar em sua defesa, e, para aqueles que procurarem avançar em seus objetivos produzindo terror e matando inocentes, diremos a eles que nosso espírito é mais forte e não pode ser quebrado; eles não poderão prevalecer e nós os derrotaremos.

Sabemos que nossa herança multicultural é uma força, não uma fraqueza. Somos uma nação de cristãos e muçulmanos, judeus e hindus - e ateus. Somos moldados por cada língua e cultura, de cada parte desta Terra; e por causa disso provamos o sabor mais amargo da guerra civil e da segregação e emergimos desse capítulo mais fortes e mais unidos; não podemos senão acreditar que os velhos ódios passarão um dia; que as linhas das tribos vão se dissolver rapidamente; que o mundo ficará menor, nossa humanidade comum deve revelar-se; e que a América vai desempenhar o seu papel em uma nova era de paz.

Para o mundo muçulmano, buscamos um novo caminho a seguir, baseado em interesse e respeito mútuo. Para aqueles líderes pelo mundo que buscam semear o conflito, ou culpam o Ocidente pelos

males de suas sociedades: Saibam que seus povos irão julgá-los a partir do que vocês podem construir, e não destruir. Para aqueles que se agarram ao poder por meio da fraude e da corrupção, saibam que estão no lado errado da História; mas nós estenderemos a mão se vocês estiverem dispostos a cooperar.

Às pessoas das nações pobres, nós queremos trabalhar a seu lado para fazer suas fazendas florescerem e deixar os cursos de água limpa fluírem; para nutrir corpos famintos e alimentar mentes ávidas. E para aquelas nações como a nossa, que vivem em relativa riqueza, queremos dizer que não podemos mais suportar a indiferença quanto ao sofrimento daqueles que sofrem fora de nossas fronteiras; nem podemos consumir os recursos do mundo sem nos importar com as consequências. Nós devemos acompanhar as mudanças do mundo.

À medida que entendemos o caminho que se desdobra diante de nós, recordamos com humilde gratidão aqueles bravos americanos que, a esta mesma hora, patrulham longínquos desertos e montanhas distantes. Eles têm algo a nos dizer hoje, como aqueles heróis caídos que jazem em Arlington murmuram através dos tempos. Nós os honramos não apenas porque eles não os guardiães de nossa liberdade, mas porque eles representam o espírito de servir ao país; a disposição de encontrar um significado maior que si mesmos. E ainda, neste momento - um momento que vai definir uma geração - é precisamente esse espírito que todos nós devemos viver.

Porque, por mais que o governo possa fazer e precise fazer, em última instância é da fé e da determinação do povo americano que esta nação depende. É a bondade de receber um estranho quando os diques se rompem, é o desprendimento de trabalhadores que preferem reduzir suas horas a ver um companheiro perder o emprego o que nos auxilia em nossas horas mais sombrias. É a coragem do bombeiro de subir uma escada cheia de fumaça, mas também a disposição de pais de criar uma criança o que, no fim das contas, decide o nosso destino.

Nossos desafios podem ser novos. Os instrumentos com os quais nós os enfrentamos podem ser novos. Mas aqueles valores dos quais nosso sucesso depende - trabalho duro e honestidade, coragem e justiça, tolerância e curiosidade, lealdade e patriotismo - essas coisas são antigas. Essas coisas são verdadeiras. Elas têm sido a força quieta do progresso ao longo de nossa história. O que se exige, então, é uma volta a essas verdades. O que se exige de nós agora é uma nova era de responsabilidade - um reconhecimento, por parte de todo americano, de que nós temos deveres para conosco, nossa nação e o mundo; deveres que nós não aceitamos a contragosto, mas com alegria, firmes no conhecimento de que não há nada tão satisfatório para o espírito, tão definidor de nosso caráter, do que dar tudo o que podemos numa tarefa difícil.

Este é o preço e a promessa da cidadania.

Esta é a fonte de nossa confiança - o conhecimento de que Deus nos convoca a dar forma a um destino incerto.

Este é o significado de nossa liberdade e de nosso credo - por que homens e mulheres e crianças de toda raça e de toda fé podem se unir numa celebração neste magnífico Mall, e por que um homem cujo pai, menos de 60 anos atrás, poderia não ser servido num restaurante local, agora pode estar diante de vocês para fazer um juramento sagrado.

Por isso, vamos marcar esse dia com a lembrança de quem somos e quão longe viajamos. No ano do nascimento da América, no mais frio dos meses, um pequeno grupo de patriotas se encolhia em torno de fogueiras que se apagavam, às margens de um rio gelado. A capital estava abandonada. O inimigo estava avançando. A neve estava manchada de sangue. Num momento em que nossa revolução estava em dúvida, o pai de nossa nação ordenou que essas palavras fossem lidas para o povo:

"Que seja dito ao mundo futuro que, na profundidade do inverno, quando nada além da esperança e da virtude poderia sobreviver, a cidade e o país, alarmados diante de um perigo comum, saiu para enfrentá-lo."

