Autor Tópico: Lula diz que não intercederá contra apedrejamento de iraniana  (Lida 14742 vezes)

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Offline Fernando Silva

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Re: Lula diz que não intercederá contra apedrejamento de iraniana
« Resposta #150 Online: 09 de Agosto de 2010, 06:51:22 »
De fato era preciso quebrar as pernas da mentalidade de hiperinflação que arrasou o Brasil, mas uma vez quebrada, parecia que o Brasil não conseguia engatar uma segunda, principalmente no segundo mandato de FHC.
Ou ainda não tinha engatado porque estava atravessando uma série de crises financeiras internacionais, o que só aconteceu com Lula no final de quase 8 anos de prosperidade mundial que muito o favoreceu. Além de estarem aprendendo o que fazer e ganhando uma experiência que Lula já recebeu pronta.

Offline Fernando Silva

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Re: Lula diz que não intercederá contra apedrejamento de iraniana
« Resposta #151 Online: 09 de Agosto de 2010, 06:59:19 »
Portanto o Brasil seguiu estagnado durante todo o período do governo anterior, basta fazer uma comparação de empregos criados, o estoque de empregos criados durante o período anterior foi de 790.000 empregos durante oito anos, enquanto esse governo vai fechar com cerca de 15.000.000 de empregos, é muita diferença para ignorar.
Mais uma vez, é preciso verificar se era possível se criarem esses empregos naquela época. Se cada época teve o que era possível ter.  Se Lula realmente fez algo que "nunca antes neste país".
E descontar deste total os parasitas que ele contratou para aparelhar o Estado e para os "trocentos" ministérios novos.

Não esquecendo que uma empresa não contrata enquanto está em construção, portanto não dá para comparar com a época em que ela começa a funcionar e contratar.
Quanto a lei de responsabilidade fiscal, o PT errou, mas para um partido em que na maioria e nas maiores gestões foram marcadas pelo equilíbrio fiscal, a caracteristica é de que a gastança não era um objetivo do partido.
A gastança aumentou como nunca. A política não escrita deste governo é "Há dinheiro? Temos que gastar. Vai haver? Comecemos a gastar por conta".
Das agências reguladoras confesso que não sei muito, por isso prefiro não emitir opinião.
Nunca funcionaram tão mal, cheias de petistas e aliados em vez de técnicos. Vide a Anac, por exemplo.


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« Última modificação: 09 de Agosto de 2010, 07:02:57 por Fernando Silva »

Offline _Juca_

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Re: Lula diz que não intercederá contra apedrejamento de iraniana
« Resposta #152 Online: 09 de Agosto de 2010, 09:30:05 »
Talvez o que você achou foi a dívida interna total do setor público, que além das estatais, BC e governo federal ( que foi onde eu procurei comparar) inclui a dívida dos municípios e estados da união.

Conforme o artigo que citei:

Citar
Aumento nominal da dívida interna total (em poder do mercado e do Banco Central) de R$ 65,6 bilhões (18.78% do PIB) em 1994 para R$ 841,0 bilhões (56,91% do PIB) em 2002. Aumento real em relação ao PIB de 203,03%. Cabe lembrar que nesse período o governo federal assumiu todas as dívidas do estados e municípios, cujo valor atualizado com base em abril de 2010 era de R$ 445,3 bilhões (13,73% do PIB).

Esse foi um componente pequeno, vou tentar levantar valores. O que aumentou de fato a dívida pública, foi por uma série de erros, como o câmbio, os juros desproporcionais e os ajustes do sistema bancário, cuja regulação era levada nas coxas, e principalmente pelo aumento dos gastos e da máquina do governo.

Mas cansei de falar sobre FHC, seus acertos e erros estão sintetizados aqui:

http://www.newton.freitas.nom.br/artigos.asp?cod=65

Offline Unknown

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Re: Lula diz que não intercederá contra apedrejamento de iraniana
« Resposta #153 Online: 09 de Agosto de 2010, 09:52:43 »
Advogado de iraniana condenada à morte foge para a Noruega

O advogado iraniano que defendeu uma mulher condenada à morte por apedrejamento no Irã disse no domingo que fugiu para a Noruega em busca de proteção contra as autoridades do seu país.

O advogado de direitos humanos Mohammad Mostafaei, de 37 anos, desapareceu de Teerã no dia 24 de julho, depois de ser interrogado pelas autoridades iranianas. Sua mulher e seu cunhado foram presos mais tarde, de acordo com um relatório da Anistia Internacional.

Um dos maiores críticos do sistema judicial iraniano, Mostafaei disse em coletiva de imprensa em Oslo que ele já defendeu centenas de clientes, inclusive jovens que enfrentam a pena de morte.

"Mas, qual foi a minha recompensa por isso? Uma ordem de prisão contra mim e a prisão da minha esposa e do irmão dela quando eles não conseguiram me pegar", ele disse.

O advogado acrescentou que foi para a Noruega porque tinha um visto de visitante e recebeu ajuda da embaixada da Noruega na Turquia, depois de fugir para lá de carro, a cavalo e a pé.

Um dos clientes de Mostafaej é Sakineh Mohammadi Ashtiani, uma mulher de 43 anos condenada à morte por apedrejamento por adultério -- uma acusação que ela nega -- em um caso que provocou condenação internacional.

Mostafaei disse que foi para a Turquia uma semana atrás, depois que as autoridades iranianas prenderam sua mulher, Fereshteh, e o irmão dela.

Ele afirmou que sua mulher foi libertada no sábado e que espera que ela e a filha deles, de sete anos, viajem para a Noruega.

Assassinato, estupro, adultério, assalto à mão armada, apostasia e tráfico de drogas são crimes passíveis de pena de morte pela lei sharia do Irã, em vigor desde a revolução islâmica de 1979.

No domingo, o ministro das Relações Exteriores da Noruega, Jonas Gahr Stoere, disse que estava feliz em saber que Mostafaej estava em segurança.

"Mas continuamos preocupados e focados no destino de outros defensores de direitos humanos no Irã, e claro, em seus clientes", disse ele à Reuters.

http://noticias.br.msn.com/artigo.aspx?cp-documentid=25128366

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Offline _Juca_

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Re: Lula diz que não intercederá contra apedrejamento de iraniana
« Resposta #154 Online: 09 de Agosto de 2010, 09:59:49 »
E para dizer que esse governo não erra, aqui um grande erro que custa muito caro a todos:

http://www.advivo.com.br/blog/luisnassif/o-ultimo-erro-do-banco-central#more

Offline Geotecton

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Re: Lula diz que não intercederá contra apedrejamento de iraniana
« Resposta #155 Online: 09 de Agosto de 2010, 23:06:39 »
Citação de: Geotecton
Primeiro. Houve sim preocupação com o monetarismo pois foi isto que conteve a inflação. O mesmo monetarismo que o PT foi contra em princípio e depois o manteve. É bom salientar que se o PT tivesse implantado a sua "agenda econômica-ideológica" nós estaríamos em ruínas hoje.

Não disse que essa preocupação era ruim, disse que era quase que única e obsessiva, faltando o complemento com políticas de cunho desenvolvimentista.

Discordo. E já apresentei algumas obras de infra-estrutura feitas na era FHC.


Citação de: Geotecton
Segundo. Se a era FHC nunca conseguiu se desfazer das amarras do monetarismo e do círculo vicioso dos juros altos, a era Lula continuou na mesma toada. Manteve a mesma política monetária e de juros elevados, mesmo numa conjuntura internacional muitíssima mais amena que a era FHC, e que permitiu, por exemplo, aos bancos registrarem os maiores lucros na história do sistema bancário, que foi, aliás, o setor mais favorecido neste país durante a era Lula. Até mesmo bancos estatais, notórios por sua incompetência comercial, tiveram lucros recordes.

Veja você os juros reais ainda são os maiores do mundo em taxas reais, algo em torno 4,5% ao ano, e ai eu concordo, dava para cair mais, não fosse a política muito conservadora do BC. Mas mesmo assim os juros são muito menores que na época FHC, justamente por termos controlado a inflação com investimentos e não somente com juros (aí é que estranhamente o BC não enxerga).

Juros Básico                                                                           FHC   25,00%      Lula    11,75%   -   Variação -53%

Inflação – IPCA(12 meses)                                                     FHC   12,53%      Lula      5,50%   -    Variação -56%

E os Bancos estatais estão entre os mais lucrativos, por que são muito incompetentes, muito lógico. Pra mim, hoje, não há mínima diferença nesse quesito, os bancos públicos são geridos de acordo com as regras de mercado, portanto o menor sinal de que não são saudáveis, das duas uma, ou o tesouro banca ou o banco vai a falência, o que para, por exemplo o BB, que anda comprando outros grandes bancos ultimamente, é bem o contrário.

Esse fato, da crítica dos lucros dos bancos ( típica da esquerda ), me lembra um comentário que vi um dia desses numa notícia de um jornal. O sujeito criticava o governo justamente porque os bancos tinha lucro recorde, as grandes fusões criavam megaempresas, e o povo estava de barriga cheia, e aí isso é ruim?  Que grandes conglomerados tenham grandes lucros ( e pequenas empresas também) ao mesmo tempo que o povo melhora de condições?

Os juros respondem diretamente pela situação econômica geral, interna e externa. Fazer uma análise fora do contexto é um equívoco. De qualquer modo a era FHC serviu de base para a era Lula, que por sua vez será a base para o próximo governo.

