Pegando o "gancho" do amigo Perdulario, posto aqui minha primeira mensagem também. Após ter lido todos os tópicos dessa discussão, tenho algumas questões acerca dessa "evolução espiritual" citada aqui. De acordo com o que conheço da doutrina espírita, e o que já foi dito aqui nesse tópico, a aparência e a moral andam juntas, e uma pessoa bonita, digna, bem sucedida, pertence ao grupo dos espíritos evoluídos (me corrijam se eu estiver errado). Sempre que vejo uma discussão como essa, lembro de uma história, que aconteceu com um colega do meu pai a anos atrás. Era um homem considerado bonito (branco), trabalhador, bem sucedido, honesto, de família, etc... Tudo o que pode ser qualificado como evoluído. Certo dia, durante um assalto, esse homem levou uma "facãozada" na cabeça. Apesar da seriedade do ferimento e de ele ter perdido uma quantia substancial de massa cinzenta, ele sobreviveu. O que aconteceu depois, foi o curioso. Esse homem aparentemente se recuperou, mas transformou-se exatamente no oposto do que era. Feio (deformado), malvado, cruel, bandido, largou o trabalho, bebia o tempo todo, nem a família o aguentava mais, ele acabou preso por assassinato, em um bar. Quem aqui já leu o livro "o estudante" ? ele fala de um jovem extremamente perfeito (ou evoluído) que se transforma por causa das drogas, e acaba morrendo pelas mão do próprio pai. Aonde entra o espírito evoluído nessa parte? ele regrediu depois do acidente?
Acho que já postei isto, mas vamos lá de novo:
Se você nasce retardado, sua "alma" também é retardada?
E se você é normal, mas se torna retardado depois de velho, com o mal de Alzheimer, por
exemplo? Isto afeta sua alma?
Se afeta, então sua alma não é independente do corpo e vai morrer com ele. Ou então, você
será retardado no outro mundo também.
Se não afeta, então sua alma não tem domínio completo sobre os seus atos e você não é
completamente culpado por eles. Como garantir que, ao cometermos um pecado, somos nós,
conscientemente, que estamos tomando a decisão e não nosso corpo, contra a vontade de
nossa alma?
Onde está a justiça em se punir nossa alma imaterial com um castigo eterno se ela estava
presa numa carcaça material imperfeita e corruptível que limitava seu entendimento das
coisas e tinha vontade própria?