Como disse antes,games não estão restritos a jogos recomendados para maiores de idade.
E o texto (que não cita quaisequer fontes, mas deve ser tudo verdade, afinal está na internets) deixa isso implícito, ao mesmo tempo em que passa batido pelos aspectos de desenvolvimento.
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Olha que vendo esses casos nem parece exagero achar que podem sair por aí matando pessoas se pegarem armas de verdade...
...esse comportamento tinha que até ser levado em consideração em licença para porte de arma...
O comportamento tresloucado do guri é culpa dos games? Má nem a pau! Com esse temperamento aí, entrou na Gaviões, imbuiu-se do coletivo agressivo de defender o timão até morrer, é certo que faz merda.
Talvez seja, e tu quoque. Como disse, isso era mais para contrapor a toda essa glamurização mal embasada, "ah, mas os games violentos promovem isso e a aquilo, seria bom se todos nossos presidentes fossem hábeis jogadores de jogos violentos, teriam uma visão melhor sobre o mundo e sobre o âmago da humanidade, blablablá".
Essae papo de supostos benefícios é pior até do que aqules clichês de escolas de artes marciais, que a pessoa aprende auto-controle, paz interior, equiíbrio espiritual, envelhece mais devagar, e a não sai por aí brigando. Não só os tais benefícios algumas vezes são apenas imaginados*, como podem não se aplicar no caso, como nem são específicos ou restritos aos jogos violentos.
* como por exemplo, "extravazar a raiva", isso é algo que não é benéfico à pessoa, mas faz com que ela fique com tendência a ser mais raivosa do que se tentasse se acalmar:
[...] DISTORTION 1
Vent your anger, and it'll go away.
SELF-HELP BOOKS SAY: "Punch a pillow or punching bag. And while you do it, yell and curse and moan and holler," advises Facing the Fire: Expressing and Experiencing Anger Appropriately (Bantam Doubleday Dell, 1995). "Punch with all the frenzy you can. If you are angry at a particular person, imagine his or her face on the pillow or punching bag, and vent your rage physically and verbally."
RESEARCHERS SAY: Pillow punching, like other forms of vigorous exercise, might be helpful for stress management, but recent studies suggest that venting anger may be counterproductive. "Venting anger just keeps it alive," says Brad Bushman, Ph.D., a psychologist at Iowa State University. "People think it's going to work, and when it doesn't, they become even more angry and frustrated."
In addition, several studies show that the outward expression of anger leads to dangerously elevated cardiovascular activity, which may contribute to the development of cardiovascular disease.
Bushman recently put the so-called "catharsis hypothesis" to the test, deliberately inducing anger in a group of college students by marking nasty comments on essays they had written. Those who slammed a punching bag afterward were more, not less, aggressive to people they subsequently encountered.
WHAT TO DO INSTEAD: A better tack, says Bushman, is to do "anything that's incompatible with anger and aggression." That includes watching a funny movie, reading an absorbing novel, sharing a laugh with a friend, or listening to music. Given time, your anger will dissipate, and then you'll be able to deal with the situation in a more constructive way.
[...]
http://www.psychologytoday.com/articles/200103/self-help-shattering-the-myths
Isso me parece muito consistente com a possibilidade desses jogos violentos poderem contribuir com o cultivo de uma personalidade nervosinha/birrenta/histérica, especialmente se forem crianças ou adolescentes. Isso não quer dizer que não haja outros fatores, pode até ser que uma predisposição inicial/outra causa qualquer já seja mais importante, mas não é uma questão de se estar tentando descobrir qual é a principal causa, como se apenas essa fosse importante e as demais fossem irrelevantes.
E sou da geracao pre-videogame (ok, joguei muito Atari tambem) mas a gente brincava com: armas de espoleta, espingardas de chumbo, soldados de plastico, usava estilingue para matar passarinhos e lagartos, adorava brincar de briga: jogando pedras uns nos outros, ou batendo mesmo. Nao vejo muita diferenca entre isso e jogar games violentos.
Pois é, o que mais se tinha na minha rua da infância eram disputas.
Talvez o "clima" e o "mindset" das brincadeiras costumem ser significativamente diferentes, mesmo que sejam encenações de coisas violentas. Mas talvez essas brincadeiras também possam ter efeitos prejudiciais mais ou menos nos mesmos graus. Esse tipo de argumentação é algo que se aproxima de "ah, eu e todos meus amigos fumamos a beça, e nenhum têm câncer".
Eu estou até quase que sendo um "advogado do diabo" aqui, particularmente não acredito que essas influências possam ser muito graves, muito menos nessas histerias de tentativa de ligação com frenezis assassinos e etc. Apenas é uma dessas coisas que acho complicadas e difícil de delinear.
Por exemplo, como vocês estabeleceriam graus de violência permitidos para cada faixa etária? E com que embasamento? Músicas que fazem apologia ao crime, glamurizam a bandidagem, são mesmo inofensivas?