E não adianta verificar distorções e assimetrias e aceitar numa boa, como se fosse algo "normal" e inerente às relações entre países.
Juca, pense assim. Você é presidente dos EUA ou da China e vê o Irâ querendo a bomba atômica. Sua atitude seria?
Não seria hipócrita, faria um acordo que, se renunciassem as armas, nós também. Seria esse o acordo ideal. Uma proposta utópica, mas a unica sincera e verdadeira.
Longe de mim, o Irã em posse de armas nucleares, mas na minha opinião seria apenas mais um. Não diferente de Israel, China, Paquistão, Rússia, Coréia ou EUA, que são Estados que vira e mexe estão fazendo ameaças belicosas a algum outro país. Mais alguns hipócritas (nesse caso FDPs religiosos) de posse de armas de destruição em massa, que são inviáveis do ponto de vista prático, mas valiosíssimas do político.
ok, ai você, como EUA, com interesses em todos os lugares do mundo, tendo de fato que exercer papel de polícia em uma série de conflitos (inclusive dissuadir china a invadir taiwan por exemplo), vai renunciar de sua posição estratégica por causa de um pais que quer ter a bomba e não tem?
possivelmente, com esse pensamento Juca, você estaria f..., porque seus pares simplesmente não vão jogar o mesmo jogo que você, não estão sujeitos aos mesmos valores muito menos vão querer alguém fiscalizando-os para garantir que realmente não fabriquem a arma.
Você como presidente dos EUA provavelmente iria abdicar de sua força e ver surgir no mundo uma série de nações atômicas cara.
Não sei como me expressar aqui, mas vou tentar. Se você assumir em sua vida uma postura de "madre tereza", você simplesmente vai estar ferrado. Não vamos encontrar uma ordem justa e perfeita (lembra da engenharia social utópica versus a gradual?), mas precisamos ter uma ordem, e se essa ordem for multi-lateral como parece que é o que acontecerá com o mundo, ainda melhor.
Mas nesse processo de buscar a ordem, os atores vão sendo escolhidos aos poucos, e o poder vai sendo cedido aos poucos, quer os EUA queiram ou não. Vai acontecer.
Mas eu apóio a pressão para o Irã não ter armas, ainda que os EUA as tenha.