Enquete

O que deve ser feito com os arquivos da ditadura militar?

Serem disponibilizados imediatamente, e os eventuais crimes serem punidos
47 (70.1%)
Serem abertos imediatamente, mas não punir os eventuais crimes
9 (13.4%)
Serem disponibilizados apenas quando a maioria dos envolvidos estiverem mortos
4 (6%)
Serem abertos daqui a séculos/Serem destruidos.
2 (3%)
Outra opção.
5 (7.5%)

Votos Totais: 66

Autor Tópico: Os arquivos da ditadura devem ser disponibilizados?  (Lida 66156 vezes)

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Offline Geotecton

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Re:Os arquivos da ditadura devem ser disponibilizados?
« Resposta #900 Online: 08 de Abril de 2012, 18:54:42 »
Só o que sei é que não houve nenhum golpe da esquerda em um governo eleito democraticamente na America Latina. Do resto, só a abertura dos documentos pode comprovar a existência de conspirações relevantes ao ponto de um golpe de estado se fazer necessário.

Aspecto importante: Quais governos de esquerda foram eleitos democraticamente na América até o início dos anos 90, com exceção do Chile?
Brasil, Argentina, Uruguai, Paraguay, Bolivia ?

Bolívia: Até meados de 1995 apenas o governo de Zuazo (1982 a 1985). Mas está no contexto da pergunta.

Paraguai: Eu acho que não, pois o primeiro foi Lugo em 2008.

Uruguai: Eu acho que não, pois o primeiro foi Vázquez em 2005.

Argentina: Eu acho que não, pois o primeiro foi Duhalde em 2002. A não ser que voce considere de la Rúa um esquerdista.

Brasil: Certo. O Brasil é governado por partidos de centro-esquerda desde 1995.
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Offline Geotecton

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Re:Os arquivos da ditadura devem ser disponibilizados?
« Resposta #901 Online: 08 de Abril de 2012, 18:57:28 »
Só na expectativa para ver quantos vão cair na lei de Poe :P

Hehehehe.

Eu quase me converti ao petismo e ao sarneysismo após ler o 'magnífico' texto do Buck.  :biglol:
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Offline _Juca_

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Re:Os arquivos da ditadura devem ser disponibilizados?
« Resposta #902 Online: 08 de Abril de 2012, 22:04:34 »
Só na expectativa para ver quantos vão cair na lei de Poe :P

Ele brinca de falar sério...

Offline Geotecton

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Re:Os arquivos da ditadura devem ser disponibilizados?
« Resposta #903 Online: 08 de Abril de 2012, 23:27:42 »
Só na expectativa para ver quantos vão cair na lei de Poe :P
Ele brinca de falar sério...

E o pior é que muitos esquerdo-petistas pensam exatamente assim...
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Offline Vento Sul

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Re:Os arquivos da ditadura devem ser disponibilizados?
« Resposta #904 Online: 09 de Abril de 2012, 12:46:22 »
Percebo que neste clube tem mais posts de politicagem do que sobre outros temas...
Céticos?
.
.
Resumindo: Ou acreditamos em mágica ou não!
 
 
 
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Offline Max, o Fiscal

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Re:Os arquivos da ditadura devem ser disponibilizados?
« Resposta #905 Online: 09 de Abril de 2012, 16:51:15 »
Então vamos dar dar um viés "religioso" ao tema:

Pandora abriu a caixa (ou jarro) e dele saíram todos os males do mundo, menos um. Mal traduzido, dizem que o mal que ficou foi a "esperança". Nada a ver, né? Consultando uma prima minha que é Pitonisa em Delphos, ela traduziu melhor pra mim o termo que não deve ter correspondente no português: o mal que ficou foi a espera eterna, a expectativa de algo que jamais será revelado, ou que, se revelado, frustra.

