Autor Tópico: Islamismos e terrorismo  (Lida 39244 vezes)

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Offline Fabulous

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Re: Islamismos e terrorismo
« Resposta #350 Online: 06 de Outubro de 2008, 09:36:33 »
A verdadeira religião islâmica não ensinam o terrorissmo. Esta ação é praticada por grupos radicais que usam do fanatismo para criar suas libertinagens.

Isso mesmo.
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Offline Luis Dantas

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Re: Islamismos e terrorismo
« Resposta #351 Online: 06 de Outubro de 2008, 09:38:08 »
Se bem que, não se pode negar que muitos desses grupos terroristas acreditam estar seguindo o Alcorão fielmente.  Isso traz uma certa responsabilidade ao Islã.
Wiki experimental | http://luisdantas.zip.net
The stanza uttered by a teacher is reborn in the scholar who repeats the word

Em 18 de janeiro de 2010, ainda não vejo motivo para postar aqui. Estou nos fóruns Ateus do Brasil, Realidade, RV.  Se a Moderação reconquistar meu respeito, eu volto.  Questão de coerência.

Offline Lordakner

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Re: Islamismos e terrorismo
« Resposta #352 Online: 06 de Outubro de 2008, 09:58:06 »
Humm, e desde quando isso interessa para os ateus cometerem genocídios?


Podem dormir tranquilos!

Na última assembléia dos ATEUS Malignos...


Deliberamos por UNANIMIDADE desistir de ELIMINAR voces!


Optamos simplesmente por DOMINAR O MUNDO. Buha-ha-ha-ha-ha-ha!!!!

“Ante a imagem de Augusto César Sandino e Ernesto Che Guevara, ante a recordação dos heróis e mártires da Nicarágua, da América Latina e de toda a humanidade, ante a história, coloco minha mão sobre a bandeira vermelha e negra, o que significa Pátria Livre ou Morrer."

Offline Erivelton

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Re: Islamismos e terrorismo
« Resposta #353 Online: 06 de Outubro de 2008, 09:59:48 »
Até as cruzadas fizeram o mesmo e o papa já pediu desculpa  :hihi:
Erivelton, O profeta dos ateus. Tudo pela paz

Offline Buckaroo Banzai

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Re: Islamismos e terrorismo
« Resposta #354 Online: 06 de Outubro de 2008, 10:38:30 »
Claro, islamistas e esquerdistas são todos escórias violentas que deveriam ser banidas do planeta, assim como todos os religiosos, os corinthianos, os manos (vileiros), jogadores de rpg......... ::)
Infelizmente muçulmanos não são pacíficos...

Desaponta bastante ver gente por aqui fazendo esse tipo de generalização tão pobre, ao mesmo tempo em que provavelmente não aceitaria para o seu lado.

Se for atéia, tem sempre os Olavos de Carvalhos da vida que, como você faz com os muçulmanos, criam "teorias" pessoais sobre grupos enormes de pessoas, achando que conhecem como todos pensam. Algo meio como "o ateísmo é inerentemente imoral, porque é a negação de Deus e da autoridade moral que ele representa. O ateísmo sempre conduz logicmente ao comunismo. Quando não, é apenas de maneira velada, criam uma fachada de moderados, de progressistas politicamente corretos, que na verdade visam apenas minar subreptíciamente os valores morais da sociedade, envenenando-a por dentro, para enfraquecê-la e só então mostrarem sua verdadeira face sangüinária."

Se for cristã, tem os lordarkeners da vida pela internet. Christopher Hitchens eu acho que é o que deve pegar mais pesado com os cristãos, pelo que ouvi falar, mas não conheço realmente, e devem haver piores.

Claro, cristãos e ateus podem se defender, argumentar que pensam diferente, que não acham que o ateísmo leva sempre ao comunismo e totalitarismo, que o cristianismo não é fruto de retardmento mental, e etc, mas quem defende essas coisas poderia simplesmente, como você faz, passar por cima de tudo, ignorar e dizer que é algo insignificante ou desculpa politicamente correta.



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pra homem essa religião é boa...até ensina a bater em mulher... mas pra mulher essa religião é terrível...

Depende. Tem casos em que o cristianismo é pior, e possivelmente até ateísmo. Mas não me surpreenderia se de todas as posições religiosas (ou falta delas) o islamismo fosse a que, hoje em dia, é mais comumente o pior para as mulheres. Sobre isso devem haver uns textos interessantes da jornalista que eu mencionei. Na palestra ela disse que os únicos maus tratos que sofreu foram do ex marido, germano-americano, cristão, do qual é divorciada.



Citar
Para falar a verdade eu não sei, mas não acho que o "partido" promova como programa essencialmente que todos tem que odiar Israel, eliminá-la do mapa, e exterminar judeus. Quanto aos dois primeiros pontos, tirando o tom odioso, não é uma opinião única de muçulmanos, mas também compartilhada com judeus inclusive.
Os muçulmanos podem... já eu não posso exterminar um grupo de pessoas... ::) tudo eles podem...vão continuar sendo pacíficos...
Citação de:  nome dificil
Nem eu disse, nem creio que seja a intenção do autor que citei, dizer que a culpa dos atentados é de quem não teve nada a ver, e que os bandidos são vítimas. Conforme expliquei, é apenas uma perspectiva mais ampla das causas, do contexto, ainda que os atos não sejam justificados. Quanto a você reclamar de culpar quem não tem nada a ver com a coisa (o que ninguém além de você está fazendo), chega até a ser engraçado, uma vez que continua dando murro em ponta de prego com essa de que os muçulmanos são todos zumbis que pensam igual e que apóiam o terrorismo. Claro, dizer o mesmo da esquera não poderia (e nem é o que está sendo feito, para deixar bem claro, ninguém está defendendo que os esquerdistas todos pensam igual, que querem destruir a civilização e etc).
Engraçado é você que tenta justificar as bárbaries dos muçulmanos falando que os cristãos também fazem... ou seja...se ele fez eu também posso fazer...mesmo que seja explodir pessoas....

Não, eu não quis dizer isso. Se dei a entender isso, não me expressei bem. Não acho que as pessoas devam poder barbáries, ou que grupos específicos devam ser isentos de culpa, nem nada do tipo.



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Não é visão ampla dos atentados de 11 de setembro, é a mesma tentativa frustrada de tentar justificar o injustificável...tipo que nem os bandidos... como eles não tiveram oportunidades podem matar, roubar afinal a culpa é da sociedade...então a vítima é culpada por não dar oportunidades... mas os mais espertos sabem que isso não justifica nada...que é pura balela... jogar aviões contra prédios cheio de pessoas.... não tem justificativa...a não ser que alguém apontou uma arma para os islamicos (que tavam no avião) fazerem o que fizeram...se não foi isso que aconteceu...então tudo o que dizem é a mais ampla balela....

Eu acredito ter dito algumas vezes que a argumentação não é em torno de que aquilo que provoca reações radicais justificar, tornar justos, os atentdos, mas apenas do reconhecimento de uma conexão de causa e conseqüência. Se um cara que torce para um time X, e passa perto de uma torcida do time Y, que ele já acredita que é uma torcida muitas vezes violenta, seria inteligente algumas precuações, como não ficar encarando, não xingar, não devolver xingamentos se for xingado, etc. Se ele faz alguma dessas coisas e é espancado, não é que isso foi justo, mas não se pode dizer que a vítima não foi ingênua, que não teve papel na origem do problema. Claro, o certo era que não houvesse violência, a violência não se justifica, etc, etc. Mas se já supomos que são violentos para começar, é praticamente idiotice provocar.

A argumentação desse autor é mais ou menos parecida, ele aponta que antes do que os árabes (e nem tanto muçulmanos de modo geral) consideram um neo-colonialismo americano, eles eram até "pró-americanistas", em vez de dizerem que os EUA são Shaitan e todo esse discurso mais atual.

Sabendo que há países com forte presença de radicais, ele questiona a política da esquerda de "secularização à jato", acha que isso bate de frente, e é uma provocação aos radicais, que se vêem ameaçados, e reagem com radicalismo.

Offline Lordakner

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Re: Islamismos e terrorismo
« Resposta #355 Online: 06 de Outubro de 2008, 15:10:16 »
[b]O inimigo em casa: a responsabilidade da esquerda cultural pelo 11 de setembro[/b]

Do artigo sobre o autor na WP:

D'Souza has attributed many modern social problems to what he calls the "cultural left". In his recent book The Enemy at Home: The Cultural Left and Its Responsibility for 9/11, he wrote that:

    The cultural left in this country is responsible for causing 9/11 ... the cultural left and its allies in Congress, the media, Hollywood, the non-profit sector and the universities are the primary cause of the volcano of anger toward America that is erupting from the Islamic world. [10]


O "10" aí é o link para uma entrevista:


http://www.salon.com/news/feature/2007/01/20/d_souza/

How the left caused 9/11, by Dinesh D'Souza

An interview with the conservative polemicist, who accuses the cultural left of provoking al-Qaida's attack in his new book, "The Enemy at Home."

