Autor Tópico: Problemas do SUS  (Lida 155156 vezes)

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Offline Moro

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Re:Problemas do SUS
« Resposta #675 Online: 27 de Abril de 2014, 21:59:04 »
Sem contar que a estrutura está mal feita e de uma maneira a performar mal.  :no:
“If an ideology is peaceful, we will see its extremists and literalists as the most peaceful people on earth, that's called common sense.”

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Re:Problemas do SUS
« Resposta #676 Online: 27 de Abril de 2014, 21:59:54 »
apagado juntado à anterior
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Offline Derfel

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Re:Problemas do SUS
« Resposta #677 Online: 27 de Abril de 2014, 22:00:39 »
tentei usar o primeiro link que você enviou, nem os filtros funcionam, você já usou? você coloca SP, SP e quando vai preencher órgãos ele mostra coisas do MS, PI, etc..

É difícil explicar esse tipo de coisa para funcionários públicos pois não têm contato com técnicas mais avançadas em quase nenhuma área relacionada a gestão e planejamento mas pergunte para seu cara de TI.  Ele certamente dirá que vocês não tem.  E esses sistemas que você enviou, que vou me abster de julgar, parecem registros de procedimentos de auditoria de campo (a menos efetiva se não instrumentada)  e denúncias.

Aqui está funcionando.  Tem certeza que está sabendo fazer a consulta? De qualquer maneira, O sistema que coloquei é onde estão os relatórios de auditoria. Os sistemas de auditoria mesmo não se possui acesso. Os outros dois colocados são a carta sus e o cartão sus, que não são diretamente relacionados com a auditoria,  mas são uaados como instrumentos.

Offline Moro

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Re:Problemas do SUS
« Resposta #678 Online: 27 de Abril de 2014, 22:03:15 »
leia meu post anterior.. Vai adorar

E pela sua resposta você nem está entendendo..
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Re:Problemas do SUS
« Resposta #679 Online: 27 de Abril de 2014, 22:09:44 »
outra.. da para continuar a noite toda...

Citação de: estruturas internas e código mal feito
retirados por motivo de segurança
« Última modificação: 27 de Abril de 2014, 22:25:34 por Madiba »
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Re:Problemas do SUS
« Resposta #680 Online: 27 de Abril de 2014, 22:14:23 »
Que número de atividades eu coloco para ver o output? Não quero hackear teu site
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Re:Problemas do SUS
« Resposta #681 Online: 27 de Abril de 2014, 22:26:03 »
tirei as referencias para não prejudicar o SUS
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Offline Derfel

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Re:Problemas do SUS
« Resposta #682 Online: 28 de Abril de 2014, 05:51:21 »
Sei que tem um problema em personificar a discussão,  mas entenda que não é meu sistema e nem meu site, não faço parte nem da auditoria nem do datasus (se quiser utilizar seu em um sentido mais amplo, então coloque nosso, já que é seu também). Sei apenas que todos os sistemas do datasus estão em processo de mudança,  entre outros motivos para que possam se comunicar uns com os outros. Esses sistemas são produzidos ou pelo datasus, ou pelo nti do departamento ou por empresas contratadas para isso. Sugiro informar os problemas no 136 ou na página http://ouvprod01.saude.gov.br/ouvidor/CadastroDemandaPortal.do da ouvidoria do sus.

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Re:Problemas do SUS
« Resposta #683 Online: 28 de Abril de 2014, 08:13:47 »
Não estou personalizando. Você me dá sistemas para provar seu ponto eu só mostrei o quão inconsistente e amador o sistema é, que é toda a discussão aqui, você querendo dizer que não trabalha em uma instituição amadora, para dizer o mínimo e manter a educação.

Vocês não têm o mínimo e nem meios e profissionalismo para conseguir fazê lo Derfel isto é a discussão aqui.
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Re:Problemas do SUS
« Resposta #684 Online: 28 de Abril de 2014, 08:27:35 »
Você não foi didático o suficiente para nos mostrar as falhas que existem até em profissionais e não demonstrou porque eles são amadores. Aposto que ninguém do FCC entendeu nada dessa sua "prova". O Derfel deu uma boa sugestão,  envie a reclamação pra ouvidoria do SUS já que você quer melhorar o sistema. Pode ficar aí falando que são amadores por um mês que não vai adiantar nada. Tem que provar.

