Autor Tópico: ONU deve se reunir na segunda-feira para debater crise em Honduras  (Lida 10475 vezes)

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Re: ONU deve se reunir na segunda-feira para debater crise em Honduras
« Resposta #50 Online: 01 de Julho de 2009, 01:42:35 »
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Assembleia Geral da ONU aprova moção de apoio presidente deposto de Honduras

A Assembleia Geral da ONU aprovou nesta terça-feira, por unanimidade, com os respaldos de Brasil e Estados Unidos, uma resolução que condena o golpe de Estado em Honduras e pede a restituição imediata e incondicional do presidente Manuel Zelaya, deposto no domingo pelas Forças Armadas.

Diversas autoridades do continente americano participam nesta terça-feira, em Nova York, de uma reunião extraordinária convocada pelo presidente da Assembleia Geral da ONU, Miguel D'Escoto. O próprio Zelaya foi convidado a discursar no local.

Zelaya exporá perante os 192 países-membros do organismo a situação em que se encontra seu país após o golpe militar que o afastou do poder no domingo, ação que foi condenada de maneira generalizada pela comunidade internacional.

Apoio da ONU

O documento aprovado nesta terça-feira "condena o golpe de Estado em Honduras, que rompeu com a ordem democrática constitucional no país, e pede a imediata e incondicional restauração do governo legítimo do presidente Zelaya", disse Jorge Reina, embaixador permanente de Honduras ante a ONU.

Reina pediu a todos os países que não reconheçam "nenhum outro governo que não seja o do presidente Zelaya".

Golpe de Estado

O mandatário hondurenho foi preso na madrugada do último domingo por oficiais militares e levado à força para a Costa Rica.

De lá, ainda no domingo, um avião cedido pela Venezuela o levou até a Nicarágua, onde ontem ocorreram encontros de diferentes blocos de integração e consulta latino-americanos, como a Aliança Bolivariana para as Américas (Alba), o Sistema de Integração Centro-Americano (Sica) e o Grupo do Rio.

Zelaya recebeu o apoio de vários governos e entidades multilaterais, entre elas a ONU e a Organização dos Estados Americanos (OEA). Os países da Alba decidiram retirar seus embaixadores em Honduras até que a ordem democrática seja restabelecida.
 
Ontem, o presidente anunciou que voltará a seu país na quinta-feira. "Gostem ou não os golpistas, voltarei na quinta-feira", disse, ainda na Nicarágua. Algumas autoridades deverão acompanhá-lo, como o secretário-geral da OEA, José Miguel Insulza, e a presidente da Argentina, Cristina Kirchner.

Após a destituição de Zelaya, o Congresso de Honduras nomeou para substituí-lo o então presidente da casa, Roberto Micheletti. A crise política tem como motivo uma consulta que ocorreria no domingo e que poderia dar início a um processo de reforma constitucional.

http://ultimosegundo.ig.com.br/mundo/2009/06/30/assembleia+geral+da+onu+aprova+mocao+de+apoio+presidente+deposto+de+honduras+7035995.html
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Os escorregões na república de bananas de Honduras

Talvez nem Miguel Ángel Asturias e Gabriel Garcia Márquez saberiam o que escrever sobre o golpe em Honduras, um daqueles países da América Central que é sinônimo de república de banana. Até  que as coisas estavam constitucionalmente maduras na região, sem nenhum golpe desde o final da Guerra Fria.

Os clichês não se aplicam com facilidade desta vez em Honduras. O presidente deposto, Manuel Zelaya, era um filho do sistema político mais convencional (de partidos oligárquicos) que passou a abraçar a causa bolivariana do companheiro Hugo Chávez, em particular a extensão do mandato e a "democracia participativa", ou seja, mais participação das massas e menos das instituições. Tudo num esquema orquestrado por um caudilho populista. No caso específico de Zelaya, ele arquitetava a permanência no poder além de janeiro, quando termina seu mandato único de quatro anos.

Chávez não perdeu tempo para repetir o desgastado script e acusar o "imperialismo ianque" pelo golpe "troglodita", mas hipérboles chavistas colidiram com a cautela de Barack Obama, tentando convencer o continente que o tempo da caricatura acabou. Os EUA desta vez são contra um golpe, ao contrário do desastrado apoio à intentona contra o próprio Chávez em Caracas, em 2002, na época de George W. Bush. Autoridades americanas insistiam ao longo de segunda-feira que aconselharam os golpistas a não golpear.

É sempre uma trarefa ingrata mesmo para o hábil Obama não escorregar na casca de banana diplomática. Sua cautela na crise iraniana foi recebida com insatisfação pela direita americana e quando aumentou um pouco a temperatura retórica se tornou alvo de chavões da dupla Khamenei-Ahmadinejad para não se intrometer na farsa eleitoral local.

Havia um recado para Obama ocupar rapidamente a cena na crise hondurenha, mas na América Latina isto é impossível com Hugo Chávez. Ele foi o segundo a roubar a cena com seu alarido, depois dos golpistas. O barulho de Chávez abafa o fato histórico de um continente no geral unido contra o golpe hondurenho. Mas é uma situação intrigante. O ianque Obama, na segunda-feira, na Casa Branca, qualificou a remoção do amigo de Chávez como ilegal. Estava ao lado do presidente direitista da Colômbia, Álvaro Uribe, que, como tantos companheiros esquerdistas no continente, não aceita as regras do jogo e quer mudar a Constituição para que possa concorrer a um terceiro mandato.

Os inimigos internos de Zelaya conseguiram transformar o presidente deposto em um mártir. Perderam a credibilidade legalista com um golpe depondo um presidente que se insurgira contra decisões da Suprema Corte e do Congresso para que não se realizasse o referendo constitucional que abriria caminho para sua permanência no poder.

Não dá para tratar Zelaya como um herói da resistência, mas os adversários, que o despejaram do palácio, quando estava na cama de pijamas e o botaram para fora do país, tampouco são baluartes de uma causa nobre. Zelaya foi democraticamente eleito. As lideranças hondurenhas, dos dois lados, escorregaram na banana. A solução ideal seria restaurar Zelaya no poder, mas forçá-lo a respeitar a Constituição até que a eleição de novembro permita que um novo presidente assuma em janeiro. Nada é fácil quando no cenário estão oligarquias e Hugo Chávez.

http://ultimosegundo.ig.com.br/opiniao/caio_blinder/2009/06/30/os+escorregoes+na+republica+de+bananas+de+honduras++7025995.html

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Offline Renato T

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Re: ONU deve se reunir na segunda-feira para debater crise em Honduras
« Resposta #51 Online: 01 de Julho de 2009, 08:39:54 »
Eu paro de frequentar os tópicos de política e logo isso aqui já vira uma zona. :huh:

Offline PauloCesar

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Re: ONU deve se reunir na segunda-feira para debater crise em Honduras
« Resposta #52 Online: 01 de Julho de 2009, 10:22:07 »
Coisas não noticiadas pela imprensa internacional:

http://www.ordemlivre.org/blog/?p=406

Fiquei sabendo. Inclusive parece que o movimento  p o p u l a r  contra a volta do Zelaya é maior.
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Offline Orbe

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Re: ONU deve se reunir na segunda-feira para debater crise em Honduras
« Resposta #53 Online: 01 de Julho de 2009, 16:26:28 »
Movimento popular não vende jornal. Mas supostos "golpes militares" sim.
Se você se importasse não estaria discutindo e sim agindo...