[/color]

È Bom dar mais informações sobre o DINESH :enjoo: :enjoo:
http://blog.newhumanist.org.uk/2008/01/dinesh-dsouza-winner-of-bad-faith-award.html

Wednesday, 16 January 2008
Dinesh D'Souza: Winner of the 2007 Bad Faith Award

The publication of our January/February issue saw the coronation of Dinesh D'Souza as 2007's most scurrilous enemy of reason, after he walked away with our prestigious Bad Faith Award having scooped an astonishing 22% of the public vote.

In a field crowded by heavyweights like the Bishop of Carlisle, Chuck Norris and Pope Benedict XVI, D'Souza came from nowhere to seize the award ahead of many of the world's leading bigots, charlatans and proselytisers.

Who is Dinesh D’Souza, and what could he possibly have done to claim 525 votes, compared to runner-up the Pope’s meagre 415? Indian-born D’Souza is well known in the US, where his conservative Catholic commentary is tiresomely ubiquitous, particularly his view that the “cultural left” was responsible for 9/11, since it has “fostered a decadent American culture that angers and repulses traditional societies”.


Ou Aqui, em Português
http://amansarda.wordpress.com/2008/01/25/a-ma-fe-de-dinesh-dsouza/

A má fé de Dinesh D’Souza
25 Janeiro, 2008 · 2 Comentários

Dinesh D’Souza foi galardoado pela New Humanist com o Bad Faith Award de 2007 (notícia via Obscene Desserts). D’Souza (o nome aportuguesado deve-se aos pais de Dinesh serem de Goa) é um católico fervoroso que foi conselheiro de Ronald Reagan em 1987-88.
Tudo isto há de ter contribuído para que Dinesh D’Souza ultrapassasse o favorito inicial, o incontornável Papa Bento XVI, que ainda no ano passado voltou à carga contra o humanismo secular alegando que foi o ateísmo o responsável pelas “maiores formas de crueldade” (ideia ecoada por cá pelo nosso cardeal querido D. José Policarpo, para quem “Todas as expressões de ateísmo, todas as formas existenciais de negação ou esquecimento de Deus, continuam a ser o maior drama da humanidade”).

Os nomeados incluiram ainda nomes de peso como Chuck Norris, por ter afirmado que se fosse presidente iria “tatuar uma bandeira americana com as palavras ‘In God we trust’ na testa de cada ateu”, o bispo de Carlisle, já aqui referido por ter afirmado que as cheias no Reino Unido foram a paga divina pela postura do país face à homossexualidade, a igreja baptista de Westboro, conhecida por slogans como “God hates fags” e “Thank God for dead soldiers” (ver vídeo), ou ainda o arcebispo católico de Moçambique Francisco Chimoio, com a sua teoria de que a Europa estava a produzir preservativos infectados com VIH para exterminar os africanos.[/color]

Dinesh D'Souza... :enjoo: :enjoo: :enjoo:
Agora só falta citar a T.F.P. e a  K.K.K. ::)
« Última modificação: 06 de Outubro de 2008, 18:04:16 por Lordakner »
“Ante a imagem de Augusto César Sandino e Ernesto Che Guevara, ante a recordação dos heróis e mártires da Nicarágua, da América Latina e de toda a humanidade, ante a história, coloco minha mão sobre a bandeira vermelha e negra, o que significa Pátria Livre ou Morrer."

Offline Buckaroo Banzai

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Re: Islamismos e terrorismo
« Resposta #356 Online: 06 de Outubro de 2008, 18:40:41 »
Dinesh D'Souza... :enjoo: :enjoo: :enjoo:
Agora só falta citar a T.F.P. e a  K.K.K. ::)

Não vou nem tentar defender o autor, só vou diferenciar com um ponto interessante as idéias dele daquela dos autores que eu critiquei aqui, com dois pontos básicos: 1 - a princípio, por tudo que sei -- e não estou dizendo que sei tudo, só conheço o que ouvi dessa entrevista -- que se o pessoal que está com tanto entusiasmo se esforçando para continuar a criticar os muçulmanos generalizadamente aqui não reagisse por puro reflexo, de criticar apenas porque fui eu que coloquei num tópico que tem como objetivo principal contra-atacar a generalização, veriam que nem tem nada do que discordam (ao menos pelo que ouvi pela entrevista).

O autor não parece estar dizendo nada como que os terroristas são todos inocentes na verdade, ou que são hiper-civilizados. Pelo contrário, ele está falando sobre radicais e que reagem de maneira extremada. Sem no entanto, aparentemente, ter traçado a equação genial "muçulmano = terrorista", ainda assim.

Eu não conheço Dinesh D'Souza, pode muito ser que, fora esse argumento e outras eventuais colocações meramente factuais, seja um pulha que não tem nada que presta. Mas esse argumento especificamente não me parece diferir muito dos argumentos (que também ainda não conheço completamente) de Noam Chomsky (ateu, esquerdista), só que para a área cultural/progressiva, em vez de quanto aos aspectos econômicos e de política externa. Os dois meio que se completam.

2- em segundo lugar, tanto quanto me parece até agora, diferentemente dos argumentos citados, ele não propõe nenhuma asneira racista e arrogante como "teoria do comportamento universal dos muçulmanos". Ele parece se ater aos fatos, e nem mesmo, apesar de parecer extremamente conservador, não está dizendo que esse "fator causal" que a esquerda cultural/progressivismo tem foi proposital, não me parece implicar numa demonização geral de tudo que não seja "conservador". Ainda que ele talvez até faça isso, me parece que a linha central de argumentação pode ser dissociada sem qualquer perda significativa de embasamento, talvez até ficando melhor, meio como seriam muitas coisas do Olavo de Carvalho, tirando as teorias da conspiração (ainda que na maior parte do tempo o que sobrasse fossee só algo trivial ou um apanhado de fatos desconexos).



Um ponto que me ocorreu com enunciado do tópico "os negros não são confiáveis". É interessante notar que vários dos questionamentos sobre muçulmanos, como "por que os moderados não se manifestam mais visivelmente contra o terrorismo?" e coisas desse tipo, curiosamente não são feitos quanto a negros e pobres. Onde estão os favelados e negros para falar mal do tráfico? Eu não vejo na TV, nos jornais, depois de cada notícia de um crime cometido por um negro ou por um pobre, a comunidade negra dizendo que não é a favor dos crimes, que não têm maior tendência ao comportamento violento, por terem níveis mais elevados de testosterona. Ou pobres dizendo que não acham que a pobreza justifica o crime. Na verdade vejo até o contrário, lembro de um rapper/autor de livro dizer numa entrevista na TV cultura algo como "se a coisa ficar feia para mim, pego uma calibre 12 e vou às compras".

Offline Lordakner

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Re: Islamismos e terrorismo
« Resposta #357 Online: 06 de Outubro de 2008, 19:54:12 »
Dinesh D'Souza... :enjoo: :enjoo: :enjoo:
Agora só falta citar a T.F.P. e a  K.K.K. ::)

Um ponto que me ocorreu com enunciado do tópico "os negros não são confiáveis". É interessante notar que vários dos questionamentos sobre muçulmanos, como "por que os moderados não se manifestam mais visivelmente contra o terrorismo?" e coisas desse tipo, curiosamente não são feitos quanto a negros e pobres. Onde estão os favelados e negros para falar mal do tráfico? Eu não vejo na TV, nos jornais, depois de cada notícia de um crime cometido por um negro ou por um pobre, a comunidade negra dizendo que não é a favor dos crimes, que não têm maior tendência ao comportamento violento, por terem níveis mais elevados de testosterona. Ou pobres dizendo que não acham que a pobreza não justifica o crime. Na verdade vejo até o contrário, lembro de um rapper/autor de livro dizer numa entrevista na TV cultura algo como "se a coisa ficar feia para mim, pego uma calibre 12 e vou às compras".

Agora não falta mais! :(
« Última modificação: 06 de Outubro de 2008, 20:53:52 por Lordakner »
“Ante a imagem de Augusto César Sandino e Ernesto Che Guevara, ante a recordação dos heróis e mártires da Nicarágua, da América Latina e de toda a humanidade, ante a história, coloco minha mão sobre a bandeira vermelha e negra, o que significa Pátria Livre ou Morrer."

