Autor Tópico: "Counter-Strike" e "EverQuest" estão proibidos no Brasil  (Lida 22619 vezes)

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Offline Buckaroo Banzai

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Re:"Counter-Strike" e "EverQuest" estão proibidos no Brasil
« Resposta #126 Online: 03 de Março de 2013, 16:13:13 »
Não me lembro de ter visto nada sobre essa pré-condição.

O mais próximo disso que foi dito é não se poder simplesmente apontar o dedo para video-games nesses casos de caras que saem em matanças, da mesma forma que não dá para apontar o dedo especificamente para doença mental, maus-tratos, pobreza, ideologia, etc.

Isso não é "sinônimo" de "induzir um aumento na agressividade".

O próprio Pasteur destacou um trecho sobre isso na resposta #109.

Era citação de um cara que trabalha na produção de jogos.



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Sem ofender, mas é por essas e outras boiolices que temos essa geração de adolescentes emos e mimados. Eles ganham tudo, são "protegidos" de tudo, não podem levar tapa na bunda, não podem repetir de ano, seus país os ajudam a bater e xingar professores que ousam lhes dar notas ruins, etc, etc.

Ah, ok, então eu estou defendendo/os estudos no caso defendem essas coisas todas, e ao mesmo tempo imagino que você defenda que os pais devam dar é uns murros na cara de pirralhos de cinco anos, quebrar braço, deixar trancado numa dispensa escura por um dia, esse tipo de coisa. ::)


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Caramba, minha geração cresceu jogando Carmaggedon, GTA, Killer Instinct, Mortal Kombat, etc, isso desde quando éramos crescidos o suficiente para conseguir segurar o controle e apertar os botões, e nenhum de nós virou um assassino serial por causa disso.

Em algum lugar foi dado a entender que seria esperado que todos, alguns ou muitos teriam virado assassinos seriais por causa disso?

Offline Dr. Manhattan

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Re:"Counter-Strike" e "EverQuest" estão proibidos no Brasil
« Resposta #127 Online: 03 de Março de 2013, 16:54:37 »
Se videogames violentos gerassem jovens violentos, deveria haver uma correlacao entre o surgimento desses jogos e um aumento da criminalidade. Mas olhas, soh, a criminalidade em um dos paises com mais gamers tem diminuido consistentemente...

E sou da geracao pre-videogame (ok, joguei muito Atari tambem) mas a gente brincava com: armas de espoleta, espingardas de chumbo, soldados de plastico, usava estilingue para matar passarinhos e lagartos, adorava brincar de briga: jogando pedras uns nos outros, ou batendo mesmo. Nao vejo muita diferenca entre isso e jogar games violentos.
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Offline Buckaroo Banzai

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Re:"Counter-Strike" e "EverQuest" estão proibidos no Brasil
« Resposta #128 Online: 03 de Março de 2013, 17:27:23 »
Se videogames violentos gerassem jovens violentos, deveria haver uma correlacao entre o surgimento desses jogos e um aumento da criminalidade. Mas olhas, soh, a criminalidade em um dos paises com mais gamers tem diminuido consistentemente...

Não necessariamente. Primeiramente, não se pode equiparar agressividade a violência ou criminalidade. Essa suposição também deve ter implícito que isso ocorreria num grau tal que seria suficientemente significativo a ponto de ultrapassar outras flutuações na criminalidade por quaisquer outras causas.



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E sou da geracao pre-videogame (ok, joguei muito Atari tambem) mas a gente brincava com: armas de espoleta, espingardas de chumbo, soldados de plastico, usava estilingue para matar passarinhos e lagartos, adorava brincar de briga: jogando pedras uns nos outros, ou batendo mesmo. Nao vejo muita diferenca entre isso e jogar games violentos.

E talvez não tenha (bem como TV), mas talvez não sejam, dependendo de suas regras/detalhes, a melhor receita para criar crianças.


Com um pouco de google:


Citar
Early Exposure to TV Violence Predicts Aggression in Adulthood
Huesmann, L. R., Moise-Titus, J., Podolski, C., & Eron, L. D. (2003). Longitudinal relations between children’s exposure to TV violence and their aggressive and violent behavior in young adulthood: 1977-1992. Developmental Psychology, 39, 201-221.

[...]

What did the study find?
The results of this study revealed that early childhood exposure to TV violence predicted aggressive behavior for both males and females in adulthood. Additionally, identification with same sex aggressive TV characters, as well as participants’ ratings of perceived realism of TV violence, also predicted adult aggression in both males and females. Furthermore, while a positive relationship was found between early aggression and subsequent TV violence viewing, the effect was not significant. These findings suggest that, while aggressive children may choose to watch more violent TV programming, it is more plausible that early childhood exposure to TV violence stimulates increases in aggression later in adulthood.
Gender differences were also observed in the expression of aggression. Specifically, men were more likely to engage in serious physical aggression and criminality, whereas women were more likely to engage in forms of indirect aggression. Men and women reported similar frequencies of engaging in verbal aggression, general aggression, and aggression toward spouses. For men, the effects were exacerbated by their identification with same sex characters and perceptions of realism in TV violence.
The longitudinal relationships observed in this study held true, even after controlling for the effects of early aggressive behavior in childhood, socioeconomic status, intellectual ability, and various parenting factors. These findings support the hypothesis that the causal effects of media violence exposure found in laboratory settings can be generalized to real life from childhood to adulthood.

