Mas você entendeu tudo ao contrário: ele criticou o sujeito "b" e não o "a".
Ele tá defendendo o indivíduo "a" e dizendo que se um sujeito age como "b" é solipsista/niilista. Ele falou que se o sujeito começar a desconfiar que tudo pode ser o que não parece ser...
Caríssimo,
Parcimônia( sic)( Ou falta dela ), no meu entender, está mais ligada ao conceito pejorativo que se vem dando a "postura" inflexível de "Ateus dogmáticos" que não "abrem possibiliaddes para a existência de deus!
Parcimônia é uma "economia de afirmações". Quanto mais econômicos somos, de modo geral, melhor.
Analisando a questão toda de teísmo, deísmo e ateísmo:
Bem, existe o universo e todas as coisas, e de modo geral, aparentemente praticamente universal, as coisas parecem sempre provir de causas - apenas observações até agora.
Uma generalização razoável, não necessariamente verdadeira, é que as coisas sempre tem causas. Assim, tudo tem causas. O mais parcimonioso seria na verdade nem fazer a generalização para começar, mas por outro lado, a ciência é essencialmente um conjunto de generalizações diversas, bem estudadas, então as generalizações são boas, e essa talvez possa ser uma delas.
Prosseguindo, supondo que o universo teve um começo, algo o causou, se aceitamos essa generalização. Se não, não, pronto. Como quer que se explique isso.
Se algo o causou, esse ele pode ser, algum desses, como exemplos, em ordem crescente de parcimônia:
1 - (hipótese menos parcimoniosa) Jeová, que tem 1,68m de altura, uma barba branca bem longa, a voz parecida com a do Morgan Freeman ou do Leonard Nimoy, que estava entediado de ter ficado a eternidade toda não fazendo bulhufas e resolveu, num belo dia, no meio da eternidade, criar o universo, depois de ter esperado toda a eternidade para fazê-lo. Aí fez como narra a bíblia, com mais alguns enfeites;
2 - um tipo de "super cara"; algo sem um corpo humano, de natureza totalmente desconhecida; mas uma mente, que tinha como intenção criar o universo, e que o planejou, realizando processos em algo análogo aos nossos processos mentais, em qualquer que seja o análogo do seu substrato mental nessa existência pré-universo;
3 - uma força misteriosa e enigmática superior, que ainda permeia o universo, talvez sendo responsável pelo Bem e pelo Amor;
4 - (hipótese mais parcimoniosa) leis da física particulares daquele instante inicial ou gerais, aplicáveis a qualquer instante do que veio depois.
Também é parcimonioso, por exemplo, você estar lá no bar, bebendo cerveja, de repente um copo quebra e cai, e você supor que foi algo como o vento ou que alguém esbarrou na mesa e o derrubou, do que coisas como que foi um espírito zombeteiro perturbado com seus problemas com o álcool que o levaram à morte, e que agora fica descontando a raiva nas outras pessoas na mesa do bar, em súbitos momentos em que o seu desespero lhe confere por um instante um poder de interação com o mundo físico, através de interações das partículas quânticas vibracionais do copo com o fantasma na 18,7ª dimensão.
Por isso digo que a parcimônia deve ser um critério para se avaliar o que é crível ou não, o que é mais ou menos provável de ser realidade.