Offline Buckaroo Banzai

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Re: Islamismos e terrorismo
« Resposta #358 Online: 06 de Outubro de 2008, 21:57:50 »
Dinesh D'Souza... :enjoo: :enjoo: :enjoo:
Agora só falta citar a T.F.P. e a  K.K.K. ::)

Um ponto que me ocorreu com enunciado do tópico "os negros não são confiáveis". É interessante notar que vários dos questionamentos sobre muçulmanos, como "por que os moderados não se manifestam mais visivelmente contra o terrorismo?" e coisas desse tipo, curiosamente não são feitos quanto a negros e pobres. Onde estão os favelados e negros para falar mal do tráfico? Eu não vejo na TV, nos jornais, depois de cada notícia de um crime cometido por um negro ou por um pobre, a comunidade negra dizendo que não é a favor dos crimes, que não têm maior tendência ao comportamento violento, por terem níveis mais elevados de testosterona. Ou pobres dizendo que não acham que a pobreza não justifica o crime. Na verdade vejo até o contrário, lembro de um rapper/autor de livro dizer numa entrevista na TV cultura algo como "se a coisa ficar feia para mim, pego uma calibre 12 e vou às compras".

Agora não falta mais! :(

Citação de: Wikipédia
Ironia

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

A ironia é um instrumento de literatura ou de retórica que consiste em dizer o contrário daquilo que se pensa, deixando entender uma distância intencional entre aquilo que dizemos e aquilo que realmente pensamos.

Na Literatura, a ironia é a arte de gozar com alguém ou de alguma coisa, com vista a obter uma reacção do leitor, ouvinte ou interlocutor.

Ela pode ser utilizada, entre outras formas, com o objetivo de denunciar, de criticar ou de censurar algo. Para tal, o locutor descreve a realidade com termos aparentemente valorizantes, mas com a finalidade de desvalorizar. A ironia convida o leitor ou o ouvinte, a ser activo durante a leitura, para refletir sobre o tema e escolher uma determinada posição.

[...]



http://pt.wikipedia.org/wiki/Ironia


PS.: ver também:

 - Paródia

 - Sarcasmo

Offline Lordakner

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Re: Islamismos e terrorismo
« Resposta #359 Online: 07 de Outubro de 2008, 11:55:19 »
"A ironia convida o leitor ou o ouvinte, a ser activo durante a leitura, para refletir sobre o tema e escolher uma determinada posição."

Gosto da ironia...
Não descarto o sarcasmo
.

Sarcasmo,

O sarcasmo é uma figura de estilo muito utilizada nas artes orais e escritas, designadamente na literatura e na oratória. Fyodor Dostoyevsky foi um dos grandes representantes do uso deste recurso estilístico, definindo-o como "o último modesto e puro refúgio das pessoas quando o entrosamento e a vulgaridade invadem a privacidade das suas almas".


http://pt.wikipedia.org/wiki/Sarcasmo
« Última modificação: 07 de Outubro de 2008, 11:59:27 por Lordakner »
“Ante a imagem de Augusto César Sandino e Ernesto Che Guevara, ante a recordação dos heróis e mártires da Nicarágua, da América Latina e de toda a humanidade, ante a história, coloco minha mão sobre a bandeira vermelha e negra, o que significa Pátria Livre ou Morrer."

Offline Luiz Souto

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Re: Islamismos e terrorismo
« Resposta #360 Online: 11 de Outubro de 2008, 13:10:04 »
Citar
Por que o Ocidente despreza o Islã

Nas simplificações grosseiras sobre o mundo árabe, a vítima oculta somos nós mesmos. Ao projetarmos sobre o outro nossa visão de atraso, intolerância e fundamentalismo, não enxergamos como estão sob ameaça os melhores valores de nossa civilização

Cláudio César Dutra de Souza, Sílvia Ferabolli
Fonte:http://diplo.uol.com.br/2007-10,a1985

Khaled Hosseini é um fenômeno editorial. Suas duas últimas publicações, O Caçador de Pipas e A Cidade do Sol, figuram nas listas dos mais vendidos nos Estados Unidos, na Europa e no Brasil. A obra de Hosseini é lida por um público ávido por entender como vivem “os muçulmanos”. E ele parece cumprir muito bem o seu papel de (des)informar leigos pelo mundo sobre o que vem a ser o modus vivendi islâmico.

Talvez essa não tenha sido a intenção do autor. Em seus livros, ele parece ser muito claro em situar seus personagens no interior do Afeganistão, mas como o entendimento dos conceitos religiosos, étnicos e de identidade nacional que definem muçulmanos, árabes e afegãos não é o forte da maioria da população, acabam todos sendo identificados, sem distinção, como seguidores do Islã. Essa associação não é de todo incorreta, já que a maioria dos árabes são muçulmanos, assim como o são os afegãos. O grande problema é associar o Islã com os segmentos mais retrógrados e atrasados da sociedade afegã – algo como definir o cristianismo como a religião que queima mulheres e hereges em fogueiras, permite a escravidão e silencia frente aos horrores do holocausto.

Em seu Orientalismo, Edward Said mostrou como a representação literária dos povos orientais, especialmente dos muçulmanos, como bárbaros, primitivos, violentos, decadentes e irracionais legitimou os interesses dos grandes poderes da era colonial. No pós-11 de setembro, a mídia de massas retoma o projeto orientalista e passa a demonizar os muçulmanos com vistas a iniciar um novo ciclo histórico de dominação e subjugação, agora comandado pelos Estados Unidos. Árabes, afegãos, paquistaneses, indonésios, indianos, enfim, qualquer indivíduo que ostente um turbante ou véu na cabeça, ou que pelo menos pareça alguém que usaria esse tipo de vestimenta, é quase que automaticamente definido como fanático, fundamentalista, atrasado e, a palavra do momento, terrorista. O entendimento do cidadão médio, filtrado por aquilo que deve ser mostrado, constrói um Islã wahabista, pleno de explosivos Osamas e reprimidas mulheres sob véus; um povo que corta mãos de ladrões, apedreja condenados até a morte e proíbe, tal como os talibãs, qualquer forma de prazer e diversão. Não é a toa que temos O Livreiro de Cabul, Mulheres de Cabul, qualquer coisa de Cabul vira best-seller e abastece o imaginário de milhões de cidadãos no Ocidente que se horrorizam e se deliciam com esse tipo de representação do “muçulmano”.

Além de servir às práticas de dominação política, militar e cultural norte-americana, essas projeções do “outro” também servem para reforçar a nossa suposta normalidade em face de um contraponto tão bizarro. Gostamos de nos imaginar como filhos da modernidade, livres de superstições e paixões primitivas que um dia fizeram parte da nossa história, mas que hoje, enfim, libertos, avançamos em direção a uma liberdade nunca dantes sonhada, liberdade essa que foi duramente atacada em 11 de setembro de 2001 pelos fanáticos de Allah.

Mas, sejamos pragmáticos: o que o mundo livre tem a ver com dois prédios destruídos em Nova York ou o que eles simbolizavam? Ficamos menos livres a partir daquele momento? Estamos sendo ameaçados? A resposta, se é que existe apenas uma, seria que, efetivamente, uma parte do mundo está menos “livre”, mas isso diz respeito àqueles poucos que gozam dessa liberdade tão duramente conquistada através de séculos de exploração colonial, invasões e desrespeito à soberania de inúmeros povos, que agora se insurgem de uma forma desagradável para quem pensava que a história havia chegado ao seu fim com o triunfo do capitalismo liberal. Não estaríamos nos focando excessivamente no chamado “fanatismo religioso” muçulmano e esquecendo que vivemos em uma época no qual a racionalidade parece estar em extinção? Fanáticos islâmicos versus fanáticos judeus e suas intermináveis políticas fratricidas; fanáticos católicos irlandeses e norte-americanos; fanáticos amishes; um renascido em Cristo na Casa Branca e um Papa de passado duvidoso, tão ou mais fundamentalista em sua leitura tendenciosa do mundo contemporâneo quanto o mais caricato dos Aiatolás.

Fanáticos os temos para todos os gostos, com a diferença, alguém notará, que “os nossos” não explodem. Ledo engano. Norte-americanos e israelenses explodem a tudo e a todos que ousem ir contra os seus “interesses de Estado”. Os Estados Unidos “previnem” e Israel “se defende”, exatamente do quê? Sim, dos bárbaros, fanáticos e torpes muçulmanos cuja diversão e meta suprema são a de destruir a cultura e a liberdade democrática do Ocidente e, neste ínterim, vão todos à mesma vala comum, do intelectual muçulmano (sim, eles existem!), à mãe de família árabe chegando ao talibã mais raivoso, passando pelos casseurs franceses e suas demais ramificações européias – e contra todos eles é lançado o anátema de terroristas ou fanáticos muçulmanos, em uma das mais absurdas e brutais demonstrações de racismo, ignorância e manipulação midiática da atualidade.

O modo como as mulheres muçulmanas são tratadas constitui-se em um escândalo, como se em nossas sociedades as mulheres vivessem em um patamar de integridade absoluto e não fossem estupradas, agredidas e mortas, não bastando isso, ganhassem menos, mesmo trabalhando mais do que os homens, e ainda tendo de se submeter a todo o tipo de tratamento estético, cirúrgico e dietético que já ceifaram a vida de milhares de fêmeas modernas – mortes nas mesas cirúrgicas de lipoaspiração; morte por distúrbios alimentares como bulimia e anorexia; morte por intoxicação de produtos químicos fortíssimos que visam alisar, afinar, reduzir, rejuvenescer e infantilizar cabelos, corpos e mentes.