[...]

http://www.apa.org/pi/prevent-violence/resources/tv-violence.aspx



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Short-term and Long-term Effects of Violent Media on Aggression in Children and Adults FREE
Brad J. Bushman, PhD; L. Rowell Huesmann, PhD
  • Author Affiliations

Arch Pediatr Adolesc Med. 2006;160(4):348-352. doi:10.1001/archpedi.160.4.348. Text Size: A A A
Article
Figures
Tables
References
Comments
ABSTRACT
ABSTRACT | METHODS | RESULTS | COMMENT | AUTHOR INFORMATION | REFERENCES
Objectives  To test whether the results of the accumulated studies on media violence and aggressive behavior are consistent with the theories that have evolved to explain the effects. We tested for the existence of both short-term and long-term effects for aggressive behavior. We also tested the theory-driven hypothesis that short-term effects should be greater for adults and long-term effects should be greater for children.

Design  Meta-analysis.

Participants  Children younger than 18 years and adults.

Main Exposures  Violent media, including TV, movies, video games, music, and comic books.

Main Outcome Measures  Measures of aggressive behavior, aggressive thoughts, angry feelings, physiological arousal (eg, heart rate, blood pressure), and helping behavior.

Results  Effect size estimates were combined using meta-analytic procedures. As expected, the short-term effects of violent media were greater for adults than for children whereas the long-term effects were greater for children than for adults. The results also showed that there were overall modest but significant effect sizes for exposure to media violence on aggressive behaviors, aggressive thoughts, angry feelings, arousal levels, and helping behavior.

Conclusions  The results are consistent with the theory that short-term effects are mostly due to the priming of existing well-encoded scripts, schemas, or beliefs, which adults have had more time to encode. In contrast, long-term effects require the learning (encoding) of scripts, schemas, or beliefs. Children can encode new scripts, schemas, and beliefs via observational learning with less interference and effort than adults.

http://archpedi.jamanetwork.com/article.aspx?articleid=204790


http://en.wikipedia.org/wiki/Media_violence_research

Offline Gaúcho

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Re:"Counter-Strike" e "EverQuest" estão proibidos no Brasil
« Resposta #129 Online: 04 de Março de 2013, 16:57:00 »
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Ah, ok, então eu estou defendendo/os estudos no caso defendem essas coisas todas, e ao mesmo tempo imagino que você defenda que os pais devam dar é uns murros na cara de pirralhos de cinco anos, quebrar braço, deixar trancado numa dispensa escura por um dia, esse tipo de coisa.

É só uma correlação minha entre a preocupação sobre jogos violentos e essa superproteção às crianças nos dias de hoje, não uma demonstração da tua opinião sobre esses assuntos. Até por serem tópicos diferentes e não relacionados ao assunto, isso deveria estar claro.

Citar
Em algum lugar foi dado a entender que seria esperado que todos, alguns ou muitos teriam virado assassinos seriais por causa disso?

Eu, pelo menos, entendi que você acredita que jogos violentos podem contribuir para crianças/adultos violentos. Se me enganei, segue o baile.
"— A democracia em uma sociedade livre exige que os governados saibam o que fazem os governantes, mesmo quando estes buscam agir protegidos pelas sombras." Sérgio Moro

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Re:"Counter-Strike" e "EverQuest" estão proibidos no Brasil
« Resposta #130 Online: 04 de Março de 2013, 17:03:13 »
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Ah, ok, então eu estou defendendo/os estudos no caso defendem essas coisas todas, e ao mesmo tempo imagino que você defenda que os pais devam dar é uns murros na cara de pirralhos de cinco anos, quebrar braço, deixar trancado numa dispensa escura por um dia, esse tipo de coisa.

É só uma correlação minha entre a preocupação sobre jogos violentos e essa superproteção às crianças nos dias de hoje, não uma demonstração da tua opinião sobre esses assuntos. Até por serem tópicos diferentes e não relacionados ao assunto, isso deveria estar claro.

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Em algum lugar foi dado a entender que seria esperado que todos, alguns ou muitos teriam virado assassinos seriais por causa disso?

Eu, pelo menos, entendi que você acredita que jogos violentos podem contribuir para crianças/adultos violentos. Se me enganei, segue o baile.

O Buckaroo acabou de colar estudos científicos que mostram alterações comportamentais com a longa exposição a violência, voce leu?
He who fights with monsters should look to it that he himself does not become a monster. And when you gaze long into an abyss the abyss also gazes into you. Friedrich Nietzsche

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Re:"Counter-Strike" e "EverQuest" estão proibidos no Brasil
« Resposta #131 Online: 04 de Março de 2013, 17:41:20 »
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Ah, ok, então eu estou defendendo/os estudos no caso defendem essas coisas todas, e ao mesmo tempo imagino que você defenda que os pais devam dar é uns murros na cara de pirralhos de cinco anos, quebrar braço, deixar trancado numa dispensa escura por um dia, esse tipo de coisa.