América. Em face de nossos perigos comuns, neste inverno de nossas dificuldades, vamos lembrar essas palavras eternas. Com esperança e virtude, vamos enfrentar uma vez mais as correntes geladas e resistir quaisquer tempestades que possam vir. Que seja dito pelos filhos de nossos filhos que, quando fomos testados, nós nos recusamos a deixar esta jornada terminar, que nós não viramos as costas, que nós não vacilamos; e, com os olhos fixos no horizonte e a graça de Deus sobre nós, levamos adiante o grande dom da liberdade e o entregamos com segurança paras as gerações futuras."
“The only place where success comes before work is in the dictionary.”

Donald Kendall

Offline Dbohr

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 9.179
  • Sexo: Masculino
  • 無門關 - Mumonkan
    • Meu blog: O Telhado de Vidro - Opinião não-solicitada distribuída livremente!
Re: Eleições Americanas
« Resposta #272 Online: 20 de Janeiro de 2009, 22:38:24 »
Citar
Aliás, na sua opinião, o que ele deve fazer em relação as ambições nucleares do Irã?

Não sei. Irã não é minha especialidade. Acho que ele deveria manter um discurso firme, porém franco com o Ahmadinejad. Dizer que no Ocidente temos valores diferentes, mas que isso não precisa fazer dos dois lados inimigos, etc. Aquele papinho liberal de sempre, mas sem passar a mão na cabeça. A última coisa que este mundo precisa é de mais correção política.

Citar
Para quem perder o emprego, numa situação hipotética, graças a um agravamento da economia interna brasileira gerado por excesso de protecionismo americano não. Mas essa é uma situação absurdamente hipotética, ao menos ainda.

Nem acho que seja tão hipotética - o agravamento da economia brasileira, digo. Só que dificilmente se pode dizer que o protecionismo americano será a causa definitiva de eventuais demissões. Em última instância, as merdas que Bush & cia. fizeram e a atual crise econômica são motivos muito mais diretos de quaisquer desgraças que caírem sobre nós.

Offline Ricardo RCB.

  • Nível 32
  • *
  • Mensagens: 2.226
  • Sexo: Masculino
Re: Eleições Americanas
« Resposta #273 Online: 20 de Janeiro de 2009, 22:56:53 »
Citar
Aliás, na sua opinião, o que ele deve fazer em relação as ambições nucleares do Irã?

Não sei. Irã não é minha especialidade. Acho que ele deveria manter um discurso firme, porém franco com o Ahmadinejad. Dizer que no Ocidente temos valores diferentes, mas que isso não precisa fazer dos dois lados inimigos, etc. Aquele papinho liberal de sempre, mas sem passar a mão na cabeça. A última coisa que este mundo precisa é de mais correção política.

Provavelmente um papo firme não vai adiantar, não com um líder que já defendeu a destruição de um estado soberano. Que aliás é suspeito de ajudar os terroristas palestinos (não todos os palestinos, mas a parte terrorista deles) contra Israel, antes da guerra, durante os ataques. Suspeito.

Mas resta aguardar para saber o que Obama, a.k.a. Messias II, irá fazer com o Irã. E com a ambição russa. E com a china. E a faixa de Gaza. Será que ele vai falar de Dafur/Sudão? Será que os outros lados vão concordar com a paz?

Citar
Para quem perder o emprego, numa situação hipotética, graças a um agravamento da economia interna brasileira gerado por excesso de protecionismo americano não. Mas essa é uma situação absurdamente hipotética, ao menos ainda.

Nem acho que seja tão hipotética - o agravamento da economia brasileira, digo. Só que dificilmente se pode dizer que o protecionismo americano será a causa definitiva de eventuais demissões. Em última instância, as merdas que Bush & cia. fizeram e a atual crise econômica são motivos muito mais diretos de quaisquer desgraças que caírem sobre nós.

Deixa eu ver se eu entendi direito.

Então, se o governo Obama se mover para um lado mais protecionista e esse protecionismo agravar a situação brasileira, gerando mais demissões, elas foram na verdade causadas por causa do que Bush & Cia fizeram no passado? Aliado com esta crise econômica?

Porque se for isto, você está fazendo a mesma coisa que o Lula faz, atribuindo consequencias de atos presentes a governos passados.

E desculpe, ainda que seja um cenário muito hipotético, uma direção protecionista poderá causar sim demissões em determinados setores da economia brasileira. Ela seria a causa deles. E para estes casos, um mundo melhor no âmbito internacional não é consolo nenhum. Mas é só uma hipótese que eu espero que não ocorra.

Ou eu entendi errado o que você quis dizer. O que é mais provável, aliás.
“The only place where success comes before work is in the dictionary.”

Donald Kendall

Offline Barata Tenno

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 16.283
  • Sexo: Masculino
  • Dura Lex Sed Lex !
Re: Eleições Americanas
« Resposta #274 Online: 20 de Janeiro de 2009, 23:40:36 »
Ricardo, só pra entender,o que você quer dizer é "Foda-se o mundo, eu quero que o meu esteja bem"...
É isso?
He who fights with monsters should look to it that he himself does not become a monster. And when you gaze long into an abyss the abyss also gazes into you. Friedrich Nietzsche

 

Do NOT follow this link or you will be banned from the site!

Esse acervo é secreto

Digite a senha correta ou caia fora daqui!



x