Autor Tópico: Coletânea de textos racistas de Allan Kardec  (Lida 71854 vezes)

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Offline Gaúcho

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Re: Coletânea de textos racistas de Allan Kardec
« Resposta #200 Online: 20 de Março de 2008, 20:54:48 »
Ué, enquanto ele tava lá malzão no hospital, deus (o tecnico) levantou a plaquinha de substituição, dai saiu o espirito evoluido e entrou o atrasado, que como o nome já diz é atrasado, joga mais atrás que é pra segurar o resultado.
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Offline Dr. Manhattan

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Re: Coletânea de textos racistas de Allan Kardec
« Resposta #201 Online: 20 de Março de 2008, 21:17:49 »
Pegando o "gancho" do amigo Perdulario, posto aqui minha primeira mensagem também.
(...)
Aonde entra o espírito evoluído nessa parte? ele regrediu depois do acidente?
Parece muito com o caso de Phineas Gage.
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Offline Leafar

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Re: Coletânea de textos racistas de Allan Kardec
« Resposta #202 Online: 21 de Março de 2008, 00:13:20 »
Pegando o "gancho" do amigo Perdulario, posto aqui minha primeira mensagem também. Após ter lido todos os tópicos dessa discussão, tenho algumas questões acerca dessa "evolução espiritual" citada aqui. De acordo com o que conheço da doutrina espírita, e o que já foi dito aqui nesse tópico, a aparência e a moral andam juntas, e uma pessoa bonita, digna, bem sucedida, pertence ao grupo dos espíritos evoluídos (me corrijam se eu estiver errado).
Se você estiver falando de espírito, a beleza seria associada à moral e inteligência. Mas o corpo é um disfarce (bonito ou feio) que oculta a beleza (ou fealdade) do espírito, que é a verdadeira; o que faz que existam pessoas bonitas e más, feias e boas e assim sucessivamente. Numa pessoa feia pode estar encarnado um belo espírito, ou seja, um espírito depurado; assim como num corpo belo pode estar encarnado um mau espírito. Mas, de uma maneira geral, a beleza média da humanidade refletiria o nosso grau evolutivo médio...

Sempre que vejo uma discussão como essa, lembro de uma história, que aconteceu com um colega do meu pai a anos atrás. Era um homem considerado bonito (branco), trabalhador, bem sucedido, honesto, de família, etc... Tudo o que pode ser qualificado como evoluído. Certo dia, durante um assalto, esse homem levou uma "facãozada" na cabeça. Apesar da seriedade do ferimento e de ele ter perdido uma quantia substancial de massa cinzenta, ele sobreviveu. O que aconteceu depois, foi o curioso. Esse homem aparentemente se recuperou, mas transformou-se exatamente no oposto do que era. Feio (deformado), malvado, cruel, bandido, largou o trabalho, bebia o tempo todo, nem a família o aguentava mais, ele acabou preso por assassinato, em um bar. Quem aqui já leu o livro "o estudante" ? ele fala de um jovem extremamente perfeito (ou evoluído) que se transforma por causa das drogas, e acaba morrendo pelas mão do próprio pai. Aonde entra o espírito evoluído nessa parte? ele regrediu depois do acidente?
Sim. É muito parecido com o caso de Phineas Gage.

Mas é o mesmo caso que se perguntar sobre os selvagens. Vivem calmos e mansos nas suas respectivas tribos, mas quando entram em contato com a civilização se corrompem. Será então que retrogradaram? Não. Apenas não tiveram antes a oportunidade de conhecer coisas melhores do que tinham e que, muitas vezes, dada a sua situação, só poderiam alcançar se corrompendo. E muitos se corrompem, por não serem realmente evoluídos. Um verdadeiro espírito evoluído preferiria antes se abster de possuir o objeto de seus desejos do que se corromper.