Durante a guerra da Bósnia, dentre as tantas atrocidades perpetradas contra o povo muçulmano, talvez a pior tenha sido aquela cometida contra suas mulheres. Segundo Tadeusz Mazowiecki, investigador de Direitos Humanos da ONU, que se afastou do cargo em protesto contra a impotência da organização frente aos horrores da guerra, a "limpeza étnica" não foi resultado de ações militares, mas o objetivo principal do conflito. Os sérvios, na sua maioria cristãos ortodoxos, usaram o estupro sistemático como arma de terror para obrigar a população não-sérvia a deixar a região. Mais de 20 mil muçulmanas foram violentadas. Houve casos de mulheres inválidas torturadas com tesoura e cacos de vidro antes de serem mortas. Algumas mulheres escaparam da morte, mas não da humilhação. Quando se viram grávidas de seus estupradores, o bom Papa João Paulo II exortou-as piedosamente a não abortarem essas inocentes vidas, sob ameaça de excomunhão e de uma ida sem retorno para um lugar bem quente no outro mundo...

Aliás, a igreja católica não flexibiliza a proibição do aborto em casos de estupro, nem em casos de fetos anencéfalos e muito menos se a gravidez trouxer risco de vida à mãe. Efetivamente, o cristianismo representado pelo Vaticano não se constitui em nenhum exemplo de tratamento às mulheres que o faça estar em posição de tecer críticas ao Islã. Da mesma forma que não pode endossar a falácia de que o Corão exorta a violência, o genocídio e a usurpação e que a expansão islâmica se fez através da morte, da chacina e do roubo (a propósito: você já leu o Corão?). É necessário recordar que a expansão do cristianismo foi forjada no aço das espadas e à custa de milhões de vidas perdidas e, apesar da recomendação de amor ao próximo dos evangelhos canônicos, a imagem que parece ter sido desenvolvida pelo apologista Paulo de Tarso foi a do Cristo da Espada, o que expulsou os vendilhões do templo a chibatadas, um discurso bem mais palatável para um agonizante e bélico império Romano recém convertido por razões bem mais políticas do que de fé (a propósito: você realmente conhece a história do cristianismo?).

Quanto aos judeus, se foram perseguidos também foram perseguidores e, como “povo eleito” foram intolerantes contra os “não eleitos”, vide a vergonhosa política israelense em relação aos palestinos, confinados em bantustões, segregados, marginalizados e humilhados em nome da proteção dos cidadãos de Israel – mas quem protegerá os palestinos do terrorismo de Estado israelense? (a propósito: você lê jornais?) Na década de 1960, Hanna Arendt já denunciava o lobby da comunidade sionista norte-americana em prol de Israel, o superfaturamento do Holocausto e a participação dos conselhos judaicos na eliminação de seu próprio povo na Alemanha nazista, o que lhe rendeu censuras e ameaças, semelhantes àquelas que Norman Finkelstein recebeu ao publicar A Indústria do Holocausto na década de 1990, denunciando o devir persecutório dos perseguidos além de uma série de outras distorções políticas e ideológicas que infelizmente fazem sofrer não apenas o povo palestino como igualmente a população judaica e israelense, à mercê da manipulação de sua própria história e de seu sofrimento por uma pequena elite religiosa.

Pode ser o Islã hoje um retrato daquilo que o Ocidente foi antes do advento das luzes, momento em que a religião possuía um efetivo poder político e transcendental sobre corações e mentes e que unia os cidadãos em verdadeiras comunidades, ao contrário de hoje, quando a idéia de Deus segue o princípio narcisista-individualista de nossos tempos? Irá o Islã, algum dia, secularizar-se e seus líderes religiosos tornarem-se uma espécie de fantoches nostálgicos como é o Papa na atualidade? Qualquer que seja o cenário a se desenhar no futuro próximo, ainda teremos muitos anos de teocracias e líderes espirituais de diversos matizes a explorar questões políticas e atuar sobre os excluídos da globalização sob a mediação do discurso religioso – mas o Islã não está sozinho no monopólio do irracionalismo! Essa exclusividade é real apenas no contexto rasamente etnográfico dos “romances de burca”, e é uma pena que a leitura desses livros outorgue a um número cada vez mais expressivo de pessoas viciadas em best-sellers o direito de julgar 1,3 bilhões de muçulmanos tendo como ferramenta analítica, única e exclusivamente, esses mal escritos recortes tendenciosos da realidade.

Passivamente assistimos ao preocupante desmonte de uma série de mitos fundadores da chamada civilização ocidental. Rasgamos a declaração universal dos direitos do homem, herança da revolução francesa, e parece que estamos em vias de reverter os processos de descolonização do pós-guerra, em uma retomada de práticas extrativistas, desrespeito a soberanias nacionais e tentativas de imposição de valores que visam aniquilar as diferenças e promover a intolerância ou algum suposto choque de civilizações. Não aceitar a confusão entre os conceitos de resistência e terrorismo; entender que as mulheres muçulmanas, na sua maioria, não vivem cobertas por burcas, mas são advogadas, engenheiras, médicas, cineastas, jornalistas e professoras com ativa participação em suas sociedades; e ousar duvidar do que nos é informado pelas agências de notícias e intelectuais de diversos matizes — comprometidos com seus governos e seus próprios preconceitos, agindo em uníssono a fim de que tenhamos medo daqueles que ousam contestar a posição vassala que lhes cabe no latifúndio mundial — é condição necessária para que possamos promover um verdadeiro diálogo entre o Islã e o mundo tributário do Ocidente que, para ser realmente livre, precisa aprender a conhecer, compreender e respeitar as diferenças culturais.
Se não queres que riam de teus argumentos , porque usas argumentos risíveis ?

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Re: Islamismos e terrorismo
« Resposta #361 Online: 13 de Outubro de 2008, 20:15:32 »
Citar
Em seu Orientalismo, Edward Said mostrou como a representação literária dos povos orientais, especialmente dos muçulmanos, como bárbaros, primitivos, violentos, decadentes e irracionais legitimou os interesses dos grandes poderes da era colonial. No pós-11 de setembro, a mídia de massas retoma o projeto orientalista e passa a demonizar os muçulmanos com vistas a iniciar um novo ciclo histórico de dominação e subjugação, agora comandado pelos Estados Unidos. Árabes, afegãos, paquistaneses, indonésios, indianos, enfim, qualquer indivíduo que ostente um turbante ou véu na cabeça, ou que pelo menos pareça alguém que usaria esse tipo de vestimenta, é quase que automaticamente definido como fanático, fundamentalista, atrasado e, a palavra do momento, terrorista.

PQP, para não ser preconceituoso com os muçulmanos o cara se mostra preconceituoso contra os EUA.

Luis, essas suas fontes estão terríveis...

“If an ideology is peaceful, we will see its extremists and literalists as the most peaceful people on earth, that's called common sense.”

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Re: Islamismos e terrorismo
« Resposta #362 Online: 13 de Outubro de 2008, 20:37:14 »
Pode ser o Islã hoje um retrato daquilo que o Ocidente foi antes do advento das luzes, momento em que a religião possuía um efetivo poder político e transcendental sobre corações e mentes e que unia os cidadãos em verdadeiras comunidades, ao contrário de hoje, quando a idéia de Deus segue o princípio narcisista-individualista de nossos tempos? Irá o Islã, algum dia, secularizar-se e seus líderes religiosos tornarem-se uma espécie de fantoches nostálgicos como é o Papa na atualidade? Qualquer que seja o cenário a se desenhar no futuro próximo, ainda teremos muitos anos de teocracias e líderes espirituais de diversos matizes a explorar questões políticas e atuar sobre os excluídos da globalização sob a mediação do discurso religioso – mas o Islã não está sozinho no monopólio do irracionalismo! Essa exclusividade é real apenas no contexto rasamente etnográfico dos “romances de burca”, e é uma pena que a leitura desses livros outorgue a um número cada vez mais expressivo de pessoas viciadas em best-sellers o direito de julgar 1,3 bilhões de muçulmanos tendo como ferramenta analítica, única e exclusivamente, esses mal escritos recortes tendenciosos da realidade.

Um Prêmio Nobel esteve lá. Não Ficou fã.



Naipaul, V. S. Entre os fiéis. Irã, Paquistão, Malásia, Indonésia –1981,
São Paulo, Companhia das Letras, 1999, 544 pp.
Francirosy Campos Barbosa Ferreira
Mestranda em Antropologia Social – USP
Pesquisadora do Grupo de Antropologia Visual – USP

http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_issuetoc&pid=0034-770120010001&lng=en&nrm=iso
“Ante a imagem de Augusto César Sandino e Ernesto Che Guevara, ante a recordação dos heróis e mártires da Nicarágua, da América Latina e de toda a humanidade, ante a história, coloco minha mão sobre a bandeira vermelha e negra, o que significa Pátria Livre ou Morrer."

