Sempre fui um grande fã do Piquet. Do Piquetzão.
Primeiro por ser o piloto que, em minha infância, conseguiu superar a tudo e a todos na sua Brabham e ganhar o campeonato mundial no braço. Com o tempo fiquei mais fã mesmo por seu profissionalismo e atitude. Nunca engoli muito aquela história de piloto correr pelo Brasil-sil-sil da era Senna, aquele ufanismo galocha.
Obviamente, torci muito pelo Nelsinho fazer também sucesso na F1, mas pelo jeito ele não herdou os culhões do pai, aceitando fazer parte deste tipo de marmelada.
O Piquet que eu admiro foi aquele que peitou o bigodudo do Mansell e ganhou com a cabeça o campeonato de 1987. E, vendo hoje, vi que continuou com a coragem de jogar a merda no ventilador, mesmo arranhando a imagem do filho.
Mas talvez seja isso que o nelsinho precise, aprender a se virar por si mesmo, sem a sombra do papai.