Os arquivos do período militar, se disponibilizados agora - uma precipitação inédita, diga-se de passagem - serão esmiuçados, um monte de tópicos jogados no ventilador aos pouquinhos, os "vencidos" farão sua pirotecnia de sempre... Vamos falar abertamente? Ninguém se importa com o que está escrito: querem  mesmo é achar pregos pra crucificar quem escreveu.


E falando em heroi das massas contra a ditadura, pesquise sobre 'Escola Carlos Lamarca' ou 'Escola Carlos Marighela'. Cada um ganhou uma única homenagem no Brasil, feita pelo honrado MST: a Escola Carlos Lamarca, no assentamento Moçambique, em Itaetê, Bahia; e a Escola Carlos Marighella, no Acampamento 26 de Março, em Marabá, Pará.
Longe de mim iniciar uma campanha para batizar mais estabelecimentos de ensino com o nome desses paladinos da justiça: imagina a dificuldade das crianças em apresentar um trabalho (isento) que conte a história desses patronos?
Traga rótulos e lhe darei subversão.

Offline Derfel

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Re:Os arquivos da ditadura devem ser disponibilizados?
« Resposta #906 Online: 09 de Abril de 2012, 18:12:11 »
Em um assentamento da BR101, na direção de João Pessoa, ainda no RN, tem uma escola Fidel do MST.

Offline FZapp

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Re:Os arquivos da ditadura devem ser disponibilizados?
« Resposta #907 Online: 10 de Abril de 2012, 21:24:08 »
Só o que sei é que não houve nenhum golpe da esquerda em um governo eleito democraticamente na America Latina. Do resto, só a abertura dos documentos pode comprovar a existência de conspirações relevantes ao ponto de um golpe de estado se fazer necessário.

Aspecto importante: Quais governos de esquerda foram eleitos democraticamente na América até o início dos anos 90, com exceção do Chile?
Brasil, Argentina, Uruguai, Paraguay, Bolivia ?

Bolívia: Até meados de 1995 apenas o governo de Zuazo (1982 a 1985). Mas está no contexto da pergunta.

Paraguai: Eu acho que não, pois o primeiro foi Lugo em 2008.

Uruguai: Eu acho que não, pois o primeiro foi Vázquez em 2005.

Argentina: Eu acho que não, pois o primeiro foi Duhalde em 2002. A não ser que voce considere de la Rúa um esquerdista.

Brasil: Certo. O Brasil é governado por partidos de centro-esquerda desde 1995.

Você está certo, eu não tinha visto que você tinha falado 'no começo dos noventa'. Nenhum governo de esquerda foi eleito antes do PSDB no Brasil, que ainda é um centro-esquerda bem moderado, claro.
--
Si hemos de salvar o no,
de esto naides nos responde;
derecho ande el sol se esconde
tierra adentro hay que tirar;
algun día hemos de llegar...
despues sabremos a dónde.

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Offline JJ

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Re:Os arquivos da ditadura devem ser disponibilizados?
« Resposta #908 Online: 12 de Maio de 2018, 09:13:28 »
Geisel autorizou ‘execução sumária’ de militantes, diz documento da CIA


Memorando de diretor da agência para então secretário americano Henry Kissinger relata reunião de generais sobre ‘política’; presidente impôs limite e controle de caso
1.8k
 
         
Marcelo Godoy, O Estado de S.Paulo

10 Maio 2018 | 18h50


Memorando escrito em abril de 1974 por William Colby, então diretor da Agência Central de Inteligência (CIA) dos Estados Unidos, afirma que o presidente Ernesto Geisel (1974-1979) decidiu manter a política de “execução sumária” de opositores do regime militar praticada pelos órgãos de segurança durante a presidência de Emílio Garrastazu Medici (1969-1974).


Geisel, porém, segundo o documento, impôs condições ao Centro de Informações do Exército (CIE), órgão apontado como responsável pelas execuções: elas só deveriam ocorrer em casos excepcionais e com a autorização do Palácio do Planalto, mediante consulta ao diretor do Serviço Nacional de Informações (SNI), general João Baptista Figueiredo.