Os bancos estatais melhoraram o resultado operacional durante a era FHC, porque antes os bancos estatais eram puro balcão de clientelismo, sindicalismo e bandalheira. Após a privatização de vários bancos estatais e da re-estruturação do mercado financeiro é que os bancos estatais remanescentes começaram a dar lucro.

E os bancos estatais estão entre os mais lucrativos em termos absolutos porque isto tem a ver com o tamanho deles. Mas se for comparada a razão lucro/patrimônio líquido eles ficam bem atrás dos comerciais.

As críticas hipócritas do lucro dos bancos tem a ver com a amnésia que se abateu sobre os petistas, pois eles eram os maiores críticos destes lucros, mas hoje defendem-no com impressionante vigor. Não é a toa que os bancos são um dos grandes financiadores das campanhas majoritárias.


Citação de: Geotecton
Quarto. A taxa de crescimento da era FHC foi de 2,4% ao ano, em média. Pequena sem duvida, mas bem diferente da sua idéia de "nenhum crescimento".

Taxa de crescimento de 2,4% é insuficiente para criar empregos para a massa que entra todos os anos no mercado de trabalho, deveria saber disso.

Não necessariamente. Isto vai depender da taxa de natalidade e da idade da população.


Citação de: Geotecton
Quarto. A taxa de crescimento da era FHC foi de 2,4% ao ano, em média. Pequena sem duvida, mas bem diferente da sua idéia de "nenhum crescimento".
Portanto o Brasil seguiu estagnado durante todo o período do governo anterior, basta fazer uma comparação de empregos criados, o estoque de empregos criados durante o período anterior foi de 790.000 empregos durante oito anos, enquanto esse governo vai fechar com cerca de 15.000.000 de empregos, é muita diferença para ignorar.

O Número Subestimado.

Os supostos 790.000 empregos da era FHC vieram dos dados da CAGED, que só abrange os três ultimos anos daquele governo (2.000, 2.001 e 2.002), e mesmo assim a informação está errada pois neste período foram gerados 1.050.000 empregos. A propósito este relatório (CAGED) foi criado na era FHC como instrumento de controle.

O Numero Superestimado.

Como sempre, os números da era Lula aparecem como mágica.

Em um "site" lulista há uma página de setembro de 2.009 afirmando que durante o período Lula (até então) haviam sido criados 8.400.000 empregos (http://muitopelocontrario.wordpress.com/2009/09/17/governo-lula-ja-criou-84-milhoes-de-empregos-formais-e-pode-passar-de-10-milhoes-ate-2010/).

Em outro "site", agora da candidata "Muppet", (http://www.dilma13.com.br/noticias/entry/governo-lula-deve-ter-criacaeo-de-14-milhoes-empregos/), eles afirmam que a expectativa é encerrar a era Lula com cerca de 14 milhões de empregos.

Sem considerar o número do _Juca_, mas apenas os números dos petistas, se depreende que entre setembro de 2.009 e dezembro de 2.010 (e faltam ainda 5 meses!!!) foram (serão??) criados 5.600.000 empregos.

Eu repito e sintetizo as informações dos petistas: Entre 02/01/2.003 e 30/09/2.009 (6 anos e 9 meses) foram criados 8.400.000 empregos e entre 01/10/2.009 e 31/12/2.010 (1 ano e 3 meses) foram (serão??) criados 5.600.000 empregos.

Alguém acredita nestes números?


Citação de: Geotecton
Quinto. "Sucesso relativo na contenção da inflação"? Ahh... Então "tá"!

A minha tabela lá em cima revela porque o sucesso foi relativo, esse governo consegui menos inflação com menos juros, porque? Taxas de investimento direto e indireto muito maiores do que no período anterior, políticas anticíclicas, e tudo o que já cansei de falar.

Talvez.

Mas acrescente a isto a maior expansão da dívida interna em toda a história deste país. E isto em parte devido à "política anticíclica", como no caso da injeção maciça de dinheiro no BNDES, que foi financiado com títulos do governo e que levarão a um novo aumento brutal da dívida pública líquida (http://oglobo.globo.com/economia/mat/2010/07/08/debito-publico-do-brasil-o-3-maior-entre-paises-em-desenvolvimento-diz-fmi-917106241.asp).

A outra componente de expansão da dívida está nas despesas com pessoal, que em 2.009 já correspondia a 5,11% do PIB, e que cresceu continuamente desde o primeiro ano da era Lula (http://rondoniadigital.com/capa/sem-sair-do-papel-pec-da-transposicao-ja-pesa-na-folha-de-pagamento-da-uniao/).

E aquele percentual foi antes das demandas deste ano do Legislativo, do Judiciário e dos Militares. E sem contar com este ano eleitoral, onde todas as comportas se abrem até o limite legal de tempo de contratação.


Citação de: Geotecton
Agora quero enumerar mais três pontos que foram fundamentais para trazer o Brasil (o "B" do "BRIC", termo cunhado, aliás, durante a era FHC) para o século XXI e que foram implementadas na era FHC.

A) A Lei de Responsabilidade Fiscal. Ela conseguiu impor limites legais nas despesas contratadas pelos governos nas três esferas de poder, obrigando-os a uma maior racionalidade e parcimônia no uso do dinheiro dos impostos. O PT votou contra esta lei.

B) Agências Reguladoras. Com elas houve, pela primeira vez, uma valorização da administração por meritocracia em diversos setores da economia. Estas agências foram totalmente descaracterizadas na era Lula, que fez delas uma simples extensão política de seu partido. Com isto elas foram enfraquecidas. Eis um dos motivos do "apagão aéreo" ocorrido há menos de três anos.

C) Privatizações e Política de Concessões. Com a privatização do sistema de telefonia, o Brasil teve condições de ampliar, de forma gigantesca, o acesso aos telefones para toda a população. Basta lembrar o quanto era caro e difícil se conseguir uma linha fixa. A concessão de serviços públicos, como a tarifação de rodovias ("pedágio") permitiu a recuperação e ampliação da mlaha rodoviária sem a necessidade de usar impostos para este fim.

Quanto a lei de responsabilidade fiscal, o PT errou, mas para um partido em que na maioria e nas maiores gestões foram marcadas pelo equilíbrio fiscal, a caracteristica é de que a gastança não era um objetivo do partido.

Errado. O plano era gastar, tanto é que uma parte da expansão da dívida interna ocorreu por causa das despesas de custeio. Apenas não se gastou mais por causa: dos setores mais à direita do governo, da Lei de Responsabilidade Fiscal e da vigilância da oposição.


Das agências reguladoras confesso que não sei muito, por isso prefiro não emitir opinião.

As diretorias foram desmanteladas ou tiveram seu poder muito reduzido. E em todas aportaram apaniguados políticos dos petistas e partidos aliados, em especial do PMDB.

Resultado: Apagões elétricos, caos na aviação civil e corrupção na telefonia.

Mas ainda há tempo de corrigir este equívoco. Desde que se ponha de lado o "fisiologismo" partidário e sindicalista.


Das privatizações, só posso dizer uma coisa, o que de fato o governo FHC fez de bom foi a abertura de mercado ( ainda que parcial e restrita até hoje ), o que fez com que essas empresas passassem a concorrer e competir com outras pelo mercado,  e se regulassem através das regras de mercado. E pra mim sendo estatais ou privadas, o que faz com que sejam lucrativas e produtivas é a concorrência. Os exemplos estão todos ai, Petrobrás e BB são megaempresas, que geram lucros tão grandes a seus acionistas quanto empresas totalmente privadas.

Esta medida de FHC foi salutar e permitiu a modernização do capitalismo no Brasil. Mas há muito a ser melhorado.

O caso da Petrobrás envolve muitos interesses que não aparecem à luz do dia.

A Petrobrás detem por lei a maior parte das reservas e da extração. Ela é a única que pode refinar e transportar (refinaria - macro-reservatórios) . E por fim ela recebeu subsídios maciços para aumentar a sua base de venda a varejo (postos BR).

Aí eu pergunto:

Quem é a concorrente da Petrobrás aqui no Brasil?

E a quem interessa realmente esta situação?
« Última modificação: 10 de Agosto de 2010, 00:54:30 por Geotecton »
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Offline _Juca_

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Re: Lula diz que não intercederá contra apedrejamento de iraniana
« Resposta #156 Online: 09 de Agosto de 2010, 23:56:17 »
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E os bancos estatais estão entre os mais lucrativos em termos absolutos porque isto tem a ver com o tamanho deles. Mas se for comparada a razão lucro/patrimônio líquido eles ficam bem atrás dos comerciais.

Poderia me mostrar os números comparativos que levam ao seu argumento?

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As críticas hipócritas do lucro dos bancos tem a ver com a amnésia que se abateu sobre os petistas, pois eles eram os maiores críticos destes lucros, mas hoje defendem-no com impressionante vigor. Não é a toa que os bancos são um dos grandes financiadores das campanhas majoritárias.

A mesma amnésia que se abate hoje sobre a oposição em várias questões, como políticas sociais, de renda, sobre lucros, fusões, finaciamentos e tudo aquilo que da certo para o país e vai dar direto no saldo positivo do governo, enfraquecendo a oposição, em outras palavras, jogo eleitoral rasteiro. A sorte para o PT é que o Brasil não seguiu bem ante algumas políticas equivocadas de FHC.