Offline Moro

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Re:Problemas do SUS
« Resposta #685 Online: 28 de Abril de 2014, 09:52:53 »
 :histeria:

Alguém pega os códigos e informações internas da estrutura de dados de uma instituição através de um tablet em 10min e isso não é prova de amadorismo? Só para quem não conhece nada de It. Pergunte a alguém que conhece aqui no fórum se não quer acreditar em mim.

E não é apenas segurança. E essa não foi a única prova que o SUS é amador como todos os foristas aqui exceto petistas ja provaram. Pode viver em negação.
« Última modificação: 28 de Abril de 2014, 09:56:40 por Madiba »
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Re:Problemas do SUS
« Resposta #686 Online: 28 de Abril de 2014, 10:00:23 »
O sistema que coloquei é o de consulta pública e disse que lá estavam os sistemas de auditoria (no menu esquerdo), que eu não possuía acesso.

Offline Moro

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Re:Problemas do SUS
« Resposta #687 Online: 28 de Abril de 2014, 10:08:35 »
Consulta pública quer dizer que o sistema tem que ser mais protegido pois ele da uma porta de acesso aos sistemas internos. Imagina o Itau colocando seu sistema público nessa qualidade.

Quanto aos sistemas de auditoria e modelos preditivos e outras técnicas que citei, informe-se.  Mas uma equipe que faz isso que você mostrou (e dentro da estrutura do SUS que todos conhecemos)  não entregará. Jamais.
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Re:Problemas do SUS
« Resposta #688 Online: 28 de Abril de 2014, 16:02:58 »
Achei bem interessante esse artigo:
Citar
Como o SUS está destruindo a saúde dos brasileiros
Já se tornou lugar-comum culpar os problemas do SUS à má gerência e à corrupção. No entanto, poucos se atrevem a atribuir a culpa dos problemas intrínsecos ao SUS (longas filas, falta de infra-estrutura, escassez de remédios, ausência de médicos etc.) ao próprio sistema.

Vamos analisar alguns dos mitos mais comuns sobre os SUS para entendermos como essas características não são, de fato, um problema de gestão, mas sim inerentes ao próprio sistema.

O mito do Robin Hood

O principal lugar-comum utilizado pelos defensores do sistema público é o da "justiça" da distribuição de renda: os mais ricos pagam para os mais pobres que não têm condições de arcar com os custos dos tratamentos. Infelizmente, a realidade é exatamente oposta.

Em primeiro lugar, vale lembrar que os mais pobres também pagam uma quantia exorbitante de imposto para financiar o sistema público. Se o que eles pagam de imposto fosse exatamente igual ao que recebem em retorno, então, por definição, não haveria sentido algum haver um sistema público de saúde. Mesmo que não houvesse absolutamente nenhuma corrupção, isso significaria que algumas pessoas — em especial aquelas com casos clínicos mais graves, como as que necessitam de remédios controlados ou cirurgias complicadas — estariam recebendo do sistema mais do que pagaram.

O problema é que, para cada pessoa que recebe mais do que paga, existe alguém que pagou mais do que recebeu. Isso significa dizer que, longe de redistribuir renda dos ricos para os pobres, o que o SUS de fato faz é "distribuir renda" dos mais saudáveis para os menos saudáveis.

A população mais saudável, seja ela formada por ricos ou pobres, normalmente tem poucos gastos com saúde: apenas uns poucos exames ou consultas de rotina, algo pelo qual os pobres poderiam tranquilamente pagar com a poupança que conseguiriam caso mantivessem para si o que pagam de imposto para a saúde.

Longe de melhorar a situação dos pobres, o SUS beneficia apenas uma pequena minoria ao mesmo tempo em que torna ainda mais pobres todas as pessoas saudáveis que acabam pagando a conta, independentemente de classe social.

Se a intenção é realmente aumentar a acessibilidade aos serviços de saúde para os mais pobres, uma solução mais viável seria o governo reduzir impostos e pagar apenas por aqueles tratamentos mais caros pelo qual os pobres realmente não podem pagar, ao mesmo tempo em que se abstém de regular e administrar o setor, permitindo a livre concorrência nesta área, o que jogaria os preços para baixo e a qualidade para cima.

Também seria possível a criação de agências privadas de financiamento ou de caridade para pagar pelos tratamentos mais caros e cujos preços são proibitivos para os mais pobres, talvez até mesmo eliminando a necessidade de intromissão do governo. Mas isso só seria possível com a extinção do atual sistema, no qual o governo monopoliza o tratamento aos mais necessitados ao mesmo tempo em que empobrece a todos no processo.