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Re: Islamismos e terrorismo
« Resposta #363 Online: 14 de Outubro de 2008, 08:21:58 »
PQP, para não ser preconceituoso com os muçulmanos o cara se mostra preconceituoso contra os EUA.

Luis, essas suas fontes estão terríveis...


Bingo!! :D

Agnóstico , eu confesso , uma das razões para postar este texto foi que eu pensei: " Quando o Agnóstico vir estes argumentos ele vai ter urticária."  :)

Mas retornando à discussão séria , o que os EUA fazem em relação aos povos orientais não é qualitativamente diferente do que os ingleses , franceses , alemães fizeram. O livro do Said , Orientalismo , mostra como o conceito de "oriental" foi construido no Ocidente a partir do final do séc.XVIII pela expansão européia  , basicamente como incapacidade de entender uma cultura que não se basea-se nos padrões ocidentais. Said mostra que há uma mistura de miopia intelectual com interesse econômico e geopolítico neste processo. O que o governo dos EUA fazem hoje com sua guerra ao terror e a procura de homogeneizar os árabes dentro de um esterótipo é a continuação de um processo de mais de 200 anos.

Um Prêmio Nobel esteve lá. Não Ficou fã.



Naipaul, V. S. Entre os fiéis. Irã, Paquistão, Malásia, Indonésia –1981,
São Paulo, Companhia das Letras, 1999, 544 pp.
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http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_issuetoc&pid=0034-770120010001&lng=en&nrm=iso

Já li o Naipaul e ele destila ( embora de forma sutil e em bom estilo) um desagrado com o Islã como se ele fosse a fonte de todos os males , nos livros dele não se encontra um muçulmano que não seja de algum modo desagradável ou dogmático. Em termos de discussão sobre o Islã na literatura prefiro o Salman Rushdie.
Se não queres que riam de teus argumentos , porque usas argumentos risíveis ?

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Re: Islamismos e terrorismo
« Resposta #364 Online: 14 de Outubro de 2008, 20:05:30 »

Já li o Naipaul e ele destila ( embora de forma sutil e em bom estilo) um desagrado com o Islã como se ele fosse a fonte de todos os males , nos livros dele não se encontra um muçulmano que não seja de algum modo desagradável ou dogmático. Em termos de discussão sobre o Islã na literatura prefiro o Salman Rushdie.

 Concordo.Numa citação anterior do Naipaul eu confirmei que ele era pró-Inglaterra etc.Mas os muçulmanos podiam dar uma forcinha pra melhoria da imagem deles se parassem de explodir hospitais e mercados cheios de gente ao menos por uma semana. :?

Hoje é Terça, 14 de Outubro de 2008
Dia de Violência
Pelo menos 16 pessoas morreram e 30 ficaram feridas em Bagdá
Ataques a bomba tinham alvo em áreas de predominância de muçulmana

http://www.bobnews.com.br/noticias/pelo-menos-16-pessoas-morreram-e-30-ficaram-feridas-em-bagda-21669.html
« Última modificação: 14 de Outubro de 2008, 20:09:36 por Lordakner »
“Ante a imagem de Augusto César Sandino e Ernesto Che Guevara, ante a recordação dos heróis e mártires da Nicarágua, da América Latina e de toda a humanidade, ante a história, coloco minha mão sobre a bandeira vermelha e negra, o que significa Pátria Livre ou Morrer."

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Re: Islamismos e terrorismo
« Resposta #365 Online: 14 de Outubro de 2008, 20:20:14 »
Concordo.Numa citação anterior do Naipaul eu confirmei que ele era pró-Inglaterra etc.Mas os muçulmanos podiam dar uma forcinha pra melhoria da imagem deles se parassem de explodir hospitais e mercados cheios de gente ao menos por uma semana. :?

Que muçulmanos Lordakner? Todos os muçulmanos explodem bombas? Todos os muçulmanos são fundamentalistas raivosos e terroristas em potencial?
È este tipo de frase homogeneizante e estereotipante que acho errada em todos os sentidos.
Se não queres que riam de teus argumentos , porque usas argumentos risíveis ?

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Re: Islamismos e terrorismo
« Resposta #366 Online: 14 de Outubro de 2008, 20:26:27 »
Concordo.Numa citação anterior do Naipaul eu confirmei que ele era pró-Inglaterra etc.Mas os muçulmanos podiam dar uma forcinha pra melhoria da imagem deles se parassem de explodir hospitais e mercados cheios de gente ao menos por uma semana. :?

Que muçulmanos Lordakner? Todos os muçulmanos explodem bombas? Todos os muçulmanos são fundamentalistas raivosos e terroristas em potencial?
È este tipo de frase homogeneizante e estereotipante que acho errada em todos os sentidos.

Aqueles que fazem distinção entre Dar al-Islam e Dar al-Harb então.
Pois toda boa vontade não impede o terror!
Abraço

P.S.:
"Os sérvios, na sua maioria cristãos ortodoxos, usaram o estupro sistemático como arma de terror para obrigar a população não-sérvia a deixar a região."

No seu texto voce cita "Os Sérvios". Que SÉRVIOS ? Todos os SÉRVIOS explodem bombas? Todos os SERVIOS são fundamentalistas raivosos e terroristas em potencial? Todos os SÉRVIOS são estupradores?
È este tipo de frase homogeneizante e estereotipante que acho errada em todos os sentidos.
« Última modificação: 14 de Outubro de 2008, 20:53:00 por Lordakner »
“Ante a imagem de Augusto César Sandino e Ernesto Che Guevara, ante a recordação dos heróis e mártires da Nicarágua, da América Latina e de toda a humanidade, ante a história, coloco minha mão sobre a bandeira vermelha e negra, o que significa Pátria Livre ou Morrer."

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Re: Islamismos e terrorismo
« Resposta #367 Online: 14 de Outubro de 2008, 21:32:02 »
Aqueles que fazem distinção entre Dar al-Islam e Dar al-Harb então.
Pois toda boa vontade não impede o terror!
Abraço

P.S.:
"Os sérvios, na sua maioria cristãos ortodoxos, usaram o estupro sistemático como arma de terror para obrigar a população não-sérvia a deixar a região."

No seu texto voce cita "Os Sérvios". Que SÉRVIOS ? Todos os SÉRVIOS explodem bombas? Todos os SERVIOS são fundamentalistas raivosos e terroristas em potencial? Todos os SÉRVIOS são estupradores?
È este tipo de frase homogeneizante e estereotipante que acho errada em todos os sentidos.

O texto não é meu Lordakner , os autores estão citados no início.
O fato de alguém postar um texto para discussão não significa concorde com todas as afirmações  , nem com a forma que são feitas.

Na maioria dos post em que se vincula o terrorismo ao islamismo vejo ser postulada uma relação causal: o Islamismo é uma religião de ódio e intolerância e os ataques terroristas dos grupos islâmicos tipo Al-quaeda são um decorrência disto. Mas se a religião , na sua formulação fundamentalista e ortodoxa, é a causa do terrorismo islâmico ( e não apenas sua justificativa ideológica) então:
- Porque o fundamentalismo islâmico só se torna politicamente importante a partir de meados da dácada de 70 do séc.XX?
- Porque o fundamentalismo islâmico não realizou ações similares contra o domínio britânico e francês nos países majoritariamente islâmicos do Norte da África , nem teve papel significativo no processo de independência destes países?
-Porque o fundamentalismo islãmico não exerceu nenhum papel relevante  no processo de  resistência à dominação britânica na Ìndia , onde a minoria muçulmana era importante?
- Porque um dos países islâmicos mais ortodoxos , a Arábia Saudita , é o maior aliado árabe dos EUA?

Se não queres que riam de teus argumentos , porque usas argumentos risíveis ?

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Re: Islamismos e terrorismo
« Resposta #368 Online: 14 de Outubro de 2008, 23:02:38 »
Bingo!! :D

Agnóstico , eu confesso , uma das razões para postar este texto foi que eu pensei: " Quando o Agnóstico vir estes argumentos ele vai ter urticária."  :)

Então fui pego, hehe

Mas retornando à discussão séria , o que os EUA fazem em relação aos povos orientais não é qualitativamente diferente do que os ingleses , franceses , alemães fizeram.


Hummm, será que se trocarmos EUA por administração Bush temos uma afirmação um pouco mais real?
E se levarmos em conta a baita oportunidade que o imbecil do Bush teve para atacar países islâmicos (9/11), isto pode tirar um pouco mais dessa afirmação generalizada de EUA querendo controlar a cultura islâmica para algo como "Bush com apoio da população sedenta de vingança conseguiu momento/motivo para dar vazão à sua guerra??", ou talvez pensar "frente aos 9/11, qual era o grau correto de reação justificada??"