Citar
Não necessariamente. Isto vai depender da taxa de natalidade e da idade da população.

Faça as contas, a taxa de natalidade em 1991 era de 2,9%, em 2000 era de 2,3%, mas temos que levar em conta a taxa de natalidade década 70 e 80, que eram as pessoas que estavam entrando no mercado de trabalho na década de 90, não é mesmo? Uma taxa entre 5,8 e 4,4. Mesmo se fosse hoje essa taxa de crescimento, da era FHC, seria muito pouca para a criação de empregos.



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O Numero Superestimado.

Como sempre, os números da era Lula aparecem como mágica.

Em um "site" lulista há uma página de setembro de  2.009 afirmando que durante o período Lula (até então) haviam sido criados 8.400.000 empregos (http://muitopelocontrario.wordpress.com/2009/09/17/governo-lula-ja-criou-84-milhoes-de-empregos-formais-e-pode-passar-de-10-milhoes-ate-2010/).

Em outro "site", agora da candidata "Muppet", (http://www.dilma13.com.br/noticias/entry/governo-lula-deve-ter-criacaeo-de-14-milhoes-empregos/), eles afirmam que a expectativa é encerrar a era Lula com cerca de 14 milhões de empregos.

Sem considerar o número do _Juca_, mas apenas os números dos petistas, se depreende que entre setembro de 2.009 e dezembro de 2.010 (e faltam ainda 5 meses!!!) foram (serão??) criados 5.600.000 empregos.

Eu repito e sintetizo as informações dos petistas: Entre 02/01/2.003 e 30/09/2.009 (6 anos e 9 meses) foram criados 8.400.000 empregos e entre 01/10/2.009 e 31/12/2.010 (1 ano e 3 meses) foram (serão??) criados 5.600.000 empregos.

Alguém acredita nestes números?

Parecem mágica não é? eu concordo, mas é realidade meu caro amigo. Basta ver o número da população ocupada no período. Esses 8,4 mi, referem-se apenas aqueles que tem carteira assinada, ou formais, não se esqueça daqueles que não tem.


http://www.ipeadata.gov.br/ipeaweb.dll/ipeadata?SessionID=1440422486&Tick=1281407427596&VAR_FUNCAO=RedirecionaFrameConteudo(%22iframe_dados_s.htm%22)&Mod=S

Apenas de 2003 à 2007, foram mais de 10.000.000 de postos criados e tem três anos ainda para se computar. Apenas os empregos criados com carteira assinada no primeiro semestre desse ano foram 1,47 mi. Faça uma continha básica. Se o segundo semestre acompanhar o ritmo, e como o segundo semestre sempre é melhor que o primeiro, só nesse ano com carteira assinada chegaremos fácil perto dos 3 mi, lembrando, sem computar aqueles que não tem seu vínculo formalizado, que como você deve saber, no Brasil ainda é muito grande.

http://www.sidneyrezende.com/noticia/94161+primeiro+semestre+de+2010+bate+recorde+de+criacao+de+empregos+com+carteira+assinada


Não responda ainda, amanhã continuo...

Offline Geotecton

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Re: Lula diz que não intercederá contra apedrejamento de iraniana
« Resposta #157 Online: 10 de Agosto de 2010, 00:42:13 »
Não responda ainda, amanhã continuo...

Senhor, sim Senhor!
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Offline Diegojaf

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Re: Lula diz que não intercederá contra apedrejamento de iraniana
« Resposta #158 Online: 10 de Agosto de 2010, 15:21:46 »
Que bom que nosso país agora é um "player" de alto nível, capaz de fazer frente a decisões das grandes potências e decidir quem são ou não os seus aliados...

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10/08/2010 - 13h58
"Contrariado", Lula assina decreto de sanções da ONU contra o Irã
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SIMONE IGLESIAS
DE BRASÍLIA

Atualizado às 14h13.

A contragosto, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou nesta terça-feira o decreto que expande as sanções do Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas) contra o programa nuclear do Irã.

O Brasil é membro não permanente do Conselho e votou contra a resolução pela quarta rodada de sanções contra o Irã. O projeto, contudo, teve a aprovação de outros 12 membros, incluindo os cinco países com poder de veto --Reino Unido, França, Estados Unidos, China e Rússia. A Turquia também votou contra e o Líbano se absteve.

As medidas, aprovadas no último dia 9 de junho, foram uma punição pelo fato do Irã manter enriquecimento de urânio em seu território, o que viola resolução anterior do Conselho. Em represália, no fim de junho, o presidente iraniano anunciou um congelamento de dois meses do diálogo nuclear com as potências.

"O Brasil faz isso contrariado, porque votamos contra esta resolução", disse o chanceler Celso Amorim, ao deixar reunião com o presidente. "Não acreditamos que contribua para resolver o problema do programa nuclear iraniano", completou.

Amorim disse ainda que essas sanções não atingem diretamente as relações do Brasil com o Irã e que também não têm relação com medidas adotadas paralelamente pelos Estados Unidos e União Europeia.

"As sanções são inoportunas e contraproducentes, mas somos respeitadores das leis internacionais", disse o chanceler.

O Brasil se aproximou nos últimos meses do Irã e defendeu que o país tem direito a um programa nuclear pacífico.

Brasil e Turquia assinaram, no dia 17 de maio, um acordo com o Irã que estabelece a troca em território turco de 1.200 kg de seu urânio levemente enriquecido (a 3,5%) por 120 kg de combustível enriquecido a 20%, destinado ao reator de pesquisa médica de Teerã. A iniciativa, contudo, foi ignorada pelas grandes potências por não incluir a exigência de que Teerã interrompesse o enriquecimento de seu urânio.

Ou não... :|
"De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça. De tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto." - Rui Barbosa

http://umzumbipordia.blogspot.com - Porque a natureza te odeia e a epidemia zumbi é só a cereja no topo do delicioso sundae de horror que é a vida.

Offline Derfel

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Re: Lula diz que não intercederá contra apedrejamento de iraniana
« Resposta #159 Online: 10 de Agosto de 2010, 15:39:31 »
hein? Está sugerindo que o Brasil deveria se revoltar e não realizar as sanções impostas ao Irã pelo CS da ONU?

Offline Diegojaf

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Re: Lula diz que não intercederá contra apedrejamento de iraniana
« Resposta #160 Online: 10 de Agosto de 2010, 15:42:44 »
hein? Está sugerindo que o Brasil deveria se revoltar e não realizar as sanções impostas ao Irã pelo CS da ONU?

Eu? Não sugeri nada. Nesse caso específico ainda acho que deveria se juntar ao coro para fazer pressão contra o Irã, ao invés de ficar tentando acordos inúteis que claramente vão ser desrespeitados.

O que escrevi foi referência ao que foi dito anteriormente que o Brasil havia se tornado um "player" de primeira grandeza e que batia de frente com decisões desse mesmo Conselho de Segurança e que não se submetia aos desejos de EUA e companhia.
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Offline Buckaroo Banzai

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Re: Lula diz que não intercederá contra apedrejamento de iraniana
« Resposta #161 Online: 10 de Agosto de 2010, 21:25:37 »
Da série Lulesca: Mas eles tem petróleo...



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Iraniana será apedrejada até a morte após ser forçada a confessar adultério

RIO - Um ativista de direitos humanos iraniano alertou nesta segunda-feira que Sakineh Mohammadie Ashtiani, mãe de duas crianças, será apedrejada até a morte a qualquer momento, de acordo com a pena de morte dada por autoridades iranianas. Somente uma campanha internacional, feita para pressionar o regime de Teerã, pode salvar a sua vida, disse Mina Ahadi, chefe da Comissão Internacional Contra Apedrejamento e Pena de Morte.

- Legalmente, está tudo acabado - disse Ahadi à CNN. - É um acordo fechado. Sakineh pode ser apedrejada a qualquer minuto. É por isso que decidimos iniciar um amplo movimento internacional. Só isso pode ajudar.

Sakineh, de 42 anos, será enterrada até o peito, informou a Anistia Internacional, citando o código penal iraniano. As pedras lançadas contra a mulher serão grandes o suficiente para causar dor, mas não grandes para matá-la imediatamente.

A mulher, que é da cidade de Tabriz, foi condenada por adultério em 2006. Ela foi forçada a confessar depois de levar 99 chibatadas, afirmou o advogado de direitos humanos Mohammad Mostafaei. Em seguida, Sakineh retirou a confissão e negou o adultério. Sua condenação não foi baseada em provas, mas na determinação de três dos cinco juízes que participaram do julgamento. Desde então, já pediu perdão, mas os juízes não concederam clemência.

Mostafaei acredita que um impedimento de idioma impediu que sua cliente compreendesse os procedimentos da corte. Sakineh é descendente de azerbaidjano e fala turco, e não farsi. As circunstâncias do caso não fazem dela uma exceção, de acordo com a Anistia Internacional, que acompanha casos de pena de morte em todo o mundo.

"A maioria dos condenados à morte por apedrejamento é mulher. Elas sofrem de forma desproporcional por tal punição", afirmou o grupo de direitos humanos num relatório em 2008.

