Eu vi a resposta. Só ignorei porque o argumento é fraco e simplóreo demais para merecer resposta. Mas para não ficar parecendo que eu fugi do páreo, lá vai:
Em primeiro lugar, Popper não refuta nada, pois o método Popperiano não é o único possível para se chegar à verdade. Eu não disse acima que eu era adepto do Popperianismo, mas que eu me aproximava deste mais do que eu anteriormente imaginava, por causa da semelhança argumentativa grifada.
O que Popper disse é que as hipóteses, quanto menos falseáveis, menos científicas serão, mas não necessariamente menos verdadeiras. Não é porque não é falseável que se deva descartar. Por exemplo, está no texto: "Deus existe" não é falseável, e "Deus não existe" também não é falseável. E no entanto, uma dessas hipóteses é verdadeira. Se descartarmos ambas porque não seriam "científicas" (de acordo com o que, segundo vocês, teria dito Popper), Deus não existiria e existiria. Bastante ilógico isso, não? O Popperianismo é muito bom, mas também tem problemas graves, principalmente se tomado de forma exclusiva. O indutivismo também não está tão descartado como fazem parecer e ainda é bastante útil. Usando os dois métodos com cuidado chega-se a conclusões bastante interessantes do ponto de vista científico.
Em segundo lugar, ok, a hipótese "Existem Espíritos" não pode ser falseada. Eu nunca disse o contrário. Mas as hipóteses contrárias "Não existem Espíritos", ou "Todos os efeitos até hoje observados se devem ao charlatanismo, ou à sugestão, ou à ilusão", podem ser falseadas. E já foram falseadas de tantas maneiras possíveis que só mesmo sendo muito cego e sistemático para não enxergar.
Então, o problema não é se um método é melhor ou pior do que outro, mas o excesso de exclusivismo no uso de ambos por uns e por outros. Nem o dedutivismo nem o indutivismo garantem a verdade. Mas porque então só o indutivismo leva pauladas? Isso não é coerente.
Um abraço.