Penso que o que os EUA fazem é diferente porque são outros tempos. Não se pode fazer mais o que os colonizadores belgas fizeram no congo, por exemplo.
Se fosse qualitativamente igual, provavelmente os EUA teriam feito o que os aliados fizeram em Dresden na segunda guerra mundial, isto é, destruição total. Os tempos mudaram, os EUA não fazem tão mal quanto antes porque não podem fazer. Não existiria resistência Iraquiana se a guerra fosse total, Luis. Temos que ter em mente que a guerra se prolonga porque as regras que ela tem que ser feita são muito mais restritas do que na segunda guerra, e muito mais restritas do que no tempo da colonização citado por você.

E veja, os belgas hoje tão civilizados... mudou o que entre antes e hoje?
- Não fazem mais os mesmos descalabros porque tem capacidade de fazer. Faz quem pode, quem não pode reclama dos que fazem. Triste triste, mas verdade.
- Não se intromentem tanto nos EUA porque não conseguem mais. Por exemplo, a França até cair na real que não era mais uma potencia, ainda fazia suas merdas na indochina, argélia, etc.. Muito recente.

Como dito, os tempos mudaram, a margem de atuação é diferente. Opinião pública e a bendita informação.


O livro do Said , Orientalismo , mostra como o conceito de "oriental" foi construido no Ocidente a partir do final do séc.XVIII pela expansão européia  , basicamente como incapacidade de entender uma cultura que não se basea-se nos padrões ocidentais. Said mostra que há uma mistura de miopia intelectual com interesse econômico e geopolítico neste processo. O que o governo dos EUA fazem hoje com sua guerra ao terror e a procura de homogeneizar os árabes dentro de um esterótipo é a continuação de um processo de mais de 200 anos.

E o termo latino americano representa uma ignorancia sobre a nossa cultura? Os europeus querem homogeneizar a américa latina dentro de um estereótipo, assim continuando nossa colonização?
« Última modificação: 14 de Outubro de 2008, 23:06:38 por Agnostico »
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Re: Islamismos e terrorismo
« Resposta #369 Online: 15 de Outubro de 2008, 09:38:58 »

O texto não é meu Lordakner , os autores estão citados no início.
O fato de alguém postar um texto para discussão não significa concorde com todas as afirmações  , nem com a forma que são feitas.

Na maioria dos post em que se vincula o terrorismo ao islamismo vejo ser postulada uma relação causal: o Islamismo é uma religião de ódio e intolerância e os ataques terroristas dos grupos islâmicos tipo Al-quaeda são um decorrência disto. Mas se a religião , na sua formulação fundamentalista e ortodoxa, é a causa do terrorismo islâmico ( e não apenas sua justificativa ideológica) então:
- Porque o fundamentalismo islâmico só se torna politicamente importante a partir de meados da dácada de 70 do séc.XX?
- Porque o fundamentalismo islâmico não realizou ações similares contra o domínio britânico e francês nos países majoritariamente islâmicos do Norte da África , nem teve papel significativo no processo de independência destes países?
-Porque o fundamentalismo islãmico não exerceu nenhum papel relevante  no processo de  resistência à dominação britânica na Ìndia , onde a minoria muçulmana era importante?
- Porque um dos países islâmicos mais ortodoxos , a Arábia Saudita , é o maior aliado árabe dos EUA?



"Porque o fundamentalismo islâmico só se torna politicamente importante a partir de meados da dácada de 70 do séc.XX?"

Não foi "beeem" nos anos setenta.

 ASSASSINOS - A HISTÓRIA DA SEITA SECRETA DO ISLÃ MEDIEVAL
W.B. BARTLETT
 http://www.relativa.com.br/livros_template.asp?Codigo_Produto=91492

ou

Ordem dos Assassinos
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Ir para: navegação, pesquisa
 
Mapa Mostrando os estados cruzados e no centro, em branco, a área de domínio dos AssassinosA Ordem de Assassinos foi uma seita fundada no século XI por Hassan ibn Sabbah, conhecido como o velho da montanha. Seu fundador criou a seita com o objetivo de difundir uma nova corrente do ismaelismo, que ele mesmo havia criado. Sua sede era uma fortaleza situada na região de Alamut, no Irão.

A fama do grupo se alastrou até o mundo cristão, que ficou surpreso com a fidelidade de seus membros, mais até que com sua ferocidade. Seu líder possuía cerca de 60 mil seguidores, segundo alguns relatos da época especulavam. Para Bernard Lewis, autor de Os Assassinos, haveria um evidente paralelo entre essa seita e o comportamento extremista islâmico, assim como o ataque suicida como demonstração de fé.

O ismaelismo é uma das correntes do esoterismo islâmico, que se enquadra no Islão Xiita.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Ordem_dos_Assassinos

 Porque o fundamentalismo islâmico não realizou ações similares contra o domínio britânico e francês nos países majoritariamente islâmicos do Norte da África , nem teve papel significativo no processo de independência destes países?

R: E o Paquistão, Malásia, Irã etc?

"O Discurso de Mons. John Joseph

Mons. John Joseph, Bispo de Faisalabad e Presidente da Comissão Episcopal para os Direitos Humanos, no Paquistão, devia proferir em Roma uma conferência sobre este tema, todavia em vista dos trágicos acontecimentos ocorridos em abril de 1998 (um jovem católico foi condenado à morte sob a acusação de haver blasfemado contra o Corão), resolveu não deixar o país, mas enviou à instância competente o texto da conferência que devia pronunciar. Tal texto é muito significativo, pois revela pormenores, muitas vezes, ignorados no mundo ocidental. Ei-lo:

Introdução

«As circunstâncias impedem-me de participar do Seminário organizado pelo SEDOS. Um cristão, Anwar Masih, acusado de blasfêmia, foi absolvido por um tribunal, mas um grupo terrorista muçulmano Sipah-e-Sahaba anunciou que havia de assassiná-lo. É este grupo que move o processo judiciário contra ele. Por conseguinte, eu tenho que o esconder até encontrarmos um lugar seguro para ele, sua esposa e seus filhos. Tem aproximadamente 35 anos."
http://melhorsobre.blogspot.com/2007/04/islamismo-fundamentalismo-islmico.html


"Porque um dos países islâmicos mais ortodoxos , a Arábia Saudita , é o maior aliado árabe dos EUA?"

Porque são governados por gente que não vale nada?[/b]

Escândalo de corrupção EUA-Arábia Saudita
Príncipe saudita Bandar recorre à Opus Dei
VoltaireNet.org - Sábado, 22 Dezembro, 2007
O maior escândalo de corrupção da História – o caso Al-Yamamah – continua a abalar os Estados anglo-saxónicos. O príncipe saudita Bandar bin Sultan, filho adoptivo dos Bush, é acusado de ter cobrado e distribuído grandes comissões ocultas sobre as vendas de armas da empresa anglo-estadunidense BAE Systems à Arábia Saudita.

Numerosos observadores consideram que as quantias astronómicas que circularam por baixo das mesas eram utilizadas para o financiamento das “operações secretas da CIA nos meios sunitas”, o que geralmente designa a ligação da CIA à Al Qaeda.

Para tratar da sua defesa, o príncipe Bandar bin Sultan contratou Louis Freeh, que foi director do FBI entre 1993 e 2001. Esteve implicado em vários casos controversos, tais como o assalto à seita dos “davidianos” [de David Koresh] em Waco [EUA, 1993] e o atentado contra as Torres Khobar na Arábia Saudita. E, sobretudo, é membro da Opus Dei, o que pode ser muito útil neste caso.

http://www.jornalmudardevida.net/?p=503

Abraço

P.S.: "O texto não é meu Lordakner , os autores estão citados no início."
         Se voce cita deve concordar com o conteúdo, certo?
« Última modificação: 15 de Outubro de 2008, 09:50:05 por Lordakner »
“Ante a imagem de Augusto César Sandino e Ernesto Che Guevara, ante a recordação dos heróis e mártires da Nicarágua, da América Latina e de toda a humanidade, ante a história, coloco minha mão sobre a bandeira vermelha e negra, o que significa Pátria Livre ou Morrer."

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Re: Islamismos e terrorismo
« Resposta #370 Online: 15 de Outubro de 2008, 16:48:20 »
Lordakner,

a) Puxar a seita dos Hashishim como argumento da importância política do fundamentalismo islãmico é esquecer os séculos entre o fim das Cruzadas e a época atual. Após o início da dominação colonial européia no Oriente Médio (séc. XVIII) até os meados da década de 70 do séc. XX a oposição muçulmana era de orientação secular ; foram lideranças  com educação nos moldes ocidentais ou que tinham uma visão ocidentalizada da política e da organização nacional que comandaram os processos de independência no mundo árabe.

b) Eu faço uma pergunta relacionada ao período de domínio britânico/francês no Norte da África ( séc. XVIII até década de 60 do séc.XX) e você me cita um processo por blasfêmia ...de 1998!

c) Em que a corrupção de um membro da dinastia saudita muda o fato que a ortodoxia islãmica não os impede de serem aliados dos EUA ? A Arábia Saudita é um dos mais ortodoxos países islãmicos e no entanto não se vê revolta da população contra os EUA , demonizado pelos fundamentalistas. Repito a pergunta: porque?

