É possível. Mas se o Madiba tem que demonstrar a validade da afirmação dele, o mesmo vale para você com a sua. Eu, por exemplo, não tenho nenhum conjunto de dados objetivos e tabulados para considerar que o governo federal petista é mais corrupto que os antecessores. NO ENTANTO nenhum governo anterior teve tantas pessoas de primeiro e segundo escalão envolvidos comprovadamente em atos criminosos. Isto é um forte indício.
Exato, não existem dados, pois as informações eram falhas. Ter pessoas do primeiro e segundo escalão envolvidos comprovadamente em atos criminosos é, para mim, um indicativo que as instituições estão funcionando. Nesse sentido, o julgamento do mensalão foi mais um fator de fortalecimento dessas instituições, quando se esperaria, no passado, que membros poderosos do governo fossem investigados, acusados e condenados?
E a imprensa não ficou mais fortalecida no governo petista. Pelo contrário, porque até tentaram aprovar uma 'lei de imprensa' mais abjeta que a promulgada pelos militares.
Mas a lei não passou e a imprensa não deixou de denunciar ou deixou de emitir opinião livremente. Se estivesse fragilizada a lei de imprensa seria aprovada e haveria censura na imprensa. Então, sim, ela ficou mais fortalecida (note que o fortalecimento das instituições independe do governo ou de partidos políticos, ocorrendo mesmo apesar desses).
E é horrível que a população brasileira tenha que gastar uma 'montanha de dinheiro' com MP, TCE, CGU e quejandos para "descobrir" desvios de conduta de outros entes do Estado. Ou seja, nós estamos fud... de qualquer modo.
Gastos nesses órgãos de controle são necessários em quaisquer governos do mundo. Na verdade, acho que a estrutura deveria ser muito maior dado o tamanho do País.
Pode ser que ela esteja sendo mais combatida. Ou pode ser que exista mais corrupção.
Quando é mais combatida é normal que pareça que há um aumento da corrupção. Se existe mais realmente ou não, não se pode afirmar ainda (mas talvez tenha menos no futuro, seja qual for o partido no poder), porém o simples fato que no passado não se via condenações ou mesmo investigações de figuras de alto escalão do governo (de qualquer esfera), parece me que, sim, está sendo mais combatida.
Pelo que eu conheço do poder público (e conheço um bom bocado neste últimos 30 anos), a boa gestão é a exceção. Cito um caso conspícuo de péssima gestão do setor de pessoal de uma certa empresa de economia mista. Faço a declaração de renda uma pessoa (vou chamá-la de 'X') que trabalha nesta empresa há mais de vinte anos. Ele tem formação em uma área do setor de exatas e nunca (repito, nunca) fez qualquer especialização ou pós-graduação e mesmo assim vem ascendendo continuamente na empresa. Há cerca de três anos, o senhor 'X' ganhava cerca de R$ 170 mil/ano e no penúltimo ano (o que precedeu a sua aposentadoria) passou a ganhar R$ 460 mil/ano.
Mas o que você coloca não é indicativo de que seja um mau gestor ou que não merecesse as promoções (e ainda se está falando de empresa de economia mista e não de funcionalismo público). Mas reconheço que bons gestores (e aqui tratando de um nível mais macro) não são a regra entre municípios, estados e união, mas eles existem e dão bons exemplos (parece que a Veja está fazendo uma matéria sobre isso).
E, principalmente, não significa que esse funcionalismo não possa ser qualificado nesses processos.
Traduzindo: Mais dinheiro de impostos para que pessoas possam gastar... mais dinheiro de impostos.
Não. Mais dinheiro de impostos para que pessoas possam gastar menos dinheiro de impostos. Modificação de processos de trabalho e fluxo de processos podem significar um economia significativa de recursos do Estado.
Porém isso passa além da simples qualificação do funcionalismo público, mas em uma reforma legislativa que elimine alguns gargalos (e, sim, acho que são piores que a qualificação do funcionalismo. Na verdade existem excelentes quadros no funcionalismo público), que detonam qualquer planejamento.
Não entendi a sua última frase.
Por causa de um enxerto gigantesco que coloquei.

Reescrevendo:
...mas em uma reforma legislativa que elimine alguns gargalos que detonam qualquer planejamento. Acho que esses gargalos são piores que a qualificação do funcionalismo. Na verdade existem excelentes quadros no funcionalismo público.
A instituição não tem que se policiar. Ela tem que NÃO ROUBAR.
E foi apontado pelo TCU por mera formalidade legal. E a um custo enorme.
O mesmo poderia ser obtido por auditorias privadas. E a um custo muito menor.
E, no entanto, rouba. Porém muitas vezes não é roubo, são falhas de processo que aumentam os custos. E isso também é detectado pelo TCU. Não sei se auditorias privadas poderiam obter o mesmo por um custo menor. Tenho dúvidas (e algumas filosóficas).
A sugestão é corrigir o SUS. Assim como foi feito com o sistema bancário estatal.
Se não for possível, que ele deixe de existir. Assim como muitos bancos estatais.
Concordo que seja corrigir os problemas, mas não deixar de existir (e tenho vários motivos para isso, além dos que já expus ao longo de vários posts).