O Departamento de Estado Americano tirou do memorando a classificação de confidencial em 2015, ao lado de outros 404 documentos envolvendo oito países da América do Sul. Eles cobrem o período entre 1973 e 1976, durante as presidências dos republicanos Richard Nixon e Gerald Ford. Foi descoberto pelo pesquisador Matias Spektor, professor de Relações Internacionais da Fundação Getulio Vargas (FGV). O memorando tem o número 99 e é da gestão Nixon.


+ Marcelo Rubens Paiva: Documento da CIA sobre Geisel é perturbador


O assunto do documento é descrito como “decisão do presidente brasileiro Ernesto Geisel de continuar a execução sumária de perigosos subversivos sobre certas condições”. O primeiro parágrafo do memorando, com sete linhas, não foi desclassificado pelo Departamento de Estado. É provável que ali estivesse a descrição sobre quem seria a fonte da informação que Colby repassava ao então secretário americano Henry Kissinger.

O segundo parágrafo começa relatando que em 30 de março de 1974 o presidente Geisel se reuniu com os generais Milton Tavares de Souza, o Miltinho, Confúcio Danton de Paula Avelino e Figueiredo. Miltinho chefiou o CIE de 1970 a 1974 e estava passando o cargo para Confúcio. Figueiredo fora chefe do gabinete militar de Medici e estava assumindo a chefia do SNI – ele sucederia Geisel na Presidência.






http://politica.estadao.com.br/noticias/geral,geisel-autorizou-execucoes-de-presos-politicos-diz-documento-da-cia,70002303725







Offline JJ

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Re:Os arquivos da ditadura devem ser disponibilizados?
« Resposta #909 Online: 12 de Maio de 2018, 18:21:22 »
Hildegard Angel diz que Geisel deu a ordem para matar a sua mãe


A estilista Zuzu Angel foi morta em 1976, num suposto “acidente” na saída do túnel Dois Irmãos

Por Redação   

A jornalista Hildegard Angel disse, em entrevista ao Jornal do Brasil, publicada neste sábado (12) não ter ficado surpresa com o memorando da CIA revelando que Geisel não só sabia como assinou execuções na ditadura.



Hilde é filha da estilista Zuzu Angel, morta no governo Geisel, em 1976. Segundo ela, o gabinete de Geisel encomendou o atentado contra sua mãe, na saída do túnel Dois Irmãos, em São Conrado.


“O caso de minha mãe está mais do que esclarecido. Não foi um acidente mal esclarecido.”


De acordo com ela, “aqui no Brasil queimaram toda a documentação. Houve queima de arquivos. Fizemos um pacto sinistro. Houve um corporativismo fechado, uma blindagem da história brasileira. Mas havia um documento lá na sede do grande irmão. Eles não contavam com isso”, diz.


Hilde cita durante a entrevista o livro de Claúdio Guerra, que foi delegado do DOPS, sobre o período. “No livro ele diz que o coronel Freddie Perdigão foi o organizador da emboscada encomendada que matou a minha mãe em 1976. Foi encomendada a ele diretamente pelo gabinete do Geisel”.


Ela diz ainda que, na época, a Comissão da Verdade endossou o depoimento do Cláudio Guerra. “Portanto, o Estado reconheceu que o gabinete de Geisel chancelou o atentado”.

Ela afirma também que “nunca um caso foi tão esclarecido. Esse é um cacoete nacional. Precisamos nos convencer da monstruosidade da ditadura brasileira. Por isso, ainda vemos jornalistas importantes escrevendo que houve um acidente mal esclarecido. Quando mal esclarecidos estamos nós”.