Da mesma forma, um homem, por exemplo, tem tudo o que precisa e não pratica o mal. Tire-lhe tudo, a exemplo de Jó, e veremos então a sua real evolução. Se suportar, é evoluído. Se blasfemar e se revoltar, é inferior. Muita gente consegue ser boa e honesta quando é bonita, bem sucedida e feliz. Mas quantos conseguem ser bons e honestos durante a tempestade, onde seus próprios interesses mais caros são ameaçados?

Aí é que está o ponto.

Um abraço.
"Ide com a onda que nos arrasta; necessitamos do movimento, que é vida, ao passo que vós nos apresentais a imobilidade, que é a morte.... Queremos lançar-nos à vida, porquanto os séculos vindouros, que divisamos, têm horror à morte." (Obras Póstumas - Allan Kardec).

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Offline Thufir Hawat

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Re: Coletânea de textos racistas de Allan Kardec
« Resposta #203 Online: 21 de Março de 2008, 00:26:53 »
Mas, de uma maneira geral, a beleza média da humanidade refletiria o nosso grau evolutivo médio...
Beleza média da humanidade? Como é que calcula isso?  :o
Archimedes will be remembered when Aeschylus is forgotten, because languages die and mathematical ideas do not. "Immortality" may be a silly word, but probably a mathematician has the best chance of whatever it may mean.
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Offline Leafar

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Re: Coletânea de textos racistas de Allan Kardec
« Resposta #204 Online: 21 de Março de 2008, 00:48:13 »
Não sabemos calcular, mas que existe, existe. Imagine o seguinte exemplo:

Peque um grupo de diamantes lapidados e um grupo de diamantes em estado bruto. Embora eu não saiba "quantificar" a beleza média de ambos os grupos, eu sei que a beleza média das pedras lapidadas é maior do que a beleza média das pedras brutas.

É o mesmo caso da humanidade hoje e da humanidade antiga. A nossa beleza média, mesmo não sabendo quantificá-la, é com certeza maior do que a nossa beleza média na época das cavernas.

Um abraço.
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Offline Thufir Hawat

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Re: Coletânea de textos racistas de Allan Kardec
« Resposta #205 Online: 21 de Março de 2008, 01:05:22 »
Não sabemos calcular, mas que existe, existe. Imagine o seguinte exemplo:

Peque um grupo de diamantes lapidados e um grupo de diamantes em estado bruto. Embora eu não saiba "quantificar" a beleza média de ambos os grupos, eu sei que a beleza média das pedras lapidadas é maior do que a beleza média das pedras brutas.

É o mesmo caso da humanidade hoje e da humanidade antiga. A nossa beleza média, mesmo não sabendo quantificá-la, é com certeza maior do que a nossa beleza média na época das cavernas.

Um abraço.
:o

Não se você fosse um homem das cavernas... ou alguém que tem uma tara por mulheres peludas. :P

Beleza é algo tão relativo que não faz o menor sentido o conceito de algo como "beleza média". O resultado disso seria tão variável, não só entre indivíduos, mas até entre décadas que não significaria coisa alguma... e abarcaria absolutamente todos os tipos físicos possíveis.

E isso é só pra fazer a "crítica técnica" do negócio... porque no fundo, a sua afirmação implica que o espiritismo assume (ou impõe) a existência de um padrão de beleza universal, que possa ser aplicado por qualquer pessoa à qualquer outra pessoa ou grupo delas em qualquer época, o que é por si só absurdo (como a mudança no padrão de beleza ao longo de séculos, e mesmo décadas, atesta).

Não entendo essa sanha espírita-pseudo-científica de quantificar as coisas mais esdrúxulas.

Aliás, essa dos diamantes foi dose... comparar pedra com gente... ::)
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Offline Leafar

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Re: Coletânea de textos racistas de Allan Kardec
« Resposta #206 Online: 21 de Março de 2008, 01:44:20 »
:o

Não se você fosse um homem das cavernas... ou alguém que tem uma tara por mulheres peludas. :P

Beleza é algo tão relativo que não faz o menor sentido o conceito de algo como "beleza média". O resultado disso seria tão variável, não só entre indivíduos, mas até entre décadas que não significaria coisa alguma... e abarcaria absolutamente todos os tipos físicos possíveis.