O mito do almoço grátis: o sistema público é como um grande balde furado

Ao contrário da mitologia popular — e como explicado acima —, não há nada de gratuito no sistema público de saúde. Ou você paga por um serviço como pagador de impostos, ou você paga como consumidor. O maior problema de qualquer serviço ou produto subsidiado é justamente o fato de que aqueles que usam tal serviço são financiados por aqueles que não o utilizam.

Mesmo que ignorássemos esse inconveniente, ainda assim há o problema relativo à maneira totalmente deturpada como o serviço é financiado. O financiamento do serviço público provém dos impostos, cujas receitas não têm qualquer relação com a qualidade do serviço ou com a quantidade de pessoas atendidas. Pior ainda: o dinheiro disponível por tratamento é inversamente proporcional ao número de pacientes tratados. Se o governo arrecada, digamos, R$1 bilhão em impostos e atende 10 milhões de pessoas, isso significa que ele poderá gastar até R$100,00 por paciente. Mas se o número de pacientes dobra, isso significa que ele disporá de apenas R$50,00 por tratamento.

Vale lembrar que esse orçamento não é apenas para o tratamento: este dinheiro dos impostos também deve pagar instalações, maquinário e medicamentos. Ou o dinheiro irá para o tratamento ou para infraestrutura. De qualquer forma, um só é possível à custa do outro: cada centavo para infraestrutura é um centavo a menos disponível para o tratamento dos pacientes.

No setor privado ocorre exatamente o oposto. Um hospital privado que fosse gerenciado como qualquer outra empresa — isto é, buscando o lucro — só teria dinheiro disponível para investir em infraestrutura caso tratasse bem seus pacientes. Parte do lucro poderia ser reinvestido em aumentos salariais, na construção de novas alas, na compra de equipamentos etc.

Se no serviço público o investimento em infraestrutura é feito à custa de tratamentos que deixaram de ser realizados, no setor privado ocorre o oposto: tal investimento só é possível graças ao atendimento aos pacientes. O dinheiro segue uma linha de mão única: parte do dinheiro pago nos tratamentos volta como investimento em infraestrutura. No setor público há uma encruzilhada, é ou um ou outro.

Não há nenhuma mágica aqui: no sistema público, o tratamento é uma fonte de gastos enquanto que no setor privado é uma fonte de renda. O setor público é como um gigantesco balde furado que é enchido à custa de todos os pagadores de impostos; cada tratamento adicional significa um novo furo no balde. No setor privado não há nenhuma torneira, mas também não há furos: cada paciente atendido despeja o conteúdo de um copo d'água dentro do balde, até que este esteja cheio.

Não é preciso ser nenhum gênio para perceber qual sistema é o mais sustentável.

O estímulo ao desperdício

Outro problema com a oferta "gratuita" é que ela cria a ilusão de que os serviços médicos devem ser ilimitados, e que sempre deve haver um médico ou uma sala de cirurgia disponível, a qualquer hora, em qualquer ocasião.

Entretanto, assim como qualquer outro serviço, o atendimento médico não pode ser ofertado de uma maneira ilimitada. Por acaso é possível uma frota infinita de ônibus? Um número ilimitado de salas de aula, bibliotecas e professores? (Aliás, diga-se de passagem, neste último caso não haveria sequer necessidade de salas de aula; qualquer um poderia contratar um tutor particular.) Um número infinito de conexões ou uma velocidade de internet infinita? Absolutamente não. Não há por que ser diferente no setor de saúde. Mas é essa a mentalidade que é criada quando se declara que a saúde é um "direito".

Uma das virtudes do sistema de preços é que ele fornece informações sobre a disponibilidade de qualquer bem ou serviço, e estimula um uso prudente e racional destes.

Imagine uma cidade do interior em que haja escassez de médicos, e estes cobrem 200 reais por consulta. Dificilmente alguém pagaria 200 reais por uma consulta apenas porque o filho está com uma dor de cabeça; o mais racional seria tentar alguns remédios caseiros e só levá-lo ao médico caso a situação se agrave. O que é uma boa notícia: isso poupará um tempo precioso para os médicos, que poderão usá-lo para tratar pacientes em estados mais graves ou que necessitem de um atendimento mais urgente.

