Farei isso, contanto que cite trechos que evidenciem que você em algum ponto nessa elaboração questionou as conclusões/premissas criacionistas também, tendo tentado refutá-las você mesmo, tanto por raciocínio, questionando necessidade lógica da "conclusão", quanto por ter buscado informação mais completa em literatura não-fundamentalista.
As conclusões eu tirei em base do que estudei, nas evidencias que encontrei, e não no " ouvi dizer ".
O "estudo", ao que tudo indica, se deu apenas em fontes criacionistas. Isso não é nem um pouco melhor do que apenas "ouvir dizer". E de forma alguma indica que você fez algum esforço em testar suas premissas/conclusões.
Por favor, se abstenha de comentar aos trechos individuais. Se foque em mostrar algo no sentido do que deixei negritado, e que já havia solicitado anteriormente.
Não tenho muitas esperanças disso, uma vez que suspeito que você já tenha passado por esse fórum umas duas vezes com outras contas.
Pelo que já vi, você projeta o seu modo de procedimento para os outros. O que iria convencer voce que criacionismo / di é a melhor explicação para nossas origens ? Dependendo de sua resposta, vou ver se ainda vale a pena responder aos seus posts.
A primeira coisa que ocorre seria cogitar, "se não houvesse evidências de parentesco entre as espécies". Então a hipótese ao menos começaria a aparentar ser minimamente plausível, por não estar mais em confronto direto com a realidade observada. Mas isso ainda deixa em aberto a evidenciação de criação inteligente especificamente.
Mas pensando melhor, nem poderia ser assim. Não apenas por ser um exercício absurdo de negação da realidade, mas porque todos os criacionismos, mesmo os mais fundamentalistas, aceitam a evidência de parentesco entre os seres em algum nível arbitrário, aceitam a especiação, ou até a macroevolução completa, como Michael Behe/DI. (As vertentes menos fundamentalistas ainda requerem algum nível vago e completamente arbitrário de macroevolução para resolver o problema da falta de espaço na arca de Noé).
Então a coisa fica mais complicada. Não é só "o que te convenceria de que todas as raças de cães não têm uma origem comum, tendo surgido separadamente de alguma forma", mas "o que te convenceria de que as raças de cães não tem todas uma origem comum, mas apenas, vinte (ou talvez duzentas) são verdadeiramente aparentadas, o resto do aparente parentesco sendo falso, e estas tendo surgido do nada, não de progenitores físicos." Difícil imaginar o que comprovaria isso, ainda mais tentando ser "realista" ao mesmo tempo.
Acho que, de forma mais resumida, os problemas mais fundamentais seriam:
- Um estabelecimento não-arbitrário do limite entre o parentesco real e o ilusório
- Evidência de seres complexos surgindo do nada, se materializando no ar, sem ser progênie de outro ser, e, se possível, explicação sobre como isso seria possível
- E por último, e mais diretamente relacionado, evidências tão diretas quanto possível para um super-homem inventor e materializador das espécies criadas independentemente.
Mas não faço muita idéia do que se poderia ter como expectativa razoável/"realista" para confirmar qualquer dessas coisas, exceto algo bem direto como tal super-homem aparecer diante de todos e materializar seres vivos não-descendentes de qualquer um, no que se refere aos dois últimos pontos.
O estabelecimento de limites de parentesco, de traçar a linha entre o parentesco ilusório e do real, já requer apenas linha de evidências consideravelmente menos extraordinárias.
Seria algo mais ou menso nas linhas de, lobos e raposas, apesar de muito similares, serem bioquimicamente tão distintos quanto estes canídeos são de samambaias, ou mais. Poderiam ter diferentes códigos genéticos, e, apesar disso, ao mesmo tempo, o mesmo genoma e proteoma efetivos, mas estes não poderiam mais indicar parentesco real, não sem alguma evidência da possibilidade de alternação abrupta do código genético ao longo das gerações (o que, de qualquer forma, não seria algo tão espantoso quanto materialização de seres complexos do nada, então também não poderia ser completamente descartado como possibilidade, se estamos levando a coisa a esse nível).
Tópico onde eu havia proposto a questão da delimitação não-arbitrária entre o parentesco real e o ilusório:
Itacaré e fundamentalista: definam os limites reais do parentesco biológico. Mas temo que já tenha visto.