Sobre a possibilidade de reabrir o caso ou não, ela diz que primeiro vai ouvir “o Nilo Batista, que ajudou na reconstituição da tortura e morte de meu irmão Stuart Angel, o Pedro Dallari, que ajudou no caso de minha mãe, e outras pessoas que possam me aconselhar, como o ex-deputado Nilmário Miranda. Depois tomarei a decisão”, encerrou.


 
Direto da Redação da Revista Fórum.
   



https://www.revistaforum.com.br/hildegard-angel-diz-que-geisel-deu-a-ordem-para-matar-a-sua-mae/


« Última modificação: 12 de Maio de 2018, 18:24:36 por JJ »

Offline Arcanjo Lúcifer

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Re:Os arquivos da ditadura devem ser disponibilizados?
« Resposta #910 Online: 12 de Maio de 2018, 22:48:09 »
É  impressao minha ou toda vez que uma eleição se aproxima os jornalistas chapa branca resolvem cavar noticias de 40 anos atrás sobre a ditamole?

Offline André Luiz

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Re:Os arquivos da ditadura devem ser disponibilizados?
« Resposta #911 Online: 12 de Maio de 2018, 22:56:10 »
Por mim tudo bem, se for pra despertar a urutu que o Bolsonaro tem no cérebro e fazer ele começar a falar merda quem sabe a eleição dele não rola.

Vão dizer " ih a lá, o cara é maluco memo"

Offline Arcanjo Lúcifer

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Re:Os arquivos da ditadura devem ser disponibilizados?
« Resposta #912 Online: 12 de Maio de 2018, 23:07:45 »
Para o velho Lúcifer tb está bem, desde que abram todos os arquivos incluindo os dos guerrilheiros.

Se é para falar sobre a época que se mostre tudo sem restrição.

Offline Arcanjo Lúcifer

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Re:Os arquivos da ditadura devem ser disponibilizados?
« Resposta #913 Online: 12 de Maio de 2018, 23:16:42 »
http://www.vermelho.org.br/noticia.php?id_noticia=116317

Veja por exemplo a imagem que querem vender de um guerrilheiro.

Citar
Agora sabemos como morreu Teodoro, ou melhor, como foi matado, morto, trucidado. Nenhuma dessas palavras tem a força da brutalidade acontecida. Nenhuma traz o horror, a injustiça, o barbarismo perpretado por forças do exército brasileiro na Amazônia de 1972 a 1974 (revista Veja 01/07/09). Mortes decretadas, determinadas pelos superiores... “não deixem nenhum vivo” ...
O que haveria entre a prisão e a morte caberia à sanha, às taras, à ignomínia dos perseguidores. Antonio Teodoro de Castro, dentre outros cearenses presentes na guerrilha, era estudante da UFC; cursava Farmácia, participava do movimento estudantil e era membro do Partido Comunista do Brasil. Como outros jovens à época, Teó (assim o chamavam carinhosamente os amigos) acreditava que a única maneira de vencer a ditadura militar e acabar com a injustiça social no Brasil era pela luta armada. A vitoriosa história recente de Cuba enchia de esperança o coração dessas pessoas.

Para quem o conheceu, é difícil imaginar o Teodoro soldado guerrilheiro, de arma na mão. Magro, alto, óculos fundo de garrafa, tinha apenas um pulmão, pois perdera o outro com tuberculose, doença que grassava por aqui naquele tempo. Amigo, solidário, divertido, tinha um temperamento doce e conciliador.

Amigo, solidário,  com temperamento doce e conciliador, disposto a partir para luta armada para acabar com a injustiça que havia no Brasil seguindo o modelo cubano que enchia de esperança o coração das pessoas...

Que fofo.

Aposto que o cara forrava as balas de fuzil com veludo para não machucar ninguém quando disparasse.

Offline _Juca_

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Re:Os arquivos da ditadura devem ser disponibilizados?
« Resposta #914 Online: 13 de Maio de 2018, 10:56:14 »
É  impressao minha ou toda vez que uma eleição se aproxima os jornalistas chapa branca resolvem cavar noticias de 40 anos atrás sobre a ditamole?

Parece mais ums espécie de "cala boca Magda" no chefe do exército do Brasil, feito pela CIA.

Offline Arcanjo Lúcifer

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Re:Os arquivos da ditadura devem ser disponibilizados?
« Resposta #915 Online: 13 de Maio de 2018, 11:09:10 »
É  impressao minha ou toda vez que uma eleição se aproxima os jornalistas chapa branca resolvem cavar noticias de 40 anos atrás sobre a ditamole?

Parece mais ums espécie de "cala boca Magda" no chefe do exército do Brasil, feito pela CIA.

Supondo que o tal documento é verdadeiro?

**A Hasselman fez um comentario interessante a respeito, se o tal documento é verdadeiro então por qual motivo o Dilmão,  Dirceu, Genoíno e o Aloísio Nunes estão vivos? O Nunes era motorista do Marighela.

Se a ordem era matar todos então não estariam aqui.
« Última modificação: 13 de Maio de 2018, 11:29:27 por Arcanjo Lúcifer »

Offline Gigaview

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Re:Os arquivos da ditadura devem ser disponibilizados?
« Resposta #916 Online: 13 de Maio de 2018, 12:00:48 »
Simples. Os mais fofos foram poupados em nome da fofura. É o lado gay da "ditadura".
Brandolini's Bullshit Asymmetry Principle: "The amount of effort necessary to refute bullshit is an order of magnitude bigger than to produce it".

Pavlov probably thought about feeding his dogs every time someone rang a bell.

Offline Arcanjo Lúcifer

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Re:Os arquivos da ditadura devem ser disponibilizados?
« Resposta #917 Online: 13 de Maio de 2018, 13:07:20 »
Trabalho mal feito largado pela metade dá nisso.

Offline Gigaview

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Re:Os arquivos da ditadura devem ser disponibilizados?
« Resposta #918 Online: 13 de Maio de 2018, 13:17:17 »
Fizeram melhor na Argentina.
Brandolini's Bullshit Asymmetry Principle: "The amount of effort necessary to refute bullshit is an order of magnitude bigger than to produce it".

Pavlov probably thought about feeding his dogs every time someone rang a bell.

Offline JJ

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Re:Os arquivos da ditadura devem ser disponibilizados?
« Resposta #919 Online: 13 de Maio de 2018, 13:34:35 »

Trabalho mal feito largado pela metade dá nisso.



Chamar      crimes    de  tortura  e  de   homicídio   como  "trabalhos"   é  algo  deveras  interessante.    :ok:
« Última modificação: 13 de Maio de 2018, 14:03:39 por JJ »

Offline JJ

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Re:Os arquivos da ditadura devem ser disponibilizados?
« Resposta #920 Online: 13 de Maio de 2018, 13:38:39 »
Argentina condena 48 ex-militares por 'voos da morte' e outros crimes da ditadura


No total, 29 sentenças de prisão perpétua foram emitidas. É a primeira vez que país pune pilotos de aviões que jogavam opositores de regime em pleno ar.



O maior julgamento por crimes contra a humanidade na Argentina terminou com 48 dos 54 réus condenados por 789 acusações. Vinte e nove ex-militares receberam a pena de prisão perpétua por envolvimento com 'voos da morte' e outros crimes no centro de torturas Escola de Mecânica da Armada (ESMA) durante a ditadura argentina (1976-83).


Dos 54 réus, 16 já tinham sido condenados anteriormente. Alfredo Astiz, Jorge Acosta e Ricardo Cavallo foram condenados à prisão perpétua neste que foi considerado o maior julgamento por crimes contra a humanidade na Argentina.


Entre outros crimes  , Astiz, chamado de "anjo loiro da morte", e Acosta foram acusados pelo desaparecimento em 1977 da cidadã sueca Dagmar Hagelin, que tinha 17 anos.


