Tem uma mátéria bem explicativa sobre o assunto:
http://emfogobaixo.blogspot.com/2007/09/o-rolo-telemar-oi-celular-gamecorp-na.html20/09/2007
O "rolo" Telemar - Oi Celular - Gamecorp - Na dúvida prestigie os concorrentes!.
A Telemar gastou R$ 5 milhões no final de 2004 e comprou 35% da empresa Gamecorp, de Fábio Luis Lula da Silva, filho do presidente da República. Agora, uma novidade: a Telemar continuou a derramar fundos, mensalmente, nessa empresa.
A título de patrocínio e produção para programas de TV da Gamecorp, a Telemar está pingando R$ 415,75 mil por mês para Lulinha, como Fábio é conhecido pelos amigos. Por ano, R$ 4,989 milhões. Os números são oficiais, fornecidos pela maior operadora de telefonia fixa brasileira, a própria Telemar.
O que diz a Telemar? O investimento vale a pena, pois os programas sobre videogames produzidos pela Gamecorp têm boa audiência e atingem o público alvo. O patrocínio se dá em programas transmitidos pela TV Bandeirantes e Mix TV. O comercial que aparece no ar é da Oi, a operadora de celulares da Telemar.
Essa é a explicação. Mas há coincidências nessa história. A Telemar só tem participação acionária nessa empresa que produz conteúdo, embora compre muita coisa de outros fornecedores. A ser notado também: antes de Lula ser presidente, a vida profissional do filho de Lula era bem menos recheada de sucesso.
No mais, outra comparação: a Telemar gasta, por ano, R$ 24,916 milhões com patrocínio e produções na TV Globo. Com a Gamecorp, são R$ 4,989 milhões. Ou seja Fábio Lulinha consegue o prodígio de arrancar da poderosa telefônica o equivalente a 20% do que a Telemar investe na Globo. Nada mal.
A transação chamou a atenção pelos valores e pelo fato de o mercado explorado pela Gamecorp não movimentar cifras expressivas. A oposição também estranhou o fato de o negócio ter sido intermediado pela empresa de consultoria de Antônio Marmo Trevisan, amigo de Lula. A Telemar justificou a operação, alegando ter sido uma mera opção de mercado, sem influências políticas. A Gamecorp também negou qualquer favorecimento.
Já se sabia que o biólogo Fábio Luís da Silva, um dos filhos do presidente Lula, se tornou milionário nos últimos dois anos fazendo negócios com a Telemar, a maior operadora de telefones do país. Também se sabia que, além de ser uma concessionária de serviço público, a Telemar é em parte uma empresa pública, pois 55% de suas ações pertencem ao Banco do Brasil, ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e a fundos de pensão de estatais. Na semana passada, descobriu-se que a relação da Telemar com Lulinha, como é conhecido o filho do presidente, é ainda mais estreita. Em primeiro lugar, o repasse da Telemar para Lulinha não se limitou a 5 milhões de reais, como se noticiou no ano passado, nem a 10 milhões de reais, como a empresa admitiu há duas semanas. A cifra é ainda maior: bate na casa dos 15 milhões de reais. O mais estranho é que, enquanto a Telemar abastecia o filho de Lula com recursos, o Palácio do Planalto preparava uma mudança na legislação que beneficiava a Telemar. O projeto foi abortado quando saiu das sombras a sociedade Lulinha-Telemar.A Telemar comprou 35% das ações da Gamecorp, a empresa da qual Lulinha é sócio, em dezembro de 2004. Pagou 5 milhões de reais. Há duas semanas, noticiou-se que, além dos 5 milhões de reais, a Telemar se comprometera a repassar outros 5 milhões de reais à Gamecorp em 2006. A justificativa oficial é um patrocínio a um programa de televisão produzido pela empresa do filho de Lula, cujos índices de audiência são desprezíveis. Ao confirmar o patrocínio de 5 milhões de reais, porém, a Telemar escondeu que já repassara à Gamecorp outros 5 milhões de reais, sob a mesma justificativa do patrocínio, no ano passado. Assim, os repasses da Telemar à empresa de Lulinha chegam a 15 milhões de reais. Cinco milhões a mais do que se admitira anteriormente. As coisas se complicam ainda mais quando se examinam as razões pelas quais a Telemar decidiu fazer do filho do presidente um alvo preferencial de seus investimentos.
Enquanto os negócios com Lulinha prosperavam, a Telemar articulava paralelamente uma transação cujo êxito dependia do governo: queria comprar a Brasil Telecom. Como a legislação brasileira proíbe que uma empresa seja dona de duas operadoras de telefonia ao mesmo tempo, o negócio só se viabilizaria com uma mudança na lei. A Telemar, no entanto, tinha tanta confiança de que a proibição legal seria removida que chegou até a fazer proposta de compra. mE julho do ano passado, o presidente da Telecom Italia, Paolo Dal Pino, que é sócio da Brasil Telecom, admitiu que recebera uma proposta da Telemar, mas manifestou sua estranheza. "Ou a Telemar está afrontando a legislação ou a proposta já faz parte de um plano da empresa para mudar a Lei Geral das Telecomunicações", dizia, então, Dal Pino. O fato é que, desde o início de 2005, o governo vinha discutindo mudar a lei para permitir que uma empresa controlasse duas concessionárias ao mesmo tempo – presente dos céus à Telemar. Mas a mudança dividia o governo. Luiz Gushiken, então titular da Secretaria de Comunicação, era favorável à alteração, que beneficiaria os planos expansionistas de Carlos Jereissati e Sérgio Andrade, controladores da Telemar. O empreiteiro Sérgio Andrade, é um velho conhecido do presidente Lula. A única filha de Lula, Lurian, chegou a morar no apartamento de familiares de Andrade em Paris.
Em virtude destas situações nebulosas e que necessitam de tantas explicações que tornam difícil distinguir este "rolo" todo, de mais uma "picaretagem" contra o status da cidadania brasileira, o movimento "Fogo Baixo" recomenda fortemente substituir a contratação dos serviços telefônicos da TELEMAR e da OI Celular - substituindo-os pelos serviços das concorrentes destas empresas.
E pesquisando telecon itália deu nisso: