alguém mais viu o Datena falando sobre religião agora pouco?
Que os ateus estão perseguindo ele com processo criminal e que ele na verdade estava sendo perseguindo religiosamente e que iria tomar as providencias legais contra esses ateus.
tornou a repetir que ele estava sendo perseguindo por acreditar em deus e soltou uma perola...
"Como posso perseguir alguém religiosamente se o cara não acredita em deus?"
alegou também que os ateus querem fazer dele um modelo de intolerância.
Ele disse que respeita ateu... Bem não foi isso que ele disse antes né?
OBS: desculpe algum erro escrevi rápido.
Update:
Ha todo instante ele repete que esta sendo processado por que acredita em deus... Será que ele se esqueceu do que disse anteriormente?
cara de pau?
Também tive a casual infelicidade de assistir a esse sujeito, nesse dia (deve ter sido o mesmo), dizendo disparates (aliás, qual seria a novidade?). E notei bem "pequenas sutilezas" que não devem passar despercebidas, nem impunes. Como você não mencionou estes detalhes importantíssimos (talvez não os tenha notado), faço esse comentário para registrar. Foram dois absurdos nas entrelinhas, quase subliminares, alguns poderiam dizer.
Num dado momento, ele disse: "Vocês acham que eu tenho medo de vocês, por que? Porque vocês são ateus?"
O que se pode entender disso? Não vejo como interpretar de outra forma senão comcluindo que, mais uma vez, esse Datena chama os ateus de bandidos, especificamente, só por serem ateus. Ou por que alguém deveria ter medo, especialmente, de ateus? Só se for por serem 'elementos perigosos'.
Em outro momento, ele disse (posso não ser capaz de reproduzir as palavras exatas, mas o contexto é esse): "ateu pode ser bom mas quem não tem deus no coração, não tem jeito, é mau".
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Sem comentários. Na verdade, acho que esse sujeito precisa de punição e de ajuda médica.
Já há algum tempo, assisti a esse Dapena (é, às vezes assisto a isso com alguns familiares pela "força dos laços") dizendo que o "ateu não precisa de/crê em deus porque se acha o próprio deus". Não entendo esse tipo de raciocínio. Parece-me que só filósofos conseguem conceber pensamentos desse tipo -- já ouvi o Olavo de Carvalho dizendo quase a mesma coisa. A única conclusão a que eu posso chegar a partir de tal afirmação é que o ateu acha, então, que ele próprio não existe.
Vou me alongar um pouquinho mais e dizer algumas coisas extras (deu vontade).
Iniciarei, mais ou menos, num estilo que me parece próprio desse tal Datena.
"Esse negócio de dizer que quem não crê em deus se acha o próprio deus, *já na frase* dá indicação clara do tipo de indivíduo que a pronuncia."
Se eu estou dizendo que deuses não existem, como me vem você dizendo que eu me acho um deus? És um lesado cerebral ou, por completo, não me respeitas? Uma das coisas que mais abomino é a distorção das palavras alheias. É um dos maiores crimes que se pode perpetrar contra o indivíduo (salvo quando decorrente de engano em que uma simples e *devida* retratação põe fim ao dissídio desrespeitoso). Aceito que discordem de mim tanto quanto quiserem ou puderem, mas do momento em que distorceres minhas palavras, somos inimigos e você é um criminoso, é o que tenho a dizer para estes tipos.
Um CIDM (Consciente da Inexistência de Deuses e Magia -- sugiro a pronúncia cidim com a primeira "sílaba" tônica) é o mais tendente à busca de um genuíno equilíbrio social pois entende que este equilíbrio não pode depender de nenhum "ser supremo" para ser estabelecido e, como tais seres (deuses) NÃO EXISTEM, quem tem que cuidar disso somos nós mesmos (seres bem humaninhos, nada nada divinos). É muito fácil para a esmagadora maioria dos humanos tomar iniciativas abusivas e bárbaras contra outros humanos. Eu poderia fazer isso contra outras pessoas e sei que outras pessoas poderiam fazer (algumas -- ou muitas -- chegam mesmo a fazê-lo) contra mim. É óbvio que isso não me agrada nem um pouco *justamente por eu não ser nenhum deus* com poder suficiente para me proteger por completo, de modo que a única possibilidade razoável de segurança que me resta, além da natural estabilidade relativa/parcial dos sistemas de organismos vivos, é o acordo social (e o cumprimento do mesmo, no mínimo, pela maioria). Em outras palavras, a minha segurança depende, em muito, do meu respeito pela segurança dos outros (mas quando se devaneia, as coisas mais óbvias tornam-se nebulosas...).
Por outro lado, o problema da crença (notadamente a cristã, neste caso) em um deus regulador-perdoador é que os que tomam a iniciativa da barbaridade sempre contam com a possibilidade do perdão do magnífico deus e da 'compreensão não julgadora' dos outros crentes (de fato, não julgar para não ser julgado -- já, subliminarmente, transformando todo mundo em potencial criminoso -- é um dos convenientes mandamentos "do deus" cristão). E os que não tomam a iniciativa da barbaridade tendem a ser mansos e não julgadores contra os que a tomam porque, afinal, diante de um ser tão poderoso como o deus cristão, que importância poderiam ter tão pequenas coisas e ações humanas e terrenas como o assassinato brutal de uma criança, por exemplo, (que pode, em teoria teológica, chegar a ser um "favor"!). Um deus tão poderoso pode consertar qualquer coisa. Acreditar em algo assim, SIM, é o maior de todos os perigos que me são visíveis para o equilíbrio de uma sociedade civilizada. Nesse estado de coisas, tudo é permitido, exceto não entrar no "esquema". Ou ainda não deu para entender que, na realidade, matar ou cometer quaisquer outros crimes não é O problema (*para estes indivíduos, NÃO PARA MIM, por favor!*)? Isso tudo pode ser perdoado e resolvido pelo tal deus, sem profilaxia, bastando o fomento criminal e criminoso do 'arrependimento "verdadeiro" de última hora a tempo'. O imperdoável mesmo é não entrar na 'jogada'. Para o ser pensante não há perdão; para o bandido crente, há.
Já, alguma vez, notaram como o malfeitor é a figura principal, o astro principal do drama dos caprichos divinos? O malfeitor é *o cara* e a vítima é só uma posta de carne a ser usada pelo criminoso para exercer seu "livre arbítrio". E a posta de carne está bem pronta a cumprir este seu papel. Afinal, é até um favor que o criminoso faz à posta, separando dela sua "alma" pura de pobre vítima para que a mesma possa livrar-se mais rapidamente desta vida terrena poluída e ir logo para o paraíso. É claro, isto no caso do assassinato. Em casos de estupro, assalto e abusos de todos os tipos... bem, o malfeitor tem que ter uma carcaça à disposição para exercer seu livre arbítrio sobre ela. E a carcaça... bem, ela é boazinha e submissa; não faz mal nenhum; não reage; dá até a outra face, entrega tudo que tem, até 'os vestidos'... e tudo mais que o malfeitor quiser (até o que ele não quiser também).
Não tenho nenhuma ilusão de que este discurso convença crentes. Por isso, esqueçam.