Offline Arcanjo Lúcifer

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Re: ONU deve se reunir na segunda-feira para debater crise em Honduras
« Resposta #54 Online: 01 de Julho de 2009, 19:19:36 »
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O presidente deposto, Manuel Zelaya, era um filho do sistema político mais convencional (de partidos oligárquicos) que passou a abraçar a causa bolivariana do companheiro Hugo Chávez, em particular a extensão do mandato e a "democracia participativa", ou seja, mais participação das massas e menos das instituições. Tudo num esquema orquestrado por um caudilho populista. No caso específico de Zelaya, ele arquitetava a permanência no poder além de janeiro, quando termina seu mandato único de quatro anos.


Tinha que ter o dedo imundo do Chapolim Colorado no meio de tudo...

Offline O Grande Capanga

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Re: ONU deve se reunir na segunda-feira para debater crise em Honduras
« Resposta #55 Online: 01 de Julho de 2009, 20:52:38 »
Coisas não noticiadas pela imprensa internacional:

http://www.ordemlivre.org/blog/?p=406

Fiquei sabendo. Inclusive parece que o movimento  p o p u l a r  contra a volta do Zelaya é maior.

Hahahahahaha

Mentira!!!

Imprensa golpista e entreguista!!!

O que esperar de uma imprensa burgo-facista?

Se quer saber a verdade, veja:


http://www.pstu.org.br/internacional_materia.asp?id=10347&ida=0


[Nem li o que está no link  :hihi: ]

Offline guicn

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Re: ONU deve se reunir na segunda-feira para debater crise em Honduras
« Resposta #56 Online: 01 de Julho de 2009, 21:23:05 »
Esse site do PSTU é um atentado contra a inteligência  :histeria:

Offline Herf

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Re: ONU deve se reunir na segunda-feira para debater crise em Honduras
« Resposta #57 Online: 01 de Julho de 2009, 21:39:23 »
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http://www.pstu.org.br/internacional_materia.asp?id=10347&ida=0
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Este caráter dependente da economia hondurenha faz com que o controle central do Estado e de suas instituições seja de vida ou morte.
¬¬

Offline Unknown

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Re: ONU deve se reunir na segunda-feira para debater crise em Honduras
« Resposta #58 Online: 03 de Julho de 2009, 04:48:57 »
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Honduras restringe direitos de cidadãos durante toque de recolher

O Congresso de Honduras aprovou, na noite desta quarta-feira, um decreto presidencial que restringe as liberdades individuais dos cidadãos do país entre as 22h e 5h, em um reforço ao toque de recolher imposto no último domingo pelo presidente interino, Roberto Micheletti. As novas medidas estabelecem que pessoas podem ser detidas sem acusação formal por mais de 24 horas e restringem os direitos constitucionais de reunião e associação, de livre circulação, assim como o direito de entrar e sair do território nacional.

De acordo com o decreto, que deve permanecer em vigor pelo menos até o próximo sábado, estas restrições às garantias individuais são regidas pela legislação de estado de sítio do país.

"Esta é uma estratégia para reprimir as pessoas durante a noite", afirmou à BBC Mundo a deputada Doris Gutiérrez, do partido Unificación Democrática, que apoia a volta ao poder do presidente Manuel Zelaya, deposto por um golpe no último domingo.

O presidente interino designado pelo Congresso, Roberto Micheletti, no entanto, afirma que o decreto não estabelece o estado de sítio no país, mas apenas um toque de recolher.

Acusações

Além das restrições estabelecidas nesta quarta-feira, organizações de defesa dos direitos humanos também acusam o Exército hondurenho de estar efetuando prisões em diversas partes do país e de estar recrutando de maneira forçada jovens e menores de idade.

"O governo de Micheletti está capturando pessoas. Não sabemos quantos exatamente, mas tememos por suas vidas e integridade física. Eu considero que estamos vivendo em um estado de sítio disfarçado", afirmou à BBC Mundo a advogada especializada em direitos humanos Reina Rivera.

As acusações, no entanto, são negadas por representantes e partidários do governo interino de Honduras.

"Aqui não há estado de sítio, de exceção, ou de emergência. As liberdades foram restringidas para proteger a vida dos hondurenhos. Há muitos estrangeiros que podem causar transtornos, o que não podemos permitir", afirma o deputado Emilio Cabrera, do Partido Liberal.

Cabrera não especificou a que estrangeiros se referia, mas, horas antes, o presidente Roberto Micheletti afirmou que o líder venezuelano, Hugo Chávez, estaria tentando interferir na crise política do país e que teria "enviado aviões" para Honduras.

Retorno

Também nesta quarta-feira, o presidente deposto de Honduras, Manuel Zelaya, adiou até o próximo sábado seu plano de retornar ao país centro-americano.

Zelaya, que pretendia viajar para Honduras já nesta quinta-feira, afirmou que irá esperar o fim do prazo de 72 horas dado pela Organização de Estados Americanos (OEA) para que o governo interino hondurenho o reconduza ao poder.

Pelos termos de um documento divulgado pela OEA nesta quarta-feira, caso o governo interino hondurenho não reconduza Zelaya à Presidência, Honduras poderá ser expulsa da entidade.

Zelaya foi afastado do poder no domingo, quando um grupo invadiu o Palácio Presidencial e obrigou o presidente a embarcar em um avião rumo à Costa Rica.

No lugar de Zelaya, os legisladores hondurenhos empossaram como presidente interino o então líder do Congresso, Roberto Micheletti.

Pressão internacional

A deposição do presidente hondurenho eleito foi condenada por todos os governos latino-americanos, pela ONU e pelos países que integram a OEA, que se recusaram a reconhecer o novo governo.

Diversos governos retiraram os seus embaixadores de Honduras. O Itamaraty informou que o representante brasileiro no país, que se encontra em Brasília, não retornará à capital hondurenha, Tegucigalpa.

Os Estados Unidos anunciaram nesta quarta-feira a suspensão dos exercícios militares conjuntos que pretendiam realizar com Honduras.

Apesar disso, o governo americano não retirou o seu embaixador de Tegucigalpa.

http://ultimosegundo.ig.com.br/bbc/2009/07/02/honduras+restringe+direitos+de+cidadaos+durante+toque+de+recolher+7071906.html
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Somos todos hondurenhos e por que não cubanos?

Maravilha! Somos todos hondurenhos nesta corrente para frente que une Barack Obama e Hugo Chávez contra o golpe, pela legalidade democrática. O presidente deposto Manuel Zelaya foi aclamado nas Nações Unidas, povoada de países ditatoriais da Ásia e África. Quarteladas deveriam ser coisas do passado na América Latina, onde a estabilidade política e eleições livres foram conquistas históricas nas últimas duas décadas.

Na quarta-feira, os países-membros da Organização dos Estados Americanos (OEA),  em decisão unânime, invocaram pela primeira vez a Carta Democrática Interamericana, firmada em 11 de setembro de 2001 (que dia!), para que a entidade adote medidas diplomáticas de emergência para restaurar um governo legitimamente eleito.