Na quarta-feira, a Anistia fez um novo pedido ao governo iraniano para suspender imediatamente todas as execuções. O grupo registrou 126 execuções no Irã do início do ano até o dia 6 de junho.

http://oglobo.globo.com/mundo/mat/2010/07/05/iraniana-sera-apedrejada-ate-morte-apos-ser-forcada-confessar-adulterio-917064267.asp

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Re: Lula diz que não intercederá contra apedrejamento de iraniana
« Resposta #162 Online: 11 de Agosto de 2010, 11:52:31 »


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Mas acrescente a isto a maior expansão da dívida interna em toda a história deste país. E isto em parte devido à "política anticíclica", como no caso da injeção maciça de dinheiro no BNDES, que foi financiado com títulos do governo e que levarão a um novo aumento brutal da dívida pública líquida (http://oglobo.globo.com/economia/mat/2010/07/08/debito-publico-do-brasil-o-3-maior-entre-paises-em-desenvolvimento-diz-fmi-917106241.asp).

Você parece esquecer que estamos falando somente do governo federal, cuja dívida não aumentou na relação do pib.

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A outra componente de expansão da dívida está nas despesas com pessoal, que em 2.009 já correspondia a 5,11% do PIB, e que cresceu continuamente desde o primeiro ano da era Lula (http://rondoniadigital.com/capa/sem-sair-do-papel-pec-da-transposicao-ja-pesa-na-folha-de-pagamento-da-uniao/).

E aqui você parece ignorar que o "grande" aumento de mais de 1% na relação do PIB se deu sobre tudo pelo aumento real dos salários dos servidores, que de um modo geral, e quem é servidor sabe, durante o governo FHC, esses sofreram um grande arrocho nos seus salários. E também ignora que muitos desses aumentos foram conseguidos no STF.





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Errado. O plano era gastar, tanto é que uma parte da expansão da dívida interna ocorreu por causa das despesas de custeio. Apenas não se gastou mais por causa: dos setores mais à direita do governo, da Lei de Responsabilidade Fiscal e da vigilância da oposição.

Mostre onde e como o plano era gastar mais?


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Esta medida de FHC foi salutar e permitiu a modernização do capitalismo no Brasil. Mas há muito a ser melhorado.

O caso da Petrobrás envolve muitos interesses que não aparecem à luz do dia.

A Petrobrás detem por lei a maior parte das reservas e da extração. Ela é a única que pode refinar e transportar (refinaria - macro-reservatórios) . E por fim ela recebeu subsídios maciços para aumentar a sua base de venda a varejo (postos BR).

Aí eu pergunto:

Quem é a concorrente da Petrobrás aqui no Brasil?

E a quem interessa realmente esta situação?

Às gigantescas  multinacionais do setor é que não. A Petrobrás é estratégica para o Brasil, e quase o governo passado a vendeu. Basta analisar o porque os parlamentares americanos impediram a venda de uma empresa de lá ao Chineses. Sendo a Petrobrás brasileira e sobretudo controlada pelo Estado, pode ela direcionar seus investimentos, fornecedores e pesquisas de forma majoritária ao Brasil, como o faz. Que outra empresa do porte da Petrobrás concentraria 90% dos seus recursos no território nacional, com a finalidade primeira de fomentar e abastecer o mercado nacional? Nenhuma.

O pré-sal, é um exemplo típico. Como você sabe, os primeiros leilões para a exploração de pesquisa e devida exploração, quase todos foram vencidos pela Petrobrás devido ao pouco interesse das outras empresas, por causa do alto custo e baixo retorno. Que outra empresa poderia estrategicamente se arriscar?

Offline Diegojaf

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Re: Lula diz que não intercederá contra apedrejamento de iraniana
« Resposta #163 Online: 11 de Agosto de 2010, 13:18:02 »
Da série Lulesca: Mas eles tem petróleo...



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Iraniana será apedrejada até a morte após ser forçada a confessar adultério

RIO - Um ativista de direitos humanos iraniano alertou nesta segunda-feira que Sakineh Mohammadie Ashtiani, mãe de duas crianças, será apedrejada até a morte a qualquer momento, de acordo com a pena de morte dada por autoridades iranianas. Somente uma campanha internacional, feita para pressionar o regime de Teerã, pode salvar a sua vida, disse Mina Ahadi, chefe da Comissão Internacional Contra Apedrejamento e Pena de Morte.

- Legalmente, está tudo acabado - disse Ahadi à CNN. - É um acordo fechado. Sakineh pode ser apedrejada a qualquer minuto. É por isso que decidimos iniciar um amplo movimento internacional. Só isso pode ajudar.

Sakineh, de 42 anos, será enterrada até o peito, informou a Anistia Internacional, citando o código penal iraniano. As pedras lançadas contra a mulher serão grandes o suficiente para causar dor, mas não grandes para matá-la imediatamente.

A mulher, que é da cidade de Tabriz, foi condenada por adultério em 2006. Ela foi forçada a confessar depois de levar 99 chibatadas, afirmou o advogado de direitos humanos Mohammad Mostafaei. Em seguida, Sakineh retirou a confissão e negou o adultério. Sua condenação não foi baseada em provas, mas na determinação de três dos cinco juízes que participaram do julgamento. Desde então, já pediu perdão, mas os juízes não concederam clemência.

Mostafaei acredita que um impedimento de idioma impediu que sua cliente compreendesse os procedimentos da corte. Sakineh é descendente de azerbaidjano e fala turco, e não farsi. As circunstâncias do caso não fazem dela uma exceção, de acordo com a Anistia Internacional, que acompanha casos de pena de morte em todo o mundo.

"A maioria dos condenados à morte por apedrejamento é mulher. Elas sofrem de forma desproporcional por tal punição", afirmou o grupo de direitos humanos num relatório em 2008.

Na quarta-feira, a Anistia fez um novo pedido ao governo iraniano para suspender imediatamente todas as execuções. O grupo registrou 126 execuções no Irã do início do ano até o dia 6 de junho.

http://oglobo.globo.com/mundo/mat/2010/07/05/iraniana-sera-apedrejada-ate-morte-apos-ser-forcada-confessar-adulterio-917064267.asp

Tomara que esse bando de FDP se exploda então!! :no:
"De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça. De tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto." - Rui Barbosa

http://umzumbipordia.blogspot.com - Porque a natureza te odeia e a epidemia zumbi é só a cereja no topo do delicioso sundae de horror que é a vida.

Offline Geotecton

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Re: Lula diz que não intercederá contra apedrejamento de iraniana
« Resposta #164 Online: 13 de Agosto de 2010, 23:18:19 »
Citação de: Geotecton
E os bancos estatais estão entre os mais lucrativos em termos absolutos porque isto tem a ver com o tamanho deles. Mas se for comparada a razão lucro/patrimônio líquido eles ficam bem atrás dos comerciais.

Poderia me mostrar os números comparativos que levam ao seu argumento?

O ROE (Return On Equity) dos bancos estatais é péssimo, com as exceções do Banco do Brasil e da CEF, porque estes tem o predomínio, assegurado por lei, do financiamento da agricultura e da habitação, cujos recursos são assegurados pelo Tesouro Nacional e pelo FGTS, respectivamente.

Nos relatórios do Banco Central, denominados "50 maiores bancos e o Consolidado do Sistema Financeiro Nacional" é possível verificar que os cinco maiores bancos privados tinham melhor correlação de ROE até 2.007. Mas em 2.008 e 2.009, com a crise e a retração econômica mundial, os dois mega bancos estatais brasileiros, assumiram a ponta, com uma ROE um pouco superior aos dos cinco maiores bancos privados.

E isto ocorreu por determinação política, onde o governo federal ordenou que estas instituições alavancassem operações cujos riscos nenhum banco do setor privado assumiria, principalmente no período entre setembro de 2.008 e agosto de 2.009. Os especialistas afirmam que a partir de 2.011 é que o quadro de rentabilidade será mais claro, já sem a influência da crise.

A eficiência operacional dos bancos privados é significativamente melhor que os bancos públicos, porque estes frequentemente são manipulados com o intuito de "resolver" problemas de empresas ou setores da economia onde há forte presença de políticos ou apaniguados, sem contar que estes bancos são feudos de sindicatos pelegos.


Citação de: Geotecton
As críticas hipócritas do lucro dos bancos tem a ver com a amnésia que se abateu sobre os petistas, pois eles eram os maiores críticos destes lucros, mas hoje defendem-no com impressionante vigor. Não é a toa que os bancos são um dos grandes financiadores das campanhas majoritárias.

A mesma amnésia que se abate hoje sobre a oposição em várias questões, como políticas sociais, de renda, sobre lucros, fusões, finaciamentos e tudo aquilo que da certo para o país e vai dar direto no saldo positivo do governo, enfraquecendo a oposição, em outras palavras, jogo eleitoral rasteiro. A sorte para o PT é que o Brasil não seguiu bem ante algumas políticas equivocadas de FHC.

Já fiz menção, do período FHC, sobre as políticas sociais, inclusive de transferência de renda; sobre o aumento real do salário mínimo; sobre as privatizações; sobre as melhorias na infra-estrutura; sobre a estruturação da base jurídica para o controle do setor público; entre outros aspectos.

E quase todas elas, equivocadas ou não, foram seguidas pelo atual governo federal.


Citação de: Geotecton
Não necessariamente. Isto vai depender da taxa de natalidade e da idade da população.

Faça as contas, a taxa de natalidade em 1991 era de 2,9%, em 2000 era de 2,3%, mas temos que levar em conta a taxa de natalidade década 70 e 80, que eram as pessoas que estavam entrando no mercado de trabalho na década de 90, não é mesmo? Uma taxa entre 5,8 e 4,4. Mesmo se fosse hoje essa taxa de crescimento, da era FHC, seria muito pouca para a criação de empregos.