É só uma correlação minha entre a preocupação sobre jogos violentos e essa superproteção às crianças nos dias de hoje, não uma demonstração da tua opinião sobre esses assuntos. Até por serem tópicos diferentes e não relacionados ao assunto, isso deveria estar claro.

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Em algum lugar foi dado a entender que seria esperado que todos, alguns ou muitos teriam virado assassinos seriais por causa disso?

Eu, pelo menos, entendi que você acredita que jogos violentos podem contribuir para crianças/adultos violentos. Se me enganei, segue o baile.

O Buckaroo acabou de colar estudos científicos que mostram alterações comportamentais com a longa exposição a violência, voce leu?

Claro que eu li. Sem contar o fato de que se trata de exposição à violência por todos os meios, não só videogames, que é o tema do debate, os estudos não provam absolutamente nada.

Pra cada artigo desses tirados da internet, eu posso colocar um aqui também lembrando, novamente, mais uma vez, que não existe nenhuma prova da ligação entre videogames e pessoas violentas.

http://www.realclearpolicy.com/blog/2012/12/20/the_lack_of_a_relationship_between_video_games_and_gun_violence_385.html

http://prospect.org/article/still-no-strong-links-between-video-games-and-violence

http://www.livescience.com/774-multimedia-babies-parent.html

http://www.livescience.com/1475-video-games-blame-violence.html

Citação de: LiveScience
Despite decades of research , there is no proven link between video game violence and real-world violence.

If violent entertainment caused real violence, logic would dictate that the violent crime rate would have skyrocketed in recent years. In fact, exactly the opposite occurred: Violent crime has dropped significantly over the past 20 years—just as video games have become more prevalent and more violent. In fact, one could make the (equally illogical) argument that violent video games actually decrease violent crimes.


Eu acho que apesar das opiniões de vocês sobre o assunto, todos concordam que é um fato de que não existe uma prova dessa relação videogames/violência, mesmo depois de décadas de estudos. Então não é mais fácil nos atermos a realidade e discutirmos nossa experiência sobre o assunto, do que vocês tentarem nos convencer que estão na fila para o Nobel de Psicologia?   :)
« Última modificação: 04 de Março de 2013, 17:46:35 por Gaúcho »
"— A democracia em uma sociedade livre exige que os governados saibam o que fazem os governantes, mesmo quando estes buscam agir protegidos pelas sombras." Sérgio Moro

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Re:"Counter-Strike" e "EverQuest" estão proibidos no Brasil
« Resposta #132 Online: 04 de Março de 2013, 18:01:58 »
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Ah, ok, então eu estou defendendo/os estudos no caso defendem essas coisas todas, e ao mesmo tempo imagino que você defenda que os pais devam dar é uns murros na cara de pirralhos de cinco anos, quebrar braço, deixar trancado numa dispensa escura por um dia, esse tipo de coisa.

É só uma correlação minha entre a preocupação sobre jogos violentos e essa superproteção às crianças nos dias de hoje, não uma demonstração da tua opinião sobre esses assuntos. Até por serem tópicos diferentes e não relacionados ao assunto, isso deveria estar claro.

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Em algum lugar foi dado a entender que seria esperado que todos, alguns ou muitos teriam virado assassinos seriais por causa disso?

Eu, pelo menos, entendi que você acredita que jogos violentos podem contribuir para crianças/adultos violentos. Se me enganei, segue o baile.

O Buckaroo acabou de colar estudos científicos que mostram alterações comportamentais com a longa exposição a violência, voce leu?

Claro que eu li. Sem contar o fato de que se trata de exposição à violência por todos os meios, não só videogames, que é o tema do debate, os estudos não provam absolutamente nada.

Pra cada artigo desses tirados da internet, eu posso colocar um aqui também lembrando, novamente, mais uma vez, que não existe nenhuma prova da ligação entre videogames e pessoas violentas.

http://www.realclearpolicy.com/blog/2012/12/20/the_lack_of_a_relationship_between_video_games_and_gun_violence_385.html

http://prospect.org/article/still-no-strong-links-between-video-games-and-violence

http://www.livescience.com/774-multimedia-babies-parent.html

http://www.livescience.com/1475-video-games-blame-violence.html

Citação de: LiveScience
Despite decades of research , there is no proven link between video game violence and real-world violence.

If violent entertainment caused real violence, logic would dictate that the violent crime rate would have skyrocketed in recent years. In fact, exactly the opposite occurred: Violent crime has dropped significantly over the past 20 years—just as video games have become more prevalent and more violent. In fact, one could make the (equally illogical) argument that violent video games actually decrease violent crimes.


Eu acho que apesar das opiniões de vocês sobre o assunto, todos concordam que é um fato de que não existe uma prova dessa relação videogames/violência, mesmo depois de décadas de estudos. Então não é mais fácil nos atermos a realidade e discutirmos nossa experiência sobre o assunto, do que vocês tentarem nos convencer que estão na fila para o Nobel de Psicologia?   :)

Se o assunto ainda é polêmico no meio acadêmico e ambas as posições ainda estão em aberto, o melhor e mais seguro a se fazer segundo a lógica é não deixar as crianças jogarem.

