Não preciso provar, sei que ele não tem. Não tem coisa muito mais básica que isso. Pergunte ao Derfel.
E pela lógica também, algo tão incompetente não teria capacidade de entregar um projeto que exige diversos sistemas antes de ter a detecção.
Os pagamentos pelo SUS se dão através do BPA (para procedimentos ambulatoriais) e pela AIH (para procedimentos hospitalares). Esses dois tipos de procedimentos são enviados em dois sistemas: O SIA, para o ambulatorial, e o SIH, para as internações hospitalares. É importante entender isso, para saber onde se dá boa parte do processo de auditoria. No SUS, quem normalmente realiza essas auditorias é o Sistema Nacional de Auditoria, do DENASUS. Existem auditores nos 3 níveis (federal, estadual e municipal), ainda que boa parte dos municípios ainda não tenham um serviço de auditoria, que é desenvolvido então pelo componente estadual. O SNA realiza a auditoria hospitalar e laboratorial (público e de prestadores), mas não só isso. Realiza de todo o sistema e dos recursos envolvidos. Não conheço e não tenho acesso aos sistemas de auditorias, mas pode-se ter uma ideia aqui (
http://sna.saude.gov.br/con_auditoria.cfm#auditoria ), onde pode-se ter também acesso a auditorias realizadas. Até onde sei, o processo de auditoria é semelhante às auditorias da Receita Federal, inclusive no cruzamento de dados. Nos últimos tempos, dois outros instrumentos vieram para ajudar no processo de auditoria: o primeiro é a Carta SUS (
http://www.brasil.gov.br/saude/2012/07/apos-receber-carta-sus-cidadao-pode-denunciar-irregularidades-no-servico-de-saude ), que o usuário recebe depois de passar por um procedimento hospitalar no SUS. O outro instrumento é o cartão SUS (
http://cartaonet.datasus.gov.br/), que ainda encontra-se em processo de implantação. O Cartão SUS é uma espécie de CPF ou cartão do segurado, que somente por ele se consegue hoje atendimento no SUS. Ele permite que haja um controle mais rigoroso de quem recebe o procedimento e de onde ele é (o que reflete nos recursos, assim, um usuário residente em Sobral que é atendido no Rio tem seus gastos pagos por Sobral e não pelo Rio) e permite o cruzamento de dados nos processos de auditoria.