P.S.: "O texto não é meu Lordakner , os autores estão citados no início."
         Se voce cita deve concordar com o conteúdo, certo?
Respondido no post anterior. Releia-o.
Se não queres que riam de teus argumentos , porque usas argumentos risíveis ?

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Re: Islamismos e terrorismo
« Resposta #371 Online: 15 de Outubro de 2008, 17:12:33 »
Lordakner,

a) Puxar a seita dos Hashishim como argumento da importância política do fundamentalismo islãmico é esquecer os séculos entre o fim das Cruzadas e a época atual. Após o início da dominação colonial européia no Oriente Médio (séc. XVIII) até os meados da década de 70 do séc. XX a oposição muçulmana era de orientação secular ; foram lideranças  com educação nos moldes ocidentais ou que tinham uma visão ocidentalizada da política e da organização nacional que comandaram os processos de independência no mundo árabe.

b) Eu faço uma pergunta relacionada ao período de domínio britânico/francês no Norte da África ( séc. XVIII até década de 60 do séc.XX) e você me cita um processo por blasfêmia ...de 1998!

c) Em que a corrupção de um membro da dinastia saudita muda o fato que a ortodoxia islãmica não os impede de serem aliados dos EUA ? A Arábia Saudita é um dos mais ortodoxos países islãmicos e no entanto não se vê revolta da população contra os EUA , demonizado pelos fundamentalistas. Repito a pergunta: porque?

P.S.: "O texto não é meu Lordakner , os autores estão citados no início."
         Se voce cita deve concordar com o conteúdo, certo?
Respondido no post anterior. Releia-o.

Luis,

a) Citei para ressaltar que haviam "Raizes" e que nem sempre foram esquecidas. E que os muçulmanos, apoiados no    petróleo se sentem aptos a começar a adquirir armas e tecnologia para enfrentar o Ocidente. Mesmo comprando armas e tecnologia do ocidente. Voce leu o Naipaul. Voce sabe a visão dele. Não produzem, admiram a tecnologia ocidental.Admiram e odeiam.Voce sabe que este sentimento é perfeitamente possível.
E quanto a diferenciação entre Dar al-Islam e Dar al-Harb?Voce sabe do que estou falando.

b) Não vi razão lógica para me ATER ao Norte da África. Modus operandi não regionalizado, mas caracteristico.
    Como foi a construção do estado Paquistanês? E a Revolução do Irã?

c)Sabia que Bin Laden é Saudita? E contra a presença dos EUA lá?

 BIOGRAFIAS

Osama bin Laden (OLD)

O mais novo de 20 filhos de uma rico homen de negócios ligados á construção civil da Arábia Saudita, Osama bin Laden é actualmente uma das mais significativas figuras do terrorismo mundial. Talvez o mais famoso terrorista desde Carlos, o Chacal, bin Laden e a sua rede têm sido acusados pelos serviços secretos dos Estados Unidos de organização de diversos ataques terroristas durante a década de 90, incluindo os perpetrados contra 100 militares Norte-americanos no Yemen (que causaram a morte de 3 pessoas, nenhuma delas militar Norte-americano), um ataque guerrilheiro contra militares norte-americanos na Somália em 1998 (do qual resultaram 18 mortos), dois atentados bombistas na Arábia Saudita em 1995 e 1996, e atentados contra as embaixadas dos Estados Unidos na Tanzânia e no Kenya, que provocaram 224 mortes em 1998.
http://www.e-biografias.net/biografias/osama_laden.php
Frente islâmica

Alguns analistas acreditam que bin Laden faça parte de uma frente islâmica internacional que reúne grupos da Arábia Saudita, do Egito e de outros países na região.
Suspeita de envolvimento
>1993 - World Trade Center
>1996 - Base americana na Arábia Saudita
>1998 - Ataque a duas embaixadas dos EUA na África
>2000 - Ataque ao navio USS Cole no Iêmen

A frente teria como objetivo final o que seria a liberação final dos três locais mais sagrados para os muçulmanos: Meca e Medina (na Arábia Saudita) e Jerusalém.
http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2001/010912_laden.shtml

Abraço
« Última modificação: 15 de Outubro de 2008, 17:21:59 por Lordakner »
“Ante a imagem de Augusto César Sandino e Ernesto Che Guevara, ante a recordação dos heróis e mártires da Nicarágua, da América Latina e de toda a humanidade, ante a história, coloco minha mão sobre a bandeira vermelha e negra, o que significa Pátria Livre ou Morrer."

Offline Buckaroo Banzai

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Re: Islamismos e terrorismo
« Resposta #372 Online: 01 de Julho de 2009, 14:48:03 »
<a href="http://video.google.com/googleplayer.swf?docid=5701806759199654816&amp;hl=en&amp;fs=true" target="_blank" class="new_win">http://video.google.com/googleplayer.swf?docid=5701806759199654816&amp;hl=en&amp;fs=true</a>

Scott Atran, apresentação da série/evento "beyond belief", com detalhes interessantes sobre terrorismo e islã.


Slides:

http://www.edge.org/3rd_culture/Atran07/index.html

Offline Buckaroo Banzai

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Re: Islamismos e terrorismo
« Resposta #373 Online: 04 de Julho de 2009, 18:52:24 »
How the US helped radical Islam - Robert Dreyfuss

     <a href="http://widgets.clearspring.com/o/48233d8496b41f26/-/-/-/sViewClip/201/sWebHost/fora.tv" target="_blank" class="new_win">http://widgets.clearspring.com/o/48233d8496b41f26/-/-/-/sViewClip/201/sWebHost/fora.tv</a>

Robert Dreyfuss - is a freelance investigative journalist whose work has appeared in The Nation, Rolling Stone, Mother Jones, The American Prospect, and other progressive publications. His work also appears on line at TomPaine.com.

Dreyfuss received a bachelor's degree from Columbia University. In the late 1970s and early 1980s, Dreyfuss was Middle East Inelligence director of the Executive Intelligence Review, the flagship journal of the Lyndon LaRouche movement.[1][2] His 1981 book, Hostage to Khomeini,, was commissioned by Lyndon LaRouche[3] and was published by the LaRouche publishing house of the time, New Benjamin Franklin House.[4][5]

In the 1990s Dreyfuss wrote on intelligence issues and foreign affairs, and profiled a number of organizations and public figures, including then governor of Texas, George W. Bush, and senators Trent Lott and John McCain. Since the September 11, 2001 attacks, he has written about the War on Terrorism and the Iraq War, including his book, Devil's Game.


Devil's Game: How the United States Helped Unleash Fundamentalist Islam is a book by Robert Dreyfuss, an investigative journalist. It discusses how he feels Western governments supported the growth of Islamic radicals for several purposes.

Islamic Radicalism as a tool against Pro-Soviet Pan-Arabism

The book discusses how Western governments supported the growth of the Muslim Brotherhood in order to sabotage the efforts of Pro-Soviet Arab Nationalist leaders such as Abdul Nasser of Egypt. The goals of Abdul Nasser were to end Western domination and control in the Middle East. This was a great threat to Western interests, who used the Islamic brotherhood to destabilize the Nassar government. The Islamic Brotherhood continues to conduct terrorist activities in Egypt.

Support of Islamic Radicalism as an Anti-Communist strategy

Dreyfuss also discusses how the West used Islamic radicalism to suppress Communist movements in the Middle East and the rest of the Islamic world. He provides a comprehensive review of the support of Western governments for the Mujahadeen and Jihadi Islamic fighters, who were trained and sent into Afghanistan. With the close support and advice of CIA paramilitaries, these Islamic jihadists helped defeat Soviet forces in Afghanistan. The book also describes the work of Dr. Bernard Lewis and his model of Islamic Balkanization, where the CIA secretly supported Islamic movements within the Soviet Union to utilize them as Anti-Communist insurgents in the event of war. The consequence of this CIA program is the present-day Islamic Chechan separatist conflict that the Russians are fighting.

Islamic Radicalism as a divisive tactic

The author also discusses how the Israeli government supported the growth of Hamas as a tool to fight the Palestine Liberation Organization (PLO). The PLO was always viewed as the major threat to Israel, because they were the more educated and secular Palestinians. They had fought a very effective campaign against Israel, whereas Hamas has had very limited success. The book predicts the current Palestianian crisis where (PLO) Fatah and Hamas militias battled each other in the streets of Gaza and in other parts of Palestine for dominance over the Palestinian people. Dreyfuss claims that the political and economic isolation of Hamas is currently suffocating the new government. Gaza is running out of gas and public workers have not been paid for many months. This has been a strategic victory for Israel in a classic example of divide and conquer.