Reação apropriada, embora Zelaya não seja um herói da resistência ideal pois desafiara decisões da Corte Suprema e do Congresso do seu país para que não fosse adiante com o plano de referendo que abriria caminho para a extensão de sua permanência no poder. Até o oráculo conservador americano, o "Wall Street Journal", observou em editorial que os adversários de Zelaya pisaram na bola quando deram o golpe e o despacharam para o exílio. A rota constitucional adequada era um processo de impeachment.

Curiosamente, este momento glorioso no hemisfério também revela hipocrisia nos lances para que Cuba volte a ter uma plena participação na comunidade interamericana. Países como o Brasil, tão ativos para que as regras democráticas sejam retomadas em Honduras citam princípios de não-intervenção em assuntos internos quando defendem o direito de Cuba, uma ditadura, ser sócia com todas as regalias do clube hemisférico (a rigor, o grande obstáculo é colocado pelos EUA). Vale lembrar que a Carta Democrática considera democracia uma precondição para um país ser membro pleno da OEA. Este documento foi firmado em um 11 de setembro, dia infame para a humanidade, não apenas pelos ataques terroristas nos EUA, mas por ser a data em 1973 em que os militares chilenos derrubaram num golpe o governo legitimamente eleito do esquerdista Salvador Allende.

É evidente que existe um prontuário de hipocrisia dos EUA, que sempre denunciaram a ditadura cubana ao mesmo tempo em que endossaram ou participaram de golpes de direita, como no Chile em 1973. Mas estão aí os esforços do governo Obama para deixar de lado a seletividade moral, para a desolação de setores da direita americana.

Aliás, Obama foi duro com o colega colombiano Álvaro Uribe, no primeiro encontro dos dois esta semana em Washington. O presidente conservador colombiano tem seus ímpetos chavistas de permanência no poder e quer mudar as regras do jogo para que possa ter um terceiro mandato. "Dois mandatos bastam", disse Obama, lembrando que a experiência americana mostra que dois mandatos funcionam e que depois de oito anos de um governante a população quer mudanças.

De fato, os americanos foram sábios e emendaram a Constituição impondo o limite dos dois mandatos, depois da morte de Franklin Roosevelt, logo após o início do seu quarto mandato em 1945. Sabedoria de democracias burguesas, diriam catedráticos do poder ditatorial como Fidel/Raul Castro ou o líbio Muamar Khadafi, com o qual o presidente Lula esteve na quarta-feira. Sabedoria ponto. Abaixo os golpes e também aqueles com longa vida no poder.

http://ultimosegundo.ig.com.br/opiniao/caio_blinder/2009/07/02/somos+todos+hondurenhos+e+por+que+nao+cubanos+7066927.html
« Última modificação: 03 de Julho de 2009, 04:52:53 por Unknown »

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Offline Fabi

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Re: ONU deve se reunir na segunda-feira para debater crise em Honduras
« Resposta #59 Online: 03 de Julho de 2009, 13:22:59 »
Coisas não noticiadas pela imprensa internacional:

http://www.ordemlivre.org/blog/?p=406

Fiquei sabendo. Inclusive parece que o movimento  p o p u l a r  contra a volta do Zelaya é maior.
O Zelaya quis fazer algo ilegal, queria passar por cima de todos para fazer a consulta popular...Foi meio extremo eles terem expulso o presidente, mas se eles não cuidassem daqui a pouco tavam com a mesma "democracia" de Cuba...
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Offline guicn

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Re: ONU deve se reunir na segunda-feira para debater crise em Honduras
« Resposta #60 Online: 03 de Julho de 2009, 18:23:12 »
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Por que Zelaya rachou o país
Rodrigo López Schenkel hondurenho

Um líder eleito pela direita que acabou fazendo um governo populista de esquerda, surpreendendo até quem votou nele. A carreira e as opções políticas de Manuel Zelaya ajudam a explicar sua deposição, no domingo passado.

Latifundiário e originário de uma família abastada de fazendeiros, o presidente deposto elegeu-se em 2005 pelo conservador Partido Liberal de Honduras (PLH), em um resultado inesperado. Nesses quatro anos de governo, cumpriu algumas de suas principais promessas de campanha. Diminuiu o preço dos combustíveis no país e regulamentou a preservação das mais importantes reservas naturais de Honduras. Desde 2006, ano em que assumiu o cargo, aumentou em 60% o salário mínimo e conquistou parte dos pobres – cerca de 70% dos hondurenhos. Mas outra parte da população estava a cada dia mais insatisfeita.

As classes mais conservadoras, às quais também pertencem os integrantes do partido do presidente, viam com desconfiança suas ações populistas e sua tendência esquerdista. A situação piorou ainda mais quando Zelaya – ou Mel, como gosta de ser chamado – aliou-se ao polêmico presidente venezuelano, Hugo Chávez. Posteriormente, entrou na Alternativa Bolivariana para as Américas (Alba) – integrada por países como Cuba, Equador, Bolívia e a própria Venezuela.

Seu governo também era descrito como frágil e não conseguia apagar as manchas da criminalidade e da pobreza. A gota d’água, porém, veio na semana passada. Zelaya confrontou o Congresso e a Suprema Corte do país ao destituir o chefe do Estado-Maior das forças armadas, por divergências sobre a convocação de uma consulta marcada para domingo passado, sobre uma mudança na Constituição.

A reforma constitucional, segundo críticos, visava apenas viabilizar a reeleição presidencial. Muitos hondurenhos temiam que Zelaya traísse suas promessas democráticas e fizesse uso de suas novas amizades para se perpetuar na presidência – como fez o próprio Chávez, aliás.

Há quem diga que Zelaya sabia o que estava fazendo. Ao forçar uma mudança constitucional para conseguir a chance de se reeleger, armou também uma cilada para os militares, que caíram nela, transformando um líder impopular, quase no final de mandato, em um personagem internacional célebre.

Essas contradições provocaram uma situação irônica e até um mal-estar entre os líderes mundiais. Nações democráticas como os Estados Unidos e a Grã-Bretanha, por exemplo, acabaram do mesmo lado de regimes autoritários como o cubano e o venezuelano, defendendo com unhas e dentes um presidente protagonista de cenas estranhas, como comer um melão durante entrevista transmitida em cadeia nacional de TV – e também acusado de ultrapassar os limites da democracia.

fonte: http://zerohora.clicrbs.com.br/zerohora/jsp/default2.jsp?uf=1&local=1&source=a2567091.xml&template=3898.dwt&edition=12637&section=1015


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“Não queremos uma guerra aqui”
ENTREVISTA: Rodrigo López Schenkel, hondurenho

Filho de mãe gaúcha, o hondurenho Rodrigo López Schenkel, 28 anos, votou em Manuel Zelaya em 2005, mas hoje é contrário ao presidente deposto. López acompanha com preocupação a situação de Honduras e transformou o Twitter (microblog na internet) em porta-voz dessas ansiedades. Tenta mostrar o que, na sua opinião, a CNN e outras redes internacionais não mostram: a rejeição a Zelaya por parte da população. Em entrevista por telefone a Zero Hora, ele conta, em português impecável, como está a situação em seu país:

Zero Hora – Como você está vendo a situação?