Se elas jogam e não existe influencia ótimo, nenhum mal.50%
Se elas jogam e existe influencia, dano causado.50%
Se elas não jogarem ótimo, nenhum mal. 100%


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Offline Buckaroo Banzai

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Re:"Counter-Strike" e "EverQuest" estão proibidos no Brasil
« Resposta #133 Online: 04 de Março de 2013, 18:29:22 »
Citação de: LiveScience
Despite decades of research , there is no proven link between video game violence and real-world violence.

If violent entertainment caused real violence, logic would dictate that the violent crime rate would have skyrocketed in recent years. In fact, exactly the opposite occurred: Violent crime has dropped significantly over the past 20 years—just as video games have become more prevalent and more violent. In fact, one could make the (equally illogical) argument that violent video games actually decrease violent crimes.

Se videogames violentos gerassem jovens violentos, deveria haver uma correlacao entre o surgimento desses jogos e um aumento da criminalidade. Mas olhas, soh, a criminalidade em um dos paises com mais gamers tem diminuido consistentemente...

Não necessariamente. Primeiramente, não se pode equiparar agressividade a violência ou criminalidade. Essa suposição também deve ter implícito que isso ocorreria num grau tal que seria suficientemente significativo a ponto de ultrapassar outras flutuações na criminalidade por quaisquer outras causas.

Uma comparação: fazemos a proposição "a poluição prejudica a saúde". Mas iremos também muito provavelmente constatar que a longevidade e saúde em geral aumentaram mais nos países mais poluídos. Isso não diz que a poluição é benéfica, nem nos permite afirmar que não seja prejudicial. Ela apenas não é prejudicial, nos níveis médios, a ponto de fazer com que toda população tenha menor longevidade (ou "caia morta", para algo mais análogo a virar assassino serial). Pode ser que algumas coisas sejam mais prejudiciais, outras menos, que seja incerto o quão prejudiciais são, pode ser necessária uma soma complexa de fatores, haver fatores protetores, etc, mas há também estudos apontando que a poluição/etc podem sim causar problemas de saúde, não podemos ignorar isso.



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Eu acho que apesar das opiniões de vocês sobre o assunto, todos concordam que é um fato de que não existe uma prova dessa relação videogames/violência, mesmo depois de décadas de estudos. Então não é mais fácil nos atermos a realidade e discutirmos nossa experiência sobre o assunto, do que vocês tentarem nos convencer que estão na fila para o Nobel de Psicologia?   :)

Eu não sei se "de fato não existe uma prova", a meta-análise que citei diz outra coisa.

Esse mesmo texto citado do livescience, além de ser uma peça de opinião, cita como embasamento um artigo do próprio site que diz "what does the existing research say? There's little disagreement that violent programs are bad for kids, leading to fear and aggressive behavior, and that TV in a kid's bedroom leads to sleep disorders."

(e não acho que é fácil sustentar haver diferença significativa entre algo como TV e video-game, muito menos no sentido de video-games serem mais inócuos)

Offline Pasteur

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Re:"Counter-Strike" e "EverQuest" estão proibidos no Brasil
« Resposta #134 Online: 04 de Março de 2013, 18:55:30 »
É interessante e convincente a opinião do blogueiro Daniel Fraga:

<a href="http://www.youtube.com/v/hYjk25TszmE" target="_blank" class="new_win">http://www.youtube.com/v/hYjk25TszmE</a>


Offline Barata Tenno

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Re:"Counter-Strike" e "EverQuest" estão proibidos no Brasil
« Resposta #135 Online: 04 de Março de 2013, 18:58:31 »
Claro, opinião de bloqueios são tão boas quanto estudos científicos. Ainda mais quando concordam com a nossa visão sobre o assunto.
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Offline Pasteur

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Re:"Counter-Strike" e "EverQuest" estão proibidos no Brasil
« Resposta #136 Online: 04 de Março de 2013, 19:01:31 »
Claro, opinião de bloqueios são tão boas quanto estudos científicos. Ainda mais quando concordam com a nossa visão sobre o assunto.

Citar
Especialistas negam que jogos violentos formem assassinos

Jogar videogames não transforma as crianças em pessoas degeneradas, criminosos sedentos por sangue. A conclusão é de um novo livro produzido por Lawrence Kutner e Cheryl Olson, um casal de especialistas da faculdade de medicina da Universidade Harvard (EUA).
 
"O que eu quero que as pessoas percebam é que não há dados que suportem as preocupações simplistas segundo as quais os videogames causam violência", afirma Kutner, co-autor de "Grand Theft Childhood: The Surprising Truth About Violent Video Games and What Parents Can Do" ("O Grande Roubo da Infância: A Verdade Surpreendente sobre Videogames Violentos e o que os Pais Podem Fazer", em tradução livre).
 
