E caso as testemunhas estejam erradas, espero que sejam punidas devidamente. Para inibir comportamentos perniciosos, basta estabelecer punição para o que o adotam.
E caso as testemunhas estejam certas? Elas mereceriam uma recompensa?
Caso você tenha lido direito, notará que eu disse "E caso as testemunhas estejam erradas...". A expressão que utilizei não atribui certeza ou negação, antes traduz um momento de espera que deve anteceder qualquer julgamento a respeito de um caso que foi construído com base no depoimento de testemunhas. Não se trata de recompensar ninguém, Mosca. Cada um age de acordo aquilo que considera correto - ou não. No entanto, a partir do momento que resolvo apontar o dedo e julgar a atitude de alguém como incorreta, preciso estar consciente dos prejuízos que minha afirmação possa provocar. Aliás, é para isso que existe a disciplina dos chamados 'Crimes contra honra" bem como as "indenizações por dano moral'.
Ou você discorda que informações prestadas de forma irresponsável devam ser punidas e devidamente indenizadas? E repito: não estou afirmando que as testemunhas são mentirosas, apenas achei exagerada a exposição do italiano. Você já parou para pensar se nada for provado? Já pensou no prejuízo à honra desse cidadão? Ao contrário de muitos, tento ver os dois lados da moeda. Se ele cometeu o crime, deve sim, ser punido. Mas acho irresponsável o alarde que foi provocado unicamente com base em provas testemunhais.
Sua opinião é contrastante com a do tópico da professora dançarina:
Por mais que muita gente discorde, é fato que a sociedade, apesar de praticar, repele certos tipos de comportamento. Vida privada? Todos certamente tem direito à sua, mas daí a querer que os outros gostem e aceitem é um longo caminho.
Não, não é. Se você percebeu, muitos foristas aqui disseram que beijam os filhos de forma carinhosa. Conheço exímios pais que adotam o mesmo comportamento sem que isso desperte em mim qualquer interpretação duvidosa. O que estamos tratando aqui não é se o comportamento é repulsivo socialmente ou não, Mosca, mas se o comportamento do italiano realmente consistiu em um crime previsto em lei. E como testemunhas são pessoas e pessoas tem valores, nem sempre o que uma pessoa considera 'o fim do mundo' será assim considerado por outra pessoa.
E outra: estamos falando de alguém que tem outros costumes. Se ele é pedófilo ou não, creio que a polícia descobrirá e o punirá devidamente. No entanto, REPITO: O problema foi expor demais alguém e acusá-lo de um crime sem que se tenha certeza a respeito. No mínimo, a polícia deveria resguardar a identidade dos familiares e do italiano. Como está, ele já foi crucificado pela sociedade.
Não cabe prejulgar o italiano como pedófilo. Assim como não cabe prejulgar as testemunhas como 'carolas idiotas' e 'ignorantes'.
Aponte onde fiz isso, Mosca. Aponte onde eu atribuí calúnia ou perjúrio a quem quer que seja. Creio que você compreendeu o que eu quis dizer.
E o artigo de opinião apresentado não vale como argumento. As testemunhas são falhas e para isso que existe autoridades competentes, para que se apurarem os fatos. Em tempo: o turista assumiu os 'selinhos' e as tais 'carícias', apenas não julga como ato libidinoso. Então, que se apure sua possível inocência, primeiro. A saber se os gesto foram ingênuos; se foram excessivos, porém, sem malícia; ou se realmente houve malícia.
Sequer gostei do artigo, Mosca. Toquei no ponto de que, se o italiano for inocente, os prejuízos à honra dele serão, em sua grande parte, irreparáveis. Não estou questionando a inocência de quem quer que seja: acredito em algo chamado inquérito e devido processo legal. A lei e as autoridades devem apurar se houve crime e não permitir que a imprensa crucifique ou coloque asas de anjo antes do fim das investigações. Você entendeu isso?