E isso é só pra fazer a "crítica técnica" do negócio... porque no fundo, a sua afirmação implica que o espiritismo assume (ou impõe) a existência de um padrão de beleza universal, que possa ser aplicado por qualquer pessoa à qualquer outra pessoa ou grupo delas em qualquer época, o que é por si só absurdo (como a mudança no padrão de beleza ao longo de séculos, e mesmo décadas, atesta).

Não entendo essa sanha espírita-pseudo-científica de quantificar as coisas mais esdrúxulas.

Aliás, essa dos diamantes foi dose... comparar pedra com gente... ::)
Não estamos falando de beleza relativa, mas absoluta. Esse assunto já foi amplamente discutido mais atrás.

Para o Espiritismo, os caracteres de beleza absoluta são os que melhor retratam a intelectualidade e a moralidade juntas. Pode ser que para outro sistema o belo absoluto possa ter outros caracteres. Mas vamos voltar para o sistema espírita, que define exatamente como deve ser medida a beleza.

Por que o homem antigo é absolutamente mais feio que o homem moderno (segundo o Espiritismo)? Por causa de seu aspecto mais ameaçador, que o retratam como um ser mais agressivo, bruto e ignorante (mais próximo ao animal) do que como um ser gentil, civilizado e inteligente, aspectos pertencentes ao homem moderno. Por isso o último é mais belo. É um caracter externo e que não prejulga o espírito que habita o corpo. Esses caracteres externos são os que nos dão a chamada "primeira impressão". É por isso que muitas pessoas dizem, acertadamente, que não devemos nos deixar levar pela primeira impressão, porque a imagem que vemos pode ser falsa em se tratando do espírito. Mas o fato é que ela existe e, inconscientemente, pintamos uma imagem moral e intelectual dos indivíduos baseados na sua aparência. Se pintamos essa imagem, é porque ela existe. Em alguns casos é relativa, como você disse, mas em outros não, como no caso dos homens das cavernas.

A mesma coisa o diamante lapidado. Ele é mais belo porque retrata a inteligência ou a habilidade de quem o lapidou, enquanto que o diamante bruto só retrata o acaso. A beleza é absoluta porque o é para todos e não haverá casos em que se considere a pedra bruta mais bela que a lapidada. E como estamos falando de matéria, tanto faz comparar um ser humano com uma pedra qualquer. Não estamos avaliando o caráter de ninguém, mas apenas caracteres de beleza ou fealdade, cujos conceitos são comuns a toda gente.

Um abraço.
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Offline Thufir Hawat

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Re: Coletânea de textos racistas de Allan Kardec
« Resposta #207 Online: 21 de Março de 2008, 02:24:40 »
Não estamos falando de beleza relativa, mas absoluta. Esse assunto já foi amplamente discutido mais atrás.
Não existe beleza absoluta. O conceito não faz sentido. Se existisse, os padrões de beleza não teriam mudado tão drasticamente ao longo da história, nem seriam tão variados entre os mais diversos povos.

Para o Espiritismo, os caracteres de beleza absoluta são os que melhor retratam a intelectualidade e a moralidade juntas. Pode ser que para outro sistema o belo absoluto possa ter outros caracteres.
Que diabos beleza física tem a ver com moral ou intelecto? Associar essas características como se uma fosse sinal da outra é tão falso quanto irresponsável.

