Tópico: Gótico é proibido de entrar em ônibus por levar noiva na coleira

[Andre]

as pessoas em volta não são obrigadas a fazer parte de sua fantasia sexual.

Ah, claro, porque andar com a esposa em uma corrente com o absoluto consentimento dela é quase o mesmo que acorrentar outras pessoas contra a vontade delas, forçá-las a praticar bondage, aplicar-lhes mordaças, etc.

E me parece que é uma fantasia amorosa, não sexual.

[Herf]

Ninguém disse que é quase o mesmo, disse?

Sim. Foi dito que o ato de andar com a esposa em uma corrente com o absoluto consentimento dela é obrigar os outros a fazerem parte da fantasia sexual/amorosa do casal.

[Luis Dantas]

Ninguém disse que é quase o mesmo, disse?

Sim. Foi dito que o ato de andar com a esposa em uma corrente com o absoluto consentimento dela é obrigar os outros a fazerem parte da fantasia sexual/amorosa do casal.

O que é algo completamente diferente.  Não é uma fantasia violenta, mas é humilhante.  Ambas são fantasias.

[Herf]

Humilhante para quem?

[Luis Dantas]

Para a moça.  Ela pode não se importar (no duro, nem disso temos tanta certeza), mas o público não tem obrigação de também não se importar.

[Nohai]

as pessoas em volta não são obrigadas a fazer parte de sua fantasia sexual.

Ah, claro, porque andar com a esposa em uma corrente com o absoluto consentimento dela é quase o mesmo que acorrentar outras pessoas contra a vontade delas, forçá-las a praticar bondage, aplicar-lhes mordaças, etc.

Opa, opa, opa... Isso não BDSM, e sim, uma depravação sexual qualquer. O bondage tem a regra de não permitir a participação daqueles que não querem ou não tem certeza. Por isso sempre se da aos participantes uma palavra que, para os bons entendedores, significa parada subita.

[Herf]

mas o público não tem obrigação de também não se importar.

Quando eu perguntei para quem era humilhante você responde que era para a moça. Agora está falando que é humilhante para o público também.

Eu também não tenho obrigação de não me importar com uma mulher de burca fazendo preces a Alá. Ela pode não se importar, mas não podemos ter tanta certeza.

Pronto. Podemos justificar restrições a qualquer prática imaginável.

[Luis Dantas]

mas o público não tem obrigação de também não se importar.

Quando eu perguntei para quem era humilhante você responde que era para a moça. Agora está falando que é humilhante para o público também.

Uma coisa não exclui a outra; o foco é a moça, afinal a coleira está nela.  Mas os expectadores podem ter algum grau de empatia, é natural.

Eu também não tenho obrigação de não me importar com uma mulher de burca fazendo preces a Alá. Ela pode não se importar, mas não podemos ter tanta certeza.

Pronto. Podemos justificar restrições a qualquer prática imaginável.

Você sabe que existem restrições ao uso da burca, não?

[Oceanos]

Para a moça.  Ela pode não se importar (no duro, nem disso temos tanta certeza), mas o público não tem obrigação de também não se importar.

Nem o direito de discrimina-la por isso...

[Herf]

Você sabe que existem restrições ao uso da burca, não?

Substitua "uso de burca" por qualquer outra coisa. Desde usar piercing até andar com uma camiseta do Bad Religion.

[Danieli]

Substitua "uso de burca" por qualquer outra coisa. Desde usar piercing até andar com uma camiseta do Bad Religion.

Herf, ninguém impede que uma pessoa com piercing ou com uma camiseta rebelde entre num ônibus. Mesmo porque isso pode até ser ofensivo para algumas pessoas, mas não dá pra comparar com a situação da moça que envolvia a segurança das demais pessoas (principalmente) e o status moral dela na sociedade, apesar de ela aparentar não importar-se com isso (pelas declarações realizadas).

[Herf]

Substitua "uso de burca" por qualquer outra coisa. Desde usar piercing até andar com uma camiseta do Bad Religion.

Herf, ninguém impede que uma pessoa com piercing ou com uma camiseta rebelde entre num ônibus. Mesmo porque isso pode até ser ofensivo para algumas pessoas, mas não dá pra comparar com a situação da moça que envolvia a segurança das demais pessoas (principalmente) e o status moral dela na sociedade, apesar de ela aparentar não importar-se com isso (pelas declarações realizadas).

Mas nós nem estamos discutindo sobre se é ou não perigoso para os passageiros de um ônibus que um casal entre no veículo daquela forma. Isso está fora de questão.