Aqui eu errei conceitualmente. Não importa a taxa de natalidade e sim a de fecundidade. De qualquer modo a taxa de fecundidade vem seguindo com uma tendência de declínio há mais de 35 anos.

Supondo que alguém entre no mercado de trabalho com 18 anos, as pessoas nascidas entre 1.977 e 1.984 é que teriam começado a trabalhar no período FHC. E neste intervalo a taxa de fecundidade foi de 4,3 para 3,4, segundo o Anuário Estatístico do Brasil (IBGE, 1995). Então, de fato haveria um déficit para o aumento de empregabilidade da PEA. Mas há outros fatores que voce não considerou e que, sinceramente eu não sei mensurar, mas que sei que ocorreu (e ocorre), que é a existência de um grande mercado de trabalho informal e o aumento na idade para a entrada no mercado de trabalho em função do aumento da escolaridade.

 
Citação de: Geotecton
O Numero Superestimado.

Como sempre, os números da era Lula aparecem como mágica.

Em um "site" lulista há uma página de setembro de  2.009 afirmando que durante o período Lula (até então) haviam sido criados 8.400.000 empregos (http://muitopelocontrario.wordpress.com/2009/09/17/governo-lula-ja-criou-84-milhoes-de-empregos-formais-e-pode-passar-de-10-milhoes-ate-2010/).

Em outro "site", agora da candidata "Muppet", (http://www.dilma13.com.br/noticias/entry/governo-lula-deve-ter-criacaeo-de-14-milhoes-empregos/), eles afirmam que a expectativa é encerrar a era Lula com cerca de 14 milhões de empregos.

Sem considerar o número do _Juca_, mas apenas os números dos petistas, se depreende que entre setembro de 2.009 e dezembro de 2.010 (e faltam ainda 5 meses!!!) foram (serão??) criados 5.600.000 empregos.

Eu repito e sintetizo as informações dos petistas: Entre 02/01/2.003 e 30/09/2.009 (6 anos e 9 meses) foram criados 8.400.000 empregos e entre 01/10/2.009 e 31/12/2.010 (1 ano e 3 meses) foram (serão??) criados 5.600.000 empregos.

Alguém acredita nestes números?

Parecem mágica não é? eu concordo, mas é realidade meu caro amigo. Basta ver o número da população ocupada no período. Esses 8,4 mi, referem-se apenas aqueles que tem carteira assinada, ou formais, não se esqueça daqueles que não tem.

http://www.ipeadata.gov.br/ipeaweb.dll/ipeadata?SessionID=1440422486&Tick=1281407427596&VAR_FUNCAO=RedirecionaFrameConteudo(%22iframe_dados_s.htm%22)&Mod=S

Tenho sérias dúvidas sobre os números apresentados. A fração de universo amostral que eu conheço (CAGEDs mensais) do período de janeiro de 2.003 à junho de 2.010 não mostram esta tendência "avassaladora".

Outro ponto importante. Onde foi parar o grande desemprego ocorrido entre setembro de 2.008 e junho de 2.009? Somente neste período eu efetuei o encerramento ("baixa") de 14 empresas, com mais de 150 pessoas desempregadas formais.

Então querem me convencer que entre janeiro de 2.003 e setembro de 2.009 foram criados mais 8,4 milhões de empregos formais e que nos 15 meses que se seguem serão criados mais 5,6 milhões? Passarei a confiar nestes números se eles forem corroborados por auditores independentes.

Quanto ao mercado informal de trabalho eu concordo com você. Mas faço um adendo. Ele também existia no tempo de FHC, como eu já mencionei antes.


Apenas de 2003 à 2007, foram mais de 10.000.000 de postos criados e tem três anos ainda para se computar. Apenas os empregos criados com carteira assinada no primeiro semestre desse ano foram 1,47 mi. Faça uma continha básica. Se o segundo semestre acompanhar o ritmo, e como o segundo semestre sempre é melhor que o primeiro, só nesse ano com carteira assinada chegaremos fácil perto dos 3 mi, lembrando, sem computar aqueles que não tem seu vínculo formalizado, que como você deve saber, no Brasil ainda é muito grande.

http://www.sidneyrezende.com/noticia/94161+primeiro+semestre+de+2010+bate+recorde+de+criacao+de+empregos+com+carteira+assinada

Aqui há uma diferença significativa nos informes do número de empregos gerados e que consolidam a minha desconfiança neles e nas fontes. Na fonte fornecida por mim, os petistas afirmaram que foram criados 8,4 milhões de empregos entre janeiro de 2.003 e setembro de 2.009. E na fonte citada por voce afirma-se que foram 10 milhões entre janeiro de 2.003 e dezembro de 2.007.
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Offline Geotecton

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Re: Lula diz que não intercederá contra apedrejamento de iraniana
« Resposta #165 Online: 14 de Agosto de 2010, 00:12:51 »
Citação de: Geotecton
Mas acrescente a isto a maior expansão da dívida interna em toda a história deste país. E isto em parte devido à "política anticíclica", como no caso da injeção maciça de dinheiro no BNDES, que foi financiado com títulos do governo e que levarão a um novo aumento brutal da dívida pública líquida (http://oglobo.globo.com/economia/mat/2010/07/08/debito-publico-do-brasil-o-3-maior-entre-paises-em-desenvolvimento-diz-fmi-917106241.asp).

Você parece esquecer que estamos falando somente do governo federal, cuja dívida não aumentou na relação do pib.

Desculpe _Juca_. Mas não se pode ignorar todos os "braços" do executivo federal, incluindo o banco de fomento supra.


Citação de: Geotecton
A outra componente de expansão da dívida está nas despesas com pessoal, que em 2.009 já correspondia a 5,11% do PIB, e que cresceu continuamente desde o primeiro ano da era Lula (http://rondoniadigital.com/capa/sem-sair-do-papel-pec-da-transposicao-ja-pesa-na-folha-de-pagamento-da-uniao/).

E aqui você parece ignorar que o "grande" aumento de mais de 1% na relação do PIB se deu sobre tudo pelo aumento real dos salários dos servidores, que de um modo geral, e quem é servidor sabe, durante o governo FHC, esses sofreram um grande arrocho nos seus salários. E também ignora que muitos desses aumentos foram conseguidos no STF.

A contenção das despesas com o "arrocho" salarial do setor público foi, ao meu ver, indispensável naquele período. E isto representou um ônus político para FHC, que ele nunca negou. Mas algo de positivo veio desta medida, que foi o de mostrar, para a população, a enorme vantagem entre salários e benefícios que tem o setor público em comaração com o setor privado.

Eis uma análise e explicação didática, de 2.008, da então expansão dos gastos públicos, com reflexos na dívida pública.


Citação de: Geotecton
Errado. O plano era gastar, tanto é que uma parte da expansão da dívida interna ocorreu por causa das despesas de custeio. Apenas não se gastou mais por causa: dos setores mais à direita do governo, da Lei de Responsabilidade Fiscal e da vigilância da oposição.

Mostre onde e como o plano era gastar mais?

Leia o conteúdo deste trabalho e voce encontrará as proposições petistas pré-2.002 e que, felizmente, não se concretizaram.  

Neste "link" também há uma menção sobre os planos do PT em aumentar enormemente os gastos publicos.



Citação de: Geotecton
Esta medida de FHC foi salutar e permitiu a modernização do capitalismo no Brasil. Mas há muito a ser melhorado.

O caso da Petrobrás envolve muitos interesses que não aparecem à luz do dia.

A Petrobrás detem por lei a maior parte das reservas e da extração. Ela é a única que pode refinar e transportar (refinaria - macro-reservatórios) . E por fim ela recebeu subsídios maciços para aumentar a sua base de venda a varejo (postos BR).

Aí eu pergunto:

Quem é a concorrente da Petrobrás aqui no Brasil?

E a quem interessa realmente esta situação?

Às gigantescas  multinacionais do setor é que não. A Petrobrás é estratégica para o Brasil, e quase o governo passado a vendeu. Basta analisar o porque os parlamentares americanos impediram a venda de uma empresa de lá ao Chineses. Sendo a Petrobrás brasileira e sobretudo controlada pelo Estado, pode ela direcionar seus investimentos, fornecedores e pesquisas de forma majoritária ao Brasil, como o faz. Que outra empresa do porte da Petrobrás concentraria 90% dos seus recursos no território nacional, com a finalidade primeira de fomentar e abastecer o mercado nacional? Nenhuma.

O pré-sal, é um exemplo típico. Como você sabe, os primeiros leilões para a exploração de pesquisa e devida exploração, quase todos foram vencidos pela Petrobrás devido ao pouco interesse das outras empresas, por causa do alto custo e baixo retorno. Que outra empresa poderia estrategicamente se arriscar?

Não. A Petrobrás não prioriza "investimentos, fornecedores e pesquisas de forma majoritária ao Brasil" porque ela almeja o bem-estar da população e sim porque pode lhe trazer mais vantagens econômicas. Se um fornecedor estrangeiro tiver preço melhor, não ha dúvida que ela vai comprar lá fora (vide as plataformas petrolíferas e os navios de transporte).