Por que o homem antigo é absolutamente mais feio que o homem moderno (segundo o Espiritismo)? Por causa de seu aspecto mais ameaçador, que o retratam como um ser mais agressivo, bruto e ignorante (mais próximo ao animal) do que como um ser gentil, civilizado e inteligente, aspectos pertencentes ao homem moderno. Por isso o último é mais belo. É um caracter externo e que não prejulga o espírito que habita o corpo. Esses caracteres externos são os que nos dão a chamada "primeira impressão". É por isso que muitas pessoas dizem, acertadamente, que não devemos nos deixar levar pela primeira impressão, porque a imagem que vemos pode ser falsa em se tratando do espírito. Mas o fato é que ela existe e, inconscientemente, pintamos uma imagem moral e intelectual dos indivíduos baseados na sua aparência. Se pintamos essa imagem, é porque ela existe. Em alguns casos é relativa, como você disse, mas em outros não, como no caso dos homens das cavernas.
O homem antigo é ameaçador? De onde você tirou isso? Isso não é absoluto, é uma avaliação sua, logo não vale como evidência dessa suposta "feiura absoluta".
Esse parágrafo você escreveu por livre associação, não foi? Porque as idéias não batem uma com a outra... além de o trecho sublinhado ser contraditório com o parágrafo anterior, em que você disse que há algum tipo particular de beleza que, nas suas palavras, "melhor retratam a intelectualidade e a moralidade juntas".

A mesma coisa o diamante lapidado. Ele é mais belo porque retrata a inteligência ou a habilidade de quem o lapidou, enquanto que o diamante bruto só retrata o acaso. A beleza é absoluta porque o é para todos e não haverá casos em que se considere a pedra bruta mais bela que a lapidada.
Provavelmente um geólogo vê mais beleza na pedra bruta que na lapidada. Talvez Ele enxergue ali toda a história por trás d uma série de processos naturais tão fascinantes que produziram aquilo que uma mera lapidação nem se compare, em termos de admiração pelo resultado. Eu pelo menos, apesar de não ser geólogo, penso assim. Logo, não é absoluto.

E volto a dizer... a comparação não faz sentido. Nem de longe ela captura todas as facetas da questão de "o que faz de uma pessoa bela".
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Offline ViniciusK

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Re: Coletânea de textos racistas de Allan Kardec
« Resposta #208 Online: 21 de Março de 2008, 09:43:57 »

Da mesma forma, um homem, por exemplo, tem tudo o que precisa e não pratica o mal. Tire-lhe tudo, a exemplo de Jó, e veremos então a sua real evolução. Se suportar, é evoluído. Se blasfemar e se revoltar, é inferior. Muita gente consegue ser boa e honesta quando é bonita, bem sucedida e feliz. Mas quantos conseguem ser bons e honestos durante a tempestade, onde seus próprios interesses mais caros são ameaçados?

Aí é que está o ponto.

Um abraço.

Então, a minha dúvida é a seguinte, pode-se considerar que tudo lhe foi tirado, mesmo um acidente físico tendo lhe tirado parte do cérebro e parte do discernimento acerca do certo e errado? Uma coisa é um cidadão ir a falência e se revoltar com tudo e com todos, outra é ele ser "reprogramado" e a partir disso botar tudo o que tinha fora.

Eu não conhecia o caso de Phineas Gage, impressionante a coincidência.
« Última modificação: 21 de Março de 2008, 09:46:01 por ViniciusK »

Offline Leafar

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Re: Coletânea de textos racistas de Allan Kardec
« Resposta #209 Online: 21 de Março de 2008, 09:48:29 »
Thufir,

Eu não gosto de passar muitos posts discutindo o óbvio. Mas vamos lá novamente ao que escreveu:

O homem antigo é ameaçador? De onde você tirou isso? Isso não é absoluto, é uma avaliação sua, logo não vale como evidência dessa suposta "feiura absoluta".
Esse parágrafo você escreveu por livre associação, não foi? Porque as idéias não batem uma com a outra... além de o trecho sublinhado ser contraditório com o parágrafo anterior, em que você disse que há algum tipo particular de beleza que, nas suas palavras, "melhor retratam a intelectualidade e a moralidade juntas".
Você é capaz de avaliar uma imagem somente pela imagem? Para dizer que alguém é mais belo que outro não é necessário avaliar se é mais inteligente ou menos inteligente, melhor ou pior, etc... É somente olhar a imagem e avaliá-la como se avaliasse uma pintura sem vida e sem alma. Aliás, mudando o exemplo, já que insiste, o que é absolutamente mais belo: um quadro pintado ou um borrão no meio da tela? É difícil fazer esse tipo de abstração? Eu não estou associando beleza física com a beleza da alma. Eu só estou dizendo que existe a beleza física e a beleza da alma, e que a posse de uma não prejulga a outra.