A escassez de serviços médicos, nesta ocasião, leva a um aumento do preço, que por sua vez incentiva as pessoas a usarem estes serviços de uma maneira mais prudente, recorrendo a eles apenas quando for estritamente necessário — sem contar, obviamente, que os preços altos seriam um atrativo para que médicos de outros lugares se disponibilizem a trabalhar na dita cidade, reduzindo o problema da escassez.

Entretanto, quando a oferta passa a ser gratuita, tanto o estímulo quanto essa informação desaparecem. Torna-se impossível estimar a oferta e a disponibilidade do serviço. Alguém que usasse o serviço privado de maneira abusiva pagaria um alto preço por isso; porém, no setor público, o preço é sempre fixo e invisível (que o pagador de impostos é obrigado a bancar). O fato de a oferta ser gratuita e de a saúde ser decretada um "direito" também cria a falsa ilusão de que a oferta de tais serviços será ilimitada.

Uma mãe cujo filho tem apenas uma dor de cabeça ou uma mera dor de barriga não mais terá o incentivo para procurar os serviços médicos apenas quando estritamente necessário. Essa demanda irrestrita inevitavelmente criará gigantescas filas de espera, atormentando tanto médicos — que ficarão sobrecarregados — quanto pacientes, que se frustrarão pela lentidão dos atendimentos.

É nessa situação que as pessoas começam a colocar a culpa na gestão. Jamais lhes passa pela cabeça que o uso indiscriminado de tal serviço é a verdadeira causa das longas filas.

A questão é que os incentivos criados pelo setor público levam a um uso indiscriminado, abusivo e irresponsável do sistema — e não o contrário, que seria o ideal.

Conclusão

As longas filas de espera também possuem outra explicação, a qual passa por uma combinação de fatores já mencionados: a oferta de serviços médicos é limitada pela arrecadação de impostos ao passo que a destruição dos incentivos corretos gera uma demanda artificialmente alta.

Para resolver este problema, deve-se ou aumentar a oferta — o que é impossível, dado o orçamento limitado do governo e o fato de ele não ter qualquer relação com o número de pacientes atendidos — ou reduzir a demanda.

Há duas maneiras de se reduzir a demanda: aumento de preços — o que também é impossível já que a oferta é "gratuita"— ou racionamentos, como listas de espera.

A maneira como o sistema é financiado empobrece justamente aqueles a quem ele visa ajudar e derruba a qualidade do serviço, uma vez que o dinheiro disponível para cada tratamento se torna mais escasso a cada paciente atendido. Para agravar, as regulações para impedir o êxodo dos médicos para o sistema privado impedem a concorrência e encarecem os tratamentos.

Outro efeito nefasto de todo esse paternalismo é a destruição do estímulo à caridade e também do senso de cidadania e de responsabilidade dos cidadãos. Quando o governo passa a monopolizar o cuidado aos pobres, uma das consequências naturais é que isso diminui ou destrói a propensão à caridade, uma vez que as pessoas — que já se sentem moralmente desobrigadas em decorrência dos impostos que pagam — ficam apenas esperando que o governo resolva tudo, já que passam a entender como legítima a função do governo de tutelar os mais pobres.

Longe de ser um problema de má gestão ou de corrupção, os problemas do sistema público são apenas as consequências naturais de sua própria natureza.

Fonte

Offline _Juca_

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Re:Problemas do SUS
« Resposta #689 Online: 28 de Abril de 2014, 17:12:11 »
Citar
...Em primeiro lugar, vale lembrar que os mais pobres também pagam uma quantia exorbitante de imposto para financiar o sistema público...

Não li depois disso, porque essa é uma grave falha de análise. Os mais pobres pagam pouco imposto relacionado à própria renda, somente em cima do consumo, que pode ser alto, mas per capita pagam pouco. A premissa já começou equivocada.
« Última modificação: 28 de Abril de 2014, 17:18:55 por _Juca_ »

Offline Gabarito

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Re:Problemas do SUS
« Resposta #690 Online: 28 de Abril de 2014, 17:13:57 »
Achei bem interessante esse artigo:

Citar
Como o SUS está destruindo a saúde dos brasileiros


[...]

Gostei muito do artigo. Dá um novo paradigma para o entendimento do Problema do SUS, título do tópico. Não é só o mau gerenciamento e a corrupção que massacram o sistema, mas ele também é equivocado na sua concepção, na sua raiz.