Os três já cumprem prisão perpétua por julgamentos anteriores sobre os crimes perpetrados na ESMA, o mais emblemático centro de detenção da ditadura, por onde passaram 5 mil prisioneiros e onde dezenas de mulheres deram à luz. Trinta mil pessoas desapareceram durante a ditadura, segundo organizações humanitárias.


Além das 29 sentenças a prisão perpétua, outros 19 foram condenados a penas entre 8 e 25 anos de prisão. Seis réus foram absolvidos.

'Voos da morte'


Este foi o 1º julgamento na Argentina que condenou dois ex-pilotos por participarem dos chamados "voos da morte", um dos métodos de desaparecimento forçado da ditadura.


Mario Daniel Arrú e Alejandro Domingo D'Agostino foram condenados à prisão perpétua por participar das missões nas quais opositores eram lançados vivos no mar ou nas águas do Rio da Prata de aviões militares, uma forma de fazê-los desaparecer sem deixar vestígios.


https://g1.globo.com/mundo/noticia/argentina-condena-48-ex-militares-por-voos-da-morte-e-outros-crimes-da-ditadura.ghtml


« Última modificação: 13 de Maio de 2018, 13:41:55 por JJ »

Offline JJ

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Re:Os arquivos da ditadura devem ser disponibilizados?
« Resposta #921 Online: 13 de Maio de 2018, 13:46:08 »
DITADURA MILITAR ARGENTINA


Argentina condena à prisão perpétua quatro juízes por crimes contra a humanidade



Tribunal os considerou partícipes primários de sequestros, torturas e homicídios durante a ditadura militar


F. R. M.


Buenos Aires 29 JUL 2017 - 13:11   BRT


A justiça da Argentina deu outro passo sem precedentes na punição ao terrorismo de Estado. Quatro juízes federais da província de Mendoza (1.000 quilômetros a oeste de Buenos Aires) foram considerados culpados de garantir a impunidade em dezenas de sequestros, torturas e assassinatos cometidos durante a última ditadura militar (1976-1983) por não investigarem os crimes e se somam às centenas de militares julgados e condenados. A novidade da sentença, lida na quinta-feira à noite, é a condenação a uma conduta sistemática do Poder Judicial e não a casos pontuais, como em causas anteriores.



Justiça Argentina


"Entramos na história com uma sentença exemplar a nível internacional. Acredito que depois do julgamento aos juízes do nazismo não há outro antecedente no mundo. Os juízes condenados disseram aos repressores 'sequestrem, apropriem-se de crianças que nós cobriremos suas costas sem investigar e arquivando as denúncias", disse Pablo Salinas, do Movimento Ecumênico pelos Direitos Humanos (MEDH) de Mendoza.


A garantia de impunidade foi o principal ponto das condenações à prisão perpétua contra Rolando Carrizo, Guillermo Max Petra Recabarren, Otilio Romano e Luis Miret. O tribunal considerou que todos foram partícipes primários dos crimes de lesa humanidade cometidos por outros 21 acusados no julgamento, entre militares e policiais que foram a "mão de obra" da ditadura. "Partícipes primários significa que os juízes realizaram uma contribuição essencial à realização do crime, por isso a pena é a mesma que a dos autores materiais. Os juízes tiveram o domínio da jurisdição de Mendoza durante o terrorismo de Estado", explicou Alan Iud, advogado das Avós da Praça de Maio. Romano foi condenado por 84 casos de sequestros, 38 torturas e 33 homicídios. Seu caso foi emblemático porque se escondeu no Chile e pediu asilo político, até a Suprema Corte do país aprovar sua extradição à Argentina.