Critical reception

Publisher's Weekly gave the book a "Starred Review", stating that it "reaches farther and deeper into the subject than most".

Vanessa Bush for the American Library Association described it as "well-researched and insightful."

L. Carl Brown in Foreign Affairs, criticized the book's emphasis, arguing that the US has also opposed Islamic fundamentalism on many occasions, and that the author would have done better to focus on America's "excessively intrusive, regime-changing approach to the Middle East" instead.


Offline Buckaroo Banzai

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Re: Islamismos e terrorismo
« Resposta #374 Online: 08 de Julho de 2009, 17:36:11 »

Ali Eteraz

Posted: October 10, 2007 01:09 PM

The Myth of Muslim Condemnation of Terror

The amount of disinformation about Muslims is disconcerting. One popular smear is that Muslims are in an alliance with the left to take over the West; it is an allegation that far right loves to use.

The other, equally popular and equally absurd, idea is that Muslims do not condemn terrorism. This too makes its way into culture from the right (though judging by comments to my last post, its diffused to some members of the left). Though it is subtler, and argues from insinuation, it is no less pernicious. The implication is that every Muslim in the world who doesn't engage in terrorism is nevertheless a latent supporter, or enabler, of terrorism because he doesn't make loud proclamations against it.

First, there is something dirty with the premise of this idea because it makes terrorism a problem of the entire Muslim collective. Perhaps those individuals who make this argument were in a coma during the 20th century when most of us realized that to treat all the people of any one religion, ideology, or race, as a collective is not only bigoted, but downright dangerous.

Second, heaping an expectation on Muslims - to call out "their" criminals - is absurd when no similar expectation is placed on any other religious, ethnic, or ideological group. Is it appropriate for a white man to tell "the hispanics" to make proclamations against the drug trade? Why should a hispanic who has never even touched drugs speak out against drug lords? His abstention from engaging in the drug trade is condemnation enough. The same goes for Muslims and terrorism. If you want a Muslim to condemn terrorism, realize that he has done so by not engaging in it. Life becomes quite insufferable for Muslims if before speaking about any subject a Muslim is required to first "demonstrate" that he is not "on the side of the enemy." This has had a huge chilling effect on artistic and intellectual production by Muslim youth. I know because I was silent from 2001 to 2006, saving all my writings on my hard-drive, not caring to share them with society at large.

Third, in our digital age, it is an act of egregious ignorance for a human being to actually verbalize the words: "Do Muslims condemn terror?" Here is a suggestion from a lowly immigrant: try this thing called "googling." Start with using the search terms "Muslims condemn terror." This was the first hit for me, how about you?

Finally, the reality is that condemnations of terrorism have been pouring in for years. The reasons that so many Americans are still ignorant about them are because they have willfully chosen not to pay attention. Having traveled internationally quite a few times since 2001, I can confidently say that our media has one of the lowest IQs about Islam anywhere in the world. It is - and should be - downright shameful that when I speak to British audiences, I am able to have intelligent discussions about complicated points of Islamic history; meanwhile, now six years since 9/11 and in the US I am still clarifying the simple point that Muslims soundly oppose terrorism. With awareness about Muslims at such a shameful nadir, it should be no surprise that our beloved President was able to convince us that Saddam was behind 9/11 and take us to war against "Islamofascism."

Naturally, media ignorance has diffused to the public. In the US we don't have an idea who the Muslim leaders around the world are, much less how to access their opinion on terror. Bereft of such information we have latched onto a simple slogan fed to us by the far right, namely, why don't we see parades and public demonstrations?

Did we ever stop and think that asking Muslims to get together in a big public setting, unarmed, with women and children in tow, making loud gesticulations against suicide bombers and cold hearted murderers (who in their cowardice are not against cloaking themselves in veils), might be a rather stupid thing to demand? Did Americans forget how empty our streets were after 9/11 or how desolate Bethesda, Maryland, was during the days of DC sniper? Now try living in a society where suicide bombers are in every city and township and regularly attack group events like the Friday congregational prayers. In the US we have not had a suicide bombing since 9/11. Yet in Pakistan, 65 people - Muslims all of them - died in an attack by extremists yesterday. During the week before, there were two other suicide bombings. Is it reasonable to keep demanding that Muslims keep thronging out into the street at the whim of far away American masters? Then, when despite all these dangers, Muslims do gather to speak out against violence in their countries, it goes ignored by our media.

Instead of taking to the streets, Muslims have relied upon their religious elders to make stark declarations against violence. Part of it has to do with the fact that the peaceful and not-extremist Muslims in the world today value religious authority a lot more than extremists and terrorists who value mob rule and mayhem.

On September 12, 2001, one of the most learned Islamic scholars in the UK said the terrorists are "not Muslim."   A month later he called terrorism a "heresy" against Islam in a pre-eminent British paper. A Pakistani Islamic scholar whose followers are active in 81 countries called Bin Laden a "false prophet" and "coward" barely a week after 9/11. Another major Islamic scholar issued a pamphlet (in many languages) attacking the Islamic legal arguments that the terrorists used so that future recruits might not be so easily led astray. One of the eldest traditionalist scholar in Sunni Islam issued a fatwa against the extremist group Al Muhajiroun. Muslims in Spain issued a fatwa against Bin Laden. President Bush was informed enough to bring an American-Muslim Imam to the White House who decried terrorists; yet average liberals who so delight in demeaning Bush probably still don't know that Imam's name. (Since 2001, that Imam has gone further and condemned antisemitism and holocaust denial as well). In 2005 there was a massive consensus reached at the international level that forbade Muslims from engaging in something called takfir - which attacks the jihadist ability to recruit. Muslim scholars have gone so far as to engage in "Koranic duels" with jihadists. Just the other day Bin Laden's former mentor condemned him for his violence. Nevermind the fact that before 9/11 it was a Muslim who warned our State department about monitoring certain mosques, or that it was a Muslim who tipped off the British authorities and helped prevent the 20 airliner hijacking in 2006. In the event someone wants more resources, try this and this.

Many times people demand that Muslims must "do more" than just merely condemn. Well, when Muslim religious leaders, lodged in Muslim communities, give lectures to Muslims on these subjects and write public opinion pieces, they are doing precisely that. They are educating Muslims. Their work has had positive result. A song that condemns extremism is at the top of the charts in Pakistan, and a Middle Eastern news station for Muslims has produced an anti-extremist film, which has been quite a hit. Now the question is will a Western producer bring the film here?

Of course, there are many who, even after being informed of such things, like to weasel their way out so they can continue badgering Muslims. In America, this is done by pointing the finger at the organization called CAIR, Council for Islamic Relations, and asking why CAIR doesn't openly condemn Hamas and Hezbollah. Yet the fact is that CAIR is a political, lobbying group, with no theological or religious imperative. Anytime it appears to act like a religious organization, it gets severely rebuked by Muslims. It does not speak for all Muslims (though like all lobbying groups it pretends to). It doesn't speak for the hundreds of thousands of Muslims who are not its members. In fact, its membership is down since 2001. Just as it is patently idiotic to point a finger at an American Jew and accuse him not condemning genocide because the Anti-Defamation League, one of the largest Jewish organizations, does not condemn the Armenian Holocaust, it is idiotic to point to a Muslim and accuse him of silence or complicity based on CAIR's political agenda. This is not a difficult distinction to make -- yet when it comes to Muslims, having selective myopia is acceptable. A recent trend among Americans has been to turn Representative Keith Ellison of Minnesota, the first Muslim in Congress, into some sort of Muslim Pope. It was my understanding that we separated religion from state. Are Christian Congressmen the leaders of the American Christian community? Again, there seems to be one standard for Muslims and another for other religious groups.

Anyway, I reiterate my first point. There is something wrong with the basic premise of the idea that Muslims must condemn terrorism, because at the end of the day there is no such thing as The Muslim Collective. If we as a society are going to make collective demands on a group, then we are implying that collective punishment is appropriate as well. So while learning about all the Muslims who have condemned terrorism is nice; its nicer if we started to move beyond that point.

Until we remain aware of our ignorance, we cannot ever get to ripping out the heart of extremism, nor can we realize the things we ourselves have done to help Muslim extremists. We need to be having more sophisticated discussions about Islam and Muslims, involving things like the Quran, the distinction between jihadism and islamism (political Islam), and the future of Islamic theocracy. The entire world is talking about such things, and we, the only ones who regularly take arms against Muslims or purport to bring them democracy, are not.

In conclusion, my request is for readers to send this article to anyone who may benefit from it so that we can advance the discourse. Feel free to email me:

eteraz@gmail.com

http://www.huffingtonpost.com/ali-eteraz/the-myth-of-muslim-condem_b_67904.html

 

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