A Petrobrás fomenta e abastece o mercado nacional porque ela conseguiu se impor por força do monopólio que vigorou para todos os setores da indústria petrolífera de 1.954 à 1.997, com exceção da venda no varejo, que sempre foi um setor de pequeno valor agregado. Se ela estivesse sob o regime de concorrência desde o seu início, ela não teria o tamanho que tem hoje.

Não responda ainda, porque mais tarde eu continuarei...
« Última modificação: 14 de Agosto de 2010, 00:14:55 por Geotecton »
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Offline _Juca_

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Re: Lula diz que não intercederá contra apedrejamento de iraniana
« Resposta #166 Online: 14 de Agosto de 2010, 00:15:20 »
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ROE (Return On Equity) dos bancos estatais é péssimo, com as exceções do Banco do Brasil e da CEF, porque estes tem o predomínio, assegurado por lei, do financiamento da agricultura e da habitação, cujos recursos são assegurados pelo Tesouro Nacional e pelo FGTS, respectivamente.

Nos relatórios do Banco Central, denominados "50 maiores bancos e o Consolidado do Sistema Financeiro Nacional" é possível verificar que os cinco maiores bancos privados tinham melhor correlação de ROE até 2.007. Mas em 2.008 e 2.009, com a crise e a retração econômica mundial, os dois mega bancos estatais brasileiros, assumiram a ponta, com uma ROE um pouco superior aos dos cinco maiores bancos privados.

E isto ocorreu por determinação política, onde o governo federal ordenou que estas instituições alavancassem operações cujos riscos nenhum banco do setor privado assumiria, principalmente no período entre setembro de 2.008 e agosto de 2.009. Os especialistas afirmam que a partir de 2.011 é que o quadro de rentabilidade será mais claro, já sem a influência da crise.

A eficiência operacional dos bancos privados é significativamente melhor que os bancos públicos, porque estes frequentemente são manipulados com o intuito de "resolver" problemas de empresas ou setores da economia onde há forte presença de políticos ou apaniguados, sem contar que estes bancos são feudos de sindicatos pelegos.

Poderia por favor descrever com números, onde, como e quando e os atuais bancos públicos federais "resolvem" esse problemas por você citado?
Não fica um post sem destilar seu preconceito contra sindicatos, movimentos sociais ou o PT. Desculpe, mas é preciso anotar.

Dos outros bancos públicos, principalmente os estaduais, a situação sempre foi essa mesmo, mas como em São Paulo o último banco do Estado foi comprado pelo BB, não tenho informações para levantar opinião.

E os bancos públicos tem por definição o fomento ao desenvolvimento antes de visar lucros, ao contrário dos bancos privados, é preciso levar isso em conta. E a crise acabou sendo uma ótima oportunidade para retomarem a dianteira que o Bradesco e Itaú já ameaçavam.


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Já fiz menção, do período FHC, sobre as políticas sociais, inclusive de transferência de renda; sobre o aumento real do salário mínimo; sobre as privatizações; sobre as melhorias na infra-estrutura; sobre a estruturação da base jurídica para o controle do setor público; entre outros aspectos.

As políticas sociais no governo FHC foram pequenas e tímidas, mas existiram, não havia política de aumento do salário mínimo, por que proporcionalmente foi irrisória, as privatizações foram meia boca, cheias de denúncias e algumas empresas vendidas a preços mínimos, não houve melhoria em infra-estrutura que fosse no mínimo satisfatória, vide racionamento de energia, portos sucateados e uma completa falta de estratégia para o desenvolvimento das ferrovias e de sua malha, não era preciso nem mesmo muita coisa, se já tivessem um plano, seria algo.


Citação de: [url=http://][/url]
Aqui eu errei conceitualmente. Não importa a taxa de natalidade e sim a de fecundidade. De qualquer modo a taxa de fecundidade vem seguindo com uma tendência de declínio há mais de 35 anos.

Supondo que alguém entre no mercado de trabalho com 18 anos, as pessoas nascidas entre 1.977 e 1.984 é que teriam começado a trabalhar no período FHC. E neste intervalo a taxa de fecundidade foi de 4,3 para 3,4, segundo o Anuário Estatístico do Brasil (IBGE, 1995). Então, de fato haveria um déficit para o aumento de empregabilidade da PEA. Mas há outros fatores que voce não considerou e que, sinceramente eu não sei mensurar, mas que sei que ocorreu (e ocorre), que é a existência de um grande mercado de trabalho informal e o aumento na idade para a entrada no mercado de trabalho em função do aumento da escolaridade.

A Criação de empregos na era FHC, contando com os trabalhadores sem carteiras, não ultrapassou 1 milhão em 8 anos, basta ver a taxa de desemprego da época que se não em engano chegou perto de 20% em SP. Foi uma época muito difícil, para muita famílias Brasil afora, isso é fato.

 


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Tenho sérias dúvidas sobre os números apresentados. A fração de universo amostral que eu conheço (CAGEDs mensais) do período de janeiro de 2.003 à junho de 2.010 não mostram esta tendência "avassaladora".

Outro ponto importante. Onde foi parar o grande desemprego ocorrido entre setembro de 2.008 e junho de 2.009? Somente neste período eu efetuei o encerramento ("baixa") de 14 empresas, com mais de 150 pessoas desempregadas formais.

Então querem me convencer que entre janeiro de 2.003 e setembro de 2.009 foram criados mais 8,4 milhões de empregos formais e que nos 15 meses que se seguem serão criados mais 5,6 milhões? Passarei a confiar nestes números se eles forem corroborados por auditores independentes.

Quanto ao mercado informal de trabalho eu concordo com você. Mas faço um adendo. Ele também existia no tempo de FHC, como eu já mencionei antes.

Acredite no quiser, o direito lhe está assegurado, mas são números oficiais, que nenhuma grande instituição de economia contesta. Também são fatos.


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Aqui há uma diferença significativa nos informes do número de empregos gerados e que consolidam a minha desconfiança neles e nas fontes. Na fonte fornecida por mim, os petistas afirmaram que foram criados 8,4 milhões de empregos entre janeiro de 2.003 e setembro de 2.009. E na fonte citada por voce afirma-se que foram 10 milhões entre janeiro de 2.003 e dezembro de 2.007.

Contando com carteira assinada e sem, acho que disse isso antes, estou contabilizando os empregos formais e informais. Outro fato. E mesmo que só entrasse na conta os empregos formais, da era Lula contra todos os outros de FHC, e mesmo que pegassemos os 5 primeiros anos de Lula contra os oito de FHC, assim mesmo a comparação já fica ridícula, menos de 1 mi em 8 anos, contra mais de 8 mi em 5 anos.


Não existe comparação entre números desse governo e do passado. Embora, na conta final, e respeitando o período histórico eu ainda tenho o governo passado como um governo razoavelmente bom, porque assegurou a estabidade institucional e monetária (não econômica), ainda que com altos custos e políticas equivocadas, qualquer comparação de números com o governo atual é covardia. Todos os índices econômicos, financeiros e sociais são muito melhores, os piores desse governo ainda são melhores que do outro, a comparação é inevitável e se tudo que o Lula fez foi continuação das políticas anteriores, gostaria muito de saber porque FHC não teve um sucesso tão pequeno assim, mesmo depois de oito anos. Se fosse continuação de verdade era para Lula já ter pego o bonde andando ao menos em primeira marcha, na questão econômica e social e não somente na institucional.

Offline Moro

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Re: Lula diz que não intercederá contra apedrejamento de iraniana
« Resposta #167 Online: 14 de Agosto de 2010, 00:35:49 »
PQP...  Querer associar esses empregos àlguma política que Lula fez é no mínimo ridículo. Sempre que pergunto: Quais políticas o Lula fez para gerar esses números.. a resposta é, bem, continuou o que FHC fez.

Falácia em relação ao Lula aqui: Post hoc ergo propter hoc...

Isso já foi debatido
“If an ideology is peaceful, we will see its extremists and literalists as the most peaceful people on earth, that's called common sense.”

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"To claim that someone is not motivated by what they say is motivating them, means you know what motivates them better than they do."

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Offline calvino

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Re: Lula diz que não intercederá contra apedrejamento de iraniana
« Resposta #168 Online: 14 de Agosto de 2010, 01:40:26 »
E olha só quem não agüentou 1 ano :)
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Offline _Juca_

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Re: Lula diz que não intercederá contra apedrejamento de iraniana
« Resposta #169 Online: 14 de Agosto de 2010, 08:23:33 »
PQP...  Querer associar esses empregos àlguma política que Lula fez é no mínimo ridículo. Sempre que pergunto: Quais políticas o Lula fez para gerar esses números.. a resposta é, bem, continuou o que FHC fez.

Falácia em relação ao Lula aqui: Post hoc ergo propter hoc...

Isso já foi debatido

PQP, não aguentou né? E voltou em grande estilo, me acusando de falácias com um falácia gigantesca.