Os antigos poderiam não ser ameaçadores, mas tinham aspecto ameaçador. É isso que digo. Extrapolando, imagine alguém com garras e dentes afiados: é ameaçador para quem quer que o veja. Isso é absoluto e isso o torna feio, segundo os critérios definidos por Kardec. Definir isso é quase uma ciência exata.

Eu também disse que, coletivamente, a beleza média da humanidade evolui conforme a alma se depura, ou seja, conforme mais adquire intelectualidade e moralidade, mais bela fica. Não que isso seja uma obrigatoriedade. Poderíamos ser bons, de almas belas, e estar habitando corpos de dentes pontudos e garras afiadas para parecermos maus, ou ainda habitando os mesmos corpos dos homens das cavernas, mas como são características inúteis num mundo civilizado e sem guerras, e desagradáveis para espíritos de certo grau de evolução moral e intelectual, elas tendem a desaparecer com o tempo (na média).

Se o assunto não evoluir, me desculpe, não vou mais responder a mesma coisa.

Um abraço.
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Offline Leafar

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Re: Coletânea de textos racistas de Allan Kardec
« Resposta #210 Online: 21 de Março de 2008, 10:00:19 »

Da mesma forma, um homem, por exemplo, tem tudo o que precisa e não pratica o mal. Tire-lhe tudo, a exemplo de Jó, e veremos então a sua real evolução. Se suportar, é evoluído. Se blasfemar e se revoltar, é inferior. Muita gente consegue ser boa e honesta quando é bonita, bem sucedida e feliz. Mas quantos conseguem ser bons e honestos durante a tempestade, onde seus próprios interesses mais caros são ameaçados?

Aí é que está o ponto.

Um abraço.

Então, a minha dúvida é a seguinte, pode-se considerar que tudo lhe foi tirado, mesmo um acidente físico tendo lhe tirado parte do cérebro e parte do discernimento acerca do certo e errado? Uma coisa é um cidadão ir a falência e se revoltar com tudo e com todos, outra é ele ser "reprogramado" e a partir disso botar tudo o que tinha fora.

Eu não conhecia o caso de Phineas Gage, impressionante a coincidência.
Eu particularmente não acredito que ele foi "reprogramado". Ele mudou suas crenças, suas convicções? Antes do acidente votava Lula e quando acordou passou a votar FHC? Antes cria numa ideologia e passou a crer em outra? Sofreu o acidente católico e acordou protestante?

Temos que separar o que é social do que é físico. Ele deve ter tido seqüelas físicas e passado a ser encarado de outra forma do que era antes do acidente pelas pessoas. Isso lhe deve ter fechado algumas oportunidades, ou pelo menos ele pode ter achado que isso aconteceu, e então se revolta, e assim sucessivamente.

Eu não conheço o sujeito e, portanto, é mais difícil para mim opinar.

Um abraço.
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Offline FZapp

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Re: Coletânea de textos racistas de Allan Kardec
« Resposta #211 Online: 21 de Março de 2008, 10:02:54 »
Não sabemos calcular, mas que existe, existe. Imagine o seguinte exemplo:

Peque um grupo de diamantes lapidados e um grupo de diamantes em estado bruto. Embora eu não saiba "quantificar" a beleza média de ambos os grupos, eu sei que a beleza média das pedras lapidadas é maior do que a beleza média das pedras brutas.

