O Fluminense jogou bem fora e obteu uma vitoria importante
Cade o grupo da morte?
Uma curiosidade, o hino do fluminense, começa assim: "Sou tricolor de coração..."?
Sim, mas na verdade este nao é o hino oficial.
O oficial ninguem com menos de 80 anos lembra como que é

Mas esta cançao que é usada como hino do Fluminense é bem bacana
Teve até um artigo sobre isso
Ah, sim , o Jô é tricolor, time de intelectual rapá, Mario Lago, Nelson Rodrigues, etc,etc,etc,..
Sobre o os hinos dos clubes cariocas
O Fluminense não é só um time, não é só um clube, não é só um passatempo. O Fluminense é uma filosofia de vida.
Quem está acostumado a entoar o hino do Fluminense, canta não somente o amor ao seu clube, mas também aprende belas lições de como agir na vida. Até porque, quem é Fluminense tem que ser como o seu clube – e o que o clube é, está basicamente no seu hino. No hino, é Fluminense o clube e o torcedor, ambos se fundem por alguns minutos, quase que na incorporação de um espírito tricolor. Após essa fusão, o hino deixa lembranças na alma do torcedor, que inconscientemente as absorve e as carrega para sempre.
Daí pode surgir a explicação de por que o tricolor é diferente dos demais torcedores; porque é uma torcida exemplar, de gente apaixonada, mais bonita, mais bem-sucedida, mais educada, bem-humorada e cordial que as demais.
Comportamento geral
Em primeiro lugar, o Fluminense "fascina pela sua disciplina". Ser disciplinado não é fácil... ainda mais num mundo em que o que impera é a desordem e o descontrole. Mas os tricolores são assim; não brigam entre si e, por isso mesmo, tendem a ser mais bem-sucedidos que os demais em menos tempo.
A disciplina pressupõe o autocontrole e, com isso, a sabedoria na hora de encarar certas situações. Talvez a passividade com a qual os tricolores lidam com maus resultados, preferindo dar tempo ao tempo do que partir para ações mais agressivas contra os jogadores e dirigentes do clube, venha dessa noção incutida na cabeça do torcedor desde o hino do seu time.
Quanto à forma de vencer, o tricolor tem uma verdadeira receita para o sucesso. Em primeiro lugar, esperança ("pois quem espera, sempre alcança"); em segundo lugar, com sangue, "com amor e com vigor" (ou seja, por seus próprios méritos, por agir se entregando ao máximo); em terceiro lugar, "usando a fidalguia", com "paz e harmonia".
A boa vitória não vem com violência, não vem com desordem, não vem com trapaças. A boa vitória vem por conquista pessoal, a qual só acontece se houver paz e harmonia interior.
Esse sucesso "orgulha o Brasil retumbante de glórias e vitórias mil!". É, portanto, um time de projeção nacional, que se mostra ao país pelas glórias e vitórias, e não por fatos vergonhosos. Como resultado disso tudo, "brilha ao sol da manhã qual a luz de um refletor". Superior, ilumina aos que (impossibilitados de se igualar) estão à sua volta.
Enquanto isso, o hino do Botafogo diz "
Tu és os glorioso, não podes perder, perder para ninguém...". Ou seja, qualquer derrota será encarada como culpa dos outros, já que não é possível para o torcedor alvinegro ver seu time perdendo por culpa própria.
O torcedor do Botafogo também se percebe presente em outros esportes... mas a mera presença não é sinal de êxito. É apenas presença. E quem é presente só faz figuração, não está hábil sequer a competir de fato. "Honra as cores do Brasil e da nossa gente". Ou seja, só não faz feio. Mas isso logicamente não significa que se trata de um vencedor nato. "Na estrada dos louros, um facho de luz, tua estrela solitária te conduz" é um trecho interessante em que se vê que o Botafogo não segue a estrada da vitória por luz própria, mas sim por uma ajuda externa... o que já indica uma tendência de que, sem ajuda externa, a vitória fica muito distante e tão difícil quanto andar numa estrada escura, sem iluminação alguma.
O hino do Flamengo, por outro lado, ao afirmar "
É meu maior prazer vê-lo brilhar, seja na terra, seja no mar! Vencer, vencer, vencer", denota que o importante é vencer a qualquer custo, ainda que na base da violência, dos erros de arbitragem ou do que quer que seja. Apesar disso (ou até por isso), curiosamente o Flamengo tem incutida a consciência de sua origem em relação ao Fluminense: "nos Fla-Flus é um 'ai, Jesus'". Enquanto o Fluminense brilha sobre os demais como a luz de um refletor (um relato de vitória), o Flamengo reconhece passar aperto diante de seu superior (um relato de sofrimento). Acredita-se que, além dele, somente o Bangu faça menção a outro time em seu hino ("A torcida reunida até parece a do fla-flu:
'Bangu, Bangu, Bangu!'").