Rodrigo López Schenkel – O partido de Manuel Zelaya, o Partido Liberal de Honduras, é de tendência conservadora, e durante toda sua vida ele atuou como conservador. Eu votei neste cara. Zelaya ganhou por uma margem pequena de votos. Depois de um ano, ele começou a fazer visitas a Chávez (Hugo Chávez, presidente venezuelano). Depois, começou a se atirar mais para a esquerda, fazendo um discurso populista, prometendo aos pobres de Honduras que não teriam mais fome. Ganhou muitos seguidores.

ZH – A população está dividida?

López – O pessoal que conheço, meus amigos, familiares, colegas de trabalho, não estão a favor do presidente. Pelo menos 70% da população está contra a sua volta. Mas a gente sabe que há agentes venezuelanos e cubanos infiltrados, que estão pagando para os caras fazerem essas manifestações a favor de Zelaya. Dão US$ 10 para que apoiem Zelaya.

ZH – Zelaya promete voltar no fim de semana. O que o senhor acredita que acontecerá?

López – Ele diz que virá com Cristina Kirchner (presidente argentina). O novo governo já disse que, no momento em que ele pisar no território de Honduras, vai ser preso. Mas se ele vier com esses aliados de Chávez, o que vão fazer, vão se colocar na frente do Zelaya para que não seja preso? O que não queremos aqui é uma guerra.

ZH – E o que o senhor pensa da posição adotada pela OEA e pelas Nações Unidas?

López – Eles estão mal-informados. Achávamos que os países que lutam pela democracia iam ficar do nosso lado. Está tão claro que Zelaya é um ditador, um tirano, por que estão do lado dele?

ZH – O que o senhor acha da posição do Brasil?

López – Eu li o que presidente Luiz Inácio Lula da Silva falou e fiquei muito decepcionado, porque sempre o apoiei. Ele disse: “A gente tem que condenar isso porque pode virar moda”. Olha só! Ele está com medo? O problema é que os outros estão dizendo isso porque têm medo de que o povo faça o mesmo em seus países, tirem os políticos corruptos do poder. Estamos indignados porque o mundo quer tirar essa vitória da gente.

fonte: http://zerohora.clicrbs.com.br/zerohora/jsp/default2.jsp?uf=1&local=1&source=a2567092.xml&template=3898.dwt&edition=12637&section=1015


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Re: ONU deve se reunir na segunda-feira para debater crise em Honduras
« Resposta #61 Online: 03 de Julho de 2009, 21:57:53 »
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Suprema Corte de Honduras rejeita ultimato da OEA

A Suprema Corte de Honduras rejeitou o ultimato da Organização dos Estados Americanos (OEA) que exigiu a volta do presidente deposto, Manuel Zelaya, ao poder no máximo até domingo.

Segundo a agência AP, Insulza se reuniu durante duras horas com Jorge Rivera, presidente da Suprema Corte de Honduras, que autorizou o golpe de Estado que tirou Zelaya do poder no último domingo.

"Insulza pediu que Honduras restituísse Zelaya, mas o presidente da Corte respondeu categoricamente que existe um mandado de prisão para ele", disse Danilo Izaguirre, porta-voz do Tribunal. "Agora, a OEA terá de decidir o que quer fazer."

Insulza não fez nenhum comentário ao sair da reunião. Na quarta-feira, a OEA ameaçou suspender Honduras da instituição se Zelaya não voltar ao poder em 72 horas, prazo que acabaria no próximo domingo.

Manifestações

O chefe da OEA visitou Honduras em um dia marcado por manifestações a favor e contrárias a Zelaya. Cada um dos grupos conseguiu juntar entre 10 mil e 15 mil pessoas, que tomaram as ruas de forma pacífica.

Roberto Micheletti, presidente interino, liderou uma mobilização contra Zelaya em frente à Casa Presidencial, na qual os presentes seguravam cartazes com dizeres como "estamos com a paz e a democracia" e "viva a Constituição". "Isto não é um golpe, isto não é um golpe", gritou Micheletti.

Os seguidores de Zelaya marcharam pelas ruas próximas à sede do governo em direção à sede da OEA. As pessoas seguravam cartazes que diziam "queremos Mel (Zelaya) já", "gorilas, saiam do poder" e "seja bem-vindo Insulza, obrigado por restituir Mel como presidente".

http://ultimosegundo.ig.com.br/mundo/2009/07/03/suprema+corte+de+honduras+rejeita+ultimato+da+oea+7106938.html

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Re: ONU deve se reunir na segunda-feira para debater crise em Honduras
« Resposta #62 Online: 04 de Julho de 2009, 12:54:58 »
Tendo a apoiar a atitude do exércido.

Tem que cortar as asinhas desse aspirante a Chávez logo no começo, antes que ele se torne um ditador

Então voce é contra a Democracia? Sim, porque ele foi eleito democraticamente.

Nada justifica a atitude do exercíto. Quem tem que depor é o povo, nas urnas.

Ou negar seu plesbicito, como fizeram com o Chávez, aliás. Não ir de madrugada com os milicos e expulsar o cara do país sem sequer deixar ele tirar o pijama !

E parece que ainda não entraram num acordo, eita...
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Re: ONU deve se reunir na segunda-feira para debater crise em Honduras
« Resposta #63 Online: 04 de Julho de 2009, 13:00:29 »
Adoro este fórum.

Presidente convoca, respaldado por 400.000 assinaturas, um plebiscito não-vinculante sobre se deve pôr-se uma urna para convocar uma constituinte nas próximas eleições, a Constituição do pais sendo explícita, em seu 2º artigo, acerca desse tipo de medidas.

Exército da um golpe, apoiado pelos tribunais e o parlamento, fecha os meios de comunicação, corta a eletricidade, expulsa a prensa extranjeira, prende prefeitos de esquerda, estabelece o toque-de-queda.

Todos os países do mundo, cujas autoridades evidentemente não sabem nada de direito, condenam o golpe de Estado e exigem a volta do presidente.

Mas 4 iluminados do Clube Cético, que provavelmente se diriam democratas, tentam, de forma infantil e sem nenhum rigor legal, justificar o tal do golpe.

É maravilhoso.

Bom, 'Eriol que agora assina como Rodrigo', 4 membros não são o CC.

Mas pelo menos em todo caso você voltou, porque adora o fórum !   :P Ei, mas você estava sendo cínico ?  ::)
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Re: ONU deve se reunir na segunda-feira para debater crise em Honduras
« Resposta #64 Online: 04 de Julho de 2009, 16:10:40 »
Adoro este fórum.

Presidente convoca, respaldado por 400.000 assinaturas, um plebiscito não-vinculante sobre se deve pôr-se uma urna para convocar uma constituinte nas próximas eleições, a Constituição do pais sendo explícita, em seu 2º artigo, acerca desse tipo de medidas.

Exército da um golpe, apoiado pelos tribunais e o parlamento, fecha os meios de comunicação, corta a eletricidade, expulsa a prensa extranjeira, prende prefeitos de esquerda, estabelece o toque-de-queda.

Todos os países do mundo, cujas autoridades evidentemente não sabem nada de direito, condenam o golpe de Estado e exigem a volta do presidente.

