Nem do processo biológico nem do processo físico. Ao mesmo tempo existimos como seres físico, seres biológicos e seres humanos. A complexidade humana é única na natureza e o seu entendimento não deve ser reduzido a evolução assim como a vida não deve ser reduzida a física.
A complexidade humana é única na natureza, assim como a complexidade das aranhas, do olho da tamarutaca, etc... Conforme a célebre frase dos poetas da literatura contemporânea nacional: cada um no seu quadrado.
O fato é que tanto a complexidade do olho da tamarutaca quanto a complexidade de nossa cultura, absolutamente nada indica um surgimento independente de processos evolutivos. A não ser que se acredite na criação em separado, mas aí foge da discussão científica...
Tudo bem, vamos então ao reducionismo, que é válido também. Reduzindo o ser vivo a sua estrutura física, ao que ele realmente é:
Autopoiese ou autopoiesis (do grego auto "próprio", poiesis "criação") é um termo cunhado na década de 70 pelos biólogos e filósofos chilenos Francisco Varela e Humberto Maturana para designar a capacidade dos seres vivos de produzirem a si próprios. Segundo esta teoria, um ser vivo é um sistema autopoiético, caracterizado como uma rede fechada de produções moleculares (processos), onde as moléculas produzidas geram com suas interações a mesma rede de moléculas que as produziu. A conservação da autopoiese e da adaptação de um ser vivo ao seu meio são condições sistêmicas para a vida. Por tanto um sistema vivo, como sistema autônomo está constantemente se autoproduzindo, autorregulando, e sempre mantendo interações com o meio, onde este apenas desencadeia no ser vivo mudanças determinadas em sua própria estrutura, e não por um agente externo.
A diferenciação da vida com a não vida é esta recursividade gerativa que vai se complexificando, chamada de evolução.
A diferenciação das inteligências coletivas dos insetos sociais e a sua comparação com a inteligência humana é vastamente abordada e delineada por muitos pesquisadores. O ser humano consegue ter um padrão de inteligência individual e também de forma coletiva, na qual a ciência é a estrutura mais evidente desta manifestação de nossa cognição coletiva.
A cognição da espécie humana, que possibilita sua interação com o ambiente em escala global e universal (cosmologia) é única, em qualidade, na biologia. Por mais romantismo que os apaixonados pelas demais espécies apresentem, a vitória é humana, e não por antropocentrismo, e sim por simples apreensão da realidade biológica.
Ou a sua abordagem seria apenas um biocentrismo pelo fato de você ser um ser vivo e desconsiderar as mavavilhas do universo sideral, do qual nós seres vivos somos um simples grão de areia, ou as belezas das partículas subatômicas dos quais nós seres vivos somos compostos.