Já o do Vasco, por sua vez, diz que "No atletismo és um braço, no remo és imortal, no futebol, és o traço de união Brasil-Portugal" – relação perene como as capitanias hereditárias, relação de colonialismo, de coronelismo, de controle e submissão.
Talvez isso explique a tendência à politicagem que impera no clube, e à busca sempre constante por decisões extra-campo que lhe favoreçam.
Relação entre torcedor e clube
O torcedor do Fluminense diz "Sou tricolor de coração, sou do clube tantas vezes campeão! (...) o Fluminense me domina, eu tenho amor ao tricolor! Salve o querido pavilhão das três cores que traduzem tradição! A paz, a esperança e o vigor, unido e forte pelo esporte, eu sou é tricolor!". Não é uma relação passageira, superficial, é uma relação DE AMOR – o maior, mais vigoroso (não por acaso, temos o vigor nesse trecho do hino) e mais nobre sentimento que existe. O torcedor do Fluminense desde cedo sabe o que é esse sentimento, tanto que o nutre pelo seu clube. Amor é entrega, é abnegação, é sorrir junto no sucesso e chorar junto no insucesso.
Mas é estar sempre junto por sentimento. Os torcedores, por amarem o clube, nutrem um sentimento comum. Por isso, comemoram juntos e lamentam juntos ("unido e forte"). São como uma família, um ajudando o outro. O tricolor percebe que a força vem da sua união ("unido e forte pelo esporte"); logo, o individualismo fica afastado da filosofia tricolor. O sentimento então é de cooperação, não de competição.
Além disso, o Fluminense sabe que o clube é tradicional, mas pensa no futuro com fé. Porém uma fé pacífica, já que paz e esperança caminham juntas no hino.
Talvez isso tudo justifique (ao menos em parte) o índice muito baixo de brigas entre torcedores do Fluminense, ao contrário dos demais clubes. Isso se explica pelas diferentes mensagens transmitidas pelos hinos. Vejamos.
Já o Flamengo passa a maior parte de seu hino narrando a relação entre torcedor e clube, mas sempre de modo negativo. A relação é apresentada sempre como um pacto fanático: "
Uma vez Flamengo, sempre Flamengo! Flamengo sempre eu hei de ser! (...) Uma vez Flamengo, Flamengo até morrer!". Isso não é amor. É obsessão, é patologia, algo que não faz bem à alma humana. Mais à frente, o hino ainda diz "Na regata ele me mata, me maltrata, me arrebata, que emoção no coração! Consagrado no gramado, sempre amado, o mais cotado": mais uma vez a relação é patológica, sendo que, nesse momento,
percebe-se que a única emoção percebida pelo torcedor é a de sensação pesarosa, de maus tratos, de servidão pelo arrebatamento. E ainda, uma vez mais, o hino diz "Eu teria um desgosto profundo se faltasse o Flamengo no mundo! Ele vibra, ele é fibra, muita libra já pesou. Flamengo até morrer eu sou!". O pacto é afirmado na emoção negativa e reafirmado logo ao fim do hino, de modo a serem as últimas palavras do torcedor, aquelas que mais latejam na sua memória.
O Botafogo explicita a relação entre torcedor e clube como algo heróico, épico e tradicional. "Botafogo, Botafogo, Campeão desde 1910! És herói em cada jogo, Botafogo! Por isso que tu és e hás de ser nosso imenso prazer. Tradições, aos milhões tens também.". Note que o torcedor do Botafogo vive afirmando seu passado, espelho do seu hino e da mensagem que ele transmite. Mas isso é apenas um espelho do passado. E o futuro? Não há a menor consciência quanto a isso.
O Vasco traz uma relação entre torcedor e clube como um guia. "Vamos todos cantar de coração: 'A Cruz de Malta é o meu pendão!' Tu tens o nome de um heróico português: Vasco da Gama, a tua fama assim se fez. Tua imensa torcida é bem feliz, Norte e sul, norte e sul deste país". O clube leva o nome de um herói, e esse heroísmo leva à felicidade da torcida. O sentimento do torcedor com o clube é o de submissão ao herói e de felicidade pelo sucesso do clube. Mas a felicidade é sentimento individual – daí a noção de Norte a Sul, de distância dentro da própria torcida.

É só brincadeira pessoal , sem stress