Mas 4 iluminados do Clube Cético, que provavelmente se diriam democratas, tentam, de forma infantil e sem nenhum rigor legal, justificar o tal do golpe.

É maravilhoso.

Bom, 'Eriol que agora assina como Rodrigo', 4 membros não são o CC.

Mas pelo menos em todo caso você voltou, porque adora o fórum !   :P Ei, mas você estava sendo cínico ?  ::)

Leu a parte da notícia que diz assim: "FOI ELEITO PARA UM ÚNICO MANDATO E A CONSTITUIÇÃO NÃO PERMITE REELEIÇÃO" ?

E o resto do mundo apoiar um idiota não é coisa inédita, basta ver que um bando de iluminados adora o F*DE* Castro e ainda acham que Cuba é uma democracia apesar de ter um candidato único de partido único.

Na verdade, a existência de gente como o F*de* Castro ou Chapolim Colorado  é a prova de que o ser humano se comporta como gado.

Basta alguém falar que o cara é um "intelectuá" da esquerda e mostrar um punhado de capim que todo mundo segue para o curral.



« Última modificação: 04 de Julho de 2009, 20:19:55 por Arcanjo Lúcifer »

Offline Arcanjo Lúcifer

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Re: ONU deve se reunir na segunda-feira para debater crise em Honduras
« Resposta #65 Online: 04 de Julho de 2009, 16:16:47 »
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    ONU deve se reunir na segunda-feira para debater crise em Honduras

    A Assembleia geral das Nações Unidas deverá se reunir em caráter de emergência na segunda-feira (29) para analisar a crise em Honduras, onde o presidente Manuel Zelaya foi derrubado e expulso para a Costa Rica, anunciou um porta-voz neste domingo.
    O presidente da Assembleia geral, Miguel D'Escoto, agendou a reunião para segunda-feira às 13h de Brasília, a pedido do embaixador hondurenho na ONU, Jorge Reina Idiaquez, declarou o porta-voz de D'Escoto, Enrique Yeves.

    Expulsão

    Neste domingo, o presidente do Congresso de Honduras, Roberto Micheletti, foi designado pelo Parlamento à presidência do país no lugar de Manuel Zelaya, preso e expulso para a Costa Rica pelos militares. Uma de suas primeiras medidas foi decretar um toque de recolher no país por 48 horas.

    Micheletti, até hoje presidente do Congresso, assegurou que receberia "com muito gosto" Zelaya se ele então desejar retornar, mas sem o apoio do governante da Venezuela, Hugo Chávez.
     

    O Congresso decidiu por unanimidade "desautorizar" Zelaya devido a sua "conduta claramente irregular", às suas "repetidas violações da Constituição e das leis" e a seu "desrespeito das resoluções e decisões dos órgãos institucionais".

    Em consequência, decidiu "lhe retirar o cargo de presidente da República de Honduras" e nomear em seu lugar o presidente do Congresso, Roberto Micheletti, até o dia 27 de janeiro de 2010, quando expira o mandato de Zelaya.

    Eleito para um mandato de quatro anos não renovável, Zelaya tinha convocado neste domingo uma consulta popular, considerada ilegal pela Corte Suprema, para emendar a Constituição e poder disputar um segundo mandato no dia 29 de novembro.

    O golpe

    O presidente de Honduras, Manuel Zelaya, foi detido neste domingo pelo Exército antes da realização de um polêmico referendo no País. Ele foi levado por soldados a uma base aérea próxima à residência presidencial e enviado para a Costa Rica.

    O Poder Judiciário de Honduras respaldou a ação das Forças Armadas de deter e deportar Zelaya. Fora das fronteiras do País, no entanto, o chefe de Estado recebeu um forte apoio da comunidade internacional, que condenou a deposição do líder.

    Em San José, capital da Costa Rica, onde se encontra como "hóspede", Zelaya anunciou sua intenção de terminar seu mandato e negou em declarações à emissora "CNN" em espanhol ser o autor de uma carta de renúncia lida hoje no Congresso hondurenho e aceita por seus membros, reunidos em sessão extraordinária.

    "Nunca renunciei e nunca vou utilizar esse mecanismo", disse o chefe de Estado.

    "O que estou deduzindo agora é que não é um golpe militar, é uma conspiração" político-militar contra a democracia, assegurou Zelaya.

    O Brasil

    O Governo brasileiro condenou "de forma veemente" o golpe de Estado que tirou o presidente José Manuel Zelaya do poder e pediu que ele seja reposto, em comunicado divulgado no início desta tarde. "Ações militares desse tipo configuram atentado à democracia e não condizem com o desenvolvimento político da região", afirma a nota.

    Reação

    Em uma reunião de emergência em Washington, a Organização dos Estados Americanos (OEA) condenou o que chamou de "golpe de Estado" em Honduras.

    A OEA se havia dito preocupada com as consequências que um enfrentamento entre os diferentes poderes poderia ter sobre "o processo político institucional democrático e o exercício legítimo do poder".

    O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, pediu a Honduras que "respeite as normas democráticas e o Estado de direito". A prisão de Zelaya também foi condenada pela União Européia.

    O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, aliado político de Zelaya, acusou o "império ianque" pela derrubada do presidente hondurenho.

    http://ultimosegundo.ig.com.br/mundo/2009/06/28/nacoes+unidas+se+reunem+segunda+feira+sobre+crise+em+honduras+porta+voz+7008929.html
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    Entenda a origem da crise em Honduras

    A crise política em Honduras que levou à detenção e ao exílio do presidente Manuel Zelaya pelo Exército do país, neste domingo, teve origem num enfrentamento do mandatário com os outros poderes estabelecidos do país: o Congresso, o Exército e o Judiciário. A BBC preparou uma série de perguntas e respostas que ajudam a explicar como se produziu a crise.

    - Qual a origem da crise?

    O presidente Manuel Zelaya queria que as eleições gerais de 29 de novembro - quando seriam eleitos o presidente, congressistas e lideranças municipais - tivesse mais uma consulta, sobre a possibilidade de se mudar a Constituição do país.

    Segundo sua proposta, os eleitores decidiriam nessa consulta se desejavam que se convocasse uma Assembleia Constituinte para reformar a Carta Magna.

    Os críticos de Zelaya afirmam que sua intenção é mudar o marco jurídico do país para poder se reeleger, o que é vetado pela atual Constituição.

    - O que se planejava para este domingo?

    Seria uma consulta sobre a consulta.

    Os eleitores teriam que responder sim ou não à seguinte pergunta: "Está de acordo com que nas eleições gerais de novembro de 2009 se instale uma quarta urna para decidir sobre a convocação de uma Assembleia Constituinte que aprove uma nova Constituição política?".

    - O que decidiu o Congresso sobre a consulta de domingo?

    O Congresso hondurenho aprovou uma nova lei que regulamenta os referendos e os plebiscitos e invalida juridicamente a consulta.

    A nova legislação impede a realização de consultas 180 dias antes e depois das eleições gerais.

    O presidente do Congresso, Roberto Micheletti, que é do mesmo partido que Zelaya, o Partido Liberal, afirmou que a consulta não teria validade jurídica e que pela atual Constituição ela seria considerada um delito.