Os pesquisadores chegaram a essa conclusão após estudarem, por dois anos, 1.200 crianças em idade escolar e suas atitudes em relação a esses jogos. Trata-se de uma abordagem diferente da maioria dos outros estudos, focados em experimentos de laboratório.
"O que nós fizemos e que tem sido feito raramente por outros pesquisadores foi conversar de fato com as crianças. Parece bizarro, mas isso não tem sido feito", afirma Kutner.
 
Segundo os pesquisadores, jogar videogame é praticamente uma atividade universal entre as crianças e proporciona intensas relações sociais.
 
Relação

Mas os dados de fato mostram a ligação entre essa prática e algum tipo de comportamento agressivo. Os especialistas descobriram que 51% dos garotos que usam jogos classificados para maiores de 17 anos entraram em pelo menos uma briga no ano anterior. Entre os que não jogavam, a taxa foi de 28%.
A diferença é ainda maior entre as meninas: 40% das garotas que usavam esses jogos haviam entrado em uma briga, contra 14% das que não jogavam.
 
Kutner e Olson afirmam que é necessário fazer novos estudos sobre o assunto, porque a pesquisa mostra apenas uma correlação, e não uma relação de causa. Não está claro se os jogos incentivam a violência ou se crianças naturalmente agressivas gostam mais de jogos violentos.
O livro pede que as crianças sejam analisadas em todo o seu comportamento: brigas freqüentes, notas ruins e o ato de jogas obsessivamente podem ser sinal de problema.
 
"Se você tem, por exemplo, uma garota que joga, durante 15 horas por semana, apenas jogos violentos, eu ficaria muito preocupado porque isso é muito pouco comum", diz Kutner. "Mas, para os meninos [o sinal de perigo] é não usar nenhum jogo --parece que, para essa geração, videogames são uma medida da competência dos garotos em se relacionarem socialmente", diz.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/informatica/ult124u400332.shtml

Offline Barata Tenno

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Re:"Counter-Strike" e "EverQuest" estão proibidos no Brasil
« Resposta #137 Online: 04 de Março de 2013, 19:03:51 »
Leu os negritos? Violência não é  só assassinato.  O mais legal é que o pessoal se agarra em tudo que confirma sua crença e ignora os que vão contra.  Se existem estudos dizendo que ir no lugar X é  ruim e estudos que dizem que ir no lugar X não é ruim,  qual a atitude mais segura a se tomar? 
« Última modificação: 04 de Março de 2013, 19:06:26 por Barata Tenno »
He who fights with monsters should look to it that he himself does not become a monster. And when you gaze long into an abyss the abyss also gazes into you. Friedrich Nietzsche

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Re:"Counter-Strike" e "EverQuest" estão proibidos no Brasil
« Resposta #138 Online: 04 de Março de 2013, 19:05:30 »
Eu estou até quase que sendo um "advogado do diabo" aqui, particularmente não acredito que essas influências possam ser muito graves, muito menos nessas  histerias de tentativa de ligação com frenezis assassinos e etc. Apenas é uma dessas coisas que acho complicadas e difícil de delinear.

Por exemplo, como vocês estabeleceriam graus de violência permitidos para cada faixa etária? E com que embasamento? Músicas que fazem apologia ao crime, glamurizam a bandidagem, são mesmo inofensivas?



Citar
Não está claro se os jogos incentivam a violência ou se crianças naturalmente agressivas gostam mais de jogos violentos.
Citar
Furthermore, while a positive relationship was found between early aggression and subsequent TV violence viewing, the effect was not significant. These findings suggest that, while aggressive children may choose to watch more violent TV programming, it is more plausible that early childhood exposure to TV violence stimulates increases in aggression later in adulthood.



Coisas que já li de psicologia que acho até merecedoras de ceticismo, mas são dadas como resultados científicos, são os efeitos de priming e coisas do tipo. Faça uma pessoa contrair os músculos faciais de forma parecida com a que faz quando sorri, e seu humor melhora, mesmo que isso tenha sido feito através de segurar um lápis com os dentes dos dois lados da boca, em vez de apenas com os lábios. Coloque plantas num ambiente, e as pessoas são mais criativas, calmas, e menos agressivas/ocorrem menos crimes do que em um lugar com uma população que seria igual segundo uma série de atributos. Tem coisa até como a menção superficial à Flórida fazer as pessoas supostamente "se sentirem mais velhas", por ser um estado associado aos aposentados nos EUA.


Does Consciousness Really Play a Role in Human Behavior?
"Unlocking Human Conditioning" Podcast Companion Article
[...]
      Over the past decade, one key insight that has emerged in psychology is that seemingly irrelevant details within a person's environment can strongly influence their behaviour. In one experiment, Bargh and his team asked volunteers at their lab to work through questionnaires, the hidden purpose of which was to "prime" some of them to words associated with old age, such as "Florida", "sentimental" and "wrinkle". The real test started as the participants left to go home, when the researchers secretly timed how long it took them to walk down a long corridor while leaving the building. Those volunteers who had been primed walked significantly more slowly than those who had not, as if the elderly stereotype had got into their very being.