Mas você pode calcular o grau de pureza da pedra, com precisões hoje inimagináveis a 100 anos atrás.
--
Si hemos de salvar o no,
de esto naides nos responde;
derecho ande el sol se esconde
tierra adentro hay que tirar;
algun día hemos de llegar...
despues sabremos a dónde.

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Offline Fernando Silva

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Re: Coletânea de textos racistas de Allan Kardec
« Resposta #212 Online: 21 de Março de 2008, 11:44:19 »
Pegando o "gancho" do amigo Perdulario, posto aqui minha primeira mensagem também. Após ter lido todos os tópicos dessa discussão, tenho algumas questões acerca dessa "evolução espiritual" citada aqui. De acordo com o que conheço da doutrina espírita, e o que já foi dito aqui nesse tópico, a aparência e a moral andam juntas, e uma pessoa bonita, digna, bem sucedida, pertence ao grupo dos espíritos evoluídos (me corrijam se eu estiver errado). Sempre que vejo uma discussão como essa, lembro de uma história, que aconteceu com um colega do meu pai a anos atrás. Era um homem considerado bonito (branco), trabalhador, bem sucedido, honesto, de família, etc... Tudo o que pode ser qualificado como evoluído. Certo dia, durante um assalto, esse homem levou uma "facãozada" na cabeça. Apesar da seriedade do ferimento e de ele ter perdido uma quantia substancial de massa cinzenta, ele sobreviveu. O que aconteceu depois, foi o curioso. Esse homem aparentemente se recuperou, mas transformou-se exatamente no oposto do que era. Feio (deformado), malvado, cruel, bandido, largou o trabalho, bebia o tempo todo, nem a família o aguentava mais, ele acabou preso por assassinato, em um bar. Quem aqui já leu o livro "o estudante" ? ele fala de um jovem extremamente perfeito (ou evoluído) que se transforma por causa das drogas, e acaba morrendo pelas mão do próprio pai. Aonde entra o espírito evoluído nessa parte? ele regrediu depois do acidente?
Acho que já postei isto, mas vamos lá de novo:

Se você nasce retardado, sua "alma" também é retardada?
E se você é normal, mas se torna retardado depois de velho, com o mal de Alzheimer, por
exemplo? Isto afeta sua alma?
Se afeta, então sua alma não é independente do corpo e vai morrer com ele. Ou então, você
será retardado no outro mundo também.
Se não afeta, então sua alma não tem domínio completo sobre os seus atos e você não é
completamente culpado por eles. Como garantir que, ao cometermos um pecado, somos nós,
conscientemente, que estamos tomando a decisão e não nosso corpo, contra a vontade de
 nossa alma?
Onde está a justiça em se punir nossa alma imaterial com um castigo eterno se ela estava
presa numa carcaça material imperfeita e corruptível que limitava seu entendimento das
coisas e tinha vontade própria?

Offline Fernando Silva

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Re: Coletânea de textos racistas de Allan Kardec
« Resposta #213 Online: 21 de Março de 2008, 11:48:54 »
Temos que separar o que é social do que é físico. Ele deve ter tido seqüelas físicas e passado a ser encarado de outra forma do que era antes do acidente pelas pessoas. Isso lhe deve ter fechado algumas oportunidades, ou pelo menos ele pode ter achado que isso aconteceu, e então se revolta, e assim sucessivamente.
Eu não conheço o sujeito e, portanto, é mais difícil para mim opinar.
Nos casos citados, a parte frontal do cérebro, que nos ajuda a lidar com nossos semelhantes e nos dá um senso de moral, foi danificada.
Essas pessoas perderam a capacidade de viver pacificamente em sociedade, embora tenham continuado inteligentes.