Destaque para esse parágrafo:

Citar
Imagine uma cidade do interior em que haja escassez de médicos, e estes cobrem 200 reais por consulta. Dificilmente alguém pagaria 200 reais por uma consulta apenas porque o filho está com uma dor de cabeça; o mais racional seria tentar alguns remédios caseiros e só levá-lo ao médico caso a situação se agrave. O que é uma boa notícia: isso poupará um tempo precioso para os médicos, que poderão usá-lo para tratar pacientes em estados mais graves ou que necessitem de um atendimento mais urgente.

Todo o artigo faz uma excelente analogia com a iniciativa privada e com a otimização de recursos, o que não existe no mundo corporativo do funcionalismo público e a cultura de que o que é público não é de ninguém e ninguém zela ou cuida.

Para todos os que debatem aqui, os que mantêm argumentos contra ou a favor do Sistema Único de Saúde, a leitura é recomendada com ênfase.
Na minha opinião, está dissecando bem o problema e dando uma visão ampla das mazelas que todos conhecemos.

Offline Gabarito

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Re:Problemas do SUS
« Resposta #691 Online: 28 de Abril de 2014, 17:18:36 »
Vamos nos lembrar da premissa sagrada da economia de que a inflação é muito mais prejudicial aos mais pobres.
O mesmo se aplica aos impostos. Proporcionalmente, são eles também os que mais sofrem.

A meu ver, o artigo começou muito bem e segue a lógica da eficiência e do mercado.
Critica e combate o desperdício e a cultura dos recursos infinitos.

Offline Barata Tenno

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Re:Problemas do SUS
« Resposta #692 Online: 28 de Abril de 2014, 18:19:49 »
Alguém aqui ja se preocupou em saber como funciona a saúde em outros países, como Canadá, Suécia, Inglaterra e etc?
He who fights with monsters should look to it that he himself does not become a monster. And when you gaze long into an abyss the abyss also gazes into you. Friedrich Nietzsche

Offline Derfel

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Re:Problemas do SUS
« Resposta #693 Online: 28 de Abril de 2014, 18:23:28 »
Sinceramente, nunca li um artigo tão idiota. Desconsidera uma série de fatores, inclusive econômicos, no processo de produção de saúde.

Offline Derfel

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Re:Problemas do SUS
« Resposta #694 Online: 28 de Abril de 2014, 18:24:14 »
Alguém aqui ja se preocupou em saber como funciona a saúde em outros países, como Canadá, Suécia, Inglaterra e etc?
Sim

Offline Pasteur

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Re:Problemas do SUS
« Resposta #695 Online: 28 de Abril de 2014, 18:24:49 »
Alguém aqui ja se preocupou em saber como funciona a saúde em outros países, como Canadá, Suécia, Inglaterra e etc?

Já elogiamos o sistema de saúde inglês e canadense.  Da Suécia não sei se alguém comentou algo.

Quanto ao texto acima percebi muitos furos. Quando tiver mais tempo irei citá-los.

Offline Barata Tenno

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Re:Problemas do SUS
« Resposta #696 Online: 28 de Abril de 2014, 18:26:43 »
Os críticos a universalidade do sistema de saúde, eu quis dizer.
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Offline Pasteur

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Re:Problemas do SUS
« Resposta #697 Online: 28 de Abril de 2014, 18:32:10 »
Os críticos a universalidade do sistema de saúde, eu quis dizer.

[Mode Madiba on]

Nesses países não há corrupção e a gestão é excelente. Coisa de profissional, bem diferente desse lixo, porcaria e esgoto que é o SUS...

[Mode Madiba off]

Offline Moro

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Re:Problemas do SUS
« Resposta #698 Online: 28 de Abril de 2014, 18:42:26 »
Os críticos a universalidade do sistema de saúde, eu quis dizer.

Quem é crítico da universalidade do sistema?
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Re:Problemas do SUS
« Resposta #699 Online: 28 de Abril de 2014, 18:57:09 »
Os críticos a universalidade do sistema de saúde, eu quis dizer.

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Nesses países não há corrupção e a gestão é excelente. Coisa de profissional, bem diferente desse lixo, porcaria e esgoto que é o SUS...

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Calma aí você está achando que são comparáveis?  Tipo.. Canada com Brasil?

E você pode ainda contestar os posts e nossa 95 posição
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