A condenação também foi um avanço para a punição aos responsáveis civis do terrorismo de Estado. Se os julgamentos contra os militares avançaram com rapidez com o retorno à democracia em 1983, com o julgamento à Junta Militar como símbolo, os funcionários que apoiaram a ditadura conseguiram evitar os tribunais durante anos. O caso dos quatro magistrados agora condenados é paradigmático. "Continuaram sendo juízes até 2011, bem entrada a democracia. Tivemos de retirá-los por meio do Conselho da Magistratura com todas as garantias legais, as mesmas que eles não deram às vítimas durante a ditadura", disse Salinas. Em todo caso, a sentença de condenação entendeu que essa negação de garantias foi o óleo que permitiu o movimento das engrenagens da repressão estatal. "Se sua postura durante a ditadura fosse outra, certamente não teriam ocorrido crimes dessa magnitude. É certo que crimes ocorreriam, mas talvez não tantos e tão fáceis de se realizar e ocultar", acrescenta Iud.


Leitura da sentença contra quatro juízes da ditadura argentina.


Leitura da sentença contra quatro juízes da ditadura argentina. TELAM


A sentença foi o resultado de uma longa investigação. Desde 17 de fevereiro de 2014, quando o julgamento oral começou, o tribunal escutou vítimas de torturas e os familiares dos que não sobreviveram ao aparato repressivo montado em Mendoza. Luz Faingold, atual diretora de Direitos Humanos de Mendoza, estava no último ano do colégio quando foi detida com vários colegas nos meses anteriores ao golpe de 1976.


Do centro clandestino de detenção D2 de Mendoza foi enviada a um instituto provincial de mulheres, apesar de seus pais pedirem sua devolução. Nesse momento foi interrogada por Miret, um dos condenados: "Ele me perguntou sobre minhas anotações. Eu tinha matemática e astronomia, nos pediram que colocássemos em nossas pastas tudo o que víssemos na imprensa relacionado à astronomia e as últimas coisas que havia acrescentado eram cópias do Apolo e da Soyuz. Miret me perguntou 'o que é esse artigo de jornal', porque a Soyuz era soviética. Foi a única coisa que conseguiu encontrar que tivesse ligação com a esquerda", declarou Faingold durante o julgamento. "Eu era muito jovem, não me deixaram sair e voltar para minha casa. Minha mãe foi perguntar por mim e lhe disseram que me consideravam subversiva, uma delinquente perigosa", lembra Faingold ao EL PAÍS.


Horas depois de escutar a sentença, Faingold afirmou sentir-se "como se tivesse lutado uma terrível batalha". "Fiquei muito emocionada ao escutar a sentença e o nome das vítimas. O meu e de meus amigos, alguns mortos, desaparecidos...", afirma. Fora do tribunal, uma multidão comemorou a sentença.




https://brasil.elpais.com/brasil/2017/07/27/internacional/1501177434_819392.html
« Última modificação: 13 de Maio de 2018, 13:49:39 por JJ »

Offline JJ

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Re:Os arquivos da ditadura devem ser disponibilizados?
« Resposta #922 Online: 13 de Maio de 2018, 13:47:37 »

E aqui no Brasil os  agentes de Estado  criminosos  ficaram numa boa.




Offline JJ

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Re:Os arquivos da ditadura devem ser disponibilizados?
« Resposta #923 Online: 13 de Maio de 2018, 13:53:54 »


É  impressao minha ou toda vez que uma eleição se aproxima os jornalistas chapa branca resolvem cavar noticias de 40 anos atrás sobre a ditamole?

Parece mais ums espécie de "cala boca Magda" no chefe do exército do Brasil, feito pela CIA.



Os  apoiadores  de  ditadura,   do  tipo   Bozo,    precisam ter suas    memórias refrescadas.



Offline JJ

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Re:Os arquivos da ditadura devem ser disponibilizados?
« Resposta #924 Online: 13 de Maio de 2018, 13:57:09 »

É  impressao minha ou toda vez que uma eleição se aproxima os jornalistas chapa branca resolvem cavar noticias de 40 anos atrás sobre a ditamole?





O que  você  acharia  se alguém aplicasse algumas  técnicas  de uma  "ditamole"  em você ?



 

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