Offline Fernando Silva

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Re: Coletânea de textos racistas de Allan Kardec
« Resposta #214 Online: 21 de Março de 2008, 11:53:43 »
É o mesmo caso da humanidade hoje e da humanidade antiga. A nossa beleza média, mesmo não sabendo quantificá-la, é com certeza maior do que a nossa beleza média na época das cavernas.
Americanos gostam de peitudas de pernas compridas e finas, tipo Gisele Bündchen. Sulamericanos gostam de mulheres bundudas e pernas grossas.
Cada lugar do mundo tem sua preferências.
Há um critério separado para cada parte do mundo no Umbral?

Offline Leafar

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Re: Coletânea de textos racistas de Allan Kardec
« Resposta #215 Online: 21 de Março de 2008, 11:55:28 »
Acho que já postei isto, mas vamos lá de novo:

Se você nasce retardado, sua "alma" também é retardada?
Não. O corpo limita as manifestações da alma.

E se você é normal, mas se torna retardado depois de velho, com o mal de Alzheimer, por
exemplo? Isto afeta sua alma?
Afeta, ou melhor, impressiona a alma, que não consegue plenamente manifestar o seu pensamento.

Se afeta, então sua alma não é independente do corpo e vai morrer com ele. Ou então, você
será retardado no outro mundo também.
Mal comparando, é como um usuário operando um computador mais ou menos desenvolvido; mais ou menos defeituoso.

Se não afeta, então sua alma não tem domínio completo sobre os seus atos e você não é
completamente culpado por eles. Como garantir que, ao cometermos um pecado, somos nós,
conscientemente, que estamos tomando a decisão e não nosso corpo, contra a vontade de
 nossa alma?
A alma não é punida por males que estavam fora de seu controle. A um louco suicida não é reputada culpa pelo ato, desde que tenha sido executado em estado de inconsciência. Caso contrário Deus seria injusto. Somos recompensados ou punidos por nossos atos conscientes.

Onde está a justiça em se punir nossa alma imaterial com um castigo eterno se ela estava
presa numa carcaça material imperfeita e corruptível que limitava seu entendimento das
coisas e tinha vontade própria?
Por que insiste em castigo eterno? Cada um é punido pelas faltas que comete (conscientemente) e somente no limite delas. Um assassino será punido como um assassino e um ladrão de galinhas será punido como um ladrão de galinhas. Isso é noção básica de justiça humana. A justiça divina tem que ser minimamente igual a esta, se não a superar.

Um abraço.
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Re: Coletânea de textos racistas de Allan Kardec
« Resposta #216 Online: 21 de Março de 2008, 11:59:27 »
Temos que separar o que é social do que é físico. Ele deve ter tido seqüelas físicas e passado a ser encarado de outra forma do que era antes do acidente pelas pessoas. Isso lhe deve ter fechado algumas oportunidades, ou pelo menos ele pode ter achado que isso aconteceu, e então se revolta, e assim sucessivamente.
Eu não conheço o sujeito e, portanto, é mais difícil para mim opinar.
Nos casos citados, a parte frontal do cérebro, que nos ajuda a lidar com nossos semelhantes e nos dá um senso de moral, foi danificada.
Essas pessoas perderam a capacidade de viver pacificamente em sociedade, embora tenham continuado inteligentes.
Nesse caso, como já disse, não pode lhe ser reputado culpa, já que seu comportamento seria devido a um mal físico. Mas no caso citado, acho muito difícil que o mau comportamento possa ser devido a um mal físico, porque os atos maus descritos exigem certa premeditação. Portanto, ele estava consciente e poderia ter evitado.

Um abraço.
"Ide com a onda que nos arrasta; necessitamos do movimento, que é vida, ao passo que vós nos apresentais a imobilidade, que é a morte.... Queremos lançar-nos à vida, porquanto os séculos vindouros, que divisamos, têm horror à morte." (Obras Póstumas - Allan Kardec).