      In a similar experiment at the University of Amsterdam in the Netherlands, psychologist Ap Dijksterhuis asked two separate groups of volunteers to talk with actors who pretended to be either professors or soccer hooligans.Afterwards the subjects had to answer a series of general-knowledge questions, and the people who had been primed by interacting with "professors" did significantly better than those primed by "hooligans". It was as though being in the presence of supposed intellectuals had rubbed off on them.

     
    The striking thing about both these experiments is that the people involved were totally unaware of what had influenced them.
[...]

Offline Pasteur

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Re:"Counter-Strike" e "EverQuest" estão proibidos no Brasil
« Resposta #139 Online: 04 de Março de 2013, 19:10:19 »
Leu os negritos? Violência não é  só assassinato.  O mais legal é que o pessoal se agarra em tudo que confirma sua crença e ignora os que vão contra.  Se existem estudos dizendo que ir no lugar X é  ruim e estudos que dizem que ir no lugar X não é ruim,  qual a atitude mais segura a se tomar?

Eu que negritei.  :biglol:

Você não vai ver o vídeo?

Offline Buckaroo Banzai

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Re:"Counter-Strike" e "EverQuest" estão proibidos no Brasil
« Resposta #140 Online: 04 de Março de 2013, 20:07:19 »
Você não vai ver o vídeo?

Alguns argumentos contra as fraquezas da reportagem da record são válidos, mas 1 - a record não necessariamente fez uma representação fiel do consenso/estado das coisas da psicologia, e 2 - as argumentações pró-games também ignoram a psicologia e ficam apenas em evidências anedóticas e "puxação de saco" sobre supostas habilidades que os video-games cultivariam.

A minha impressão geral, que não pretendo ser "científica", mas apenas contrária às suposições dele, é de uma maioria de gamers, especialmente desses jogos, meio nervozinhos ranhetinhas que ficam horas e horas atrás da tela, sendo a principal forma de interação "social" (ironicamente, benefício apontado pelo youtuber).

<a href="http://www.youtube.com/v/EkbCFzYovYY" target="_blank" class="new_win">http://www.youtube.com/v/EkbCFzYovYY</a>

Bom... Ri no inicio porem no final cheguei a ficar com pena... Escutem...


<a href="http://www.youtube.com/v/frW2W_vCgYk" target="_blank" class="new_win">http://www.youtube.com/v/frW2W_vCgYk</a>


Olha que vendo esses casos nem parece exagero achar que podem sair por aí matando pessoas se pegarem armas de verdade...

...esse comportamento tinha que até ser levado em consideração em licença para porte de arma...

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Re:"Counter-Strike" e "EverQuest" estão proibidos no Brasil
« Resposta #141 Online: 04 de Março de 2013, 21:16:22 »

<a href="http://www.youtube.com/v/frW2W_vCgYk" target="_blank" class="new_win">http://www.youtube.com/v/frW2W_vCgYk</a>


Olha que vendo esses casos nem parece exagero achar que podem sair por aí matando pessoas se pegarem armas de verdade...

...esse comportamento tinha que até ser levado em consideração em licença para porte de arma...

Putz, chatinho esse garoto...

Quanto ao youtuber, o que eu mais gostei foram os pontos positivos elencados em se jogar esses games.

Offline Barata Tenno

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Re:"Counter-Strike" e "EverQuest" estão proibidos no Brasil
« Resposta #142 Online: 04 de Março de 2013, 21:28:18 »
Várias outros tipos de jogos fornecem benefícios,  não é  necessário ser fps. 
He who fights with monsters should look to it that he himself does not become a monster. And when you gaze long into an abyss the abyss also gazes into you. Friedrich Nietzsche

Offline Buckaroo Banzai

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Re:"Counter-Strike" e "EverQuest" estão proibidos no Brasil
« Resposta #143 Online: 04 de Março de 2013, 21:46:56 »
Engraçado como que para aspectos prejudiciais se tem toda essa desconfiança dos estudos que os indicam, enquanto que para benefícios, basta imaginar que podem existir.

Offline Johnny Cash

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Re:"Counter-Strike" e "EverQuest" estão proibidos no Brasil
« Resposta #144 Online: 04 de Março de 2013, 21:49:39 »

[...]

<a href="http://www.youtube.com/v/frW2W_vCgYk" target="_blank" class="new_win">http://www.youtube.com/v/frW2W_vCgYk</a>


Olha que vendo esses casos nem parece exagero achar que podem sair por aí matando pessoas se pegarem armas de verdade...

...esse comportamento tinha que até ser levado em consideração em licença para porte de arma...

Se filmar torcida de futebol, pessoal presente em júri, reuniões de trabalho e mais outras cenas tá instituído o caos e uma avalanche de argumentos contra tudo.

Esses vídeos, numa análise absolutamente pessoal e sem embasamento científico, representam a exceção dos gamers.

Offline Pasteur

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Re:"Counter-Strike" e "EverQuest" estão proibidos no Brasil
« Resposta #145 Online: 04 de Março de 2013, 22:09:54 »
Engraçado como que para aspectos prejudiciais se tem toda essa desconfiança dos estudos que os indicam, enquanto que para benefícios, basta imaginar que podem existir.