    A proposta de Zelaya era rechaçada por Micheletti, que afirma que o presidente pretendia se perpetuar no poder.


    - Zelaya pretendia se lançar candidato à reeleição?

    O mandato de Zelaya terminaria em janeiro de 2010, e a atual Constituição veta a reeleição do presidente.

    Zelaya, que foi eleito em 2005, negou que pretendesse continuar no poder além dos quatro anos para os quais foi eleito.

    Segundo ele, uma eventual mudança constitucional seria válida apenas para seus sucessores.

    - Qual a posição do Exército?

    Zelaya destituiu o chefe do Estado Maior Conjunto das Forças Armadas, o general Romeo Vázquez, que havia se negado a apoiar a logística para a consulta deste domingo, declarada ilegal pelo Congresso.

    Após a demissão de Vázquez, o ministro da Defesa, Ángel Edmundo Orellana, e outros comandantes militares também renunciaram.

    Porém a remoção de Vázquez ordenada por Zelaya foi revertida na sexta-feira pela Suprema Corte de Justiça, que aceitou dois recursos contra a decisão do presidente.

    O Exército mobilizou na sexta-feira efetivos para prevenir possíveis distúrbios por parte de organizações populares e indígenas, que apoiam Zelaya.

    http://ultimosegundo.ig.com.br/bbc/2009/06/28/entenda+a+origem+da+crise+em+honduras+7005917.html

    Coloquei em vermelho para vc não precisar ter o trabalho de ler tudo se não quiser.

    « Última modificação: 04 de Julho de 2009, 16:19:29 por Arcanjo Lúcifer »

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    Re: ONU deve se reunir na segunda-feira para debater crise em Honduras
    « Resposta #66 Online: 04 de Julho de 2009, 17:57:42 »
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    Zelaya ratifica que chegará a Honduras no domingo

    O presidente de Honduras, Manuel Zelaya, ratificou neste sábado que voltará a Tegucigalpa no domingo, acompanhado de "vários presidentes". Ele também pediu a seus simpatizantes que o recebam sem armas e advertiu aos que o derrubaram que "estão cercados".

    "Vamos nos apresentar no aeroporto, em Tegucigalpa, com vários presidentes, vários membros da comunidade internacional. Neste domingo, estaremos em Tegucigalpa abraçando-os, acompanhando-os para fazer valer o que tanto defendemos em nossa vida, que é a vontade de Deus através da vontade do povo", disse, em dicurso transmitido pela emissora venezuelana "Telesur".

    Após lembrar como foi tirado de seu país, no domingo passado, pelos militares, Zelaya disse que estes "estão em cumplicidade com a elite voraz que espreme e asfixia nosso povo", e fazem parte de um golpe que "colocou em evidência diante do mundo que, em Honduras, ainda há uma espécie de barbárie".

    "Esta é uma grande oportunidade para mostrar ao mundo que os hondurenhos são capazes de enfrentar estes problemas e de ir adiante, apesar desta seita criminosa que hoje pretende se apropriar dos destinos de nossa nação", acrescentou.

    Aviso

    Chamou os militares de "golpistas traidores" e os pediu para "retificar no menor tempo possível". Advertiu que "estão cercados" e que "terão que prestar conta pelo genocídio que estão cometendo".

    Sobre seu retorno, insistiu em que será o do presidente eleito pelo povo e ressaltou que seus simpatizantes não devem levar armas, pois "devem praticar o que eu sempre preguei: a não violência".

    Reunião da OEA

    O presidente deposto de Honduras, Manuel Zelaya, participará neste sábado da Assembléia Geral extraordinária da Organização dos Estados Americanos (OEA), em Washington, que pode decidir pela expulsão de seu país do organismo, informou o secretário-geral adjunto Albert Ramdin.

    Zelaya "participará da Assembléia Geral", indicou Ramdin, uma hora antes do início de uma reunião prévia à Assembléia - que acontecerá a portas fechadas.

    http://ultimosegundo.ig.com.br/mundo/2009/07/04/zelaya+ratifica+que+chegara+a+honduras+no+domingo+7117940.html
    Citar
    OEA está pronta para suspender Honduras do órgão

    A Organização dos Estados Americanos (OEA) se reúne de forma extraordinária neste sábado para decidir se vai suspender Honduras da organização, depois que o presidente interino daquele país se recusou a reinstaurar Manuel Zelaya no poder.

    A decisão de Honduras de se distanciar do grupo regional aconteceu depois que o governo de transição rejeitou uma exigência da OEA de restaurar Zelaya, derrubado por tropas militares na pior crise política na América Central desde a invasão do Panamá, em 1989.

    Honduras, um país pobre que depende da exportação de café e têxteis, pode se tornar o segundo país na história a ser suspenso pelo mais importante organismo diplomático das Américas. O primeiro foi Cuba, depois que Fidel Castro instituiu um governo socialista na ilha.

    Depois de dar um prazo de 72 horas para Honduras, o secretário-geral da OEA, José Miguel Insulza, disse que o governo interino não mostrou interesse algum em reinstaurar Manuel Zelaya.

    O presidente expulso havia enervado a oposição ao levar adiante uma tentativa de acabar com os limites da reeleição presidencial e aliar-se ao presidente esquerdista da Venezuela, Hugo Chávez.

    "Há uma ruptura da ordem constitucional e aqueles que fizeram isso não têm intenção, neste momento, de mudar essa situação", Insulza disse a repórteres em Tegucigalpa, a capital do país de sete milhões de habitantes.

    A OEA, baseada em Washington DC, EUA, vai se reunir para uma sessão extraordinária neste sábado para discutir a crise.

    O governo Obama, países da Europa e os aliados de esquerda do presidente derrubado já cunharam a retirada de Zelaya de um golpe militar e condenaram o movimento. Mas o governo interino disse que apenas sacou legalmente do poder um presidente que estava violando a constituição.

    O governo interino manteve o tom de desafio e anunciou que renunciaria ao estatuto da OEA, um passo para sair da organização.

    "É melhor pagar esse preço alto ... que viver de forma indigna e abaixar nossas cabeças às exigências de governos estrangeiros", disse Roberto Micheletti, o presidente interino nomeado pelo Congresso de Honduras depois que Zelaya foi derrubado.

    Alguns dos aliados de esquerda de Zelaya disseram que viajariam com o presidente exilado para Honduras no sábado, mas o plano pode ser suspenso por conta da disputa com a OEA.

    Disputa de forças

    A crise tornou-se um teste para o presidente americano Barack Obama numa região onde ele tenta melhorar a imagem dos Estados Unidos e onde Chávez está espalhando sua mensagem de revolução socialista para conter a influência de Washington.

    Os EUA criticaram o golpe e decidem na semana que vem se cortam a ajuda econômica a Honduras, um dos países mais pobres das Américas. Mas o governo Obama deixou a OEA tomar as rédeas na resolução da crise.