Então pode começar a explicar como a mesmíssimas políticas, o continuismo, a cópia fiel que esse governo fez do outro, resultou em resultados tão díspares em todos os setores? Como as mesmas políticas podem gerar em 8 anos menos de 1 milhão de empregos e logo a seguir, nos próximos anos, gerar muito mais que isso num ano só? A falácia está do seu lado, e uma falácia recorrente essa, mentira descarada e deslavada, uma associação fajuta que não resiste aos fatos. FHC teve seus méritos, mas muito longe de levar qualquer mérito pelos números de Lula. Fosse assim Lula teria assumido o País em situação bem confortável, sem dívidas com FMI, com inflação com menos de 2 dígitos, dívida externa zerada, emprego bombando, moradia bombando, renda aumentado ano a ano, disparidades regionais diminuindo, crédito a todo vapor, despesas correntes controladas, dólar estável, investimentos bombando, obras de infra-estrutura em andamento, etc, etc, etc... aí então poderia dizer que o governo só deu continuidade ao que já estava.
Continuidade teremos nos próximos anos, não nesses que passaram.
« Última modificação: 14 de Agosto de 2010, 08:33:03 por _Juca_ »

Offline _Juca_

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Re: Lula diz que não intercederá contra apedrejamento de iraniana
« Resposta #170 Online: 14 de Agosto de 2010, 08:58:17 »


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Desculpe _Juca_. Mas não se pode ignorar todos os "braços" do executivo federal, incluindo o banco de fomento supra.

Geo, você está falando em dívida pública total e eu somente da federal, que inclui estatais e o BC. E  não se esqueça que os aportes ao BNDES retornam em investimentos diretos na economia, gerando uma espiral virtuosa de crescimento, que acaba sempre por decrescer a relação dívida/pib. Vide esse ano de 2010.


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A contenção das despesas com o "arrocho" salarial do setor público foi, ao meu ver, indispensável naquele período. E isto representou um ônus político para FHC, que ele nunca negou. Mas algo de positivo veio desta medida, que foi o de mostrar, para a população, a enorme vantagem entre salários e benefícios que tem o setor público em comaração com o setor privado.

Eis uma análise e explicação didática, de 2.008, da então expansão dos gastos públicos, com reflexos na dívida pública.

Sandenbeg? Tenha dó, o cara faz um puta de um malabarismo para explicar o que não está acontecento. Veja só:

Que dados são esses? Basicamente, a comparação do crescimento das despesas (nominais) com o avanço do PIB também nominal (o valor das mercadorias e serviços produzidos no país a preços correntes, sem descontar a inflação). E aí, parece mesmo que há controle, mas só a partir de março.

Claro, a partir de março é que acabaram os incentivos fiscais devido à crise.

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Por isso o superávit primário está tão elevado: receitas abundantes desde janeiro, em consequência da combinação de crescimento econômico com mais inflação. É preciso agora ficar de olho nas despesas, neste momento em que o governo já está gastando com base no orçamento, que é expansionista.

Ele queria que o governo tivesse por base os gastos da casa dele? Se aumentam as receitas da sua casa, se uma parte você já está guardando para o pagamento dos de sua dívida corrente, automaticamente você vai aumentar seus gastos, ainda mais um governo de um país que tem tantas demandas por crédito e investimentos.

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Leia o conteúdo deste trabalho e voce encontrará as proposições petistas pré-2.002 e que, felizmente, não se concretizaram. 

Neste "link" também há uma menção sobre os planos do PT em aumentar enormemente os gastos publicos.

Nunca houve esses aumentos absurdos que você imagina nos governos do PT, é lenda, são ameaças vazias, nada.


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Não. A Petrobrás não prioriza "investimentos, fornecedores e pesquisas de forma majoritária ao Brasil" porque ela almeja o bem-estar da população e sim porque pode lhe trazer mais vantagens econômicas. Se um fornecedor estrangeiro tiver preço melhor, não ha dúvida que ela vai comprar lá fora (vide as plataformas petrolíferas e os navios de transporte).

A Petrobrás fomenta e abastece o mercado nacional porque ela conseguiu se impor por força do monopólio que vigorou para todos os setores da indústria petrolífera de 1.954 à 1.997, com exceção da venda no varejo, que sempre foi um setor de pequeno valor agregado. Se ela estivesse sob o regime de concorrência desde o seu início, ela não teria o tamanho que tem hoje.


[/quote]

Sim a Petrobrás prioriza os investimentos no Brasil e na segunda parte eu concordo com você, mas o monopólio sempre foi estratégico, aliás em todos os países do mundo é assim, todos o grandes produtores tem sua mega empresa, estatal ou privada, que receberam muito benefícios e o monopólio foi um deles.

Offline Geotecton

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Re: Lula diz que não intercederá contra apedrejamento de iraniana
« Resposta #171 Online: 14 de Agosto de 2010, 09:05:24 »
Citação de: Geotecton
O ROE (Return On Equity) dos bancos estatais é péssimo, com as exceções do Banco do Brasil e da CEF, porque estes tem o predomínio, assegurado por lei, do financiamento da agricultura e da habitação, cujos recursos são assegurados pelo Tesouro Nacional e pelo FGTS, respectivamente.

Nos relatórios do Banco Central, denominados "50 maiores bancos e o Consolidado do Sistema Financeiro Nacional" é possível verificar que os cinco maiores bancos privados tinham melhor correlação de ROE até 2.007. Mas em 2.008 e 2.009, com a crise e a retração econômica mundial, os dois mega bancos estatais brasileiros, assumiram a ponta, com uma ROE um pouco superior aos dos cinco maiores bancos privados.

E isto ocorreu por determinação política, onde o governo federal ordenou que estas instituições alavancassem operações cujos riscos nenhum banco do setor privado assumiria, principalmente no período entre setembro de 2.008 e agosto de 2.009. Os especialistas afirmam que a partir de 2.011 é que o quadro de rentabilidade será mais claro, já sem a influência da crise.

A eficiência operacional dos bancos privados é significativamente melhor que os bancos públicos, porque estes frequentemente são manipulados com o intuito de "resolver" problemas de empresas ou setores da economia onde há forte presença de políticos ou apaniguados, sem contar que estes bancos são feudos de sindicatos pelegos.

Poderia por favor descrever com números, onde, como e quando e os atuais bancos públicos federais "resolvem" esse problemas por você citado?
Não fica um post sem destilar seu preconceito contra sindicatos, movimentos sociais ou o PT. Desculpe, mas é preciso anotar.

Caro _Juca_

Primeiro. Onde é que, na postagem anterior, eu fiz alguma menção crítica (ou "destilei preconceito" segundo voce) sobre qualquer "movimento social"?

Segundo. Eu não fiz uma crítica vazia e generalizada aos sindicatos (ou "destilei preconceito" segundo voce), mas somente àqueles que agem como pelegos de governos ou de empresários. O sindicato dos bancários é um caso típico de pelego político, dominado pela CUT. Por conta disto, a ação deles nos bancos públicos sempre teve mais impacto que nos bancos privados. Basta ver a última greve dos bancários, que praticamente não fechou os bancos privados, mas paralisou por um bom tempo as atividades de atendimento ao público no Banco do Brasil e, principalmente, na Caixa Econômica Federal.

Terceiro. Reli três vezes a postagem e não consegui achar o trecho em que "destilei preconceito" contra o PT. A não ser que voce chame de "destilar preconceito" a minha análise crítica, como por exemplo isto:

Citação de: Geotecton
E isto ocorreu por determinação política, onde o governo federal ordenou que estas instituições alavancassem operações cujos riscos nenhum banco do setor privado assumiria, principalmente no período entre setembro de 2.008 e agosto de 2.009.

Ou isto:

Citação de: Geotecton
Tenho sérias dúvidas sobre os números apresentados.(número de empregos formais gerados)

Ou isto:

Citação de: Geotecton
Leia o conteúdo deste trabalho ("link indicado") e voce encontrará as proposições petistas pré-2.002 e que, felizmente, não se concretizaram.  

São estes os exemplos de "destilar preconceito" que voce me atribuiu na postagem anterior?

Quarto. Caramba! Onde foi que eu escrevi que os bancos públicos são mais sujeitos às pressões e manipulação somente neste governo? Isto é uma marca de todos os governos. Veja o caso dos usineiros de cana, cujo calote começou em 1.977 e se arrasta até hoje. Veja o caso dos calotes agrícolas que ocorrem com frequência há pelo menos 40 anos. Veja o caso da aquisição pelo Banco do Brasil da financeira BV (setor automotivo) por pressão da indústria, em 2.009. Veja o caso dos precatórios de uma recente PEC.

Caro _Juca_ não leia o que eu não escrevi, por favor!


Dos outros bancos públicos, principalmente os estaduais, a situação sempre foi essa mesmo, mas como em São Paulo o último banco do Estado foi comprado pelo BB, não tenho informações para levantar opinião.

Sem dúvida que os bancos estaduais eram (e são) muito mais vulneráveis às pressões porque eles eram (são) instrumentalizados pelos respectivos governos. A situação somente melhorou após a Lei de Responsabilidade Fiscal.


E os bancos públicos tem por definição o fomento ao desenvolvimento antes de visar lucros, ao contrário dos bancos privados, é preciso levar isso em conta. E a crise acabou sendo uma ótima oportunidade para retomarem a dianteira que o Bradesco e Itaú já ameaçavam.

Em tese sim, tanto que eu já citei isto anteriormente. Mas voce acabou mostrando a faceta "negra" da situação ainda que de modo involuntário. Se tivesse ocorrido uma hecatombe financeira mundial aos moldes de 1.929, os bancos estatais seriam seriamente prejudicados, mas ainda assim não quebrariam, mesmo com uma gestão temerária. Sabe porque? Porque eles são garantidos pelo Tesouro Nacional. E os bancos privados não tem este suporte.