Citar

10 incríveis benefícios que ganhamos ao jogar video games

Tem gente que diz que jogar video games torna as pessoas obesas, preguiçosas e/ou violentas. Sinceramente, pensar assim é coisa dos tempos de mil novecentos e Pitfall!. Falando sério, estudos realizados por várias universidades ao redor do mundo comprovaram uma série de benefícios que os gamers ganham ao jogar video games.

Entre esses benefícios estão, inclusive, melhoras na saúde física e mental dos jogadores, algo que era totalmente contraditório numa época em que “video games faziam o mal”.

E aqui vai uma lista de 10 benefícios incríveis que todo gamer pode obter ao passar horas com um joystick na mão:

10- Destreza melhorada: Um estudo feito por cirurgiões de hospitais públicos do mundo todo provam que aqueles profissionais da saúde que jogam vídeo games são 27% mais rápidos e tem 37% menos chances de errar do que aqueles que não jogam.

9- Memória privilegiada: A Federação dos Cientistas Americanos revelou que estudantes se lembram 90% melhor de informações ensinadas em uma simulação comparadas com 10% de possibilidade de lembrança ao ler livros ou revistas.

8- Cura por fisioterapia: Games que se baseiam em exercícios, como os do Wii, ajudam muito pessoas que sofrem do Mal de Parkinson. Num estudo, após 12 semanas de jogatina, 55% das pessoas melhoraram sua velocidade ao realizar tarefas e melhor equilíbrio.

7- Calmante digital: Jogar qualquer tipo de game reduz em 17% a produção do hormônio que induz o estresse, o cortisol. O puzzle “Bejeweled” mostrou que 54% de seus jogadores assíduos demonstrou 54% de redução de estresse físico. E tem gente que diz que estimula a violência…

6- Concentração sobre-humana: Gamers conseguem dar atenção a até seis coisas ao mesmo tempo enquanto os não-gamers só conseguem se concentrar em quatro. Também conseguem realizar testes de cognição com 20% a mais de eficiência.

5- Visão acelerada:  Jogar games de ação por algumas horas aumenta a capacidade de alcance de visão e perímetro da percepção humana.

4- Casamentos gamers: 76% dos casais que jogam video games juntos dizem que a relação no casamento é impecável.

3- Tolerância à dores: Estudos mostram que 50% dos gamers demonstraram maior invulnerabilidade ao sentir dores de queimaduras. Jogar games violentos aumenta a tolerância de qualquer dor em até 65%.

2- Inteligência aprimorada: Gamers demonstram ser 50% mais aptos a raciocinar com velocidade e prestar melhor atenção em detalhes. Crianças que jogam games demonstram um crescimento mental e intelectual muito mais acelerado em relação às crianças que nunca viram um joystick na vida.

1- Habilidades de combatentes reais: Atirar em um zumbi em “Resident Evil“, por exemplo, pode influenciar na vida real. Um estudo desenvolvido por um jornal britânico mostra que gamers tem a mesma capacidade de combate e resposta a eventos do que combatentes de guerra reais.

Video game faz mal? Faz, claro. Tudo que é em excesso faz mal, mas convenhamos que depois destas provas jogar video games por algumas horinhas durante o dia te tornam uma pessoa muito mais poderosa física e mentalmente. Que tal sentar na frente do seu console e desperdiçar umas balas em uns zumbis nojentos?

http://www.gamefm.com.br/2012/11/24/10-incriveis-beneficios-que-ganhamos-ao-jogar-video-games/


Offline Barata Tenno

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Re:"Counter-Strike" e "EverQuest" estão proibidos no Brasil
« Resposta #146 Online: 04 de Março de 2013, 22:15:00 »
Como disse antes,games não estão restritos a jogos recomendados para maiores de idade.
He who fights with monsters should look to it that he himself does not become a monster. And when you gaze long into an abyss the abyss also gazes into you. Friedrich Nietzsche

Offline _tiago

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Re:"Counter-Strike" e "EverQuest" estão proibidos no Brasil
« Resposta #147 Online: 04 de Março de 2013, 22:21:23 »
[/flash]
Olha que vendo esses casos nem parece exagero achar que podem sair por aí matando pessoas se pegarem armas de verdade...
...esse comportamento tinha que até ser levado em consideração em licença para porte de arma...

O comportamento tresloucado do guri é culpa dos games? Má nem a pau! Com esse temperamento aí, entrou na Gaviões, imbuiu-se do coletivo agressivo de defender o timão até morrer, é certo que faz merda.

Offline _tiago

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Re:"Counter-Strike" e "EverQuest" estão proibidos no Brasil
« Resposta #148 Online: 04 de Março de 2013, 22:26:59 »
E sou da geracao pre-videogame (ok, joguei muito Atari tambem) mas a gente brincava com: armas de espoleta, espingardas de chumbo, soldados de plastico, usava estilingue para matar passarinhos e lagartos, adorava brincar de briga: jogando pedras uns nos outros, ou batendo mesmo. Nao vejo muita diferenca entre isso e jogar games violentos.

Pois é, o que mais se tinha na minha rua da infância eram disputas.