    As disputas internas não afetaram o fornecimento de café, apesar de países vizinhos da América Central terem realizado um bloqueio de dois dias em protesto ao golpe.

    http://ultimosegundo.ig.com.br/mundo/2009/07/04/oea+esta+pronta+para+suspender+honduras+do+orgao+7115948.html

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    Re: ONU deve se reunir na segunda-feira para debater crise em Honduras
    « Resposta #67 Online: 05 de Julho de 2009, 09:22:51 »
    Citar
    Neste domingo, estaremos em Tegucigalpa abraçando-os, acompanhando-os para fazer valer o que tanto defendemos em nossa vida, que é a vontade de Deus através da vontade do povo

    Querendo conquistar o povão pelo ponto fraco né  :biglol:
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    Re: ONU deve se reunir na segunda-feira para debater crise em Honduras
    « Resposta #68 Online: 05 de Julho de 2009, 16:20:35 »
    Governo interino de Honduras diz que não vai deixar Zelaya aterrissar

    Enrique Ortez, chanceler do governo interino de Honduras, anunciou que as autoridades não pretendem permitir a aterrissagem do avião do presidente deposto Manuel Zelaya, que prometeu voltar ao país neste domingo.

    "Está proibido de aterrissar a aeronave que estiver trazendo o ex-presidente, independentemente de quem vier junto e de qual aeronave seja", declarou, em entrevista a uma rádio local.

    No sábado, Zelaya anunciou em Washington sua intenção de regressar neste domingo a Tegucigalpa, apesar de alguns países membros da Organização dos Estados Americanos (OEA) terem recomendado o adiamento da viagem por motivos de segurança.

    O ex-embaixador de Honduras na OEA, Carlos Sosa, anunciou que o avião de Zelaya deve sair "por volta das 10h00 (14h00 GMT) de Washington para Honduras", chegando "às 15h00 (21h00 GMT)" a Tegucigalpa.

    Declaração

    O presidente deposto de Honduras, Manuel Zelaya, afirmou no sábado que iria regressar ao país neste domingo, mesmo diante da ameaça de que seja preso ao fazê-lo. O governo interino hondurenho, instaurado após a deposição de Zelaya no domingo passado, diz que o presidente afastado cometeu 18 delitos, entre eles traição à pátria.

    O anúncio do presidente foi feito em uma gravação enviada à emissora de televisão regional Telesur.

    Em uma entrevista à BBC, a vice-chanceler hondurenha, Martha Lorena de Casco, afirmou que, se o líder afastado regressar, "nós estaremos em uma situação muito ruim, porque ele será preso imediatamente".

    O presidente eleito hondurenho está em Washington, acompanhando a reunião de emergência da Organização dos Estados Americanos (OEA).

    Zelaya disse que virá acompanhando de outros líderes latino-americanos, entre eles a presidente da Argentina, Cristina Fernandez de Kirchner, e o líder do Equador, Rafael Corrêa.

    Zelaya conclamou seus correligionários a ir às ruas recebê-lo, mas adotou um tom apaziguador, ao dizer que o façam "desarmados".

    O líder deposto usou termos fortes para se referir aos representantes do governo interino, chamando-os de "Judas, que me beijaram no rosto, para, em seguida, realizar um forte golpe contra nosso país e nossa democracia".

    Igreja Católica

    No sábado, o cardeal Óscar Rodriguez, líder da Igreja Católica hondurenha, havia pedido, em um pronunciamento feito à TV do país, que o presidente afastado não regressasse a Honduras, uma vez que isso poderia causar um "banho de sangue".

    Na sexta-feira à noite, o governo interino de Honduras anunciou sua retirada da OEA, se antecipando à provável suspensão do país da entidade.

    Ainda na sexta, o secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), José Miguel Insulza, veio a Tegucigalpa, para tentar negociar um fim ao impasse político no país.

    Mas os representantes da Suprema Corte, da classe política e do clero com quem Insulza se reuniu teriam se mostrado irredutíveis em relação à condição sine qua non manifestada pelo líder da OEA, de que Zelaya possa voltar ao país.

    Neste sábado, a capital hondurenha viveu um "ensaio" do clima que poderá acometer a cidade caso Zelaya cumpra a promessa de regressar.

    Milhares de manifestantes favoráveis ao presidente afastado marcharam desde o centro da cidade até a região do aeroporto de Toncontin, carregando cartazes e faixas em defesa de Zelaya.

    Os líderes da organização procuraram adotar um tom sereno, elogiando o trabalho da polícia, que autorizou a manifestação, e enfatizando o caráter pacífico da organização.

    Eles só se mostraram menos contidos ao dar uma estimativa sobre o número de presentes ao evento.

    Do alto de um carro de som, um dos organizadores disse que a passeata reuniu 400 mil pessoas, o que representaria mais da metade da população de Tegucigalpa.

    http://ultimosegundo.ig.com.br/mundo/2009/07/05/honduras+governo+diz+que+nao+vai+deixar+zelaya+aterrissar+7127914.html

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    Re: ONU deve se reunir na segunda-feira para debater crise em Honduras
    « Resposta #69 Online: 05 de Julho de 2009, 16:30:34 »
    A igreja católica não tem que dar pitaco em nada.

    Vão vigiar os padres, vai que eles estão molestando o coroinha.
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    Re: ONU deve se reunir na segunda-feira para debater crise em Honduras
    « Resposta #70 Online: 05 de Julho de 2009, 22:42:45 »
    E o direito a autodeterminação dos povos vem sendo pisoteado pela própria ONU que deveria incentivá-lo.

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    Re: ONU deve se reunir na segunda-feira para debater crise em Honduras
    « Resposta #71 Online: 06 de Julho de 2009, 08:25:42 »
    Honduras: avião de Zelaya é impedido de pousar em Tegucigalpa



    O presidente deposto de Honduras, Manuel Zelaya, desembarcou em El Salvador na noite de domingo, depois de uma dramática tentativa de voltar ao país, uma semana depois de ter sido tirado do poder por militares.

    O avião que levava Zelaya foi impedido de aterrissar no aeroporto da capital hondurenha, Tegucigalpa, onde a pista de pouso foi bloqueada por soldados e veículos militares.

    Um jovem de 19 anos morreu quando soldados dispersaram uma multidão de simpatizantes de Zelaya reunidos no local.

    Já em El Salvador, Zelaya se encontrou com o presidente Mauricio Funes e dos líderes Cristina Kirchner (Argentina), Rafael Correa (Equador) e Fernando Lugo (Paraguai), além de representantes da Organização dos Estados Americanos (OEA).

    Em uma entrevista coletiva, ele fez um apelo para que o Exército hondurenho pare com o que chamou de "repressão" a seus compatriotas.

    Protestos

    Zelaya estava em Washington e esperava poder desembarcar em Honduras, apesar dos alertas do governo interino para que não fizesse a tentativa.

    Por telefone, dentro do avião, o presidente deposto afirmou que os soldados leais ao novo governo bloquearam a pista de pouso e o alertaram que poderiam atacar o avião caso a aeronave tentasse pousar.

    Zelaya enviou uma mensagem ao comandante do Exército hondurenho, general Romeo Vazquez.

    "General, não destrua seu próprio povo e sua própria família. Nos ajude a tentar convencê-los (os responsáveis pela deposição do presidente) a reconsiderarem suas ações. O povo está nas ruas e eles não podem governar."

