O problema com os professores, é claro, é apenas parte de um problema muito maior e que envolve antes de mais nada a população como um todo, que não parece se importar mais com o verdadeiro preparo acadêmico e profissional. Hoje em dia fala-se da facilidade de conseguir diplomas e certificados, não do efetivo preparo - até porque em muitos casos, principalmente no serviço público, o preparo pode acabar sendo desperdiçado por motivos políticos.
É o princípio de "igualdade". Um diploma por definição é (ou deveria ser) para diferenciar algumas pessoas de outras. Não faz sentido querer disponibilizá-lo fora dos seus requisitos.
Deveria ser assim. Infelizmente, toda a estrutura sócio-econômica brasileira está distorcida a ponto de talvez ser menos danoso desvirtuar completamente os diplomas do que tentar reabilitá-los. No Brasil diploma virou item de subsistência, não de formação.
Para que os alunos tenham um mínimo necessário de chance de se integrar futuramente na sociedade. Principalmente nos ambientes profissionais e acadêmicos, mas não apenas neles.
Eu não confio nessa idéia.
Ela leva em conta como se o estudo fosse algo automático, aprendeu-usou. Eu tenho certeza que mais de 99% das pessoas depois de se formar não sabe calcular entropia, mesmo por obrigação terem aprendido na escola.
Aí você já está mudando para outro assunto, um tanto tangencial. O ensino brasileiro de fato é incrivelmente ineficaz, e esse é um problema muito sério.
Nem por isso a demanda acadêmica, profissional e até mesmo social por pessoas qualificadas vai deixar de aumentar. Os desníveis entre as classes sócio-econômicas aumentarão a um ponto assustador, mas a demanda do topo não vai sumir por isso.
Segundo que o que a gente aprende não tem muito a ver com "integrar à sociedade", eu não vejo relação entre lei da entropia e isso.
Depende muito das camadas sócio-econômicas que estejam sendo consideradas. Eu por mim acho perigoso não tentar ver todas ao mesmo tempo. Tendo ou não a adequada estrutura para tal, o fato é que o Brasil está tentando se sofisticar mais nos campos profissionais e acadêmicos, tanto que o número de faculdades só aumenta. E primeiras impressões à parte, nem todas são de Direito
Por exemplo, a Engenharia Mecatrônica é um curso novo no país, mas já se difundiu bastante. E qualquer engenheiro ou cientista que se preste
tem de ter um mínimo de formação. Para engenheiros, talvez o conhecimento geral e multidisciplinar seja ainda mais necessário do que para cientistas, já que a engenharia é multidisciplinar por excelência.
Posso estar errado e não sou dono da verdade, mas mesmo que eu esteja errado ainda sim coisas muito mais importantes como Direito não são ensinadas. E se alguém souber criticar porque Direito não seria bom ser ensinado nas escolas, tente usar desse espírito crítico quanto à ensinar entropia nas escolas......
Direito, mais importante do que Física?
Surely you jest.
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Direito é mais valorizado, e conduz a mais oportunidades de trabalho, em alguns casos salários melhores. Parece muito, mas não é, entre outros motivos porque é uma atividade não-produtiva que inevitavelmente perderá esse prestígio todo em algum momento. E quando acontecer, vai ser abruptamente.
Já entropia é parte necessária da Física. É um assunto que nos ajuda a de fato
aprender algo novo. Uma cultura que não sabe apreciar a importância dessa oportunidade provavelmente deveria pensar seriamente em fechar suas faculdades, já que não tem verdadeiro uso para elas.