Citação de: Geotecton
Já fiz menção, do período FHC, sobre as políticas sociais, inclusive de transferência de renda; sobre o aumento real do salário mínimo; sobre as privatizações; sobre as melhorias na infra-estrutura; sobre a estruturação da base jurídica para o controle do setor público; entre outros aspectos.

As políticas sociais no governo FHC foram pequenas e tímidas, mas existiram, não havia política de aumento do salário mínimo, por que proporcionalmente foi irrisória, as privatizações foram meia boca, cheias de denúncias e algumas empresas vendidas a preços mínimos, não houve melhoria em infra-estrutura que fosse no mínimo satisfatória, vide racionamento de energia, portos sucateados e uma completa falta de estratégia para o desenvolvimento das ferrovias e de sua malha, não era preciso nem mesmo muita coisa, se já tivessem um plano, seria algo.

Voce está errado.

Salário mínimo. Basta comparar qual foi a inflação acumulada (105,50%) e a variação do salário mínimo (186,00%).

Privatizações. As que ocorreram permitiram aliviar a pressão para investimentos em estradas e portos, por exemplo. Na parte de telefonia, ela permitiu uma gigantesca alavancagem, de tal modo que existem hoje mais de 40 milhões de fixos e mais de 175 milhões de celulares. Voce acha que teríamos estes números sem a privatização? E tão importante quanto o número de telefones, é o fato de que o custo de aquisição despencou! E isto ajudou no crescimento deste país, inclusive no período de governo de seu admirado líder.

Infra-Estrutura. Já fiz menção em outra postagem sobre alguns exemplos de ampliações e melhorias. Basta procurá-la.

Ferrovias. O que é que o atual governo fez em termos de planejamento e expansão da malha ferroviária?


Citação de: Geotecton
Aqui eu errei conceitualmente. Não importa a taxa de natalidade e sim a de fecundidade. De qualquer modo a taxa de fecundidade vem seguindo com uma tendência de declínio há mais de 35 anos.

Supondo que alguém entre no mercado de trabalho com 18 anos, as pessoas nascidas entre 1.977 e 1.984 é que teriam começado a trabalhar no período FHC. E neste intervalo a taxa de fecundidade foi de 4,3 para 3,4, segundo o Anuário Estatístico do Brasil (IBGE, 1995). Então, de fato haveria um déficit para o aumento de empregabilidade da PEA. Mas há outros fatores que voce não considerou e que, sinceramente eu não sei mensurar, mas que sei que ocorreu (e ocorre), que é a existência de um grande mercado de trabalho informal e o aumento na idade para a entrada no mercado de trabalho em função do aumento da escolaridade.

A Criação de empregos na era FHC, contando com os trabalhadores sem carteiras, não ultrapassou 1 milhão em 8 anos, basta ver a taxa de desemprego da época que se não em engano chegou perto de 20% em SP. Foi uma época muito difícil, para muita famílias Brasil afora, isso é fato.

Esta taxa, se for constatada, ocorreu na crise de 2.002. Durante a crise de 2.008, a taxa de desemprego em São Paulo bateu em 19,00%, se não estiver enganado.  

 
Citação de: Geotecton
Tenho sérias dúvidas sobre os números apresentados. A fração de universo amostral que eu conheço (CAGEDs mensais) do período de janeiro de 2.003 à junho de 2.010 não mostram esta tendência "avassaladora".

Outro ponto importante. Onde foi parar o grande desemprego ocorrido entre setembro de 2.008 e junho de 2.009? Somente neste período eu efetuei o encerramento ("baixa") de 14 empresas, com mais de 150 pessoas desempregadas formais.

Então querem me convencer que entre janeiro de 2.003 e setembro de 2.009 foram criados mais 8,4 milhões de empregos formais e que nos 15 meses que se seguem serão criados mais 5,6 milhões? Passarei a confiar nestes números se eles forem corroborados por auditores independentes.

Quanto ao mercado informal de trabalho eu concordo com você. Mas faço um adendo. Ele também existia no tempo de FHC, como eu já mencionei antes.

Acredite no quiser, o direito lhe está assegurado, mas são números oficiais, que nenhuma grande instituição de economia contesta. Também são fatos.

Não é acreditar no que quiser _Juca_. É contestar, baseado no conhecimento de economia que possuo, as informações desencontradas e exageradas fornecidas pelos atuais "donos da quitanda federal".

E voce ainda não me explicou qual foi a influência da crise de 2.008 no mercado de trabalho, pois todos sabemos que houve uma grande taxa de desemprego.


Citação de: Geotecton
Aqui há uma diferença significativa nos informes do número de empregos gerados e que consolidam a minha desconfiança neles e nas fontes. Na fonte fornecida por mim, os petistas afirmaram que foram criados 8,4 milhões de empregos entre janeiro de 2.003 e setembro de 2.009. E na fonte citada por voce afirma-se que foram 10 milhões entre janeiro de 2.003 e dezembro de 2.007.

Contando com carteira assinada e sem, acho que disse isso antes, estou contabilizando os empregos formais e informais. Outro fato. E mesmo que só entrasse na conta os empregos formais, da era Lula contra todos os outros de FHC, e mesmo que pegassemos os 5 primeiros anos de Lula contra os oito de FHC, assim mesmo a comparação já fica ridícula, menos de 1 mi em 8 anos, contra mais de 8 mi em 5 anos.

Não _Juca_. Em 1.999 a CAGED (mensal) e a RAIS (anual) foram modificadas para que permitissem quantificar o número de admitidos e demitidos de maneira cumulativa. O número de 1 milhão de novos empregos da era FHC, que voce alardeia, provem do período de 1.999 a 2.002.


Não existe comparação entre números desse governo e do passado. Embora, na conta final, e respeitando o período histórico eu ainda tenho o governo passado como um governo razoavelmente bom, porque assegurou a estabidade institucional e monetária (não econômica), ainda que com altos custos e políticas equivocadas, qualquer comparação de números com o governo atual é covardia.

Endosso a primeira parte da sua análise, mas discordo de sua opinião sobre a não-importância econômica da era FHC. E não preciso lhe explicar qual teria sido o grau de destruição da economia brasileira se o PT tivesse chegado ao poder em 1.994 e tivesse implantado as tais "políticas econômicas socialistas". Hoje seriamos um misto escabroso de Coréia do Norte, Cuba e Venezuela.

Felizmente a ala moderada do PT amadureceu e prevaleceu. O que não é pouco, se comparar com o que eu ouvia e lia dos petistas nos anos de 1.980.


Todos os índices econômicos, financeiros e sociais são muito melhores, os piores desse governo ainda são melhores que do outro, a comparação é inevitável e se tudo que o Lula fez foi continuação das políticas anteriores, gostaria muito de saber porque FHC não teve um sucesso tão pequeno assim, mesmo depois de oito anos. Se fosse continuação de verdade era para Lula já ter pego o bonde andando ao menos em primeira marcha, na questão econômica e social e não somente na institucional.

O importante, ao meu ver, não é apenas centrar o foco de análise na questão da estatística econômica, mas sim determinar em que contexto político-ideológico-programático os números econômicos foram obtidos.

Os indicadores sócio-econômicos no geral hoje estão melhores que no governo federal anterior? Sim, felizmente! Afirmar o contrário seria um contra-senso, uma "miopia" intelectual, pois os números são fáceis de visualizar.

Estes indicadores refletem a política macro-econômica histórica preconizada pelo PT? Não, definitivamente não! Afirmar o contrário seria uma desonestidade intelectual, ainda que aqui seja necessário um pouco de conhecimento e capacidade de interpretação, pois não é o caso de "apenas comparar números". De fato a política atual é, em essência, a continuidade da anterior, que por sua vez usou das bases materiais lançadas pelo regime militar.

« Última modificação: 14 de Agosto de 2010, 15:15:01 por Geotecton »
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Offline Moro

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Re: Lula diz que não intercederá contra apedrejamento de iraniana
« Resposta #172 Online: 14 de Agosto de 2010, 09:56:55 »
../forum/topic=16092.175.html#msg516682

Quer dizer Juca que sua maneira de provar que o Lula fez as políticas que deram esse boom é mostrando os números e não as políticas?

Está tudo no post/tópico acima... As condições para o crescimento não foram geradas pelo Lula, alias voces estão debatendo no tópico errado, a maior parte estão reargumentando o que está onde indiquei.

Volto ao exílio hahaha.. É que não aguentei ler tanta besteira
“If an ideology is peaceful, we will see its extremists and literalists as the most peaceful people on earth, that's called common sense.”

Faisal Saeed Al Mutar


"To claim that someone is not motivated by what they say is motivating them, means you know what motivates them better than they do."

Peter Boghossian

Sacred cows make the best hamburgers

I'm not convinced that faith can move mountains, but I've seen what it can do to skyscrapers."  --William Gascoyne

Offline André Luiz

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Re: Lula diz que não intercederá contra apedrejamento de iraniana
« Resposta #173 Online: 14 de Agosto de 2010, 11:04:23 »
A mulher ja deve estar morta e o topico continua no bate-boca politico

Offline Geotecton

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Re: Lula diz que não intercederá contra apedrejamento de iraniana
« Resposta #174 Online: 14 de Agosto de 2010, 11:07:33 »
A mulher ja deve estar morta e o topico continua no bate-boca politico

Voce está certo.

Por isto eu já solicitei à moderação que retira as postagens de caráter econômico e coloque-as em um tópico similar.
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