A polêmica só se deve à suposta imoralidade em um casal andar daquela forma na rua. Há quem defenda que não deveria ser permitido andar daquele jeito na rua alegando que isso é ofensivo aos demais.

A justificativa da ofensa aos outros é bastante flexível. Ainda não explicaram por que não se poderia alegar o mesmo para impedir alguém de praticar sua religião livremente ou mesmo de andar por aí com uma camiseta do Bad Religion.

Ela pode não se importar (no duro, nem disso temos tanta certeza)

apesar de ela aparentar não importar-se com isso

Não entendo essa incerteza que vocês guardam com relação a ela estar se submetendo às correntes do marido por livre e espontânea vontade. É como se precisassem desesperadamente de alguma desculpa para justificar essa agressão à liberdade do casal gótico de andar conforme o estilo do grupo que escolheram ser adeptos (exatamente como um praticante de uma religião qualquer). Olhem para a foto. Que ser humano em um país livre como a Inglaterra seria forçado a fazer algo assim?

Pode-se dizer que ela sofreu "pressão dos amigos" ou "da mídia". Ora, tanto quanto todo mundo sofre influências do meio em que se encontra ao tomar a decisão de ingressar em um grupo qualquer ou adotar uma prática qualquer. Se uma mulher inglesa não pode ser considerada responsável por decidir andar na coleira do marido então podemos decretar o fim do livre arbítrio. Ela faz isso porque quer.

[N3RD]

Eu desisti já. Andar com a coleira não é perigoso, as pessoas não tem nada que se importar pois não estão fazendo nada proibido e sim estão limitando o livre arbítrio do casal não andando do jeito que essas outras pessoas querem...

[Danieli]

Tá né. Então andar empunhando um kalashnikov, andar com uma granada no pescoço, com uma bomba nas costas. Hiper normal. Afinal é livre arbítrio, cada um pode andar como bem entende, e enfim, se é fashion, simbora a usar.

[N3RD]

Daqui uns dias vão querer proibir piercings, vão querer ditar a cor do seu cabelo.

[Buckaroo Banzai]

Para a moça.  Ela pode não se importar (no duro, nem disso temos tanta certeza), mas o público não tem obrigação de também não se importar.

Acho que ainda que não seja necessariamente humilhante para ela mesma, pode ser para as demais. Acho que é meio como andar por aí com roupa do KKK ou algo do tipo.

[Buckaroo Banzai]

Romantismo?

O que DIACHOS tem de romantismo em andar por aí encoleirada como um cachorro? 

Não é romantismo, é fetichismo de exibicionismo de dominação e submissão.

[Rodion]

eu aposto na hipótese "intuito adolescente de chocar".
todo gótico é adolescente, não importa quantos anos tenha.

[Alenônimo]

Romantismo?

O que DIACHOS tem de romantismo em andar por aí encoleirada como um cachorro? 

Não é romantismo, é fetichismo de exibicionismo de dominação e submissão.

Eu achava que isso era bem óbvio, mas se você teve que explicar…

[Copelli]

eu aposto na hipótese "intuito adolescente de chocar".
todo gótico é adolescente, não importa quantos anos tenha.

Isso me parece um pré-conceito. Afinal muitos pensam exatamente isso dos que se declaram ateus, e realmente podem tem muitos ateus por modismo, por revolta e essas coisa. Mas não todos.

Mas se for só para chocar, to começando a achar que vale a pena, pra ver se a sociedade deixa de ser tão fútil e vai se preocupar com coisas mais interessantes do que com moda, com aquilio que visto por exemplo. Incluindo meus acessórios, que podem ser um alargador na orelha (Que acho ridiculo), ou uma coleira.

[Südenbauer]

O cara tem estilo.

[Copelli]

Eu vejo a foto e casco o bico de dar risadas, não acredito que isso realmente cause o alvoroço que causou. Que sociedadezinha sem mais com o que se preocupar. 

[Suyndara]

A sociedade impões padrões.

Experimentem entrar sem camisa num restaurante, num hospital, etc.

[Arcanjo Lúcifer]

A sociedade impões padrões.

Experimentem entrar sem camisa num restaurante, num hospital, etc.

Era exatamente sobre isso que eu falava..queira ou não a sociedade impõem normas de conduta, se alguém quer ser diferente  que assuma as consequências.

[Suyndara]

A sociedade impões padrões.

Experimentem entrar sem camisa num restaurante, num hospital, etc.

Era exatamente sobre isso que eu falava..queira ou não a sociedade impõem normas de conduta, se alguém quer ser diferente  que assuma as consequências.