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Offline Fernando Silva

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Re: Coletânea de textos racistas de Allan Kardec
« Resposta #217 Online: 21 de Março de 2008, 12:13:10 »
Nesse caso, como já disse, não pode lhe ser reputado culpa, já que seu comportamento seria devido a um mal físico. Mas no caso citado, acho muito difícil que o mau comportamento possa ser devido a um mal físico, porque os atos maus descritos exigem certa premeditação. Portanto, ele estava consciente e poderia ter evitado.
Poderia, mas não era mais sua natureza. Tornou-se uma coisa artificial, autoimposta e provavelmente difícil.

Offline Fernando Silva

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Re: Coletânea de textos racistas de Allan Kardec
« Resposta #218 Online: 21 de Março de 2008, 12:15:32 »
A um louco suicida não é reputada culpa pelo ato, desde que tenha sido executado em estado de inconsciência.
O suicídio é um direito e não um crime.

Offline Fernando Silva

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Re: Coletânea de textos racistas de Allan Kardec
« Resposta #219 Online: 21 de Março de 2008, 12:19:08 »
Por que insiste em castigo eterno? Cada um é punido pelas faltas que comete (conscientemente) e somente no limite delas. Um assassino será punido como um assassino e um ladrão de galinhas será punido como um ladrão de galinhas. Isso é noção básica de justiça humana. A justiça divina tem que ser minimamente igual a esta, se não a superar.
Porque eu fui doutrinado assim e nunca vou conseguir retirar esse lixo da minha cabeça.
O espiritismo é uma tentativa de atenuar a injustiça do conceito de inferno transformando-o num sofrimento longo, mas não eterno.

Continua injusto, já que é imposto.

Offline Leafar

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Re: Coletânea de textos racistas de Allan Kardec
« Resposta #220 Online: 21 de Março de 2008, 12:36:54 »
A um louco suicida não é reputada culpa pelo ato, desde que tenha sido executado em estado de inconsciência.
O suicídio é um direito e não um crime.
Certamente. Assim como é um direito a Deus impedir-lhe o acesso às bem-aventuranças pelo ato de covardia, enquanto não reparar a falta.

Se parar para pensar, é um direito nosso fazer qualquer coisa, até mesmo o mal. Mas é um dever assumir as conseqüências. "A semeadura é livre, a colheita é obrigatória".

"Não vos enganeis; Deus não se deixa escarnecer; pois tudo o que o homem semear, isso também ceifará." (Gl 6:7)

Um abraço.
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Offline Fernando Silva

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Re: Coletânea de textos racistas de Allan Kardec
« Resposta #221 Online: 22 de Março de 2008, 14:13:00 »
O suicídio é um direito e não um crime.
Certamente. Assim como é um direito a Deus impedir-lhe o acesso às bem-aventuranças pelo ato de covardia, enquanto não reparar a falta.
Ninguém perguntou se queríamos nascer, mas temos pelo menos o direito de escolher quando morrer.

Offline Fabrício

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Re: Coletânea de textos racistas de Allan Kardec
« Resposta #222 Online: 24 de Março de 2008, 08:13:12 »
Putz, quantificar a beleza é dose...
"Deus prefere os ateus"

Offline Leafar

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Re: Coletânea de textos racistas de Allan Kardec
« Resposta #223 Online: 24 de Março de 2008, 19:59:19 »
Putz, quantificar a beleza é dose...
Casamento de feio com bonita "tem mais chance de dar certo"

Não sei porque me lembrei de vocês hoje quando li essa notícia. Fico imaginando os critérios que foram usados para determinar se (e o quanto) alguém é feio ou bonito. Como é que se pode avaliar algo que não existe, como beleza ou fealdade, não é mesmo?

Um abraço.
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Offline Fabrício

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Re: Coletânea de textos racistas de Allan Kardec
« Resposta #224 Online: 25 de Março de 2008, 07:26:18 »
Avaliar talvez, com base em critérios estritamente subjetivos, mas quantificar e ainda qualificar as pessoas pela sua "evolução" de acordo com a beleza, já é muita viagem...
"Deus prefere os ateus"

 

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