Agora já é tarde para dizer isso... ao menos pode vir algo de novo.
Eu imagino que quantativamente sempre uma ditatura comunista será mais sanguinolenta que uma de direita, por causa de uma total ruptura da ordem anterior. É o que acontecem durante revoluções. Em ditaduras de direita o que ocorre é uma manutenção dos grupos de poder (a mudança apenas no corpo dirigente). Quando há uma ruptura, também ditaduras de direitas podem ser tão cruéis quanto. Foi o caso da Revolução Francesa, no período do Terror.
Existem vários motivos pelo qual as ditaduras de esquerda são mais sanguinolentas. Tem o espírito "revolucionário". Mais fanatismo. O sistema politico se infiltra mais na vida pessoal das pessoas (arrumar emprego, etc). E por fim, os ideais de esquerda centralizam mais o poder no governo.
Não é apenas isso. As ditaduras de esquerda procuram regular quase TUDO o que as pessoas fazem, emitem proibições estravagantes e estaparfúdias, em áreas nas quais as pessoas estão naturalmente acostumadas a terem como de sua exclusiva alçada (como nas relações familiares, na escolha da profissão, etc), se baseiam em teorias econômicas erradas que, quando falham e provocam tragédias econômico-humanitárias, aumentam a oposição...que é esmagada. E assim as coisas vão.
As ditaduras de direita, ao contrário, se limitam (em sua maioria) aos objetivos mais "clássicos": tomar e manter o poder, evitar a tomada de poder ou a implantação de políticas do campo oposto. Os efeitos disso passam quase despercebidos nas pessoas comuns, afetando apenas os adversários políticos (que costumam ser poucos, pois esses regimes não azucrinam tanto as pessoas comuns e nem procuram tanta sarna para se coçar como os esquerdistas). Além disso, quase sempre mantém a economia o mais "natural" possível. Isso evita problemas de desabastecimento e fome que costumam engrossar a fileira dos opositores.
Os maiores problemas trazidos pelas ditaduras de direita advêm de ditaduras personalistas com ditadores excênctricos, medidas oligárquicas (que dão privilégios à minoria, geralmente rica, em detrimento da maioria) ou então quando possuem algum inimigo interno ou externo definido contra o qual tudo vale (como a Alemanha nazista com os judeus).