    "Eles (os que depuseram o presidente) foram rejeitados por todos os países do mundo. Pare seus soldados, general, peço isso a você com todo meu amor como um cidadão hondurenho e como seu amigo. Pare o massacre em nome de Deus", pediu Zelaya.

    Milhares de pessoas tentaram chegar ao aeroporto quando o avião de Zelaya deixou Washington tentando voltar para Honduras.

    Os soldados dispararam gás lacrimogêneo contra os manifestantes no aeroporto de Tegucigalpa e arredores, que teriam respondido com pedras, e a multidão invadiu um cordão de isolamento enquanto esperava pelo avião de Zelaya.

    Segundo informações de hospitais locais e da polícia, além do manifestante morto, outras pessoas ficaram feridas no confronto.

    Os militares - com o apoio do Congresso e do Judiciário de Honduras - retiraram Zelaya da presidência no dia 28 de junho, um ato que foi condenado pela comunidade internacional e que resultou na suspensão de Honduras da OEA.

    http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2009/07/090706_honduraszelayaml.shtml
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    Re: ONU deve se reunir na segunda-feira para debater crise em Honduras
    « Resposta #72 Online: 06 de Julho de 2009, 08:32:21 »
    Honduras: modelo de Zelaya é Lula e não Chávez, diz ministro deposto

    O ministro da Cultura do governo afastado de Honduras, Rodolfo Pastor, afirmou, em entrevista exclusiva à BBC, que o modelo predileto do presidente deposto do país Manuel Zelaya é o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

    Zelaya tem sido acusado frequentemente por simpatizantes do governo interino do país de ter no venezuelano Hugo Chávez a sua principal fonte de inspiração.

    "O presidente Zelaya sempre se sentiu mais atraído pela forma de trabalhar do presidente Lula e pelo modelo brasileiro do que por qualquer outro", afirmou Pastor.

    O ex-titular da Cultura deu entrevista à BBC Brasil, à BBC Mundo e à BBC News em um local de Honduras que não pode ser revelado, a pedido do entrevistado, uma vez que ele - assim como outros integrantes da administração deposta - está na clandestinidade, temendo retaliações por parte do governo interino.

    De acordo com Pastor, Zelaya possui "um afeto muito profundo pelo povo pobre e um compromisso de trabalhar com esse povo. É algo que nenhum outro líder hondurenho havia explicitado, a intenção de lutar pela gente pobre deste país".

    "E nisso, ele se identifica completamente com o presidente Lula", comenta.

    Tanto é assim, acrescenta, "que vários conselheiros e ideólogos do presidente Lula foram enviados a Honduras para dar consultoria em programas do governo, como (o assessor especial da Presidência da República) Marco Aurélio Garcia".

    Inspiração chavista

    No entender de Pastor, a tentativa de atrelar Zelaya a Chávez foi exacerbada por grupos que ele acusa de controlarem os meios de comunicação do país.

    "Tivemos que enfrentar um grupo de quatro pessoas que controla 90% dos jornais e 80% das transmissões de rádio e TV neste país, e essas pessoas puderam apresentar à população a sua versão do nexo entre presidente Zelaya e presidente Chávez."

    O ministro afastado não nega que exista um elo forte entre os dois líderes e que foi esta ligação que fez com que Honduras viesse a integrar a Aliança Bolivariana para o Povo da Nossa América (Alba), a aliança comercial comandada pela Venezuela e que conta ainda com Antígua, Bolívia, Cuba, Equador, República Dominicana, Nicarágua e São Vicente.

    "É um nexo que existe. O presidente Zelaya trouxe o presidente Chávez ao país para firmar, em um ato público, a adesão de Honduras ao convênio da Alba. E através deste convênio, o presidente resolveu problemas que são estratégicos ao país", afirma.

    "O presidente resolveu o problema de abastecimento do petróleo graças a um valor preferencial oferecido pela Venezuela. A reação com o presidente Chávez era uma relação estratégica, mas nunca pudemos explicar à população que não era nada mais do que isso. Apresentou-se como se esta fosse uma relação perigosa."

    Pastor nega também que a intenção do líder deposto em promover uma consulta popular, em 28 de junho, mesmo dia em que acabou sendo afastado do poder, tenha sido uma inspiração venezuelana.

    "Não sei se começou na Venezuela. Desde os 2 anos de idade, fui criado nos Estados Unidos. E lá, em todas as eleições, há possibilidades de referendos sobre propostas específicas, que podem ser desde o matrimônio homossexual até o aborto. É algo perfeitamente normal desde que sou jovem. Me custa pensar que o plebiscito ou que a pergunta direta ao eleitorado seja algo inventado por venezuelanos."

    Violência e guerra civil

    Pastor diz que, dos ministros que estão na clandestinidade ele, provavelmente, é um dos que teria menos a temer, uma vez que não haveria mandados de prisão em seu nome. Mas, ainda assim, afirma ter receios.

    “Eu tenho preocupações, é claro. Sei que já fui seguido e que pessoas já relataram ter sido detidas e perseguidas. Pretendo deixar o país. Já recebi ofertas de pessoas no exterior. E o farei, a não ser que o presidente regresse, e as coisas tomem um rumo inesperado.”

    Mas ele é cético de que o regresso de Zelaya, por si só, possa sanar a situação no país.

    "As pessoas estão mantendo expectativas difíceis de serem cumpridas. E o nível de confrontação no país está muito elevado. A única coisa que posso antever é mais violência. Nunca se sentiu em Honduras um risco de guerra civil. Hoje, sim, existe esse perigo. Porque há uma ampla base social para as duas posições, que estão completamente polarizadas."

    http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2009/07/090706_hondurasministroml.shtml
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    Re: ONU deve se reunir na segunda-feira para debater crise em Honduras
    « Resposta #73 Online: 06 de Julho de 2009, 18:22:28 »
    que tristeza quando o poder sobe na cabeça das pessoas...

    Citação de: [url=http://][/url]
    Golpe em Honduras 'não vai durar 2 ou 3 meses', diz Amorim

    Segundo o chanceler, para o governo brasileiro, a solução para a crise em Honduras tem de passar pelo retorno do presidente deposto, Manuel Zelaya, ao poder, embora sua tentativa de retornar ao país na noite de domingo tenha fracassado.

    Amorim afirmou que “o novo governo (hondurenho) sequer tem legitimidade para conduzir as eleições” e, por este motivo, é preciso encontrar uma solução rápida para o golpe de Estado no país.

    “Se eles (os golpistas) tiverem uma atitude de intransigência, de teimosia, o temor é de que isso gere mais demonstrações (populares) e que elas sejam reprimidas com violência, o que vai agravar muito a situação”, afirmou.

    “Não há nenhum país no mundo que se disponha sequer a ter relações diplomáticas com os golpistas. A situação deles é insustentável”, afirmou o chanceler.

    Amorim disse ainda que os golpistas “são um tipo de direita que não tem mais lugar nem cabimento na América Latina”.

    http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2009/07/090706_amorim_honduras_df_cq.shtml
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    Re: ONU deve se reunir na segunda-feira para debater crise em Honduras
    « Resposta #74 Online: 06 de Julho de 2009, 22:08:01 »
    Honduras: modelo de Zelaya é Lula e não Chávez, diz ministro deposto
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