Offline Buckaroo Banzai

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Re:"Counter-Strike" e "EverQuest" estão proibidos no Brasil
« Resposta #149 Online: 05 de Março de 2013, 14:54:55 »
Como disse antes,games não estão restritos a jogos recomendados para maiores de idade.

E o texto (que não cita quaisequer fontes, mas deve ser tudo verdade, afinal está na internets) deixa isso implícito, ao mesmo tempo em que passa batido pelos aspectos de desenvolvimento.



[/flash]
Olha que vendo esses casos nem parece exagero achar que podem sair por aí matando pessoas se pegarem armas de verdade...
...esse comportamento tinha que até ser levado em consideração em licença para porte de arma...

O comportamento tresloucado do guri é culpa dos games? Má nem a pau! Com esse temperamento aí, entrou na Gaviões, imbuiu-se do coletivo agressivo de defender o timão até morrer, é certo que faz merda.

Talvez seja, e tu quoque. Como disse, isso era mais para contrapor a toda essa glamurização mal embasada, "ah, mas os games violentos promovem isso e a aquilo, seria bom se todos nossos presidentes fossem hábeis jogadores de jogos violentos, teriam uma visão melhor sobre o mundo e sobre o âmago da humanidade, blablablá".

Essae papo de supostos benefícios é pior até do que aqules clichês de escolas de artes marciais, que a pessoa aprende auto-controle, paz interior, equiíbrio espiritual, envelhece mais devagar, e a não sai por aí brigando. Não só os tais benefícios algumas vezes são apenas imaginados*, como podem não se aplicar no caso, como nem são específicos ou restritos aos jogos violentos.


* como por exemplo, "extravazar a raiva", isso é algo que não é benéfico à pessoa, mas faz com que ela fique com tendência a ser mais raivosa do que se tentasse se acalmar:

Citar
[...] DISTORTION 1

Vent your anger, and it'll go away.

SELF-HELP BOOKS SAY: "Punch a pillow or punching bag. And while you do it, yell and curse and moan and holler," advises Facing the Fire: Expressing and Experiencing Anger Appropriately (Bantam Doubleday Dell, 1995). "Punch with all the frenzy you can. If you are angry at a particular person, imagine his or her face on the pillow or punching bag, and vent your rage physically and verbally."

RESEARCHERS SAY: Pillow punching, like other forms of vigorous exercise, might be helpful for stress management, but recent studies suggest that venting anger may be counterproductive. "Venting anger just keeps it alive," says Brad Bushman, Ph.D., a psychologist at Iowa State University. "People think it's going to work, and when it doesn't, they become even more angry and frustrated."

In addition, several studies show that the outward expression of anger leads to dangerously elevated cardiovascular activity, which may contribute to the development of cardiovascular disease.

Bushman recently put the so-called "catharsis hypothesis" to the test, deliberately inducing anger in a group of college students by marking nasty comments on essays they had written. Those who slammed a punching bag afterward were more, not less, aggressive to people they subsequently encountered.

WHAT TO DO INSTEAD: A better tack, says Bushman, is to do "anything that's incompatible with anger and aggression." That includes watching a funny movie, reading an absorbing novel, sharing a laugh with a friend, or listening to music. Given time, your anger will dissipate, and then you'll be able to deal with the situation in a more constructive way.

[...]

http://www.psychologytoday.com/articles/200103/self-help-shattering-the-myths


Isso me parece muito consistente com a possibilidade desses jogos violentos poderem contribuir com o cultivo de uma personalidade nervosinha/birrenta/histérica, especialmente se forem crianças ou adolescentes. Isso não quer dizer que não haja outros fatores, pode até ser que uma predisposição inicial/outra causa qualquer já seja mais importante, mas não é uma questão de se estar tentando descobrir qual é a principal causa, como se apenas essa fosse importante e as demais fossem irrelevantes.




E sou da geracao pre-videogame (ok, joguei muito Atari tambem) mas a gente brincava com: armas de espoleta, espingardas de chumbo, soldados de plastico, usava estilingue para matar passarinhos e lagartos, adorava brincar de briga: jogando pedras uns nos outros, ou batendo mesmo. Nao vejo muita diferenca entre isso e jogar games violentos.

Pois é, o que mais se tinha na minha rua da infância eram disputas.

Talvez o "clima" e o "mindset" das brincadeiras costumem ser significativamente diferentes, mesmo que sejam encenações de coisas violentas. Mas talvez essas brincadeiras também possam ter efeitos prejudiciais mais ou menos nos mesmos graus. Esse tipo de argumentação é algo que se aproxima  de "ah, eu e todos meus amigos fumamos a beça, e nenhum têm câncer".









Eu estou até quase que sendo um "advogado do diabo" aqui, particularmente não acredito que essas influências possam ser muito graves, muito menos nessas  histerias de tentativa de ligação com frenezis assassinos e etc. Apenas é uma dessas coisas que acho complicadas e difícil de delinear.

Por exemplo, como vocês estabeleceriam graus de violência permitidos para cada faixa etária? E com que embasamento? Músicas que fazem apologia ao crime, glamurizam a bandidagem, são mesmo inofensivas?



 

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